Cap 13

Michelle assim que pegou a carta que tinha caído no chão foi atrás de Thomas Klieny que também estava na biblioteca.

-Thomas- chamou Michelle ansiosa

                Thomas olhou para Michelle e sorriu surpreso.

-Oi, Michelle...

-Thomas nós precisamos conversar, agora- disse Michelle categórica

-Calma, calma- riu Thomas- Mas como não sou de negar pedidos de mulheres charmosas...

                Thomas seguiu Michelle até a Seção Reservada.

-Thomas, não sei se você sabe, mas a sua amada Rose anda recebendo cartas de uma admirador  secreto...

-Como?

-E digamos que esse admirador secreto se chama James Sirius Potter...

-O Potter- disse Thomas cerrando os dentes- Aquele insuportável... Mas ela vive brigando com ele, não faz sentindo...

-Vivia, vivia... Mas se o senhor deseja impedir esse romance, digamos que só tenha que fazer umas modificações aqui- disse Michelle entregando a carta para Thomas

-Entendi... Mas ele deve escrever outra assim que perceber que perdeu, não?

-Certamente, por isso que o senhor vai mudar esse horário para hoje às 18 horas e dar aquele beijo nela, entendeu? Pois, vou dar um jeitinho dele ver...

-E se ele enviar a dele também?

-Não vai, ela só recebe as cartas dele à meia- noite, essa é a nossa vantagem, pois ele nem vai enviar a dele

-Entendi

-Ótimo

                Os dois fizeram o planejado.

-Será que ela não vai notar a diferença na letra...

-É só dizer que um amigo escreveu, pois a letra dele é melhor que a sua, sei lá inventa, mas ela não vai perceber, tenho certeza disso- disse Michelle categórica

-Só tenho mais uma questão

-Diga

-Que tal aproveitarmos que estamos sozinhos aqui?- disse Thomas sedutor

-É por isso que te adoro...

Enquanto isso, James e Clair almoçavam calmamente na mesa da Grifinória, ao lado de Alvo, Lilian e Katherine.

-Como é o sétimo ano? É difícil como falam?- questionou Katherine

-Vejamos... Estamos lotados de trabalhos, exercícios e em novembro faremos um simulado- disse James com um olhar distante- É, acho que é... Mas mesmo assim, ainda não estou achando um inferno...

-Deve ser porque estamos na primeira semana ainda, nem quero ver novembro... - disse Clair arrepiando só de imaginar- O pior é que o Slughorn está me pressionando...

-Pressionando?

-Eu ainda não escolhi o meu curso Jay... Não faço ideia do que quero para minha vida...

-Calma Clair, eu vou te ajudar- sorriu James

-Ah Jay...- disse Clair sem graça olhando docemente para o amigo

                Os dois ficaram em silêncio se olhando por um instante; um olhar cúmplice repleto de ternura.

-James- chamou Lilian

-Sim, maninha

-Quando que o senhor e a senhorita vão criar vergonha na cara e começar a namorar?- questionou Lilian fazendo Alvo engasgar com o suco de abóbora, Katherine ficar paralisada e olhar a volta em busca da Rose (que estava do outro lado da mesa repreendendo o Hugo por não fazer seus deveres).

                James e Clair coraram, permanecendo em silêncio.

-Qual é vocês nunca pensaram nisso? Vocês são perfeito um para o outro!- disse Lilian- Não é gente? Alvo? Kate?

-Lily, eu e seu irmão só somos amigos- disse Clair sem graça

-Não- disse James sério- Nós somos melhores amigos

-Que lindo- disse Lilian olhando para James e Clair

-Sabe...- disse Alvo sem jeito coçando a cabeça- Eu não sou de me meter nessas coisas, mas eu concordo com a Lily- disse Alvo evitando olhar para o irmão

-Al, se você colocar mais lenha nessa fogueira eu juro que o senhor irá se arrepender de ter nascido- disse James olhando para Alvo com um olhar assassino

-E você Kate?- questionou Lilian ignorando o chute que acabara de ganhar na perna- Não adianta me chutar Jay...

-Bem, eu... Não sei não... Talvez o James devesse ficar com uma garota que o coloque na linha... Vocês sabem... – disse Katherine fazendo todos, menos James rirem

-Ha, ha estou morrendo de rir dessa aspirante à humorista- disse James sarcasticamente- Se eu pudesse ficava mais, mas tenho que ir agora...

-Eu vou com você- disse Clair contendo o riso

-Traira- brincou James ao sair do Salão Principal

-Qual é Jimmy, você sabe que é meu amorzinho- disse Clair fazendo a sua melhor cara de anjo

-Sei... Vi lá dentro...- disse James fazendo-se de difícil

-E o senhor sabe que está dentro do meu coração- disse Clair fazendo um coração com as mãos

                James parou e olhou para amiga.

-Então?- disse Clair fazendo uma cara de piedade- Desculpa a sua amiga...

-Não sei não... Estou sentimental hoje... Sensível...- disse James contendo o riso, pois a sua amiga estava levando-o á sério- E o pior...

-E o pior?

-Que além de saber que você riu da minha cara lá dentro ao invés de me ajudar... Que é algo que dói muito sabe...

-Ah Jimmy eu...

- É que a senhorita é nem um pouco sensível com seu amigo que está na TPM- disse James caindo na gargalhada

-Você definitivamente não presta!- disse Clair dando um tapa no ombro do amigo

-Se eu prestasse você não me amaria tanto- disse James chorando de tanto rir

-Acho melhor você correr Potter, pois o senhor vai é chorar de dor agora!- disse Clair fazendo James começar a correr

                James correu que nem um condenado (que era) com Clair logo atrás o ameaçando, até que ele parou exausto próximo da cabana do Hagrid.

-Te peguei!- disse Clair pulando nas costas de James que acabou caindo no chão

-Então quem está de TPM agora?!- questionou Clair dando socos nas costas do amigo

-Está bem, para- disse James rindo- Deixa eu me virar pelo menos...

-Está bem- disse Clair pegando a varinha do James

-Ei- reclamou James olhando para a amiga que estava em pé brincando com a sua varinha

-Opa, opa, opa eu não deixei o senhor levantar!

-Clair, chega, você ganhou, me devolve...

-E?

-Qual é...- disse James coçando a cabeça-E você acabou comigo...

-Diga que os sonserinos mandam, aí eu devolvo- disse Clair sorridente

-Eu não vou falar isso...

-Então tenho duas varinhas agora...

-Depois eu que não presto!- protestou James

-Estou esperando- riu Clair

-Os sonserinos mandam- disse James emburrado

-Ah, não fica com essa cara- disse Clair devolvendo a varinha

-Eu preciso ir agora- disse James pegando a sua mochila que tinha caído no chão

-Eu também- disse Clair pegando a sua mochila- Até mais Jimmy! E lembra-se: Os sonserinos mandam!

                Segundos depois...

-JAMES ME TIRA DAQUI- berrou Clair de cabeça para baixo- SEU GRIFINÓRIO TRAIÇOEIRO

“Levicorpus. Adoro esse feitiço”- pensou James olhando para a amiga

-Então, Clair me convença... - riu James

-Você venceu... Acabou comigo...

-E?

-Os sonserinos mandam?

-Não... Acho que eu tenho que ir agora e vou deixá-la aqui sozinha...

-Está bem...

-Diga...

-Os grifinórios mandam

 -Liberacorpus- brandou James- Não foi tão difícil

                Clair se aproximou do James e deu um soco no ombro do amigo.

-Ai!- disse James- Estamos quites agora. E ai! Para de me bater...

-Agora sim, estamos quites

-Você é mesmo durona sabia...- disse James no meio do caminho

-Você que disse que precisava de uma garota durona no seu grupo- riu Clair- Agora agüenta...

-Se o tempo voltasse- disse James maroto- Ai! Para de me bater, por Merlin!

                Assim que chegaram ao pátio, encontraram os alunos do primeiro ano que aguardavam James para ele continuar a sua história...

 

                Luke estava pensativo dentro da carruagem, quando de repente o cocheiro parou.

-Senhor, eles entraram naquela mansão- disse o cocheiro- Devo esperá-lo?

-Por favor, me aguarde- disse Luke descendo da carruagem e fitando o grande portão que fechava lentamente

                Luke olhou para o portão dava para ele entrar, primeiro porque ele estava fechando vagarosamente e segundo porque ele era neto deles, então os feitiços não deviam afetá-lo. Então, Luke passou pelo portão fechando os olhos, pois imaginava o pior e nada...

“Estou bem”- pensou Luke respirando aliviado e seguido o seu caminho

                Luke cantarolava uma música e girava a sua bengala, ele estava nervoso, sentia um mal- estar estranho e precisava relaxar.

“O que vou dizer?”- questionava-se Luke

-INTRUSO- berrou um dos empregados da mansão

                Luke aquiesceu-se e retirou a sua varinha instintivamente, vendo-se cercado por cinco homens.

-Como o senhor entrou?!- questionou um dos homens- Essa casa tem os feitiços protetores sempre atualizados...

-Eu sou Luke Gael, vim conversar amistosamente com os senhores dessa casa- disse Luke ainda com a sua varinha em punhos

-Mas que confusão é essa?!- disse Anton Owen que ao ver mais atentamente o intruso achou que estava alucinando- Quem é você?

-Sou Luke Gael senhor- disse Luke contendo a vontade de se vingar da sua mãe

-Não pode ser, você está morto- disse Anton atônito- Abaixem essas varinhas, esse homem é meu neto!

                Todos abaixaram as varinhas e Luke olhou para seu avô.

-Você é tão parecido comigo...

-Duvido- disse Luke secamente- Você foi um monstro, como pode abandonar a minha mãe?!

-O homem que o senhor chama de pai abandonou-a primeiro!- disse Anton rapidamente

-Calma aí, o meu pai está morto- disse Luke confuso- Espera, como o senhor sabia que sou seu neto?!

-Ora, o seu pai é o Benjamim Gael, não?- riu Anton

-Não, não pode ser... Ele é meu tio...

-A sua mãe casou-se com o verme do seu pai, Benjamim Gael, ele mentiu para você suponho...- disse Anton

-Não pode ser...

-Ele é um verme, desprezível e assassino! Eu devia tê-lo matado há muito tempo!- disse Anton com ódio em seus olhos

-Respeita o meu tio!- disse Luke caindo em si

-Ele te abandonou como abandonou a sua mãe? Deixou-o com o verme do irmão dele?- questionou Anton

-CALA A BOCA- disse Luke avançando em Anton, mas sendo contido pelos seguranças da mansão

-Tire-o da minha frente!- mandou Anton que se aproximou de Luke, pegou-o pelo colarinho e continuou- Não se atreva a aparecer por aqui novamente! Você está morto e enterrado! Como a vadia da sua mãe!

-Você é mesmo um monstro!

-Ensinem uma lição para esse garoto- disse Anton voltando para dentro da mansão

                Luke foi levado para fora da casa, os seguranças o jogaram na rua e ficaram o olhando.

-Nós te bateríamos e cuspiríamos em sua face, se não fosse quem é...- disse um dos seguranças- O senhor é o doutor dos pobres! Como pode ser neto dele?

-O senhor salvou a minha mãe- disse outro- Obrigado e é melhor não voltar aqui...

-Eu que agradeço por não ter que procurar um médico- disse Luke levantando-se com dificuldade e olhando os seguranças voltarem para a mansão

-O senhor está bem?- questionou o cocheiro

-Sim, podia estar pior, acredite...

-Certamente senhor e eu não sei de nada, certo?

-Certo- respondeu Luke

“O meu tio é o meu pai!”- pensava Luke ao longo do caminho

                Assim que chegou ao hospital, Luke trabalhou o melhor que podia em seu estado de completa confusão. Mas assim que saiu para tomar o chá com os Sperb, a sua mente e seu coração se acalmaram.

 “Esmerald”- pensou Luke sorrindo batendo na porta da casa dos Sperb

-Senhor Gael, por favor, entre- pediu a empregada

                Depois do chá pediu para ficar sozinho com a Esmerald e os pais dela assentiram, mas deixaram a porta da sala de música aberta.

-Você toca muito bem, há quanto tempo você toca piano?

-Desde que me entendo por gente- respondeu Esmerald timidamente- Eu posso tocar outra música, se o senhor desejar?

-Não, eu só gostaria de conhecê-la, você gosta de Shakespeare?

-Bastante!

                Os dois ficaram conversando por 15 minutos e descobriram que tinham muita coisa em comum.

-Nós podíamos ir ao teatro juntos?- disse Luke animado

-Eu ia adorar!

-Mas o que você gosta de fazer?

-Eu amo dar aula! Vou começar a lecionar na escola primária daqui, fica há uns dois quarteirões do hospital, eu conheci as crianças hoje, elas são uns amores. E você?

-Às vezes gosto de andar sem rumo pela cidade, ir ao parque sentar na grama e ouvir os pássaros cantando...- disse Luke com o olhar distante- Aí me lembro da minha terra...

                Esmerald se encantou com a forma que Luke descreveu a vida no campo e pequena vila em que ele tinha crescido.

-Assim você vai me deixa com vontade de ir para lá- sorriu docemente Esmerald- Você nunca pensou em voltar?

-A vida na cidade é muito tentadora e viciante- sorriu Luke- Mas, eu acho que todos os dias sempre acabo desejando voltar... Nem se for para passar as férias...

-Sr Gael- disse Arthur entrando na sala de música- A minha filha precisa descansar, foi um dia cansativo para ela, não foi Esmerald?

-Sim, papai- disse Esmerald

-Receio que devo partir, eu preciso voltar para o hospital- disse Luke que definitivamente tinha perdido a hora- Esmerald, eu adorei passar a tarde com a senhorita e a sua família- disse Luke pegando delicadamente a mão de Esmerald e beijando-a suavemente- A senhorita é uma jovem encantadora e, sinceramente, adoraria revê-la

-Eu também ia adorar revê-lo- sorriu timidamente Esmerald

-Quem sabe não nos encontramos por aí- sussurrou Luke de modo que somente Esmerald ouvisse

                Assim que Luke saiu da casa, Arthur foi até a filha.

-O que ele falou para você?

-Nada papai, só que eu sou muito bonita. Preciso descansar agora- disse Esmerald indo para seu quarto e pensando no belo doutor que ela tinha se apaixonado

                Enquanto isso, na mansão dos Gael, Margareth não saia do seu quarto desde que tinha voltado do almoço com seu filho.

-Eu vou matar o Luke!- disse Helen brava cruzando os braços- Tio Ben faça alguma coisa!

-Calma, irei conversar com seu irmão assim que ele chegar- prometeu Benjamim- Por que a senhorita não vai para seu quarto, é o melhor que você pode fazer

-Está bem- disse Helen emburrada fingindo que ia para seu quarto, mas indo na verdade para o quarto do irmão

                Benjamim foi para seu quarto, onde teve uma surpresa.

-Lua?!

-Olá Ben, quanto tempo...

-O que você está fazendo aqui?

-A hora chegou

-De que?

-Do senhor contar a verdade para seu filho- disse Lua

-Se nem a mãe dele quis contar, por que devo contar?

-Margareth é uma boa mulher, mas não é a responsabilidade dela revelar a verdade, essa responsabilidade é sua Benjamim- disse Lua enfática

-Mas?

-O que teme?

-Que ele me odeie...

-Ele não vai te odiar Ben, Luke é um bom rapaz

                Assim que Luke chegou em casa, ele jantou e depois foi para seu quarto onde quase teve um infarto ao ver a sua irmã.

-Helen, o que você está fazendo?

-Estou te esperando!- disse Helen brava

-Por que?

-Porque por sua causa, a mamãe passou a tarde inteira chorando!

-Minha causa?

-Sim e não se faça de sonso! Qual é o problema dela se casar com nosso tio?

-Helen...

-Ele é um bom homem Luke e os dois são felizes juntos, vê se não estraga tudo!- disse Helen firmemente- Boa noite!

-Mas o que foi isso?!- disse Luke olhando para porta que a irmã tinha acabado de bater

                Minutos depois...

 

-Luke, podemos conversar?- questionou Benjamim batendo na porta do quarto do sobrinho

-Claro- respondeu Luke abrindo a porta

                Benjamim fechou a porta, usou abaffiato e fitou nervosamente Luke.

-O senhor está bem?- questionou Luke

-Antes de qualquer coisa, você precisa saber que eu te amo Luke, que você e a sua família são muito importantes para mim- disse Benjamim olhando nos olhos do sobrinho

-O senhor também é importante para nós- disse Luke sinceramente

-Luke, eu vou te contar uma história que eu não sei se você irá acreditar em mim- disse Benjamim contando toda a história do dia em que Luke tinha pedido demissão

                Luke olhava incrédulo para cada frase que Benjamim falava, até que começou a ficar nervoso e se sentir estranho, no meio da história ele sentou na beirada da sua cama e fitou o homem que em cada palavra revelava ser o seu pai.

-Então é isso Luke, eu sou o seu pai- disse Benjamim sentando-se ao lado do filho

-Você não está esperando que eu te dê um abraço e diga que eu te amo?!- disse Luke levantando-se nervoso- Se não bastasse ter me enganado, ainda teve a cara de pau de inventar essa história! Fada?! Lua?! Fadas não existem!

-Luke, por favor, se acalme

-Sabe o que é o pior?! Eu te defendi hoje, disse que era um bom homem, estava enganado- disse Luke tremendo de raiva- O Anton estava certo e você é um verme desprezível como ele!- disse Luke abrindo a porta e saindo do quarto

-Luke!- disse Margareth saindo do quarto e olhando para o filho- O que houve?

-O homem que chamo de tio, na verdade é o meu pai!- disse Luke que ao perceber a ausência de surpresa na face da mãe compreendeu que ela já sabia- Você sabia e não me disse nada!

-Luke, meu filho, eu...

-Não me chama de filho!

                Luke não suportou aquela revelação e aparatou no primeiro lugar que apareceu na sua mente.

-Doutor?!- disse Carmen surpresa- Você não veio me ver...

-Me desculpe Carmen, tive um dia muito longo hoje- disse Luke contendo-se- Vejo que a senhora já está bem melhor... Não está mais pálida. Que tal examiná-la agora?

                Luke examinou Carmen com cuidado.

-Se a senhora continuar assim, amanhã já poderá sair dessa cama- sorriu Luke

-Obrigada doutor

-As ordens- sorriu Luke- Preciso ir...

-O senhor está bem?

-Como?

-O seu olhar está tão apagado... O que houve?

-Tive um dia cansativo, só isso...

-Mesmo?  Ou o senhor visitou o seu avô?

-A senhora é muito esperta...

-O que te aflige?

-O meu estranho encontro com a minha realidade- respondeu Luke- Adeus Carmen e cuide-se- disse Luke aparatando novamente

                Luke olhou a sua volta e sorriu ao ver a sua antiga casa, a casa que crescera, foi até a porta e abriu-a com cuidado, subiu a escada e foi até o seu antigo quarto que estava do jeito que tinha deixado há tempos atrás, passou a sua mão pela cama empoeirada e deitou-se.

-Bom dia Luke- disse Lua acordando o rapaz

-Por Deus, quem é você? Você tem asas?!

-Eu sou a fada que não deveria existir e o senhor é um jovem cabeça dura que deixou seus pais preocupados do outro lado da montanha- respondeu Lua

-Você existe- gaguejou Luke assustado

-Então, o que preciso fazer para o senhor acreditar no teu pai?

                Luke levantou e fitou a bela fada com curiosidade.

-Interessante- disse Luke olhando para as asas da fada- Você voa?

-Senhor responda a minha pergunta- mandou Lua

-Desculpe-me- disse Luke voltando a si- E com todo respeito não lhe devo explicações

                Luke foi em direção a porta, mas Lua fechou-a.

-Afinal o que você quer de mim?!

-Por que você está com raiva?- questionou Lua

-Eu já disse que não lhe devo satisfações!

-Está com raiva do seu pai por não ter te contado a verdade?

-Olha eu....

-Está com raiva da sua mãe Margareth por ela não ter te contado a história? Ou...- disse Lua se aproximando Luke- Ao me ver descobriu a origem da sua ira?

-Do que você está falando?

-Que ao me ver você perdoou os seus pais, mas ainda há algo que te aflige, que te incomoda, que te perturba...- disse Lua olhando nos olhos do Luke

-Eu...- disse Luke pensativo indo em direção á janela- Por que ela não procurou meu pai? Tudo seria diferente!

-A sua mãe foi uma mulher muito forte Luke, que lutou por você e é isso que importa- disse Lua firme- Não adianta ficar se remoendo no que poderia ter sido, se ela tivesse feito isso ou aquilo, pois o que importa é o presente. Viva o presente Luke, não se perca no passado, pois o passado nunca volta, ele já foi...

                Luke suspirou e sorriu para a fada.

-Estou me sentindo um idiota, um filho ingrato...- disse Luke envergonhado secando uma lágrima que teimava em sair

-Você é um bom rapaz e não tem que ter vergonha de chorar, de sentir raiva- sorriu Lua- Você é humano Luke

-Lua, por que você me ajuda tanto? E ao meu tio, quer dizer, você sabe...?

-Porque sim- riu Lua assoprando um pó dourado no rosto de Luke que fechou instintivamente os olhos

                Assim que Luke abriu os olhos se assustou ao perceber que estava de volta à mansão.

-LUKE- berrou Helen correndo até o irmão e abraçando-o

-Luke meu filho!- disse Margareth indo até Luke e abraçando-o- Fiquei tão preocupada, assustada

-Me perdoa mãe- disse Luke envergonhado

-O importante é que você está bem- disse Margareth abraçando Luke

-Luke!- disse Benjamim surpreso ao ver o filho

                Benjamim queria abraçar o filho e dizer o quanto tinha se preocupado, mas conteve-se, pois temia a reação do Luke.

-Benjamim- disse Luke afastando-se da mãe e indo até seu pai- O senhor seria capaz de perdoar o seu filho cabeça dura?

-Claro- disse Benjamim emocionado- Só se o senhor me perdoar por ter sido covarde e não ter te contado que era seu pai antes

-Está tudo bem pai- sorriu Luke

-Você me chamou de que?- questionou Benjamim emocionado

-De pai eu acho... Mas se o senhor preferir, eu posso chamá-lo de tio...

-Nem pense nisso- disse Benjamim sorridente abraçando o filho

                Quando o relógio bateu indicando oito horas, Luke quase teve um infarto.

-Meu Deus! Eu preciso ir!- disse Luke exasperado

-Se cuida filho- disse Benjamim

-Não se preocupe pai- disse Luke aparatando no hospital

                Luke trabalhou arduamente para ele poder sair as 15 horas, pois ele queria encontrar Esmerald e saber como tinha sido o seu primeiro dia na escola.

-Luke?!- disse Esmerald surpresa fechando a porta da sua turma- O que você está fazendo aqui? Como que o senhor entrou na escola

-Eu estava passando por aqui e resolvi te ver- sorriu Luke encantador- Para entrar eu entrei pela porta da frente mesmo- riu Luke

-Tchau tia!- gritou uma menina de seis anos

-Então, você estava passando por aqui e resolveu me ver?- questionou Esmerald

-Sim, estava passando por aqui e resolvi acompanhá-la até a sua casa... Uma bela dama como a senhorita não pode andar por aí sozinha...

-Que cavalheiro- sorriu Esmerald

-Posso ajudá-la com os livros?

-Claro

-Então, como foi o seu primeiro dia?

-Foi ótimo- respondeu Esmerald descrevendo o seu primeiro dia de trabalho

                Os dois ficaram conversando durante o caminho, até que quando Esmerald percebeu que só faltava um quarteirão para sua casa, ela parou Luke delicadamente com a mão e pediu pelos seus livros.

-Obrigada Luke, adorei caminhar com você- sorriu timidamente Esmerald- Mas acho melhor seguir o resto sozinha, eu não sei se o meu pai ia acreditar que foi só uma coincidência...

-Ora, mas foi não foi?- disse Luke maroto se aproximando de Esmerald o suficiente para sentir a respiração dela

-Luke as pessoas elas estão vendo...- gaguejou Esmerald sem jeito

                Luke conjurou uma rosa e colocou-a entra a face dos dois.

-Para a senhorita

-Obrigada- disse Esmerald pegando a rosa com a sua mão tremendo

                Durante um mês, Luke coincidentemente passava pela escola primária e acompanhava-a até um quarteirão antes do seu bairro.

-As pessoas estão comentando...

-E?- questionou Luke

-Os meus pais estão começando a desconfiar que o senhor não me vê só nos sábados...

-Não se preocupe e se a senhorita está tão preocupada, vou suportar ficar dois dias sem vê-la...- disse Luke fazendo cara de piedade

-Não faz essa cara, por favor- disse Esmerald segurando a mão do Luke

-O que me consola é que a senhorita vai ao casamento dos meus pais nesse sábado

-Com os meus pais e a dona Jasmim

-A sua sombra vai?

-Luke, não fala assim da minha dama de companhia- repreendeu Esmerald- Ela é como uma mãe para mim...

-Que faz questão de ficar lendo todo sábado à tarde na sala de música e justamente no horário que estou lá...

-Ah Luke- riu Esmerald- Agora acho melhor soltar a sua mão e seguir sozinha

-Nós podíamos andar mais devagar na próxima vez que eu te encontrar por aí...

-Sim, mas eu espero que o senhor se lembre do que eu disse...- disse Esmerald envergonhada e olhando para baixo

-Mas eu acredito que não é isso que a senhorita deseje- disse Luke sussurrando no ouvido de Esmerald e despedindo-se

                Quando sábado finalmente chegou Luke estava ansioso para o casamento dos seus pais e também para o que ele planejava fazer...

-Espero que ela goste- disse Luke olhando para o anel de noivado que ele tinha comprado

                O casamento foi pela manhã, à tarde teve um grande almoço e à noite teve um grande baile, em que Luke pediu para que Esmerald dançasse uma música com ele.

-A orquestra é esplêndida- disse Esmerald- E o senhor dança valsa muito bem

-Obrigado- sorriu Luke- E a senhorita também

-Obrigada- sorriu Esmerald- É uma pena eu não poder ficar mais...

-Como?

-Os meus pais estão cansados...

-Então vou ter que adiantar meus planos...

-Que planos?

-De pedir a sua mão em casamento- sorriu Luke

                Esmerald ficou atônita.

-Um minuto de atenção, por favor!- pediu Luke fazendo com que a orquestra parasse de tocar- Obrigado maestro, é só por um instante. Senhoras e senhores, eu gostaria de ter um minuto de vossa atenção. Bem... Eu acredito que todos aqui sabem o quanto estimo a senhorita Sperb e do quanto aprecio a companhia desta dama. Então, senhor e senhora Sperb, eu gostaria de pedir a mão de vossa filha em casamento.

-Certamente, senhor- sorriu Arthur

-Esmerald Sperb, a senhorita aceita se casar comigo?- questionou Luke ajoelhando-se abrindo uma caixa com um suntuoso anel com uma bela esmeralda que encheu os olhos de todas as mulheres que estavam presentes

-Eu aceito- disse Esmerald com dificuldade

                Luke colocou o anel no dedo de Esmerald, levantou-se e roubou-lhe um beijo que teria sido mais longo se não fosse pelo seu sogro.

-Calma rapaz, contenha-se até se casarem- disse Arthur afastando Luke de Esmerald

-Desculpe-me- disse Luke sem graça

-Ótimo, agora vamos brindar!- disse Benjamim animado

 

-Adorei a história!- disse uma pequena sonserina- Adoro finais felizes!

-Mas a história ainda não acabou- riu James

-Como não? Os pais do Luke se casaram, agora ele vai se casar e vão viver felizes para sempre!

-Acontece que toda boa história tem um vilão, alguém aqui sabe de quem estou falando?- questionou James

                Passado uns segundos.

-Acredito que vocês se esqueceram do senhor que mandou espancar o próprio neto há um tempo atrás...

                Anton Owen estava na sua sala lendo jornal quando reconheceu o seu ex- genro e seu neto em uma foto...

-Como eles podem ficar felizes, tão felizes! Esses vermes mataram a minha filhinha! Mas eu vou acabar com esses sorrisos!

-O que o senhor pretende fazer?- questionou um dos seguranças de Anton

-Um desafio de vida ou morte com Benjamim Gael- respondeu Anton- Espero que a minha carta chegue antes dele pegar o trem!

                Na mansão dos Gael, Luke estava no hall de entrada quando percebeu que uma coruja estava chegando, aguardou-a e ao ver o remetente da carta, guardou-a imediatamente em seu bolso.

“Ele não vai estragar a viagem dos meus pais”- pensou Luke

-Luke, chegou alguma coruja?- questionou Margareth

-Não, mãe- mentiu Luke

-Nossa, eu jurava que tinha visto uma coruja... Que seja... Acho que todas as malas já estão aqui...

-Estão sim mãe, eu desci com as últimas há pouco

-Ótimo- disse Benjamim que descia a escada com Helen logo atrás- Luke

-Sim, pai

-Cuida bem da sua irmã- pediu Benjamim dando um abraço em Helen

-Não se preocupe- sorriu Luke

                Assim que seus pais entraram no táxi, Luke foi para seu quarto e abriu a carta.

-Mas que patife!- exclamou Luke pegando uma pena e um pergaminho

                Luke respondeu a carta dizendo que aceitava o desafio, passando, certamente, como seu pai. Logo depois, entrou no quarto do seu pai e pegou um fio de cabelo dele para fazer uma poção polissuco.

                À tarde Luke procurou Sthefan.

-Então você aceita ser meu padrinho?- questionou Luke depois de contar toda história do seu avô para seu amigo

-Claro, mas isso é uma loucura! Luke o desafio não era para você, como que...

-Quanto a isso não se preocupe- respondeu Luke- Hoje à meia noite na montanha das almas

-Esse nome me dá calafrios, mas estarei lá... Mas Luke, ele é seu avô...

-Eu sei, por isso que farei o possível para ninguém morrer nessa loucura...

-Espero que isso seja recíproco...

-Eu também...

                Assim que o relógio bateu meia noite, Luke tomou a poção polissuco e aparatou na montanha das almas. Chegando lá, todos o aguardavam.

-O senhor está atrasado- reclamou Anton

-Vamos acabar logo com isso- disse Luke assustando-se com o olhar de ódio de Anton

-Senhor Gael, o senhor com desafiado escolhe as armas- disse o juiz abrindo uma maleta

-Eu escolho a minha varinha mesmo- disse Luke rapidamente

-Ótimo- disse o juiz pedindo para que Luke e Anton ficassem de costas um para o outro- Ao meu sinal os senhores dão três passos e comecem o duelo. 1, 2 e 3!

                O duelo começou, Luke estava indo muito bem, apesar de ter levado um tempo para se adaptar ao seu novo corpo.

-EXPELLIARMUS- brandou Luke desarmando seu avô- Isso é uma loucura, a sua filha não morreu por minha culpa, eu não sabia da gravidez dela! Vamos seguir em frente!

                Anton riu e levantou-se.

-NUNCA- disse Anton tirando uma outra varinha do bolso- SECTUMSEMPRA

                Luke foi atingindo em cheio, caindo no chão imediatamente.

-LUKE- berrou Sthefan surpreendendo os presentes

-Como assim Luke?- questionou o juiz que ao ver o cabelo até então grisalho ficar loiro e o rosto transformar-se- Meu Deus! Esse duelo está cancelado! ENFERMEIROS

-Não pode ser- disse Anton se aproximando do neto- Por que?

-Eu nunca seria capaz de matá-lo- disse Luke com dificuldade- Você é meu avô mesmo que não queira, eu sou o filho da sua filhinha, sempre serei

-Me perdoa- pediu Anton atordoado

                Luke queria responder, mas não conseguiu, os seus olhos se fecharam e ao abrirem encontraram os da Marie.

-Meu filhinho!- disse Marie abraçando Luke

-Onde estou?- questionou Luke

-Sinto muito pelo seu avô, fico triste em ver como ele se tornou um homem amargurado...

-Eu morri?!

-Não se preocupe você ainda tem uma vida pela frente Luke. Você é um homem abençoado por Deus. E eu tenho muito orgulho de ser a sua mãe.Quando você voltar, eu gostaria que você fizesse uma coisa por mim...

-Claro mãe, não se preocupe- sorriu Luke

                Enquanto isso, Helen escreveu uma carta para seus pais avisando o que tinha ocorrido.

-Helen!- disse Margareth correndo até a filha e abraçando-a

-Mamãe- disse Helen aos prantos- Os médicos não falaram nada ainda

                Benjamim ao ver Anton, pegou-o pelo colarinho.

-Se meu filho morrer, eu juro que te mato!

-Eu não sabia que era ele!

-Solta ele- pediu Margareth- Aqui é um hospital...

-Senhor e senhora Gael- chamou o médico

-Somos nós- disse Margareth- Como o meu filho está?

-O Luke é um rapaz forte, ele está bem- disse o médico

-Podemos vê-lo?- questionou Helen

-Certamente, mas dois de cada vez e aviso desde já que o Luke ainda está sob efeito dos medicamentos- respondeu o médico

                Minutos depois...

-Luke, meu filho- disse Margareth acariciando a cabeça do Luke

-Mãe- disse Luke com dificuldade

-Sim, sou eu- disse Margareth emocionada

                Luke sorriu para a mãe.

-Como está Luke?- questionou Benjamim

-Bem, eu acho- sorriu Luke para o pai que segurava a sua mão

-O senhor foi muito irresponsável- disse Benjamim- Poderia estar morto agora... E o que seria da gente?

-Sinto muito- disse Luke envergonhado- E o Anton?

-Como?- questionou Benjamim confuso

-Como ele está?- questionou Luke

-Ele só pode estar delirando- disse Benjamim preocupado olhando para Margareth

-Eu não estou delirando- disse Luke ofendido

-O seu avô está bem Luke- respondeu Margareth fazendo Luke ficar aliviado

-Eu gostaria de vê-lo mãe- pediu Luke

-Aquele homem quase te matou- disse Benjamim contrariado

-Aquele homem é meu avô e algo me diz que ele está arrependido do que fez- disse Luke determinado

-Eu concordo com o Luke, Anton está atordoado lá fora- disse Margareth

-Ele entra, mas eu fico- disse Benjamim decidido

                Minutos depois...

-Luke, eu sinto muito, por tudo- disse Anton com os olhos inchados e com a sua boca pálida

-Não se preocupe, eu estou bem- sorriu Luke

-Eu espero que o senhor tenha visto as conseqüências da sua amargura, seu velho tolo!- disse Benjamim- Se Marie morreu foi por sua culpa que me impediu de saber da gravidez dela!

-Pai...

-Não Luke, ele tem que saber que o vilão é ele, não eu!- disse Benjamim contando toda a história de como que ele soube que tinha um filho- Agora me diga quem é o vilão?!

-Eu sinto muito, eu pensei que o senhor tinha a abandonado- disse Anton confuso e ainda mais atordoado- Meu Deus, o que eu fiz...

-Anton, nós não podemos mudar o passado, mas nós podemos mudar o nosso futuro- disse Luke quebrando o silêncio- E se serve de consolo, eu encontrei a minha mãe e ela te perdoou pelo o que o senhor fez com ela

-A Marie?- questionou Anton enxugando as lágrimas

-Sim, a Marie e ela me pediu para dizer que ela sempre será a sua filhinha e que te ama muito- disse Luke

-Ah Marie- disse Anton chorando- Eu sinto muito pelo que eu fiz, por favor, me perdoem

                Luke e Benjamim assentiram.

-Eu prometo que os senhores nunca mais verão sequer a minha sombra- disse Anton se despedindo

-Espere- disse Luke fazendo Anton voltar para o quarto- Eu gostaria de conhecê-lo melhor e a minha mãe me disse que o senhor é um mestre do xadrez, eu gostaria de ver se é verdade...

-Será um prazer- sorriu Anton

                Daquele dia em diante, Anton se tornou uma pessoa melhor e Luke ganhou um avô e uma avó, pois os Owen e os Gael se tornaram uma família grande e feliz, na medida em que se permitiram a reescrever a sua história. Mas, todos voltaram um ano depois para aquele hospital...

-Luke, se você continuar andando assim vai acabar fazendo um buraco no chão- disse Anton rindo

-Vô, por Deus, eu estou quase tendo um infarto aqui! Está demorando muito!

-Luke, o seu avô tem razão, senta um pouco- pediu Margareth

                Luke sentou-se ao lado do seu pai.

Minutos depois...

-Senhor Luke Gael- chamou uma enfermeira- Meus parabéns é uma menina! E a sua esposa está bem!

                Luke correu até o quarto da esposa e sorriu ao vê-la sorridente com a sua filha no colo.

-Ela é linda, não é?- disse Esmerald deixando Luke segurar o bebê

-Ela tem os seus olhos- sorriu Luke- Oi pequena- disse Luke beijando a testa da filha

                Luke ficou um tempo com a sua esposa e depois saiu com a sua filha nos braços para apresentá-la a sua família.

-Ah Luke, ela é tão linda!- disse Helen- Qual é o nome dela?

-Marie- respondeu Luke olhando para seus avós e seus pais- Não podia ser outro

 

-Então, o nascimento de Marie Gael marcou  de uma vez por todas o nascimento de uma nova família- disse James finalizando a história- Espero que vocês tenham gostado da história- sorriu James olhando para o relógio e rindo das meninas que choravam- Qual é gente, foi um final feliz- riu James

-Mas, foi lindo Jay- disse Clair enxugando as lágrimas- Nossa já são 16 horas! Eu preciso ir à biblioteca, tenho que pegar uns livros

-Vou com você- disse James- Aí aproveito e vejo você sabe o quê

-Ah, claro- sorriu Clair

                Na biblioteca, Clair pegou os livros que precisava e foi até James, encontrando-o todo transtornado...

-Passou um furacão aqui?- questionou Clair olhando a mesa toda bagunçada- Por que você tirou todo o seu material da mochila?

-Eu... perdi... a carta- gaguejou James

-Calma Jay, nós podemos fazer outra- disse Clair guardando todo o material do James na mochila com um aceno de varinha e retirou um pergaminho e uma pena da sua mochila

-O que você está fazendo?- questionou James

-Pega a pena e escreve, e aproveita que a minha memória é boa- mandou Clair

                James e Clair reescreveram juntos a carta, terminando às 17 horas.

-Eu não sei como te agradecer- disse James envergonhado

-Assinando e dando aquele beijo nela para vocês ficarem finalmente juntos- disse Clair sorrindo

-JAMES- berrou Michelle sendo censurada pela bibliotecária- James, eu preciso da sua ajuda

-Ai- suspirou Clair revirando os olhos e pegando a carta e guardando na sua mochila

-O que houve? Você está bem?- questionou James- Você está pálida...

-É de preocupação James- disse Michelle sentando-se ao lado do James- A Judy desmaiou e precisa de ajuda, por favor, venha comigo e me ajuda

-Claro- respondeu James

-Obrigada, Jay, você é um amor- sorriu Michelle levantando-se e puxando James pelo braço

                No meio do caminho...

-Michelle, para onde você está me levando?- questionou James olhando o relógio- Já faz meia hora que estamos andando!

-Chegamos!- disse Michelle abrindo a porta de uma sala

-O que houve com ela?- questionou James assustado

-Ela bebeu muito sabe...- disse Michelle- Por isso que preciso da sua ajuda, não posso levá-la à enfermaria... Eu e as meninas, deixamos ela aqui, estávamos na biblioteca na área reservada quando ela desmaiou, a bolsa dela está lá até...

-O que é isso?- questionou uma das líderes de torcida olhando o frasco que James estava dando para Judy

-James, sempre preparado- sorriu Michelle acariciando o ombro do James

                Judy acordou e sorriu.

-Onde estou? Por que a minha cabeça está doendo?- questionou Judy confusa

-Eu disse que você devia parar de ficar bebendo por aí- disse Michelle

-O que?- questionou Judy- Onde está a minha bolsa?!

-Eu vou buscar- disse James determinado- Você só tem 16 anos, vê se não acaba com a sua vida cedo- disse James olhando para a Judy e saindo  

                James correu até a biblioteca, chegando lá às 18h 20, foi até a Seção Reservada encontrou a bolsa da Judy no chão, mas ouviu uma voz familiar e seguiu-a.

-Rose, eu te amo- disse Thomas docemente- Por isso, que escrevi aquelas cartas

                E quando James chegou bem perto o suficiente para vê-los, Thomas tinha pegado Rose pela cintura e a beijado ternamente, fazendo-a suspirar logo após o beijo. James fechou a mão que estava livre e saiu de lá com uma mistura de sentimentos.

-James- chamou Clair vendo o amigo transtornado saindo da biblioteca

-Clair, faz um favor para mim

-Claro

                James entregou a bolsa da Judy, explicou onde ela estava e pediu para a amiga devolver a bolsa.

-Mas James, o que houve?- questionou Clair preocupada

-Sabe a carta que você guardou antes da Michelle chegar até a gente- disse James com lágrimas nos olhos- Se você tiver a mínima consideração por mim, se você me ama como á seu irmão, por Deus Clair, queima aquela carta

                Clair olhou assustada para o amigo e viu-o sair da biblioteca.

-Ai Deus me ajuda-disse Clair saindo correndo da biblioteca para cumprir o que tinha dito 

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