O surgimento de um herói

- Estão dando mais trabalho que o imaginado, tolos demais para desistir, a batalha já está ganha, eu irei vencer, meus comensais estão em maior número, mas insistem em morrer. Eu não queria que isto acontecesse, sangue puro é algo que não se deve derramar em vão. – Voldemort falava tranquilamente com os comensais da morte que haviam ficado. – Creio, que já está na hora de isto acabar, podem ir, terminem com isto logo, encontrem o garoto e serão recompensados. – Após dizer estas palavras, todos os comensais restantes foram para o castelo.

 

Bellatriz assim que chegou ao solo, foi diretamente em uma criança que estava sozinha com medo, assim que a criança viu Bellatriz, começou a gritar muito e ficou com bastante medo, Bella por outro lado, parecia se divertir com aquilo e encarava a criança apenas como algo qualquer, sem valor algum. Bellatriz começou a destruir tudo em volta da menina, ela ria abertamente enquanto destruía tudo, quando cansou, apenas mirou sua varinha a garota e lançou uma maldição.

 

- NÃO! – Neville de um salto, tira a menina que por pouco não fora acertada pela maldição imperdoável de Bellatriz. – Está tudo bem? – A única coisa que a menina conseguiu fazer foi um gesto de positivo.

 

- Olha quem está aqui, se não é o bebezinho dos doidinhos? Como estão seus pais garotinho? Espero que bem depois do favor que fiz a eles para não terem maior desgosto ao ver o fracote de seu filho. – Bellatriz se divertia muito com aquilo, ria debochadamente com a cara de tristeza que Neville fizera, conseguiu mexer na ferida mais profunda dele.

 

- NÃO OUSE FALAR DOS MEUS PAIS!

 

- E se eu falar, o que você vai fazer? Um bebezão que jamais aprendeu a usar magia corretamente e sequer sabe duelar, como deve ter sido para a vovozinha ter um neto que parecia um ABORTO? – Aquelas palavras foram como uma faca no coração de Neville, estava mais pálido que tudo, Bellatriz se divertia muito com aquilo.

 

- SUA... – Antes de Neville completar a frase, um raio verde passou muito perto de Bellatriz, que se descontrolou e quase caiu de susto. Uma velhinha aparecera naquele momento ofegando e nem parecia que tinha pelo menos uns 70 anos. – O meu neto não é um fracote e nem um bebê sua retardada, se eu pensei que um dia ele foi um aborto, foi um erro meu, e me arrependo muito disso, mas depois de um tempo, percebi que ele é um herói, uma pessoa melhor que muitas no mundo, um garoto que os pais iriam se orgulhar, que fez sim valer a pena o sacrifício de seus pais por ele, eu tenho orgulho de meu neto e não vai ser qualquer vagabunda que vai falar assim dele, AVADA KEDAVRA. – Novamente o feitiço passou raspando em Bellatriz, que agora não exibia mais o sorriso sarcástico e debochado de antes, agora era de fúria e medo.

 

- Vamos lá vovó, mostre-me o que sabe. – Foi a única coisa que Bellatriz disse antes de começar com a avó de Neville um duelo de tirar o fôlego, ambas as varinhas desapareciam em meio a quantidade de feitiços lançados por ambas, o duelo estava muito equilibrado, Bellatriz jamais encontrara uma duelista como aquela, sempre fora muito boa em duelar, matara seu próprio primo que era muito talentoso, mas porque justo aquela velhota ela mal conseguia duelar direito?

 

- Vovó, é só isto que a senhora sabe fazer? – Disse Bellatriz tentando se recompor com a postura medíocre, fria e debochada de sempre.

 

- Quem está tendo problemas aqui pelo visto não sou eu. – A avó de Neville estava certa, Bellatriz estava tendo um certo problema com a aquela mulher, mas tinha que deixar de brincar, teria que partir para um duelo mais brutal e usar as magias que seu Amo lhe ensinara.

 

- MUST AUK! – Por essa a avó de Neville não esperava, um enorme laço preto a enrolara e cada vez mais a apertava, aquilo era magia das trevas que muitos desconheciam. – Paindlikumaks! – O laço havia se soltado da avó de Neville e uma nova combatente estava no campo de batalha indo em direção das duelistas.

 

- HÁ,HÁ, Hogwarts agora virou um asilo de velhotes? – Bellatriz não estava se divertindo, pelo contrário, agora que vira quem era sua nova adversária, não poderia mais brincar, Minerva McGonagall era uma excelente duelista e uma excelente professora de Transfiguração, teria problemas com ela.

 

- Cale sua boca Sra. Lestrange, em sua época de Hogwarts eu lhe ensinei educação não? Mas pelo que vejo, isso é um mal de família. Estátuas ATAQUEM-LA. – Bellatriz mal teve tempo de pensar, estátuas vinham de todos os lados em sua direção e somente o que pensou na hora fora fugir daquele lugar, então voou para longe dali.

 

- M-mas como isso? Como ela conseguiu voar daquele jeito? Isto é impossível não? Quero dizer, isto é impossível sem vassoura. – Neville perguntava, muito assustado, abraçado a jovem que salvara a pouco tempo.

 

- Não Neville, não é impossível, porém somente bruxos muito poderosos podem usar tal magia pois além de ser complexa, é das trevas, e creio que ela teve muitas aulas particulares com seu “Milorde” sobre este assunto. – Falava Prof.ª McGonagall.

 Neville não perguntou mais nada, assim que viu sua avó, simplesmente correu até ela e a abraçou como nunca fizera antes, aquelas palavras que ela dissera para Bellatriz tocaram o coração de Neville como nunca, sempre se achou um fracassado, sua avó sempre lhe ajudara a não esquecer completamente aquilo, mas de uns tempos para cá, ela havia mudado, mas não sabia que ela sentia aquilo por ele, simplesmente deixou as lágrimas caírem pelo seu rosto e sentindo a velha bruxa também chorar pois nunca imaginara aquilo de seu neto.

- Vovó, eu lamento por meus pais e me desculpe por não ser melhor que eles, eu sei que não sou um bom bruxo... - Neville por um momento  se assustou com a reação de sua avó, ela havia lhe dado um tapa na cara que fez ele até calambear. - V-vovó?

- Moleque, eu não te criei pra ser assim, você é e sempre será um bom bruxo, não se desculpe por não ser melhor que seus pais, eles foram grandes bruxos sim, mas você também é, você é igualzinho ao seu pai Neville, um grande homem e igual a sua mãe, uma heroina. - Neville não estava se contendo, ouvir aquilo de sua avó era algo inexplicável, apenas abraçou ela mais forte. 

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