O duelo no expresso



Capitulo 3


O duelo no expresso


 


Passaram-se dois dias após o assalto na casa dos Potters. Os culpados foram detidos e enviados para Azkaban. Os Potters agora estavam arrumando as coisas para irem a King Cross, onde embarcariam. Lílian agora lembrava muito Alvo no ano passado. Estava nervosa a ponto de ficar branca. Alvo tentava tranqüilizar a menina o máximo que podia.  


Eram onze horas quando eles encontraram Rony e Hermione. Hugo, o filho mais novo do casal, estava branco também. Iria para Hogwarts junto com Lílian.


- Putz, qual é gente? Relaxa! – falou Rony quando viu os mais novos nervosos.


Eles nem olharam para Rony, continuavam a fixar os olhos no trem.


Estavam todos conversando alto, pois os barulhos das outras pessoas atrapalhavam. Harry estava contando para Rony o que acontecera a dois dias na sua casa. Hermione dava dicas de como catar todos os cacos de vidro do chão para Gina. Alvo, Tiago e Rosa falavam para Lílian e Hugo relaxarem e que ia ser bem divertido.


De repente, Tiago erguera a cabeça, olhou para todos os lados com cara de confuso e falou.


- Onde está Teddy?


Os outros também olharam para os lados confusos.


- Será que ele terminou com Vic? – perguntou Harry.


- Com certeza não. – falou Gina.


O relógio batera onze e meia e os garotos estavam embarcando no trem. Alvo correra por todos os vagões atrás de Elizabeth e Drew. A garota estava no último vagão. Estava encostada no vidro e um monte de alunos conversava alto lá. Ele bateu no vidro e todos olharam para ele, até Elizabeth. Ele fez sinal para ela sair dali, mas ela apenas virara a cara. Alvo entrou no vagão e todos que ali estavam saíram sem ele pedir.


- Elizabeth, olhe para mim. – falou Alvo calmamente.


Ela olhou, mas Alvo percebeu que foi um olhar forçado. Eles ficaram se entreolhando por um tempo, até que Alvo criou coragem para falar.


- Me desculpa, eu fui um idiota, eu não devia ter feito aquilo.


Ela não respondeu, apenas ficou olhando para o garoto. Foi por uma fração de segundos e ele beijara a garota, prensando-a contra as costas do sofá. Elizabeth não o empurrou, apenas retribuiu o beijo.


Depois que eles se separaram, ela deu um tapa na cara de Alvo. Ele levou a mão à bochecha e olhou confuso para ela.


- Eu estou namorando! – bradou a garota.


O coração de Alvo parou ou congelou ou quebrou. Não sabia o que dizer, sabia que estava branco, e suas pernas bambearam. Ele caiu no sofá à frente de Elizabeth.


- Com...quem? – disse gaguejando.


- Bruno Towns. Corvinal. Segundo ano.


Alvo não teve muita reação. Lançou um breve sorriso forçado, levantou e saiu do vagão. Andou devagar e mantinha os olhos no chão, até que trombou com alguém. Ele se virou para queixar-se, mas quando viu que era Drew, sua boca congelara.


- Desculpe. – disse o loiro e já ia saindo, quando Alvo segurou seu pulso.


Drew olhara para o rosto do amigo, que este lhe dera um abraço forte. O garoto apenas retribuiu o abraço confuso. Alvo agora estava chorando, Drew percebera pelos soluços do amigo.


- Desculpe Drew...


- Tudo bem.


- Ela já tem outro.


Drew abrira a boca como se tivesse tomado um choque. Elizabeth em menos de seis meses já conseguira um novo namorado. O loiro teve certeza que ela estava usando o novo namorado para tentar esquecer Alvo. Os dois ficaram por um tempo se abraçando, até que eles ouviram alguém gritar um pouco longe dali.


- PEÇA DESCULPAS GAROTA! – gritava Caio.


Ele estava gritando com Lílian. Jhon e George estavam atrás do comandante. Lílian se encolhia, no lugar onde estava, branca de medo do garoto.


- Ela estava certa. – disse Victoire atrás de Drew.


Caio e os garotos levantaram os olhares para a menina, que já tinha sua varinha em mãos. O trio sacara a varinha, e agora, Alvo percebera que Cristopher não estava ali.


Um feitiço vermelho saiu da varinha de Caio, mas Victoire soltara um feitiço de escudo. As pessoas nos vagões queriam colocar suas cabeças para fora para ver o duelo, mas tinham medo de serem atingidas. Outro feitiço vermelho voou no corredor, mas este saiu da varinha de Victoire. Jhon usara um feitiço escudo.


Jhon ficara responsável por proteger o trio dos feitiços de Victoire, enquanto Caio e George atacavam com feitiços azuis, vermelhos, roxos. Estava um duelo de três homens contra uma mulher. Alvo e Drew sacaram as varinhas. Sabiam poucos feitiços, mas era o suficiente para acertar pelo menos George.


O trio dos garotos estava tão atento em Victoire, que nem percebera que Alvo e Drew lançavam feitiços. Foi por um momento de sorte que algo aconteceu.


- Estupefaça! – gritou Victoire.


- Protego! – revidou Jhon.


Quando o escudo se desfez, Alvo gritou.


- Petrificus Totalus!


Jhon caiu congelado no chão, e os feitiços de Victoire acertaram Caio e George, os arremessando longe.


- Muito bem. – saudou Victoire para Alvo.


 


Eles finalmente chegaram a Hogwarts. Agora estavam caminhando rumo ao castelo. Alvo e os outros se despediram de Lílian e Hugo. O garoto e Drew se arrumaram em um lugar estratégico onde ficavam perto de Victoire e não tão longe de Elizabeth, um lugar bom para ver os novos alunos.


Minerva, a diretora de Hogwarts, estava em pé, de frente para os alunos. Parecia que iria começar um discurso.


- Bem vindos alunos, a mais um ano letivo em Hogwarts. Tenho algumas noticias para dar. Infelizmente, nossa professora de vôo, Madame Hooch, teve de se aposentar, mas felizmente, alguém que já fora aluno aqui, pôde ocupar seu lugar, este alguém é Teddy Remo!


Teddy se levantou e fez uma breve reverencia. Estava mais musculoso e seus cabelos estavam azuis, que radiavam com a iluminação do salão.


- Ele é lindo! – disse Drew.


- Ótimo concorrente para Simas. – comentou Elizabeth.


- É meu namorado. – falou Victoire com um brilho no olhar.


- Sortuda. – retrucou Elizabeth.


- Por que nenhum de vocês tem a beleza dele? – falou Drew enquanto Minerva voltara a falar.


- Porque ele não é da família, é só afilhado do meu pai. – respondeu Alvo com desgosto.


A diretora terminara o discurso e Neville já adentrara no salão com os novos alunos. Alvo viu Lílian e Hugo serem escolhidos para Grifinória, o que causaria um orgulho em Harry e Rony.


O banquete de boas vindas estava deliciosamente comum. Todos comiam, conversavam alto. Alvo já devorava um pedaço do peru com purê de batata. Drew avançara nos frangos fritos e nas batatas fritas.


- Por que ele não nos avisou? – perguntou Alvo para Victoire.


- Ele veio para cá ontem, não sabia ainda que fosse conseguir o cargo. Ele me mandou uma coruja. Minerva o proibiu de contar a qualquer aluno, mas ele correu o risco por mim.


 - Acho que agora já podemos denunciá-lo. – falou Tiago com menção de se levantar. Eles deram breves sorrisos.


A sobremesa estava mais deliciosa do que o ano passado, e agora, Alvo também comia. Atacara a torta de maçã que avistara perto dele. Drew se deliciara de torta de hortelã.


Alvo evitara ficar olhando para Elizabeth, mas às vezes era impossível, principalmente quando ela se mexia, pois ele imaginava se a garota olharia para algum lugar procurando o atual namorado.


Estavam todos empanturrados de comidas, quando agora subiam para seus dormitórios. O dormitório dos alunos da Grifinória do segundo ano ficava no quarto andar. Ao lado da biblioteca. O quadro era praticamente quase o mesmo do dormitório do segundo andar, só que a mulher gorda aparentava ter uns oitenta anos. A do primeiro ano aparentava uns cem anos.


Eles entraram no salão com a senha “Bravura permanente” e Alvo, que estava horrivelmente cansado, subiu para o dormitório e adormeceu. 

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