Os pais quem decidem
Após o jogo todos os alunos começaram a ir embora para as suas casas. Halley estava sentada em um banco juntamente com os seus pais esperando pelo irmão, o que não demorou muito para acontecer. Logo o garoto apareceu juntamente com o ruivo.
- Vocês não precisam ter me esperado! - Harry comentou assim que se aproximou dos três – Nós iriamos nos encontrar em casa mesmo.
- Mas nós queríamos te esperar, o nosso grande campeão! - o homem abraçou o filho e bagunçou os cabelos dele -Também não posso deixar de te dar os parabéns, Rony, você também jogou muito bem, fez grandes defesas.
- Obrigado, senhor Potter! - respondeu – É como eu sempre digo, goleiro sofre, mas às vezes isso tudo vale a pena.
- Foi um grande esforço de todo o time! - o moreno completou – Treinamos bastante desde o inicio do ano letivo para ganharmos esse primeiro jogo.
Mirou, com o canto de olho, para a sua irmã. Por um momento ficou com medo de que ela falasse alguma coisa sobre a aposta, mas também se lembrou que ela tinha feito um aposta e não iria descumprir com a sua palavra.
- Acho melhor nós irmos embora! - Lilian disse enquanto se levantava – Precisamos fazer um jantar especial para comemorar essa vitória.
- Sua mãe tem toda razão! - o homem concordou – Pedimos para a cozinheira preparar o seu prato favorito.
- Está vendo, Rony, precisamos ganhar mais vezes – Harry comentou com um sorriso maroto – Não é todo dia que se ganha o prato favorito no jantar.
- A minha mãe bem que podia fazer a mesma coisa – o ruivo disse – Quem sabe eu chego em casa e encontro a torta de carne com batata que eu adoro.
- Então vamos logo! - a mulher colocou a mão sob o ombro da filha – Halley, você vai conosco ou com o seu irmão?
- Com vocês! - respondeu sem ao menos pensar duas vezes – Acho que o meu irmão não gosta de me dar carona.
- Eu nunca te disse isso, Halley! - a interrompeu imediatamente – Só acho que você deveria aprender a dirigir logo.
- De qualquer maneira eu prefiro voltar com a mamãe e o papai! - garantiu – A não ser que você queira que eu faça uma coisa com o qual você vá se arrepender muito.
- E eu acho melhor ir embora também! - o ruivo comentou, em seguida – Ainda preciso encontrar a Gina para irmos embora.
Então todos se levantaram , acenaram para Rony, que estava indo na direção aposta aos outros. Foram para os carros e seguiram em direção a casa.
Halley subiu, diretamente, para o seu quarto. Pegou o telefone e discou o número da sua melhor amiga.
- Alô! - Hermione atendeu depois de dois toques;
- Oi Mione, sou eu, a Halley! - disse tudo isso rapidamente – Só liguei para saber como é que você está.
- Agora eu estou bem! - respondeu – Mas eu ainda me pergunto se esses enjoos horríveis não vão passar nunca.
- Acho que devem durar até o terceiro mês, mais ou menos! - disse – Pelo menos eu ouvi a minha mãe dizer uma vez.
- Ótimo! - a ouviu suspirar pesadamente – Ainda tenho, pelo menos, mais dois meses de sofrimento.
- Fica tranquila, amiga! - deu um pequeno sorriso, mesmo sabendo que a outra não podia ver – Tenho certeza de que você vai sobreviver.
- Assim eu espero! - admitiu – Imagino que o jogo já deve ter acabado, não é mesmo? Como é que foi?
- A Grifinória! - revirou os olhos – Não quis comentar, pois achei que você não fosse querer saber. Ainda por que o meu irmão acabou se dando bem.
- Eu posso estar com raiva do seu irmão por vários motivos, mas não era por isso que eu queria que a Grifinória perdesse o jogo - lembrou – Também quero que a Grifinória ganhe o campeonato das casas esse ano.
Por alguns segundos tinha se esquecido de que Hermione não sabia de nada a respeito da aposta. Se tivesse falado alguma coisa, sem querer, naquele momento, não sabia como ela iria reagir.
- Tem razão! - acabou concordando por fim – Você não iria descontar a sua raiva na Grifinória.
- Halley! - o moreno abriu a porta sem nem ao menos bater – A mamãe pediu para te chamar, o jantar estar pronto.
- Eu tenho que desligar, Mione! - disse para a amiga do outro lado da linha – Depois a gente se fala.
- Tudo bem, eu também tenho que ir! - avisou – Meu pai já deve ter terminando o jantar também.
Ela desligou o telefone e viu que o irmão continuava parado no mesmo lugar segurando a porta.
- Você estava falando com a Granger? - ele sabia que era uma pergunta idiota, nem sabia por que a tinha feito.
- Estava sim! - respondeu – Alguém tem que se preocupar com ela e o bebê, não é mesmo, já que você não quer fazer isso.
- Não estou com vontade de discutir com você sobre isso! - revirou os olhos – Agora estou com fome e nossos pais não vão me deixar comer até que você apareça.
- Pode ir indo! - avisou – Já vou descer, não precisa se preocupar, você não vai morrer de fome.
O garoto saiu e fechou a porta. Halley saiu cerca de um minuto depois e encontrou o restante da família a esperando.
- Finalmente você chegou, Halley! - James comentou – Já estávamos todos morrendo de fome aqui.
- James! - a mulher o repreendeu – Não ligue para o seu pai Halley, você sabe como ele fica de mau humor quando está com fome.
- Tudo bem, a culpa foi minha mesmo! - admitiu – É que eu estava falando no telefone com a Mione.
- Ah sim, claro! - concordou com a cabeça – E como é que ela está se sentindo, na hora em que foi embora estava até com o rosto branco.
- Ela disse que já estava se sentindo bem melhor agora! - respondeu – Não precisa se preocupar com isso.
- Ótimo! - deu um pequeno sorriso – Acho que agora podemos comer. Todos podem se servir.
Todos começaram a se servir. De repente, o senhor Potter se levantou antes que os outros pudessem começar a comer.
- Acho que nós podemos fazer um brinde agora! - ergueu o seu copo – Ao Harry e a grande vitória do time de futebol. A Grifinória será a melhor de todas as casas esse ano.
- Pai, você sabe que a taça das casas não depende somente de mim – lembrou – Quero dizer, ano passado também ganhamos todos os jogos, mas a Grifinória perdeu a taça das casas no final do semestre letivo.
- Mas esse ano vai ser diferente! - garantiu – A taça vai ser de vocês, estou sentindo isso.
- Pode ter certeza, pai! - Halley o interrompeu – Esse vai ser um ano cheio de surpresas.
O moreno pigarreou levemente nesse momento.
- Então vamos fazer logo um brinde! - James continuava com o seu copo erguido – Ao Harry.
Os outros três também levantaram os seus copos e depois beberam um pouco do suco que estava dentro.
Então eles começaram a comer em silêncio. A comida estava muito boa e Harry repetiu to prato três vezes. Logo eles estavam comendo a sobremesa.
- Mas sabem de uma coisa! - a garota começou a falar depois de um tempo – Existe uma outra coisa que deveríamos comemorar nesse jantar.
- E o que seria? - o homem perguntou se virando para ela – Você tirou outra nota dez? Isso não é mais novidade, mas podemos fazer um brinde a isso também. Assim você não fica com ciúmes.
- Não é isso, não tivemos nenhuma prova, recentemente, somente a de Química na primeira semana de aula – respondeu – Na verdade, esse outro motivo também tem a ver com o Harry, não é mesmo irmãozinho.
Ela recebeu um olhar atravessado do irmão, nesse momento.
- Você não se atreveria a fazer? - o moreno disse bem baixinho para só a garota ouvir – Provavelmente a Granger não vai gostar nem um pouco disso. Vai querer brigar com a sua melhor amiga, não é mesmo?
- Ela pode ficar brava no início, mas vai entender que fiz isso por uma causa – respondeu no mesmo tom de voz – Já que você não quer assumir as suas responsabilidades, eles vão te obrigar a isso.
- Será que algum de vocês dois vai nos dizer o que está acontecendo? - foi a mulher quem perguntou dessa vez.
- Quer dizer que o Harry não contou para vocês? - fingiu estar chocada – Ele vai ser papai!
- Como? - os outros dois gritaram ao mesmo tempo.
- Como que você pode se irresponsável dessa maneira, meu filho? - Lilian estava com lágrimas nos olhos nesse momento – Você sabe soube as consequências de não se prevenir. Podia ter sido bem pior, você podia ter pego um doença.
- Eu sei disso! - ficou olhando a toalha branca da mesa nesse momento – Eu sinto muito!
- Não é para nós que você tem que pedir desculpas – continuou – E sim para a menina. É a Gina Weasley não é mesmo?
- Pensei que vocês dois tivesse terminado ! - James comentou antes que ele pudesse dizer qualquer coisa – Bem, não importa, agora o importante é esse bebê. Precisamos ir falar com o Arthur e a Molly.
- Não é a Gina! - conseguiu falar, por fim – Na verdade, é a Hermione Granger, mas não estamos juntos nem nada, foi só uma noite.
- Halley! - a ruiva virou-se para a filha – Será que você poderia nos deixar conversar com o seu irmão?
- Claro! - levantou-se da mesa – Eu já terminei de comer mesmo. Com licença.
Esperaram até a garota sumir na parte de cima da casa. O casal ainda ficou mais alguns segundos em silêncio.
- Quando foi que isso aconteceu? - Lilian decidiu perguntar – Quando foi que você e a Hermione passaram a noite juntos?
- Quando vocês viajaram há três finais de semana! - disse – A Granger veio para cá assistir a um filme e a gente acabou ficando.
- Será que você não respeita nem a melhor amiga da sua irmã? - continuou – Vocês dois nunca, nem ao menos, conversaram.
- A culpa não foi totalmente minha! - começou a gritar – Afinal, ela também quis, não é tão inocente nesse história.
- Espera Lilian, agora não adianta brigar com o Harry! - o homem colocou a mão sob o ombro da esposa – Como eu disse, temos que pensar no bem da Hermione e do bebê.
- Tem toda a razão! - suspirou pesadamente e concordou com a cabeça – Então nós precisamos ir falar com o pai dela.
- Acho que é uma boa ideia! - Harry concordou – Vocês podem ir até lá amanhã e conversam tudo com ele.
- Você está mesmo achando que vai se livrar dessa? - virou-se para o filho, ela não estava com a cara muito feliz – Você é o pai dessa criança, vai ter que ir mostrar que está dando todo apoio para ela.
- Então acho que está combinado! - James disse, por fim – Vamos até a casa dos Granger amanhã de manhã.
Então, os dois saíram da mesa. Harry apoiou as duas mãos nos cabelo, os bagunçando, levemente o cabelo. Agora não tinha jeito, teria que assumir esse bebê, mesmo contra a sua vontade.
Quando Hermione acordou ainda estava amanhecendo. Sentou-se na cama e percebeu que não estava sentindo enjoo, o que era muito bom. Foi até a cozinha e tomou o seu café da manhã antes de voltar para o seu quarto.
Decidiu ligar o seu computador e entrou no site de busca da internet, digitando a palavra, “gravidez”, queria saber o máximo que pudesse.
Acabou descobrindo que, pelo período de gestação em que está, o bebê deve ter, mais ou menos, o tamanho de um grão de feijão. Ao ler isso, a morena suspirou pesadamente e passou a mão pela barriga, como é que um ser tão pequeno conseguia causar um estrago tão grande na sua vida?
Também descobriu que, quanto mais nova a mãe, maior é o risco tanto para ela quanto para o bebê, por isso era importante ter acompanhamento médico o mais cedo possível. Por isso, procurou o telefone do posto de saúde que ficava mais perto da sua casa, marcaria uma consulta já na segunda-feira.
Continuou a pesquisar várias coisas, principalmente quais seriam as principais mudanças no seu corpo e também quais são os principais cuidados para um bebê recém-nascido, queria estar totalmente preparada para cuidar do seu filho. Quando percebeu já eram quase 11 horas da manhã e seu estomago já estava começando a reclamar de fome, mais uma vez.
Quando chegou a sala viu que o seu pai estava assistindo ao jornal na televisão. Aproximou-se por trás do sofá e deu um beijo no topo da cabeça do homem.
- Oi Hermione! - ele virou-se e deu um pequeno sorriso para a filha – Passei pelo seu quarto, mais como a porta estava fechada, pensei que você pudesse estar dormindo ainda, então decidi não te incomodar.
No último fim de semana, Hermione estava se sentindo muito cansada e dormiu até quase a hora do almoço, depois voltou a dormir mais um pouco durante a tarde. Na hora pensou que fosse por que estava estudando muito, mas agora sabia a verdade.
- Eu acordei bem cedo! - explicou enquanto se sentava ao lado dele – Só estava navegando na internet, fazendo algumas pesquisas.
- Trabalho da escola? - perguntou logo em seguida.
- Na verdade não! - deu de ombros – Era só uma curiosidade que eu tinha a respeito de uma coisa.
- Entendo! - comentou com a mão no queixo – Aposto que estava pesquisando faculdades. Já sabe para qual você vai querer ir?
Foi então que Hermione parou para pensar. Na formatura do colégio seu bebê já vai ter nascido e ela, provavelmente, vai estar muito ocupada cuidando dele para pensar em faculdade. Talvez precisa adiar algum tempo seu sonho de ser uma grande jornalista, pelo menos até que seu filho esteja um pouco mais velho e não dependa dela para tudo.
- Na verdade eu ainda não me decidi! - resolveu responder, por fim – Mas vou me inscrever em várias, para ter muitas opções.
- Já imaginei que fosse fazer uma coisa dessas – comentou – Mas eu queria que você ficasse em uma aqui perto, para poder me visitar sempre.
- Vou pensar nisso! - colocou a mão no queixo fingindo estar pensativa – Sabe, eu estou começando a ficar com fome, você não?
- Estou indo preparar alguma coisa! - se levantou do sofá – Estava pensando em alguma coisa em especial? Ultimamente você tem tido cada desejo estranho.
- Tenho uma ideia! - disse – Por que você não continua aqui assistindo o jornal enquanto eu faço o almoço hoje?
- Só se eu estivesse querendo destruir a casa! - comentou – Ainda me lembro da última vez em que você decidiu cozinhar, Hermione, levou dias até conseguir limpar tudo e mandar pintar a cozinha.
- E isso já faz quanto tempo, três anos? - revirou os olhos, seu pai nunca a deixaria esquecer de quando decidiu fazer frango recheado e acabou tacando fogo na cozinha toda – Me dá um voto de confiança, eu prometo que vou tomar mais cuidado dessa vez.
- Tudo bem, você venceu! - acabou concordando – Você já tem 17 anos e logo vai morar sozinha. Não posso, simplesmente, te deixar viver comer em restaurante.
- Obrigada! - deu um beijo na bochecha do homem antes de sair em direção a cozinha.
- Só mais uma coisa, minha filha! - disse, fazendo com que parasse em frente a porta – Tenta começar com uma coisa mais inofensiva. Nada de frango recheado, tudo bem?
- Pode ficar tranquilo! - não pode deixar de sorrir – O que acha de uma macarronada?
- Perfeito! - respondeu.
Ela pegou a maior panela que encontrou e colocou água para esquentar. Depois pegou cebola e tomate para fazer o molho. Foi quando ouviu a campainha tocar,quem poderia ser a essa hora?
- Não precisa se mexer! - avisou ao pai, que já estava se levantando do sofá – Já estou indo atender.
Quando ela abriu a porta, teve a maior surpresa da sua vida. Lá estavam James e Lilian Potter, juntamente com o Harry.
- Senhor e senhora Potter! - disse, depois que o choque já tinha passado – Mais que surpresa!
- Oi Hermione! - a mulher deu um enorme sorriso – Como é que você está se sentindo hoje?
- Bem! - passou a mão pelos cabelos – Obrigada por perguntar. Imagino que deixado preocupada quando sai daquele jeito ontem.
- Não precisa se preocupar! - garantiu – O importante é que você está se sentindo bem.
Olhou, rapidamente, para Harry, mas ele permanecia parado e de braços cruzados. Ela não estava gostando daquela conversa.
- Aonde está a Halley?- embora já tivesse uma vaga ideia da resposta, não pode evitar de perguntar.
- Ficou em casa! - respondeu – Ela até queria vir, mas sabia que essa conversa era só entre nós cinco.
- James! Lilian! - virou-se e encontrou seu pai parado bem atrás dela – Quanto tempo que não nos vemos.
- Olá Richard! - o senhor Potter apertou a mão dele, sua expressão estava bem séria – Acho que todos nós estamos precisando ter uma boa conversa, não é mesmo?
- Claro! - concordou, mesmo sem entender muito bem o por que daquilo tudo – Por que vocês não entram?
Hermione deu espaço para que o casal entrasse. Viu que o garoto também começou a se mover em direção a ela.
- Você contou para eles? - perguntou, fazendo com que ele parasse de andar.
- É claro que não! - respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Você sabe que eu nem quero isso.
- Se você parar de chamar o meu filho de “isso”, eu ficaria muito feliz – enfatizou muito bem o “meu” - Então, posso saber como foi que eles ficaram sabendo?
- Você não consegue nem ao menos desconfiar? - respondeu – Somente três pessoas sabem. Se não fui e se não foi você, só pode ter sido a sua querida amiguinha, não mesmo?
Ela não pode deixar de suspirar pesadamente. Tinha certeza de que Halley deve ter tido um bom motivo para fazer isso, ela nunca iria contar por mal.
- Essa não! - gritou antes de sair correndo para dentro de casa.
Quando chegou a sala, seu pai estava sentando na poltrona bem em frente ao senhor e a senhora Potter.
- Richard! - James começou a falar depois de alguns segundos – Eu imagino que já deva saber o que estamos fazendo aqui hoje.
- Na verdade, eu não tenho a menor ideia! - admitiu – Mas pelas caras de vocês, deve ser algo bem sério.
- Pode ter certeza! - dessa vez foi a mulher quem falou.
- Esperem! - a morena, finalmente, conseguiu interrompê-los – Não falem nada ainda, por favor.
O três adultos a olharam imediatamente. O senhor Granger estava cada vez mais confuso sobre o que estava acontecendo.
- Você ainda não falou com ele, Hermione? - Lilian perguntou, mas depois dessa atitude, não precisa saber a resposta.
A garota não conseguiu dizer mais nada, apenas começou a chorar, então balançou a cabeça afirmativamente. A ruiva se levantou e apenas a abraçou.
- Está tudo bem! - passou a mão pelos cabelos cacheados dela e permitiu que chorasse em seu ombro – Acho que todo mundo tem medo de contar essas coisas para os pais. Eu demorei quase um mês e a situação era completamente diferente.
- Eu tenho medo, muito medo! - levantou a cabeça, então virou-se para o pai – Tenho medo de que você vá se decepcionar comigo.
- Nada que você possa fazer vai me fazer ficar decepcionado com você – garantiu – Você não precisa ter medo disso.
- Ele tem razão, Hermione! - a mulher passou a mão pelo seu rosto, enxugando as suas lágrimas – Ele é o seu pai, e te ama do jeito que você é.
Mas ela continuava sem conseguir dizer mais nada, apenas voltou a chorar. Um leve enjoo subiu pela sua garganta, mas ela conseguiu se controlar.
- Eu vou pegar água para ela! - viu seu pai dizer enquanto se levantava da poltrona – Quem sabe ela consegue se acalmar.
- Não precisa, Richard! - a mulher disse – Harry, meu filho, vai até lá pegar um copo de água para a Hermione.
Foi nesse momento que a garota percebeu que Harry também tinha entrado na sala.
- Mas eu não posso fazer isso mãe! - respondeu – Você e papai sempre me falaram que era errado ir entrando assim na casa dos outros assim.
- Vai pegar água para ela! - estava com um olhar ameaçador para o morena – Agora mesmo!
No momento em que ele saiu, a ruiva ajudou Hermione a se sentar no sofá e se ajoelhou em frente a ela.
- Aqui está! - Harry entregou o copo. Ela foi bebendo lentamente, até que seus batimentos cardíacos foram diminuindo e conseguiu se acalmar.
- Olha, Hermione, eu não estou aqui para te forçar a nada, você conta para o seu pai quando tiver vontade – voltou a falar, calmamente – Mas esse seria o melhor momento para fazer isso, você não acha?
- Tem razão, agora já não tem mais jeito mesmo – suspirou pesadamente antes de se levantar, totalmente decidida – Pai, eu estou grávida.
O homem continuou em silêncio pelo que pareceu uma eternidade, mas foram somente poucos segundos. Olhou, primeiramente, para filha, depois para o casal a sua frente e, por fim, para Harry, não precisava ser um gênica para saber a participação dele nisso tudo.
- Eu realmente sinto muito, pai! - continuou a falar – Sei que não foi dessa maneira que você me educou, mas simplesmente aconteceu e eu, certamente, não me orgulho disso, só que agora já aconteceu, essa criança já está aqui.
- E você pretende ter esse bebê? - perguntou por fim – Já tomou a sua decisão? Ou ainda está pensado?
- Eu já tomei a minha decisão, desde o momento em que vi o teste de gravidez positivo – passou a mão pela barriga – Vou ter o meu filho e vou ficar com ele. Não sei se vou ter o seu apoio ou não, mas sei que estou preparada para qualquer coisa.
Ele se levantou e os dois ficaram se encarando por alguns segundos. De repente, o homem a abraçou com bastante força.
- É claro que eu vou te apoiar, Hermione! - disse, por fim – Você é o meu bebê e nunca te deixaria abandonada. Ainda mais com um filho para criar.
- E nós também vamos te apoiar, querida! - Lilian Potter falou – Afinal, esse bebê é nosso neto e iremos ajudá-la no que precisar.
- Muito obrigada! - deu um fraco sorriso. Halley tinha dito que seus pais nunca iriam deixá-la desamparada e ela estava certa.
- Imagino que você ainda não deve ter ido ao obstetra, não é mesmo? - a viu balançar a cabeça negativamente em resposta – Vou ver se consigo incluí-la no nosso plano de saúde.
- Isso não vai ser necessário! - o senhor Granger respondeu – Temos um bom plano de saúde.
- Tudo bem, mas eu quero ajudá-la com as questões do pré-natal, afinal, eu sou médica – lembrou – Essa não é a minha área, mas conheço uma obstetra excelente que trabalha no mesmo hospital que eu. Vou conseguir uma consulta para você ainda essa semana.
- Está bem! - concordou com a cabeça – Eu li que é importante começar o pré-natal o mais cedo possível.
- Isso é verdade! - respondeu.
Voltou a olhar para Harry, que continuava encostado na parede e calado desde que voltou com a água. Ficou imaginando o que os pais já tinha dito para ele quando ficaram sabendo.
- E logicamente esse bebê terá o nome Potter – foi o senhor Potter quem disse dessa vez – Não é mesmo Harry?
- Claro! - tinha um tom de voz monótono. A morena não pode deixar de se sentir aliviada por saber que seu filho, pelo menos, teria o nome do pai na certidão de nascimento, não queria ter que ficar respondendo perguntar quando ele fosse mais velho.
- E o Harry também irá ajudar essa criança financeiramente, como qualquer pai faria – continuou – Por isso vai arranjar um emprego.
- Como? - o garoto gritou mais alto do que estava planejando – Não tínhamos conversado sobre nenhum emprego.
- Como é que você esperava sustentar esse criança? - perguntou – Ou você queria que eu e sua mãe fizéssemos isso por você?
- Mas acontece que eu tenho a escola! - lembrou – E também tenho o treino de futebol depois da aula, não posso ficar procurando um emprego.
- Você vai trabalhar na minha empresa, assim começa a se preparar para ficar no meu lugar – disse – Depois da aula e só nos dias em que não tiver treino de futebol, pode ficar tranquilo.
- Isso não é justo! - cruzou os braços parecendo uma criança mimada – Por que ela não tem que arrumar um emprego também?
- A Mione está gravida, deve se preocupar só com o bem estar do bebê a partir de agora – foi a mulher quem respondeu – Depois que o bebê nascer e for um pouco mais velho, ela pode arrumar um emprego também. Afinal, você vai precisar de ajuda nas despesas.
- Despesas? - Harry e Hermione perguntaram ao mesmo tempo.
- Eu e Lilian conversamos ontem a noite e tenho certeza de que Richard vai concordar – James voltou a explicar – Vocês dois irão se casar e o mais cedo possível, antes da barriga começar a aparecer.
- Isso não! - o moreno gritou – Eu só tenho 17 anos, sou novo demais para me casar.
- Acredito que você não devia se achar novo quando fez essa criança! - lembrou – Vocês dois vão se casar sim.
- Talvez essa seja mesmo a melhor opção! - o senhor Granger colocou a mão no queixo pensativo – Talvez seja mesmo o melhor para eles e para o bebê.
- Está todo mundo ficando maluco! - o moreno cruzou os braços e continuou com a sua cara emburrada.
- Quanto a isso eu tenho que concordar com você! - a garota disse, como é que eles podiam imaginar que essa era a melhor solução?
Em seguida, os Potter foram embora. Lilian disse para Hermione que falaria com ela logo que conseguisse marcar a consulta com o obstetra.
***
N/A:
Prontinho gnt,
Agora sim as coisas começam a ficar interessantes.
comentem
Comentários (9)
my hero!! aaaaah coisa fofa da halley!!!!, O quero ver o harry ficar lokinho kkkk
2013-02-25quero ver o Harry doidinho pela a mione depois!!! perfeito o capitulo!! O PAI DA MIONE É UM FOFO <3
2012-03-01a casa caiu para o Harry, coitado dele. hahahahahahahahahahaha quem sabe ele não abre os olhos e ver a Hermione como a mulher de sua vida.
2011-12-22meeeeeeu Deus, morrendo de curiosidade kaka
2011-09-11(desepicionada) NÃO ROLOU SURRA? POR QUE NÃO ROLOU UMA SURRA? Rola um casamento ao estilo seculo 16 mais não rola uma surra? nem umazinha? (chorando em bicas aqui) rsrsrsrssrsrs Cara a Halley é minha heróina, foi muito perfeita ela contando o que o irmão tinha feito, mais que isso, bem hno momento de glória dele, melhor que isso só se ele tivesse levado uma surra. O pai da Mione até que reagil bem, eu esperava um chilique ou coisa assim. Agora com o casamento e tudo, só falta a Mione estar grávida de gêmeos, só pra completar a desgraça! srsrsrs Amei o capítulo, curiosa pela continuação, att assim que der, por favor. Beijos...
2011-09-11Sem palavras' Harry+Mione= Bebê de olhinhos verdes'*-* Halley te amo, miinha Heroína(ou crack tbm, eheuehue)
2011-09-11Casamento? Ai que coisa do século XV... :P rsrs
2011-09-11OMG!!!! Halley é minha heroína hauhauahuahuahuahau \o/ Eu sabia que ela não ia deixar o Harry sair dessa e deixar a Mione desamparada!!! @_@ (lágrimas nos olhos) Ahhhh os pais do Harry ainda foram bonzinhos demais com ele!!! Eu queria vingançaaa cruelll com direito a avadas e dementadores!!! (relaxa) Brincadeirinhas ^^ Carakaaa que momento da Mione contando tudo ao pai dela!!! Foi tão lindo quando o pai dela deu apoio!!! ADOREIIIIII a decisão dos Potters!!!! É isso aew!!! Casamentooo!!! Capítulo perfeitoooo!!! Essa fic é vicianteee XD Quero ver o que vai acontecer!!!!!
2011-09-10casamento?? ai sim hein?! UHASUHASHUASHUASHU posta logo só quero ver onde isso vai dar xD
2011-09-10