A revolta dos centauros



Capitulo 5


A revolta dos centauros


 


Era tarde do dia três de setembro. O sol batia na vidraça da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas iluminando toda a sala. Os alunos faziam maior algazarra entre conversas e brincadeiras. Elizabeth sentara ao lado de seu melhor amigo, Chris. Alvo ficara com Alicy, para completar o serviço de ciúmes. Drew ficara com Cristopher, o garoto estava muito mudado desde o último ano, não só fisicamente, mas ele aparentava mais legal.


Simas chegou à sala vestindo uma camisa normal por baixo, uma blusa de frio entreaberta até o peito e as mangas puxadas. Uma calça não tão apertada, mas um pouco colada ao corpo. Seu tênis típico branco, seus cabelos bagunçados e seu sorriso branco.


- Boa tarde. – falou dando um sorriso sarcástico.


- Já vem bomba. – comentou Escórpio, fazendo a sala cair na gargalhada.


- Hoje vou lhes ensinar um feitiço bem interessante. – começou Simas sem dar atenção à piada de Escórpio. – O feitiço se chama Incêndio. Muitos aqui já devem imaginar o que tal faz só com o nome, claro. – ele lançou um olhar à Rosa como indicação. – Incêndio, pra quem ainda não calculou o que pode fazer, não faz nada mais nada menos do que atear fogo em tal objeto. Não é um fogaréu, é só uma chama, um pouco maior do que o Lacarnum Inflamarea.


O professor sacara a varinha e apontara para uma clareira que havia ali na sala, murmurando a palavra do feitiço. Um fogo jorrou da varinha do professor e ascendeu a lareira. Alguns alunos ficaram impressionados, outros já estavam acostumados com tal feitiço.


- Hora da prática. Darei uma folha de papel para cada aluno, tal deverá queimar a folha inteira.


Simas entregou uma folha para cada aluno, que os mesmos já começaram a murmurar “Incêndio”, mas não obtiveram sucesso. Rosa foi a única que conseguiu queimar metade da folha em menos de dez minutos, o resto estavam sem sucesso.


Demoraram mais de uma aula para todos queimarem a folha por completo. Alguns estavam exaustos, sorte deles, que agora iriam para o Salão Comunal aguardar o jantar.


Alvo e Alicy correram para a clareira para praticarem o feitiço, como se fossem um casal verdadeiro. Elizabeth mal subira para o Salão e já saiu, com certeza atrás de Bruno. Drew e Cristopher foram para a mesa conversar um assunto que eles não trocaram desde a hora que estavam subindo as escadas. Alicy não parava de olhar em direção ao Drew e ao Cristopher.  


O relógio batera oito e meia e os alunos já estavam descendo as escadarias para o Salão Principal. Alvo cruzou com Elizabeth enquanto ele passava no térreo e ela vinha do corredor de tal andar.


Quando todos os alunos se acomodaram nos lugares, Minerva foi até um pilar onde tinha uma coruja no topo, que abriu as asas quando ela chegou perto. O pilar batia no peito da diretora. Ela parecia que iria começar um discurso.


- Este ano, - as vozes cessaram quando ela começou. – eu e os alunos de todas as casas do sétimo ano, não permaneceremos aqui. É um ano de Torneio Tribruxo e tal acontecimento será ocorrido na escola de Durmstrang. Eu, como diretora de Hogwarts, tenho que acompanhar meus alunos do sétimo ano em tal torneio. Os demais ficarão aqui com os professores. Neville Longbottom, professor de Herbologia, vice-diretor e diretor da casa de Grifinória, será o responsável por atos fora da lei. Se o assunto for extremamente grave, ele recorrerá a mim, uma coruja pedindo a minha solicitação aqui. Espero que isso não aconteça, pois o aluno responsável talvez nunca mais seja visto andando pelos corredores de Hogwarts. Bom apetite.


- Aumentou muito nosso apetite. – comentou Drew dando risadinhas abafadas.


A janta estava incrivelmente deliciosa. Alvo atacara o purê de batata com frango frito e ervilhas. Drew estava se deliciando de macarrão com maionese e presunto e queijo. Elizabeth jantava uma lasanha de peixe que parecia uma delicia. E por fim, Cristopher, estava comendo apenas uma salada de maionese.


- Cristopher, o que você tem? – perguntou Drew notando o que o garoto comia.


- Nada. – respondeu o menino confuso.


Lílian sentara ao lado de uma menina loira de olhos azuis. Era bonita, vestia uma camisa com um desenho que Alvo não reconhecera, uma blusa de frio e uma saia que ia até os joelhos. Aparentava Drew, só que mais novo e feminino.


- Quem é essa Lili? – perguntou Alvo.


- Essa é Cassie. Cassie Rossul... 


- Minha irmã mais nova. – intrometeu Elizabeth.


Eles ficaram um tempo sem falar nada, até que Hugo e outro garoto surgiram na porta do Salão. Estavam com cabelos desarrumados e pareciam que tinham acabado de acordar.


- O que aconteceu? – perguntou Rosa quando os garotos se aproximaram.


- Acabei cochilando e perdemos a hora, o que houve? – falou Hugo. – Ah este é Jones, meu amigo.


O garoto era maior do que Hugo, tinha os cabelos castanhos claros e os olhos verdes escuros. Vestia uma blusa azul e por baixo uma camisa verde escuro lisa. Sua calça era justa e seu tênis mal cuidado.


Ele sentou-se ao lado de Cassie e começou a comer enquanto conversava com Hugo.


Os alunos que estavam no Salão Principal, ouviram galopes se aproximando do castelo. Minerva já estava de pé com a varinha na mão caminhando em direção ao Saguão de Entrada. Estava mais de vinte criaturas metade homem metade cavalo.


Minerva olhava confuso para aquelas criaturas, que são mais conhecidas como centauro. Centauros são criaturas que tem da cintura para baixo, corpo de cavalo e da cintura para cima, corpo de humano. Eles costumam ser musculosos e não são nada agradáveis.


- Desculpe Minerva, mas alguns alunos dessa escola estão atrapalhando nossos dias. – falou um centauro.


De repente, empurrando alguns alunos, Caio, Jhon e George surgiram na primeira fila dos estudantes curiosos.


- Ali estão os garotos! – gritou um centauro.


Milhares de flechas voaram contra Caio e os outros, mas foram bloqueadas por um enorme escudo transparente criado por Minerva.


- Nenhum aluno meu será ferido! – bradou a diretora.


- Mas ele estava andando na floresta, desrespeitando as regras. Terá de ser castigado! – gritou outro centauro lançando uma flecha contra o garoto.


A flecha foi queimando à medida que passava pelo escudo de Minerva.


- Sim, ele será punido, mas não ferido. Com certeza você sabe a diferença entre esses dois termos, certo Noturno? – questionou a professora.


Os centauros estavam em silêncio agora, assim como os alunos. Até que um centauro saiu do meio do bando.


- Desculpe-nos Minerva, aparecer assim. Vamos.


A diretora apenas assentiu e os centauros voltaram para a floresta. Minerva não desviou o olhar deles até sumirem. Lançou um olhar ameaçador para Caio e os dois.


- Todos de volta, exceto vocês três. Hagrid! – gritava procurando o guarda-caça.


O gigante apareceu de repente no Saguão e rumou direto para a diretora.


- Peço que você aumente a proteção na floresta. – falou a diretora e o guarda-caça assentiu. Agora se virando para Caio, Jhon e George. – Vocês, me sigam.

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