Seis meses após.
Harry estava acordado há mais de meia hora mas não sentia a menor vontade de se levantar, havia simplesmente coisas demais para processar em sua cabeça. A guerra havia terminado, Voldemort finalmente tivera seu fim, mas tudo isso ao preço terrível de muitas vidas.
Resolvera se mudar temporariamente para um quarto de uma pensão em Hogsmeade. Por mais que considerasse os Weasley como uma família e fosse recíproco não se sentiria bem na toca, ao menos não naquele momento. Tinha muitas coisas para organizar em sua cabeça.
Além disso, o vilarejo, assim como muitos lugares atingidos pelos comensais da morte, precisava de toda a ajuda possível para ser reconstruído, e ele estava feliz em poder fazer algo, o trabalho aliviava seus pensamentos.
Já fazia seis meses desde a batalha de Hogwarts e boa parte da vizinhança já se encontrava em seu mais perfeito estado, algumas lojas, no entanto, continuavam vazias, tendo seus donos fugido ou sido vítimas dos ataques durante a guerra. Pouco a pouco as pessoa começavam a voltar, comerciante abriam suas portas e tudo voltava à habitualidade, as pessoas pareciam felizes e, dessa vez, ninguém mais parecia temer um retorno dos bruxos das trevas.
Não passara todo esse tempo enfurnado em Hogsmeade, é claro. Fazia visitas constantes à toca para visitar seus amigos e, em especial, sua namorada.
Os gêmeos eram as pessoas mais difíceis de ver na Toca, já que haviam se mudado para o apartamento em cima da sua loja, mas naquele dia que Harry resolvera aparecer para o almoço, os Weasley estavam presentes em peso.
George anunciara seu noivado com Angelina Jhonson, cujos pais haviam morrido durante o breve reinado de Voldemort e seus comensais e a sra. Weasley resolveu de bom grado assumir os compromissos de mãe do noivo e da noiva na organização do que prometia ser um grande evento.
Fred cantarolava "fura-olho, fura-olho" para o irmão, fazendo indiretas quanto ao fato que ele é que havia convidado Angelina primeiro para sair, no baile do torneio tribruxo anos antes.
Harry sabia que ele estava feliz pelo irmão e que nunca gostara de Angelina como mais do que uma amiga, só gostava de fazer drama e se divertir à custa dos dois.
- Oh... a traição! – Dizia, colocando a mão sobre a testa com um ar dramático sempre que via os dois juntos.
Naquele momento a sra. Weasley analisava com sua nova candidata a nora as possibilidades de flores, auxiliada por Gina e Hermione. Por algum motivo, esqueceram-se convenientemente de convidar Fleur para dar seus palpites. Angelina já estava se sentindo muito à vontade na sala conturbada da toca, cercada por suas auxiliares. Os garotos limitavam-se a ouvir.
"E lírios com rosas?" Ginny indagou, apontando para uma fotografia
"Lírios brancos são um tanto quanto fúnebres... acho que a ocasião pede todos os sinais de alegria" Hermione interveio.
"Por isso que entrarei com um girassol na lapela!" interrompeu George alegremente, fazendo com que Ron cuspisse longe o suco que estava tomando em um violento acesso de tosse. A sra. Weasley lançou-lhe um olhar de reprovação mas Angelina gargalhou alto.
"Na lapela pode ficar um tanto quanto extravagante, mas acho uma boa idéia para a decoração... grandes e alegres girassóis e gérberas!" Angelina sorriu.
"Sabe, esse negócio de flor na lapela me lembrou um palhaço trouxa que uma vez vimos em um dos filmes que o papai tem ali na garagem..." Fred disse, olhando para seu irmão com um sorriso maquiavélico que o gêmeo parecia começar a compreender.
"Vocês não ousem!" a exclamou irritada. Já fazia algum tempo desde que Fred voltara à vida e ela se sentia completamente à vontade pra brigar com ele como de costume.
Hermione conjurou um vaso e algumas flores e as meninas começaram a analisar as combinações. Isso poderia levar algum tempo.
Os meninos reuniram-se na cozinha, onde beliscavam um bolo que estava arrumado demais para que eles pudessem estar fazendo isso.
"E então Harry, resolveu aceitar a proposta de Kinglsey e se juntar aos aurores?" questionou George. "Rony nem titubeou quando recebeu a carta convite."
"Um emprego no ministério E um diploma honorário de Hogwarts sem ter que passar pelo sétimo ano? Pra que diabos eu teria que pensar pra aceitar?" Rony exclamou animado.
"Respondi a Kinglsey pessoalmente ainda ontem, ele estava observando as obras em Hogsmeade. Resolvi aceitar a proposta também" Harry respondeu. "Terminar o que começamos..." deu um tapinha amigável nas costas de Rony.
"Hermione voltou para Hogwarts... achou que seria mais prudente" Rony resmungou. "Kingsley está interessado em chamá-la para o ministério também, sabe? Ele estava comentando ontem... ficou bastante impressionado com as idéias dela do F.A.L.E. e achou que será uma aquisição importante pro ministério..."
"Trabalhar com elfos domésticos?" Fred e Jorge perguntaram juntos "Fazer o que?"
"Bom... algumas famílias antigas fugiram da Inglaterra deixando tudo pra trás, inclusive seus elfos... outros foram presos e ainda há os mortos... o departamento de criaturas mágicas está abarrotado com esses casos e eles não sabem o que fazer. Não podem voltar para suas antigas famílias porque foram dispensados, mas não querem fazer outra coisa, isso é... não sabe fazer outra coisa que não seja cuidar de uma família de bruxos." Harry respondeu.
"Como os elfos de Hogwarts que se enfezaram com Hermione..." Rony lembrou.
"Exatamente." Disse Harry, tomando um gole de chá.
"Mas me diga, Harry... mudando de assunto... você pretende ficar em Hogsmeade indefinidamente?" George perguntou.
"Não sei... tenho que ver como será esse negócio de auror... sei que seus pais me convidaram várias vezes para ficar aqui mas... acho que não me sentiria bem..."
"Entendo... ah, de qualquer forma você sempre está por aqui, é praticamente um Weasley honorário... e pelo jeito que as coisas andam com Ginny, logo logo será oficialmente membro da família, eh?" George piscou marotamente. "Bom... não quero nem ver o que que vai sair dessa reunião casamentista então vou voltar para a loja... muitas coisas a preparar..."
"Muuuitas coisas" Fred concordou. "Não descarte ainda a idéia da flor..."
"Eu não acho que casamentista seja realmente uma palavra George..." Hermione surgiu na cozinha, balançando a cabeça.
"Que seja, fui!" despediu-se George antes de sumir aparatando para sua loja.
"E a vida em Hogwarts, como vai? Mal tivemos tempo de conversar desde que cheguei aqui hoje... você e todos esses preparativos..." Harry sorriu.
"Bom, temos que agilizar, não é? Pudemos sair esse fim de semana de Hogwarts, eu e Gina, mas não poderemos ajudar mais até as férias de natal. Ah... é bom estar de volta a Hogwarts..."
"Muitos do nosso ano voltaram?" Rony perguntou.
"Ah, sim... a grande maioria, na verdade. Até mesmo Neville, que também recebeu proposta de emprego de Kingsley... acho que ele se sentiu muito tentado na verdade, mas o medo de sua avó falou mais alto" ela riu.
"E os alunos da Sonserina?" Harry perguntou curioso "como estão depois de tudo? A maioria está com os pais encarcerados, mortos ou fugitivos..."
"Acho que é a casa que tem menos alunos no momento. Do nosso ano mesmo acho que só voltaram Parkinson, Zabini, Nott e Malfoy... Ouvi Zabini dizer a Malfoy que muitos alunos resolveram terminar seus anos em Durmstrang."
"Hunf... melhor pra Hogwarts sem essa gente..." Rony resmungou.
"Mas diga, como Malfoy está se comportando?" Harry parecia curioso.
"Ele está... mudado. Não está exatamente amigável, mas ao menos demonstra civilidade com as outras pessoas. Luna algumas semanas atrás esbarrou nele derrubando vários livros e ele até ajudou-a a recolhê-los do chão."
Rony ficou boquiaberto com essa afirmação de Hermione. "Esse é o mesmo Malfoy que estamos falando? O mini comensal? Que tentou matar Dumbledore?"
"Tentou mas não teve coragem..." Harry interveio "E no fim ele acabou dando as costas a Voldemort, talvez tenha caído em si. Dumbledore sempre achou que ele tinha alguma chance de redenção. Tenho pena dele agora, depois de tudo. Com o pai que tem, não é como se ele tivesse muita escolha... Acho que a mãe dele não é de toda má... eu não estaria vivo se não fosse por ela."
"Sei... você contou essa história..." Rony parecia aborrecido e desconfiado ainda.
Harry resolveu apelar para uma mudança de assunto "E os professores?"
"Ah, sim!" respondeu Hermione, percebendo a intenção de Harry "Bom.. McGonnagal agora é a diretora... e continuamos com quase todos os professores... Slughorn está como professor de poções ainda é diretos da Sonserina, temos novos professores apenas para transfiguração e Defesa conta as artes das trevas."
"Quem são?" os dois perguntaram em uníssono.
"Temos Pye... acho que você vai se lembrar dele Rony, ele era o Curandeiro estagiário que cuidou do seu pai, resolveu dar aulas por enquanto depois que os pacientes começaram a desconfiar da capacidade dele por ele ser muito novo ainda e Savage... ele era auror mas foi requisitado para dar aulas em Hogwarts porque ninguém queria o emprego, então ele está por lá até alguém se oferecer... mas não sei quanto tempo os dois ficarão por lá... Savage está louco para voltar pro ministério e Pye anda investigando formas de ingressar numa faculdade de medicina trouxa..."
"Vocês acham que alguém da nossa época vai acabar se tornando professor?" Rony disse, pensativo.
"Bom... é provável. Sabe... a professora Sprout anda dando indiretas a Neville sobre se aposentar e que ele deveria se especializar em herbologia para ficar com o seu lugar. E ouvi ainda alguns dias atrás Nott perguntando a McGonagall depois do jantar o que ele precisaria estudar e fazer para ser admitido em Hogwarts como professor de Defesa contra as Artes das Trevas..." Hermione contou.
"Considerando que o pai dele era do círculo intimo de Voldemort ele deve saber bastante sobre artes das trevas, não sei quanto a defesa..." comentou Rony, cínico.
"Mas ele não fazia parte da turma de Malfoy" Harry lembrou "E não lutou de nenhum dos lados na guerra, só não sei se foi convicção ou impossibilidade..."
"Impossibilidade?" Hermione perguntou, confusa.
"Ele estava preso no porão da mansão dos Nott. O pai o prendeu lá para protegê-lo... passou meses confinado só na companhia do elfo doméstico da família, só foi encontrado quando os aurores conseguiram quebrar os feitiços de proteção para fazer uma batida."
Hermione fez uma expressão horrorizada.
"Como você ficou sabendo disso, Harry?" Rony parecia ainda mais interessado na conversa.
"Kingsley. Eles estão investigando as casas de todos os ex-seguidores de Voldemort. Com a exceção dos Malfoy, que comprovadamente deixaram o lado de Voldemort antes do seu fim por causa de Narcisa Malfoy, todos foram presos e tiveram seus bens confiscados pelo Ministério. Mas o caso dos Nott foi complicado... o velho morreu durante a batalha e o filho não tinha culpa alguma registrada, então tem que devolver todos os bens após as investigações."
"Dá pra entender porque ele quer tanto voltar a Hogwarts... imagine voltar a uma casa sozinho, ainda mais depois de ter ficado preso nela por meses..." Hermione se arrepiou. "Ah, Harry... ainda falando de Hogwarts..." ela interrompeu "Hagrid está precisando de uma visita sua... ele anda meio deprimido depois que canino morreu..."
"Canino morreu?" Harry ficou surpreso, Hermione respondeu afirmando com a cabeça.
"Temos ido vê-lo todo fim de tarde, eu, Luna, Ginny e Neville, mas ele sente muito a sua falta."
Harry corou, não devia ter negligenciado Hagrid dessa forma, tendo ele sido sempre um de seus maiores amigos, em todos os sentidos. "Irei vê-lo ainda essa semana." Garantiu.
"Bom, melhor voltar... as meninas vão sentir minha ausência logo e não quero enfezar a sra. Weasley... afinal, vai que eu termino realmente casando com Rony?" brincou.
"Pensarei no seu caso..." Rony sorriu.
O resto do dia correu tranqüilamente na Toca. Harry e Rony discutiram sobre suas futuras carreiras de aurores e jogaram um pouco de xadrez, Harry perdendo todas as partidas, e as meninas continuaram com os planos do casamento. Embora tivessem chegado a uma conclusão sobre as flores ainda havia muitas coisas a serem resolvidas que faziam Harry e Rony sinceramente pensarem em um dia simplesmente seqüestrarem suas respectivas namoradas pra algum lugar insólito e voltarem casados só para evitar uma festa de casamento.
Harry já estava se preparando para voltar para seu quarto em Hogmeade quando uma grande coruja cinza atravessou a cozinha deixando um envelope imponente em sua frente. Observando o remetente viu tratar-se de uma correspondência de Gringotes, o que lhe pareceu estranho já que nunca antes recebera correspondência do banco dos bruxos antes. Resolveu abri-la ali mesmo.
" Sr. Harry Potter,
O Banco Gringotes vem, por meio desta, solicitar sua presença dentro dos próximos quinze dias para verificar a regularidade de seus cofres e negócios.
Cordialmente,
Brogog
Gerente de contas"
Harry ficou ainda mais confuso após ler a carta. Que se lembrasse, possuía apenas um cofre com o ouro que seus pais lhe haviam deixado e que fora tão útil nos seus últimos anos. E por que ele teria que ir até o banco verificar isso?
"Ah... Gui estava comentando sobre isso ainda ontem, sabe? A segurança do banco foi questionada depois que conseguimos entrar no cofre dos Lestrange, estão pedindo para as pessoas verificarem se tem algo faltando em seus cofres."
Harry corou e teve que segurar sua língua para não comentar o que estava se passando em sua cabeça... não fazia a menor idéia de quanto dinheiro tinha em Gringotes, seus pais lhe deixaram uma boa soma e ficava encabulado de dizer algo na frente de Rony, cuja vida sempre foi tão regrada quanto a dinheiro. Mas a sua situação agora melhoraria... o trabalho de auror era bem pago e os três receberam uma gorda recompensa junto com suas Ordens de Merlin por serviços prestados à comunidade mágica na queda de Voldemort.
Na época Hermione comentou animada que foram os bruxos mais jovens da história a receber a Ordem de Merlin.
"Hum... é... acho que passarei lá amanhã então. Estou precisando mesmo ir até o Beco Diagonal comprar algumas coisas... Você esteve lá não faz muitos dias... sabe se a Animais Mágicos já voltou a atender?"
"Ah, já... eles estão com muitas coisas novas também, uns bichos que nunca vi antes. Está pensando em comprar outra coruja?"
Harry se entristeceu ao lembrar de Edwiges que morrera enquanto tentavam escapar dos comensais da morte. Sentia muita falta de sua companhia mas ainda não tinha pensado em comprar outra coruja.
"Na verdade, estava pensando em comprar algo para Hagrid. Ele que me comprou Edwiges no meu primeiro ano..." explicou, ainda sentido pela lembrança da coruja branca.
"Só nada muito perigoso, lembre-se que nós vamos continuar visitando ele em Hogwarts!" Rony advertiu, preocupado quanto ao histórico de animais de estimação de Hagrid. Harry riu.
Harry recebeu um abraço apertado da antes de ir embora e passou um bom tempo se despedindo de Gina que estava relutante em deixá-lo ir. Apenas com a promessa de ver Harry poucos dias depois quando ele fosse visitar Hagrid em Hogwarts ela consentiu em soltá-lo de seu abraço e despediu-se com mais alguns beijos. Veria Rony logo pois naquela mesma semana começariam seus trabalhos no Ministério da Magia então a despedida dos dois resumiu-se a um até logo e um aceno de longe – até porque Gina continuava grudada firmemente em Harry.
Além do presente para Hagrid, que ele pretendia visitar naquela mesma semana, Harry planejava ainda ver seu afilhado, que ainda não conhecera, um fato que o deixava imensamente envergonhado.
Não é que não tivesse visitado ainda o menino por puro descaso, mas sentia-se ainda muito culpado pela morte de Remus e Tonks, assim como de tantos outros que perderam a vida nas mãos dos comensais da morte. Mas fizera a promessa de cuidar de Teddy e pretendia cumpri-la, custasse o que fosse.
No dia seguinte Harry acordou cedo e animado para cumprir o que tinha planejado. Enviara no dia anterior uma coruja a Andrômeda Tonks que respondeu que ficaria feliz em recebê-lo para o almoço para que pudesse passar a tarde conhecendo o afilhado. Queria comprar alguma coisa de presente, mas não encontrou nenhuma loja aberta em Hogsmeade que pudesse ajudá-lo, de forma que teria de fazer uma visita ao Beco Diagonal.
Foi difícil passar por todas as pessoas que queriam cumprimentá-lo no Caldeirão Furado, a reação dos bruxos que se aglomeravam em torno dele era ainda maior que a euforia demonstrada pelos clientes do bar d primeira vez que estivera lá com Hagrid. Todos queriam apertar a mão do garoto que, de uma vez por todas, aniquilara o Lorde das trevas.
Depois de muitos cumprimentos e badalação, Harry finalmente conseguiu se desvencilhar dos bruxos animados pagando uma rodada de bebidas para todos no bar em comemoração ao fim dos comensais e fugindo para o Beco Diagonal enquanto todos estavam distraídos.
Passou pela vitrine de algumas lojas sem saber exatamente o que procurava. Teddy não tinha mais que seis meses ainda, então uma vassoura não lhe seria de valia alguma ou qualquer equipamento de quadribol, não fazia a menor idéia de qual tamanho ele teria então roupas estavam fora de questão também. Analisou todas as vitrines pelas quais passava mas tudo parecia inadequado para uma criança tão pequena.
Finalmente, quando tudo parecia perdido, achou a loja que precisava. Devia ser nova, pois não lembrava de tê-la visto antes no Beco Diagonal, ou talvez isso fosse porque nunca antes procurara por brinquedos.
Tinha uma fachada de madeira muito bem cuidada e uma grande vitrine de vidro através da qual podia-se ver pequenas bailarinas de porcelana que dançavam, palhacinhos que jogavam tortas uns nos outros, uma réplica em miniatura do trem de Hogwarts passeava por trilhos que flutuavam e bolhas de sabão colorias pairavam pela loja. Decididamente encontraria algo ali para Teddy.
O pequeno Lupin ainda era muito pequeno para muitos dos brinquedos por ali, é verdade... Harry reconheceu em um canto da loja as vassouras de brinquedos nas quais vira crianças brincando na copa de quadribol. Talvez alguns anos mais tarde, pensou.
Acabou levando um urso de pelúcia que mudava de cor quando apertado, um babador auto-limpante que achou que seria muito útil para Andrômeda e um patinho de borracha que, conforme demonstrou a vendedora, nadava sozinho na banheira.
Saiu feliz da loja com suas aquisições em bonitos embrulhos. Faltava agora o presente de Hagrid.
Animais Mágicos era possivelmente a loja mais barulhenta da rua. Toda sorte de animais poderiam ser encontrados lá, desde gatos e corujas a coelhos com a capacidade de se transformar em cartolas. Harry pensou se Andrômeda lhe permitiria dar um desses coelhos a Teddy. A loja parecia mais abarrotada de animais do que da ultima visita de Harry, havia uma grande variedade de pássaros tropicais que não vira antes, macacos, felinos variados e lagartos. Naquele dia em especial, estranhamente, o barulho dos animais parecia dividir o ambiente com músicas alegres que parecia, extremamente familiares a Harry.
"Harry Potter! Que honra...Um grande prazer em conhecê-lo, um grande prazer mesmo... Zenobius Tatcher" o bruxo atrás do balcão o cumprimentou assim que o viu, jogando um biscoito dentro de uma gaiola e fechando a porta assim que um pássaro colorido que antes voava pela loja entrou para buscá-la. Essa tinha sido a reação de todos os lojistas que Harry encontrara até aquele momento, toda a exaltação de verdadeiros fãs..
Harry percebeu que o pássaro engaiolado em cima do balcão o observava com muito interesse também.
"Bonitos, ahn? Estou prevendo que será a nova moda! Trouxe todo um carregamento da América do Sul e da Austrália" o vendedor disse animado. "Tão inteligentes quanto as corujas com um diferencial ainda melhor: eles falam!"
"Olááááááá." O grande pássaro vermelho disse.
"Olá." Harry respondeu meio incerto.
"Olááááááááááááááááááááááá" o pássaro disse novamente.
"É uma arara..." o vendedor explicou impacientemente, colocando a gaiola junto às outras "São as mais burras, não falam muita coisa, mas são ótimas para carregar encomendas grandes que as corujas não conseguem, mas ah... veja este aqui..." ele retirou de uma das gaiolas uma cacatua branca com uma elegante crista amarelada que pareceu muito contente de subir em sua mão. "Este é Lori, uma cacatua australiana... vou te mostrar como são espertos esses bichinhos... você não precisa sequer escrever sua mensagem, é só dizer e ele comunicará ao destinatário..."
"Ah... quase como um telefone..." Harry concluiu.
"Você conhece telefones? Ah, sim... claro... você viveu com os muggles muito tempo, não é?" Harry ficou surpreso quanto ao dono da loja saber esses detalhes, mas o bruxo logo emendou "minha sobrinha estudou com você em Hogwarts. Hanna Abbot" ele sorriu.
Zenobius colocou o pássaro em um poleiro, deu uma tossida e começou a ditar uma mensagem "Ao senhor Harry Potter. Diga a ele que a Animais Mágicos oferecerá um bom desconto para qualquer compra sua em nossa loja."
O pássaro olhou para Harry e de volta para o vendedor parecendo confuso.
"Ele está na sua frente!" o pássaro exclamou e Harry podia jurar que conseguia notar um tom de indignação em sua voz.
"Eu sei, mas quero que você mostre o que sabe fazer, como você fala..."
"Eu estou falando." O pássaro respondeu. Zenóbio o fitava com um olhar de quem pensava se seria possível fazer uma canja de cacatua e Harry precisava segurar o riso.
"Ave insolente..." resmungou
"Eu... pensei ter ouvido música antes de entrar aqui..." Harry tentou mudar de assunto rapidamente antes que o vendedor resolvesse esganar o pássaro branco.
"Oh! Sim! Temos alguns muito bem trinados... veja só... aqui temos um papagaio do congo que canta perfeitamente as músicas de Celestina Warbeck e... Ah! Sim... sim... vivendo com muggles você deve conhecer as músicas deles, certo?"
Harry afirmou que sim com a cabeça, meio confuso.
"Ah! Tenho a coisa perfeita para você aqui..." disse animadamente – ele parecia dizer 'Ah!' com uma freqüência incrível, Harry notou, "chegaram semana passada... consegui um bom desconto neles porque os bruxos não conhecem as músicas dos muggles ou não gostam delas" dizia enquanto abria uma portinha no fundo da loja. Voltou de lá com uma grande gaiola com cerca de dez pequenos periquitos com cores diferentes, parecia muito satisfeito com os pássaros. "Eles cantam qualquer música dos Beatles!" disse orgulhoso.
"Mas os Beatles eram quatro..." Harry disse, aproximando-se na gaiola para ver melhor os passarinhos que empoleiravam-se lado a lado agora.
"Ora, mas eles precisam fazer o instrumental também, não é? Veja só... hum..." ele pensou por alguns segundos, "Ah! Love me do"
Para a surpresa de Harry os periquitos começaram animadamente a cantar a música, os quatro pássaros do meio fazendo os vocais e os demais imitando instrumentos musicais. Eram absurdamente bem afinados, tal qual uma reprodução de um disco. Já havia comprado alguns presentes para Teddy mas não resistiu e ficou com os passarinhos também. Afinal, o pequeno não teria a chance de conhecer seu avô, Ted Tonks que era muggle e seria uma boa forma de entrar em contato com essa parte do mundo que ele desconheceria vivendo entre bruxos.
"Não quer levar um papagaio, uma cacatua?" O vendedor ofereceu, parecia determinado a empurrar a cacatua teimosa para Harry.
"Não obrigado." Ele sorriu. "Na verdade, estou procurando um cachorro... um filhote..."
"Você está morando em uma vizinhança trouxa? Temos Crups que podem ser entregues já com as caudas extras aparadas..."
"Não é pra mim.. é para um amigo. Tem que ser um cachorro grande... que possa entrar na Floresta Negra..."
"Ah! Um cachorro para Hagrid..." ele sorriu, entendendo. "Fiquei sabendo sobre canino... uma pena.. verdadeiramente uma pena... eu mesmo vendi aquele filhote..." disse pensativo.
Harry ficou aguardando para ver o que Zenobius tinha para mostrar, precisava ser um cachorro ao menos do tamanho de canino para poder ajudar Hagrid em seus deveres de guarda-caça.
"Olha... tenho a coisa perfeita para você, mas não aqui. Se me der alguns minutos pare fechar a loja te levarei à loja do meu irmão na Travessa do Tranco..."
Harry ficou desconfiado, a Travessa do Tranco tinha uma péssima reputação e dificilmente coisas boas ou lícitas saiam de lá. Percebendo a expressão do garoto, Zenobius apressou-se em garantir que o que fariam era perfeitamente legal e autorizado pelo ministério.
Deixaram a gaiola dos periquitos na loja pois seria incomodo carregá-la, buscariam-na na volta. Zenobius emprestou uma capa a Harry para que ocultasse seu rosto, mesmo após a prisão de vários comensais da morte ainda havia alguns magos suspeitos rondando aquela região. Finalmente chegaram a um casebre sombrio em uma rua estreita. Zenobius bateu na porta algumas vezes, como um código. Um mago franzino de olhos assustados atendeu a porta "Zenobius! Que está fazendo aqui? Está no meio do expediente..."
"Fiz uma pausa... trouxe um cliente interessado no seu filhote..."
O outro bruxo pareceu animado e recolheu os dois apressadamente, convidando-os a sentar em uma sala com sofás muito surrados que pareciam ter sido mastigados por criaturas diversas durante anos. Havia alguns kneazles em cima de estantes observando atentamente os dois visitantes e tapetes cheios de pelos cobriam o chão. Esperaram alguns minutos e ele voltou carregando o que parecia ser uma moita branca.
"Não é lindo?" Exclamou, colocando a bola pelud ano chão. Harry achou que parecia um puffskein gigante.
"Erm... é , mas... eu estava pensando mais em um cachorro..." disse encabulado.
"Mas ele é um cachorro... bom... não exatamente um cachorro... é uma variedade de lobo, mas são muito mansos quando domesticados, eu garanto!" o bruxo assegurou. Harry não parecia muito seguro disso, mas a bola latiu alegremente e colocou uma grande língua para fora, o que o fez concluir que possivelmente fosse verdade."
"Ele é filhote ainda..." esclareceu Zenobius, que notara a confusão na cabeça de Harry "As mães os abandonam muito cedo então a pelagem serve como camuflagem para que não sejam comidos por outros animais. Mas o pelo longo vai cair quando ele crescer... Venha... vou te mostrar os pais dele..." convidou Harry a segui-lo por uma porta aos fundos da sala que dava para o quintal.
Os cães, se era possível chamar de cão ou mesmo lobo qualquer dos dois animais que se encontrava no quintal. Pareciam uma mistura de um pastor alemão e um urso e tinham o tamanho de um bezerro. Olharam desconfiados para Harry e latiram, um latido que seria capaz de enfartar até uma pessoa com coração plenamente saudável.
Zenobius abriu o cercado que continha os cães e aproximou-se deles, que agora balançavam suas caudas alegremente e lambiam suas mãos e seu rosto. "Viu? Mansos como um gatinho..." e logo emendou para o irmão "É para Hagrid, Zulmar!"
"Eh, Hagrid não terá problema algum em cuidar dele... pra quem já teve um cachorro de três cabeças..." Zulmar sorriu.
A bola felpuda deslizou para baixo de Harry e sua língua começava a fazer uma poça de baba. Harry observou-o por alguns minutos.
"Você me vende uma coleira também?"
Harry trancou o cão, ou o que quer que fosse no seu quarto antes de partir para a casa de Andrômeda, esperando que ele não destruísse muitas coisas em sua ausência. À tarde voltaria para buscá-lo, antes de ir para Hogwarts ver Hagrid.
A casa dos Tonks ficava nos subúrbios de Londres e não foi difícil aparatar até o local com as instruções que Andromeda lhe passara na carta que enviara.
Era uma boa casa, de aparência aconchegante, havia algumas floreiras na frente e Harry podia ver mesmo da rua que tinha um quintal grande nos fundos, o que o fez pensar que Andromeda teria algum trabalho para camuflá-la dos trouxas se Teddy algum dia resolvesse voar ali.
Dirigiu-se até a porta e tocou a campainha.
- Harry Potter... ouvi falar tanto em você – uma bruxa de olhos ternos e cabelos prateados atendeu a porta. – entre... deve estar ansioso para conhecê-lo... Oh! Ele se parece exatamente com a mãe, deus o abençoe... – seus olhos marejavam quando falava da filha – mas tem bonitos olhos castanhos, como os do pai... isso é.. a maior parte do tempo... – sorriu.
Harry ficou confuso quanto ao que ela disse, mas de fato estava ansioso para conhecer seu afilhado.
- Ah... eu trouxe isso aqui... não sei onde posso deixá-los... ou se você gosta de passarinhos, posso levá-los para outro lugar se a senhora não quiser...
- Ora deixe, disso – ela sorriu – eles são lindos! Ted gostava tanto desses bichinhos... aposto que Teddy também irá adorá-los. Vamos deixá-los aqui por enquanto depois eles irão para a varanda nos fundos... Venha – chamou Harry – ele está no quarto ali em cima, mas duvido muito que esteja dormindo... ele passa o dia todo acordado...
Harry subiu pelas escadas, observando várias fotos de Tonks e não pode evitar sentir muita falta dela e de Remus. Faria todo o possível para que Teddy crescesse o mais feliz possível, mesmo com a falta dos pais. Ele sabia quão difícil era crescer sem família, mas o pequeno Lupin ao menos teria sua avó e o padrinho.
O quarto do bebê era tão aconchegante quanto aparentava o resto da casa. Paredes brancas adornadas com alguns desenhos e móveis de cor clara. Estantes com brinquedos decoravam o ambiente, e algumas fotos de Tonks e Lupin estavam em cima de uma cômoda belamente esculpida.
- Ted fez todos os móveis quando soube que seria avô... – Andromeda disse, os olhos cheios de lágrimas.
Na frente da janela estava o berço, adornado com um mosquiteiro e um móbile com miniaturas de pegasos que se moviam batendo suas asas em movimentos sincronizados. O pequeno Teddy Lupin tentava pegar os cavalinhos e bufava frustrado por não alcançá-los com seus braços minúsculos.
Andromeda pegou o bebê do berço e depositou-o nos braços de Harry, que achou mais seguro ficar sentado em uma cadeira de balanço enquanto fazia isso já que nunca tinha segurando uma criança antes.
- Oi Teddy – disse, emocionado – Sou seu padrinho, Harry... – a criança esboçou um sorriso para ele, agarrando seu dedo com curiosidade.
Harry abriu os outros presentes que trouxera, mostrando todos para o bebê que parecia particularmente interessado no urso de pelúcia. Cada vez que o urso mudava de cor, Teddy mimetizava mudando a cor de seu próprio cabelo e rindo.
Então era isso que Andromeda quis dizer quando falou que os olhos eram castanhos a maior parte do tempo, Harry pensou. Ele era um metamorfomago assim como sua mãe.
Depois de se sentir seguro com um pouco de prática segurando a criança, Harry consentiu em descer com Andromeda para o quintal. Teddy parecia entender para onde estava sendo levado e estava muito animado.
Era um belo quintal, com uma grande árvore frondosa onde ela explicou que pretendia colocar um balanço quando o neto fosse mais velho.
Harry sorriu. Seu afilhado seria muito feliz aqui, ele não tinha com o que se preocupar.
A gaiola dos periquitos foi colocada num canto da varanda, mas deixaram a gaiola aberta para que eles pudessem conhecer melhor sua nova casa. Deram alguns vôos baixos no quintal e voltaram para perto dela, empoleirando-se na cerca da varanda.
Almoçaram assim, confortavelmente acomodados em uma mesa na varanda, onde podia-se sentir uma brisa agradável e o cheiro das muitas flores do quintal.
Ouviram as versões de Beatles dos periquitos, o que deixou Andromeda completamente encantada – ela contou a Harry que um dos primeiros show de muggles que fora quando jovem havia sido dos Beatles com Ted – e Teddy parecia maravilhado, observando de sua cadeirinha as pequenas aves.
Depois de algumas horas precisava partir. Já estava se atrasando para ver Hagrid.
Prometendo voltar em breve, deu um abraço apertado em Andromeda e afagou os cabelos do afilhado que tentava segurar suas mãos como se pedisse para que não fosse embora.
- Eu volto, Teddy... – sorriu.
A bola peluda estava relutante em sair do quarto, permanecendo grudada com seus dentes o colchão da cama. Harry teria que pensar depois em como consertar o estrado que o animal fez em seu quarto enquanto estivera fora.
Algum tempo depois e com muito esforço, auxiliado por um bife que teve que descer para comprar, conseguiu colocar a coleira no animal. Sentiu-se muito satisfeito consigo mesmo após essa façanha.
A coleira, aparentemente, tinha sido enfeitiçada, porque o cão, lobo, urso, o que fosse, parecia mais obediente. Fechou a porta cuidadosamente, torcendo para que nenhuma camareira aparecesse ali e visse o estrago causado e desceu as escadas.
Iria a pé para Hogwarts, a caminhada não era muito longa partindo de onde estava em Hogsmeade. Podia avistar a escola de onde estava, era impressionante como conseguiram reerguê-la em tão pouco tempo.
Menos de quinze minutos depois a cabana do guarda-caças já podia ser vista. Hagrid estava parado na frente dela, braços estendidos como se a estivesse protegendo de alguma coisa.
Um bruxo de vestes rosa berrante e capa lilás estava com uma mão na cintura e a outra apontando para Hagrid. Parecia muito afetado, pelo que Harry notava de seus gestos.
- Mas ela é feia! – ele exclamava – Está contaminando todo o trabalho paisagístico...
- Sai... você não vai mexer nela... – Hagrid dizia – HARRY! – ele gritou contente, assim que viu o rapaz se aproximando.
Harry olhou para os dois bruxos meio perdido quanto ao que estava acontecendo ali. Antes que pudesse perguntar alguma coisa, Hagrid o apresentou.
- Este é o ... ele é um magiteto... Está encarregado da reconstrução da escola– Arquiteto bruxo, Harry fez uma nota mental, fazia sentido – E ele quer tirar minha cabana daqui...
- Não vou tirá-la... só quero dar uma melhoradinha... – disse o bruxo, com uma voz lânguida. – Prazer senhor Potter. Ah... fique com meu cartão... daqui mais um mês estarei completamente disponível caso você precise de meus serviços – ele sorriu. Harry pensou que ele lembrava um Lockart muito mais afeminado.
- Está bem, está bem. – o bruxo flamboyant desistiu – eu lavo minhas mãos – fez um gesto no ar como se estivesse efetivamente lavando as mãos e saiu.
Hagrid suspirava com raiva.
- Eu odeio essa bicha louca. – Disse.
Harry riu alto. Era bom ver o amigo novamente.
- Harry! Você tem um loburso! - ele disse, animado, apanhando o animal do chão. – você vai ver como ficam bonitos quando esse pelo todo cai... – afagou o bicho, aninhando-o em seus grandes braços. – Bom você aparecer, posso te dar boas dicas de como cuidar dele, eu sempre quis ter um, isso é, depois que os conheci e...
- Ele é seu, Hagrid – Harry interrompeu.
Hagrid deu um abraço em Harry, levantando o menino do chão e dizendo repetidos "obrigado, obrigado".
- Mas entre... vamos comer alguma coisa antes que esse louco volte aqui me atazanar... – abriu a porta para Harry, colocando no chão o loburso que não perdeu tempo em entrar e se aninhar perto da lareira.
Conversaram sobre as recentes mudanças em Hogwarts, Harry estava realmente impressionado com a recuperação, a escola aparentava nunca ter sido atacada.
- Não vi Fred Weasley ainda depois de tudo que aconteceu... – comentou Hagrid.
- Ah, ele está bem agora. – Harry Garantiu.
- Fiquei realmente impressionado quando me disseram que foi Dacius que o salvou... cá entre nós eu sempre achei que aquele menino não batia muito bem da cabeça...
Harry riu, lembrando-se de Luna, que era considerada maluca por grande parte dos alunos de Hogwarts. Perguntou dela para Hagrid, e de Neville... ouvira o amigo dizer que ia se declarar para Luna durante a batalha.
- Ah, eles andam se evitando, mas acho que tudo vai ficar bem... – Hagrid disse, afagando seu novo mascote – Ela deu um tremendo fora nele, sabe... acho que não quis magoar, mas ela não é muito boa com as palavras, sabe...
Harry concordou... Luna era um tanto quanto avoada e fazia freqüentemente afirmações que deixavam as pessoas constrangidas.
No fim da tarde Hermione, Gina e Neville se juntaram a eles. Gina ficou encantada com o loburso, dizendo que parecia um puffskein gigante e se decepcionou quando Hagrid a informou que ele perderia os pelos.
- Que nome você está pensando em dar a ele? – Hermione perguntou, enquanto o filhote pulava pela cabana.
- Acho que Pipoca... – Hagrid disse.
De fato, naquele momento ele parecia uma grande pipoca quicando, mas Harry sorriu pensando no quão estranho seria um lobo do tamanho de um bezerro chamado Pipoca. Mas depois de um cão de três cabeças chamado Fofo, não se podia dizer mais nada.
Comentários (1)
Aaah! Muito bom esse cap! O afilhado do Harry, ai q coisa fofa. rsrs, e o loburso. kkkk pipoca. Mas a melhor coisa foi os periquitos cantando as cançôes dos Beatles! aai, essa eu morri de rir! Nossa, totalmente fantástico! Fic muito boooa. muito mesmo! Ah claro e o magiteto. kkkk ai gente, q glamuroso! kkkk, fic ótimaa!
2013-04-28