Consequências

Hermione ficou receosa de abrir os olhos no momento em que seu despertador tocou, quando, finalmente, o fez, suspirou pesadamente três vezes antes de sentar. Nenhum enjoo, isso era mesmo um grande alívio.

O mal estar do dia do seu aniversário a acompanhou durante todo o dia. Com muito esforço assistiu as aulas daquele dia e, quando voltou para casa, vomitou mais um pouco e, depois, dormiu o restante da tarde, até que seu pai chegou a acordou.

Mas hoje estava tudo bem e esperava que continuasse assim pelo restante do dia, pois não aguentava mais tanto enjoo.

Colocou seu uniforme e mais uma vez a saia ficou um pouco apertada, mas conseguiu fechar. Quando chegou a cozinha, seu pai estava tomando café da manhã e lendo o jornal.

- Bom dia, pai! - deu um beijo no topo da cabeça dele e foi saltitando em direção ao armário para poder pegar o seu cereal.

- Pelo visto você acordou de bom humor hoje! - comentou sem retirar os olhos da sua leitura – Isso é muito bom, gosto de te ver animada desse jeito.

- Aquele mal estar parece ter passado de uma vez por todos – explicou enquanto colocava o leite em um pote – É motivo o suficiente para eu estar de bom humor.

Concordo com você, minha filha! - balançou a cabeça afirmativamente.

Ela sentou ao lado do homem começou a comer o seu café da manhã. Parou, por um minuto, e ficou admirando a colher na sua mão.

- Aqui tem doce de abobora? - peguntou – É que eu me deu vontade de comer doce de abobora agora.

- Você não come doce de abobora desde que tinha 9 anos – o senhor Granger comentou – Já faz muito tempo desde a última vez que eu comprei.

- Que pena! - deu de ombros e suspirou pesadamente – Eu estava mesmo com vontade de comer, mas tudo bem.

Voltou a comer o seu cereal, mas a vontade de comer o doce de abobora ainda era muito grande. Era capaz de passar no mercado antes de ir para a aula, comprar um pote de comer tudo sozinha.

- Acho que já vou indo para o trabalho! - ele se levantou e levou seu prato para a pia – Tenho um paciente marcado hoje para as oito horas da manhã.

- Tudo bem! - concordou com a cabeça – Eu também já estou indo, a minha primeira aula de hoje é Química e o professor Snape já deixou bem claro que não gosta de ninguém da nossa turma.

- Tenho certeza que deve ser só impressão de vocês – comentou – Não é possível o professor não gostar de uma turma inteira.

- Acredite em mim, pai, ele não gosta de ninguém dá sala! - explicou – Está sempre tentando fazer a gente dar a resposta errada para as perguntas dele e dizer que o pessoal da Sonserina é muito mais esperto.

- Logo ele vai perceber que ficar favorecendo só uma turma é bobagem! - deu um beijo no topo da cabeça da filha – E sabe, se você está mesmo com tanta vontade de comer doce de abobora, posso passar no mercado depois de trabalho e te comprar um pote.

- Eu vou adorar, pai! - o abraçou – Muito obrigada, meu estomago agradece a sua boa vontade.

Hermione terminou de comer e foi lavar a louça, em seguida, foi para a escola. Encontrou a sua melhor amiga sentada em um dos bancos na frente do prédio.

- Bom dia, Halley! - deu um grande sorriso antes de se sentar ao lado da garota – Está um lindo dia, não acha?

- E pelo jeito você está de muito bom humor! - a olhou rapidamente – Posso saber qual é o motivo dessa sua felicidade?

- Na verdade, eu não sei! - deu de ombros – Só acordei assim hoje, acho que nem a aula de Química do Snape vai estragar isso.

- Que bom! - sorriu – Queria estar assim também.

Foi nesse momento que o sinal da primeira aula tocou e os alunos começaram a caminhar em direção ao prédio.

- Acho melhor nos irmos também! - Halley se levantou e pegou a mochila – Não tem jeito, precisamos ir para a aula.

A aula de Química daquele dia seria no laboratório. Todos os alunos se sentaram em dupla em frente a vários potes coloridos.

- Bom dia alunos! - o professor disse assim que entrou no local – Vejo que todos já estão nos seus lugares, assim poupa o meu tempo.

Começou a escrever algumas coisas no quadro branco antes de se virar, novamente, para os alunos.

- Hoje vocês vão identificar que substancias são essas nesses potes – explicou – Vão anotar em um papel e me entregar no final da aula. Qualquer coisa podem me chamar.

- Acho melhor começarmos logo! - Hermione comentou enquanto pegava o primeiro pote.

- Tem razão! - concordou – Você vai identificando o que é enquanto eu vou escrevendo.

Ela concordou o abriu o pote que estava na sua mão. No momento em que o cheiro subiu pelo seu nariz sentiu um tontura repentina e teve que se segurar na bancada.

- O que houve, Mione? - Halley virou-se para ela – Você está se sentindo mal de novo?

- Só estou um pouco tonta! - explicou – Esse cheiro está forte demais, deve ser por isso.

A garota pegou o pote da mão da amiga e o cheirou, não sentiu absolutamente nada.

- Parece cheiro de alguma flor! - comentou – Talvez um perfume, é um cheiro muito bom.

- Acho que você está ficando maluca! - seu rosto estava extremamente branco nesse momento.

- Vou chamar o professor! - disse saindo de sua bancada e indo em direção a mesa do professor.

Snape estava folheando um livro, no momento em que a garota se aproximou ele apenas levantou e ficou a encarando.

- Algum problema, senhorita Potter?- cruzou os braços, como se ela estivesse atrapalhando ele.

- É a Hermione, está passando mal! - explicou – Começou depois que ela cheirou um dos potes.

- Não há nada tóxico! - garantiu – Não precisa se preocupar, a Granger irá sobreviver.

- Mas ela precisa ir até a enfermaria! - completou – Se o senhor deixar eu a levo até lá.

- Tenho certeza de que ela aguenta até o final da aula! - ficou olhando para o relógio – Ninguém vai sair da minha sala agora.

Nesse momento ouviram um barulho de algo caindo. Quando Halley se virou, viu que a amiga estava caída no chão.

- Mione! - ela saiu correndo em direção ao outro – Mione, acorda, fala alguma coisa comigo?

- Potter! - o professor virou-se para Harry – Leve a Granger até a enfermaria da escola.

- Eu? - reclamou mais alto do que estava planejando – Mas eu não fiz nada, professor, só estou fazendo a minha tarefa.

Eu posso levar ela! - Neville disse logo em seguida, enquanto se aproximava e pegava a garota no colo.

- Anda logo, Longbotom! - avisou – Ou então eu vou tirar metade dos pontos seu e da sua dupla.

Ele concordou e saiu pela porta do laboratório. Halley fez menção de segui-lo, mas foi interrompida pelo professor.

- Onde a senhorita pensa que vai, senhorita Potter? - disse fazendo com que parasse em frente a porta.

- Vou ver como a Mione está! - respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Pode ver como sua amiguinha está depois, agora tem um trabalho a fazer! - avisou enquanto se sentava novamente na sua mesa – A não ser que queira tirar um zero.

Hermione acordou assustada. Estava deitada em uma cama, a parede era toda branca e tinha várias prateleiras com coisas que pareciam remédio.

Ouviu a porta se abrir e logo uma senhora baixinha e de cabelo branco entrou, a identificou como Madame Pomfrey, a enfermeira da escola.

- Olá, minha querida! - sorriu para ela e colocou a mão sob sua testa – Como você está se sentindo.

- Estou bem! - respondeu, mas não tinha muita certeza do que estava sentindo – O que foi que aconteceu comigo?

Tudo que conseguia se lembrar é que estava na aula de Química e sentiu um cheiro muito enjoativo. De repente começou a ficar tonta e logo ficou tudo escuro.

- Você desmaiou na aula! - explicou – Te trouxeram para cá. Eu te examinei e não parece que você tenha batido com a cabeça no força. Ainda está se sentindo tonta?

- Não! - sentou-se e percebeu que agora estava bem.

- Posso pedir para ligarem para os seus pais! - sugeriu – Assim alguém vem te levar para casa.

- Não precisa! - garantiu – Tenho certeza de que vou conseguir assistir o restante das aulas de hoje e depois vou voltar para casa dirigindo.

- Tudo bem, se você diz! - deu de ombros – Agora está na hora do almoço, você pode sair daqui quando o sinal da aula da tarde começar.

A mulher saiu e Hermione voltou a se deitar. Logo a porta voltou a se abrir, mas agora era a sua melhor amiga.

- Oi Mione, passei a aula toda preocupada com você – entrou no local meio incerta – Almocei correndo para vir logo aqui.

- Não se preocupe com isso, eu estou bem! - se sentou novamente para pode olhar melhor a outra – Não é agora que você vai conseguir se livrar de mim.

As duas começaram a rir. As coisas aconteceram muito rápido a partir dai, Hermione sentiu um enjoo subindo pela garganta e ela só teve tempo de correr até o banheiro.

Depois que terminou de vomitar, deu descarga e foi na pia lavar o rosto. Encontrou Halley olhar séria para ela e com o braço cruzado.

- Desculpa! - fez uma careta antes de voltar a sentar na cama – Pensei que esses enjoos tinham passado, mais eu estava enganada.

- Todos os seu enjoos acontecem assim, de repente? - ela quis saber logo em seguida.

- A maioria das vezes é de manhã, logo que eu acordo! - respondeu – Mas quando é durante o dia, é de repente.

Halley começou a andar em círculos pela enfermaria. Depois que parou ficou encarando a amiga bem séria.

- Mione, sei que você não quer se lembrar disso, mas eu preciso te perguntar – disse calmamente – Aquela noite que você passou com o meu irmão, vocês usaram camisinha?

Ela ficou em silêncio por vários segundos, seu rosto estava começando a ficar branco. Halley nem precisava saber a resposta.

- Essa não! - passou a mão pelos cabelos – Eu sou mesmo uma idiota. Tantas aulas sobre educação sexual, eles sempre falavam que não podíamos esquecer a camisinha e eu fui esquecer.

- A culpa não é toda sua Mione! - tentou acalmá-la – O meu irmão também podia ter lembrado. Estamos no século XXI, não é obrigação só da garota lembrar disso.

- Você acha que eu posso estar mesmo grávida? - passou a mão pela barriga quase que involuntariamente.

- Não pode negar que há uma pequena possibilidade! - lembrou – Como está a sua menstruação? Atrasada? Ou ainda não está na época.

- Para falar a verdade, está atrasada quase uma semana – deu de ombros – Mas eu nunca fui muito regular mesmo.

As duas se encaram seriamente por um minuto. Hermine suspirou pesadamente e deitou para encarar o teto.

- Eu sou mesmo uma idiota! - comentou – Tanto tempo adiando ter um namorado, mesmo assim consigo engravidar com 17 anos na minha primeira vez, só eu mesma.

- Tenho certeza de que muitas garotas engravidam na primeira vez – comentou – Até por que, você nem sabe se está mesmo grávida.

Esperou que Hermione falasse, mas ela permaneceu em silêncio.

- Você precisa ter logo! - lembrou – Quanto mais cedo souber mais cedo pode tomar uma decisão.

- Tem razão! - concordou – Quero logo tirar essa dúvida da minha cabeça.

- Vamos até o hospital logo que acabar a aula! - sugeriu – Assim você pode fazer um exame de sangue.

- Eu não vou até o hospital! - gritou mais alto do que estava planejando – A sua mãe trabalha lá, é um passo para ela ficar sabendo o que eu fui fazer lá.

- Mas uma hora você vai ter que ir ao médico! - continuou – Uma gravidez necessita de acompanhamento médico, você sabe muito bem disso, estudamos nas aulas de ciências.

- Só que ainda está muito cedo para isso! - explicou – Me deixa absolver toda essa noticia.

- Se você prefere assim! - deu de ombros – Passamos na farmácia quando a aula acabar e compramos um daqueles caseiros.

- Eu prefiro assim mesmo! - completou – E obrigada, Halley. Você está mesmo me apoiando e isso é muito importante.

- É para isso que servem as amigas! - deu um pequeno sorriso – E eu estarei sempre aqui para te apoiar, não importa que decisão você tome.

Hermione não conseguiu prestar atenção direito nas aulas da tarde. Via que os professores estavam explicando alguma coisa, mas nem sabia se tinham passado alguma tarefa para casa, tudo que ela conseguia pensar era na possibilidade de estar esperando um filho e em como isso iria mudar a sua vida se fosse verdade.

- Vamos passar na farmácia que tem aqui perto! - as duas meninas estavam em frente ao carro no estacionamento – Depois você vai precisar de um lugar com banheiro para poder fazer o teste.

- Não quero ir para casa! - disse imediatamente – Imagina se meu pai desconfia de alguma coisa? Vou morrer de vergonha.

- A gente pode ir lá para minha casa, então! - a outra deu de ombros – Meus pais estão não trabalho e só vão chegar de noite, e o Harry ainda tem treino de futebol hoje.

Ela suspirou pesadamente e se encostou mais no veículo. Se vai mesmo ter um bebê, Harry é o pai e não pode se esquecer disso.

- Vamos lá! - estava bem decidida nesse momento.

A morena estacionou o carro em frente a farmácia e Halley foi até lá comprar o teste de gravidez. Voltou cinco minutos depois com uma sacola nas mãos.

- Você tinha que ver a cara da mulher no caixa quando cheguei com isso para pagar! - a garota estava com uma enorme vontade de rir – Quase disse que eu era muito nova para estar comprando isso.

- E nós somos mesmo muito novas para estar comprando teste de gravidez! - quando ela olhou dentro da sacola, tinham três caixas dentro – Por que tudo isso, um já estava bom.

- É sempre bom fazer mais de um! - deu de ombros – Só para ter certeza de que é isso mesmo.

- Então vamos logo! - ligou o carro.

Assim que elas chegaram na casa da família Potter, subiram correndo as escadas e foram diretamente para o quarto da garota.

- Acho melhor você ir lá! - Halley apontou para a porta do banheiro – Vou ficar aqui te esperando.

Hermione fez logos os três testes de uma vez só. Tinha que esperar três minutos para o resultado ficar pronto, mas parece que isso não acontecia nunca. Até que, finalmente: em todos apareceu um sinal de mais.

- E então? - a outra se levantou da cama assim que a amiga saiu de dentro do banheiro – Qual foi resultado, Mione? Diz logo, você esta me deixando nervosa!

- Positivo! - disse depois de suspirar pesadamente – Os três resultados deram positivo.

As duas ficaram se encarando seriamente sem conseguir dizer nenhuma palavra sequer.

- Mas não nenhuma novidade, não é! - sentou-se na ponta da cama – Quero dizer, já estava mesmo me preparando para isso.

- E o que é que você vai fazer agora? - quis saber – Quero dizer, você não fez esse bebê sozinha. Meu irmão vai ter que ficar sabendo.

- Nem me fale disso agora! - pediu - Não pretendo contar para o Harry agora, ele não vai se importar mesmo.

- Tudo bem, acho que eu te entendo! - sentou-se na frente da outra e segurou a sua mão – Mas você, agora, tem três opções.

- Eu nem sabia que tinha opções! - deu um riso nervoso – E agora eu tenho três opções, isso é mesmo muito bom.

- Acho que você sabe muito bem disso, Mione! - revirou os olhos – Você pode decidir não ter o bebê.

- Você quer dizer, fazer um aborto? - Halley balançou a cabeça afirmativamente – Não sei se eu teria coragem de fazer isso.

- Talvez seja a sua melhor opção! - deu de ombros – Não vai precisar encarar o Harry, os meus pais, o seu pai e ainda vai poder terminar a escola e ir para uma boa faculdade. Como você sempre quis.

- E vou mesmo sacrificar a vida de uma criança inocente por causa disso! - passou a mão pela barriga – Por mais que não tenha sido planejado, ela também não pediu para nascer. Não tem que pagar pelos meus erros e do pai dela.

- Então entrega para a adoção! - sugeriu mais uma vez – Assim o bebê pode ter pais que o amem e tenham condições de criá-lo, pais que já tenham terminado o ensino médio que até tenham feito faculdade.

- Não tenho tanta certeza! - ela estava olhando para o próprio sapato nesse momento - Um processo de adoção pode demorar e até lá ele já pode ter crescido e as pessoas só querem adotar bebês, de até dois anos, no máximo. Ele vai crescer em um orfanato e vai me culpar para sempre por tê-lo abandonado.

- Existem milhares de casais nesse pais querendo adotar uma criança! - lembrou – Tenho certeza de que deve ter alguém que já entregou toda a papelada e só está esperando um lindo bebê para levar para casa. E esse lindo bebê pode estar bem ai.

- Mas ele também pode ser adotado por uma família que não goste de crianças – continuou – E que só quer alguém para fazer o trabalho de casa, um escravo e ele vai apanhar todos os dias.

- Francamente, Mione! - revirou os olhos – Você é muito dramática, deve estar vendo muita televisão.

- Só estou sendo realista e pensando em todas as minhas possibilidades! - explicou – É uma outra vida que eu tenho na mão agora, não posso ficar pensando só no meu bem.

- Já que você não quer interromper a gravidez, nem dar o bebê para a adoção – continuou – Você pode ficar com o bebê.

Hermione olhou, novamente, para a a barriga nesse momento. Ela podia mesmo ficar com o filho. Quem melhor para cuidar de uma criança que a própria mãe?

Ela passou grande parte de sua infância sendo ignorada pela sua mãe e isso piorou quando ela se mudou para o Estado Unidos com o novo marido. Por mais que seu pai fosse muito carinhoso e a desse tudo que precisava, sempre sentiu falta daquela presença feminina e não podia deixar o seu bebê sofrer a mesma coisa.

- Mas se essa for mesmo a sua decisão! - Halley continuou – Você vai ter que contar para o seu pai. E para os meus pais, afinal, eles também vão ser avós.

- Eu não posso fazer isso, Halley! - algumas lágrimas começaram a descer pelos seus olhos – Sempre fui a garota perfeitinha, o orgulho do meu pai. Como é que eu posso decepcioná-lo desse jeito?

- Mas a barriga vai começar a aparecer, mais cedo ou mais tarde! - lembrou – Uma hora todo mundo vai ter que ficar sabendo. É melhor ele saber agora do que de outro jeito, vai ser pior.

- Sei de tudo isso! - concordou com a cabeça, não conseguia encarar a amiga nesse momento – Só não estou preparada ainda. Preciso de um tempo, acho que em um mês ainda não vai estar parecendo nada.

- Tudo bem, Mione, mas você tem só um mês para isso – a outra concordou – Depois disso, se você não contar, eu conto. E para o meu irmão, ele tem que ver que a besteira que ele fez tem consequências.

Enquanto isso Harry estava caminhando em direção ao estacionamento do colégio depois que seu treino de futebol acabou. Ouviu passos logo atrás de si e um mão sob o seu ombro, que o fez tomar um grande susto.

- O que é isso cara! - virou-se encontrou Rony rindo divertido – Sou só, não precisa sair correndo e gritar todo assustado.

- É que eu pensei que fosse a Lilá! - explicou – Ela não tem me deixado em paz um minuto sequer, está pior do que a Gina.

- Foi você quem quis ficar com ela! - deu de ombros – Agora tem que lidar com as consequências.

- Harryzinho, meu amor! - a garota veio correndo em direção a eles e abraçou o moreno com toda a força – Eu estava te procurando por todo lugar.

- Também te procurei quando sai do vestiário! - mentiu – Pensei que você tivesse ido para casa.

- Não fui, eu estou bem aqui, seu bobinho! - ficou passando a mão pelo braço dele – O que acha de irmos ao cinema? Depois podemos ir comer alguma coisa.

- Realmente, não vai dar! - fingiu se lamentar – Mas eu preciso ir para casa descansar, você sabe que amanhã tem jogo.

- Isso mesmo! - o ruivo confirmou – E você não quer ser a responsável pelo time da Grifinória perder só por que você decidiu se divertir com o nosso capitão.

- Tem razão! - acabou concordando – Quero ver você lindo naquele uniforme amanhã e ganhando aquele jogo para ficarmos mais perto da taça esse ano.

Deu um selinho nele e voltou, saltitando, em direção ao prédio do colégio.

- Agora que ela já foi embora! - Rony voltou-se para o amigo – O que vamos fazer hoje? Podemos ir lá para casa jogar vídeo game, meus irmãos compraram uns jogos novos muito legais.

- Não vai dar cara, eu vou mesmos para casa descansar! - respondeu – E você deveria fazer o mesmo. Precisamos estar inteiros para o jogo de amanhã.

- Nós não precisamos e você sabe muito bem disso! - lembrou – Esse jogo já está no papo, graças ao nosso amiguinho Malfoy.

- Só que ninguém mais sabe disso! - completou – Meu pai vai ficar me enchendo até se eu não for para cama cedo. E ele desmarcou todos os compromisso para vir ver o jogo amanhã.

- Tudo bem, cara! - revirou os olhos – Acho que a gente se vê amanhã então, dê lembranças a sua irmãzinha por mim.

- Ela já te odeia! - o moreno riu – E você ainda ficar mandando esses recadinhos para ela.

- Não custa nada tentar! - deu de ombros – Quem sabe um dia ela se convence que eu sou o cara da vida dela.

Os dois se despediram e Harry seguiu para casa. Estacionou bem ao lado do carro azul que reconheceu como sendo o de Hermione, isso significa que ela estava lá.

Subiu as escadas e se dirigiu em direção ao seu quarto. Percebeu que a porta do quarto de sua irmã estava levemente aberta e não pode deixar de ir dar uma espiada.

- Você acha que vai ser menino ou menina? - era a voz, inconfundível de Halley. Do que será que ela estava falando.

- Como é que eu vou saber? - agora era a Granger que estava falando – Ainda não tem nem um mês de gravidez, é muito cedo para saber.

Então sua irmãzinha estava grávida? Se ele pagasse o idiota que tinha se aproveitado dela iria pagar muito caro, por mais que os dois não fossem mais tão unidos como antigamente, tinha que protegê-la.

Mas quem poderia ser o pai desse bebê? O Rony estava sempre dando em cima dela, embora ela sempre o estivesse ignorando, mas sempre podia ser fachada, de qualquer maneira Harry acredita que ele teria pedido sua autorização para namorar a sua irmã da mesma maneira que ele fez. Também tinha Draco Malfoy, ele estava sempre a chamando de cometinha e Halley parecia ter uma quedinha por ele. Era, certamente, um bom “candidato”.

- Acho que não importa o que seja! - ela continuou – Tenho certeza de que vai ser a coisa mais fofa do mundo.

- Como é que você pode ter tanta certeza disso? - a outra garota comentou – Quero dizer, não tem como saber com quem ele vai ser parecido.

- O meu irmão é bem bonito, por isso todas as garotas ficam no pé dele – riu levemente – E, por mais que você diga que eu estou maluca, você também é muito bonita, Mione. Não tem como um filho de vocês dois sair feio.

O moreno engoliu em seco nesse momento. Então não era a sua irmã que teria um bebê, era a Hermione, e ele era o pai.

Tinha ficado tão preocupado em conseguir convencê-la a dormir com ele e quando ela cedeu, quis fazer isso com tanta pressa, que acabou esquecendo da camisinha. Foi mesmo muita idiotice sua, ela nunca tinha namorado antes, era obvio que não tomava pílula.

Entrou no quarto de Halley sem ao menos avisar, fazendo com que as duas se assustassem e o olhassem chocadas.

- Isso que eu acabei de ouvir, é verdade? - foi tudo que ele conseguiu falar depois de alguns segundos apenas as encarando.

- É sim! - sua irmã respondeu dando de ombros – Eu acho que a Mione é bem bonita, você não acha, Harry?

- Não foi isso que eu quis dizer! - agora virou-se para a outra garota – É verdade? Você vai ter um filho?

- É sim! - levantou-se para poder encará-lo melhor, estava cheia de coragem agora – Quer saber de uma coisa, é melhor você ficar sabendo logo mesmo. Nem sei por que eu estava querendo te poupar disso.

- Mas não era para isso acontecer, foi só uma vez, uma noite! - começou a andar e passou a mão pelo cabelo, fazendo com que ficasse mais bagunçado do que já era – Não era para você ter engravidado, foi só uma noite.

- Só é necessário uma vez para engravidar, caso você não esteja sabendo! - lembrou – E desculpe não ter avisado para o meu útero que não era para ele fecundar, eu realmente esqueci disso.

- Nem sei por que eu estou aqui discutindo com você! - ele suspirou pesadamente e caminhou em direção a porta – Eu vou para o meu quarto, é o melhor que tenho para fazer agora.

O moreno decidiu tomar um banho, precisava esfriar a cabeça. Colocou uma roupa mais confortável e se jogou na cama.

- Aquela idiota da Granger! - estava olhando para o teto branco do seu quarto – Ela está estragando tudo.

Decidiu parar de pensar em Hermione e naquele bebê. Tinha coisas mais importantes para pensar naquele momento,o seu jogo, por exemplo. A vitória da Grifinória na Sonserina amanhã, era tudo que tinha que se preocupar naquele momento.

***
N/A:
É isso ai gnt, agora não tem mais jeito, a Mione vai ter mesmo um baby. E tb está totalmente decida a ficar com ele (adoro a Mione com atitude kkkkk).
Imagino que todos vocês estejam com vontade de matar o Harry (relaxem q nos proximos caps vocês vão ficar com mais raiva ainda).
É isso, comentem bastante!

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