Cap 12



James andava sem rumo por Hogwarts com os pensamentos a mil por hora, mas quando deu por si percebeu que seus passos o levavam para o Salão Comunal da Sonserina.


“Clair”- pensou James que assim que viu um aluno da Sonserina pediu que esse chamasse a Clair Greengrass


-Vamos, é urgente!- disse James ansioso


                Minutos depois.


-Jimmy! Imaginei assim que olhei para o relógio- sorriu Clair- Nossa você está com a cara péssima... O que houve?


                James explicou o que tinha acontecido.


-A minha vida não faz mais sentido...- suspirou James desolado


-É natural que você se sinta assim... Você está com o coração partido e tal... Mas Jay, ela não tinha dito que ti amava ontem, como mudou assim de uma hora para outra?


                Foi então que James ergueu a cabeça que até então estava baixa.


-Sabe de uma coisa, eu tenho certeza que ela te ama!- disse Clair levantando-se do banco em que estava sentada ao lado do amigo- Vamos James, levanta desse banco, ergue essa cabeça- disse Clair puxando James pelo braço


-Ei- reclamou James rindo


-Foi a sua abordagem que estava errada!


-Como?


-A Rose é do tipo certinha, sabe? Não quebra regras nem nada e você?


-Que tem eu?


-É um fora da lei como eu- riu Clair


-Com muito orgulho- sorriu James


-Igualmente. Mas se o senhor quer conquistar a Rose, tem que ser um homem romântico e sensível! Está entendendo?


-Sim, eu acho...- disse James confuso


-Vou te contar uma coisa James- disse Clair baixinho- Se tem uma coisa que toda mulher sonha é com um admirador secreto, sabe... Cartas de um admirador secreto... Ouvi dizer que por aqui tem um ótimo escritor que está no sétimo ano...


                James sorriu sem graça.


-Não precisa ficar da cor da sua Casa- riu Clair abraçando o amigo- Boa noite Jay, eu preciso ir agora- disse Clair olhando o seu relógio- E o senhor também


-Obrigado, não sei como ti agradecer...


-Eu poderia pedir muitas coisas pervertidas- riu Clair marota- Mas eu só quero que você me prometa que vai manter esse brilho nos seus olhos


                James riu.


-É sério Jay, eu não gosto de vê-lo triste...


-Eu não estava rindo disso- disse James sério


-Do que o senhor estava rindo?- questionou Clair cruzando os braços fazendo-se de ofendida


-Dos desejos pervertidos que a senhorita tem comigo- disse James arqueando a sobrancelha


-Ora, ora Potter como se o senhor não me desejasse- disse Clair marota jogando os longos cabelos loiros para trás


-Vocês dois...- disse Slughorn do nada assustando James e Clair que ficaram bem envergonhados- Hã?!


-Professor, bem, é, nós, você sabe- disse James gaguejando a cada palavra


-Eu sei o que Potter?- questionou Slughorn


-Que nós só estávamos brincando- respondeu James ainda mais vermelho


-Brincando?- questionou Slughorn confuso


-É professor, eu e o James só somos amigos e estávamos só brincando um com o outro- disse Clair que estava bem envergonhada


-Brincando um com o outro?- questionou Slughorn arqueando a sombrancelha


-Isso- responderam James e Clair juntos


-Olha, eu não sei e nem quero saber o que os dois estavam fazendo naquele banco, mas só quero lembrá-los que tem crianças nessa escola!- disse Slughorn sério


-Mas professor?!- disse James assustado


-Não me interrompa Potter! Tem crianças nessa escola que poderiam ter visto essa brincadeira de vocês!


-Professor!- disse Clair indignada


-Senhorita vá imediatamente para seu dormitório e o senhor também!


-Professor! Seja razoável!- pediu James


-Estou sendo muito razoável com vocês! Eu deveria puni-los, mas como a vestimenta de você diz que os senhores só brincaram mesmo, então vou deixar para lá. E Potter, o senhor conhece muito bem esse castelo, então o senhor deve saber que aqui deve ter um lugar mais adequado para essas brincadeiras. Anda o que os senhores estão esperando?!


“Que dupla mais esquisita... Só ia perguntar o que eles estavam fazendo acordados... Sempre desconfiei mesmo... Estávamos só brincando... No meu tempo essa palavra era inocente...”- pensou Slughorn rindo


Naquela noite James só dormiu depois de ter escrito uma carta para a Rose. Ao nascer do sol, James foi direto para o corujal e enviou a primeira das sete cartas que ele ia escrever, sendo que na última ele planejava se revelar.


                Assim que ele entrou no Salão Principal, seus olhos buscaram pela sua melhor amiga e não a encontrou.


“Cadê a Clair? Já são quase 7 horas...”  


                James não encontrou a Clair no café da manhã e começou a ficar preocupado...


“Será que ela... Não, não é nada a ver com a Clair se esquentar com que os outros pensam...”


                Clair não apareceu na primeira aula (que era de Transfiguração) e James decidiu procurar pela amiga, assim que a aula terminou. Pegou o mapa do maroto e viu o nome da amiga em um banheiro.


“O que a gente faz pelos amigos...”- pensou James decidido à entrar no banheiro caso fosse necessário


                Enquanto isso...


                Clair estava sentada em cima da tampa do vaso chorando desde que tinha lido a carta do seu namorado (que sua mãe enviou para ela), na qual ele terminava com ela. Clair chorava de raiva e de tristeza quando ouviu uma voz masculina ecoar pelo banheiro.


-Clair! Não me obrigue a entrar nesse banheiro! Saia daí ou vou entrar e ti tirar à força daí!- berrou James- Vou contar até 5 e acho bom você aparecer!


“É o James!”- pensou Clair emitindo um leve sorriso- “Ele não pode me ver assim...”


-5!- gritou James fazendo o sinal da cruz antes de entrar no banheiro


                James com um aceno de varinha abriu todas as portas menos uma.


-Vou ter que arrombar a porta ou a senhorita vai sair daí por livre espontânea vontade?- questionou James em frente a cabine que a sua amiga estava


-James vai embora!- pediu Clair


-É agora que eu fico mesmo!- disse James decidido- Estou na cabine que fica à sua direita, nada como passar uma manhã sentado num vaso...


-James, se ti encontrarem aqui...


-Como se eu me preocupasse... Por que você está presa nesse banheiro e chorando?


 -Eu não estou chorando!


-Se não está chorando, por que você está com essa voz?


-Você não desiste...


-Desistir é uma palavra que eu não tenho no meu dicionário


                Foi então que James viu um envelope surgir no chão.


-Que isso?


-Leia...


 


Clair,


 


Não sei como, mas simplesmente aconteceu... Preferia falar por telefone, mas no seu internato você não pode usar...


Conheci outra pessoa e fiquei com ela, decidimos namorar...


Eu a conheci nesse final de semana, eu espero que você não fique muito brava...


Sinto muito,


Peter


Ps: Espero que um dia sejamos amigos.


 


-Que filho da...- disse James respirando fundo- Clair, ele é um idiota! Se eu fosse você, eu o mandava enfiar essa carta em uma via bem exógena, se você me entende!


-Bem naquele lugar!- disse Clair enxugando as lágrimas


-Exatamente!- disse James subindo no vaso- Então, que tal? O que está esperando?


                Clair olhou para o amigo e sorriu.


-James, a minha educação não permite fazer uma coisa dessa...


-Deixa a sua educação para as pessoas que valem à pena- disse James sério


-Sabe de uma coisa, você está certo!- disse Clair decidida abrindo a porta da cabine para alívio de James


                Clair foi direto para a pia, lavou o seu rosto e ficou com mais raiva do Peter, pois estava com os olhos bem inchados.


-Você está linda- disse James colocando a sua mão no ombro da amiga


-Não minta para me fazer ficar bem, eu estou horrível! O que as pessoas vão...


-Desde quando a senhorita liga para que os outros pensam?!- disse James interrompendo a amiga


-Você está certo!- disse Clair respirando fundo


                Assim que os dois saíram do banheiro, eles foram para a biblioteca e escreveram uma carta repleta de xingamentos, depois foram para o corujal e enviaram a carta para a casa da Clair.


-Agora a minha mãe ou meu pai vão botar num correio trouxa- disse Clair olhando para a coruja que sumia no horizonte- Será que ele vai responder?


-Sinceramente, não- respondeu James sério- Ele sabe que merece, pelo menos eu não responderia... E se ele responder, não vale à pena ler, não é mesmo?


-Exato!- disse Clair que já estava bem melhor- E James...


-Que?


-Obrigada- disse Clair abraçando James


                Nesse dia, Clair quase acreditou que o amor não passava de uma ilusão, mas ela se lembrou da forma com que James falava da Rose e do modo que essa olha para o James, e mudou de idéia, decidindo ajudar o seu amigo e de alguma forma se ajudar também. Mas esse dia não teve só lágrimas, pois James continuou a sua história e para o triplo de crianças que tinha da última vez, pois a história que ele tinha contado de alguma forma se espalhou entre os alunos do primeiro ano...


 


Luke ficou na praça até o fim da peça e depois foi, de fato, encontrar com seus amigos na taberna, eles tinham combinado de sair para beber, relaxar e, principalmente, se divertir.


-Obrigado John, pode voltar para casa- disse Luke ao descer da carruagem


-Não quer mesmo que eu ti espere?


-Pode ir vou ficar bem- disse Luke despedindo-se do cocheiro


                Assim que Luke entrou na taberna, ele chamou a atenção das cortesãs que trabalhavam no estabelecimento devido a sua beleza; Luke era alto, loiro, de olhos azuis expressivos e penetrantes, tinha um ar misterioso e sério, mas que ao conversar revelava-se um homem bem humorado de sorriso encantador.
 


Luke foi até aos seus amigos, Sthefan Walter (24 anos), Jacques Le Goff (26 anos) e Simon Boyer (25 anos).


 -Finalmente!- disse Sthefan animado cumprimentando Luke


                Luke sentou-se depois que cumprimentou seus amigos.


 -O que o senhor deseja?- questionou o garçom


-Uma dose de whisky, por favor- pediu Luke


-Então Luke, vamos jogar!- disse Jacques animado embaralhando as cartas


-O que vocês estão jogando?


-Pôquer- respondeu Simon


                Luke sorriu e os quatro começaram a jogar. Passado um tempo, entre bebidas e jogo, Jacques foi embora, pois ele era casado.


-Tenho que ir, se não durmo no sofá...- sorriu Jacques despedindo-se dos amigos


                Com a saída de Jacques, a partida de pôquer terminou, dando lugar à conversa e ás mulheres.


-Um brinde á boemia!- brandiu Simon alegre com duas cortesãs em seu colo


-ÉÉÉ- disseram Luke e Sthefan


                Simon e Sthefan acabaram subindo, enquanto que Luke decidiu voltar para casa.


-Mas o senhor já vai?- questionou a cortesã acariciando o rosto do Luke e fazendo-o sentar-se novamente- Será uma pena um jovem tão belo nos deixar... Você, quer dizer senhor, eu não me lembro do senhor...


-Pode me chamar de você... Só morei um ano aqui... Só vinha á Ipswich para visitar minha família- disse Luke calmamente- Quanto tempo a senhorita está aqui?


-Há muito tempo... Desde meus 18 anos... A senhora Goleman me acolheu, estava sozinha e desamparada na rua... E pode me chamar de você, é estranho ouvir senhorita... Então, vamos nos divertir lá em cima?


-Você é bem direta- sorriu Luke coçando a cabeça- Há um tempo atrás até iria, mas eu agradeço, preciso ir- disse Luke se levantando


-Está bem... Tenha uma boa noite então...


-Você também- disse Luke pegando a mão da bela cortesã e beijando-a


-Obrigada- disse a cortesã corando


                Luke tinha terminado de se arrumar, quando ouviu: “ALGUÉM ME AJUDA”. Ao olhar para trás, viu uma senhora descendo a escada correndo.


-UM MÉDICO


-Eu sou médico- disse Luke indo em direção à senhora e encontrando-as na escada


-A mãe Carmen, ela não está bem... A febre subiu, ela não está falando coisa com coisa...- dizia a senhora Abgail na medida em que andava em direção ao quarto em que estava Carmen


                Luke retirou a sua maleta de médico da bolsa de contas que guardava de baixo da blusa e examinou Carmen cuidadosamente.


                Um tempo depois...


-O que ela tem?


-Pneumonia- respondeu Luke


-Deus, ela que é a dona daqui, como vamos ficar?- disse Abgail preocupada


-Vocês vão ficar bem, está no início ainda- respondeu Luke- Ficarei aqui até a febre abaixar


-Deus te abençoe- disse Abgail


-Amém


                Luke ficou cuidando da Carmen durante a madrugada e acabou adormecendo em uma poltrona. Ele acordou com uma leve dor nas costas, ouvindo vozes...


-Nós podíamos tirar a roupa dele


-Ele é tão bonito


-Meninas, ele estava cuidando da mãe Carmen, demonstrem gratidão!- repreendeu Abgail


-Bom dia senhora e senhoritas- sorriu Luke encantador


-Como ela está?- questionou uma das cortesãs


-Ela está bem, dormi aqui assim que a febre abaixou- respondeu Luke


                Foi então que Luke ouviu uma voz fraca ao fundo:


-Marie- disse Carmen virando de um lado para outro da cama


-Ela sempre tem pesadelos com essa Marie...- disse uma das cortesãs


-Quem é Marie?- questionou Luke curioso


-Não sabemos...- respondeu Abgail


-Bom dia Mãe Carmen- disseram as mulheres que estavam no quarto


                Carmen tinha acordado e fixou o seu olhar no Luke que corou.


-Esse é o doutor Gael, mãe Carmen, ele cuidou da senhora durante a madrugada- disse uma das cortesãs- Vejo que a senhora se encantou com a beleza desse rapaz como nós...


                Luke cumprimentou a senhora cordialmente e sorriu. Enquanto Carmen continuou olhando para Luke com curiosidade e espanto.


-Deixem- me a sós com o doutor- pediu Carmen com dificuldade pela doença e também pelo assombro causado pela presença do Luke que de um modo a remetia ao seu passado...


-Algum problema? A senhora não está se sentindo bem?- questionou Luke calmamente


-Você... Os seus olhos... Cabelo... Jeito... Sorriso... Meu Deus! Você...


                Luke começou a achar que Carmen estava delirando e foi até a sua maleta.


-Eu estou bem doutor- disse Carmen que assim que viu Luke retirando um crucifixo de prata da maleta teve certeza que aquele jovem só podia ser o filho da Marie


-Quem te deu esse... crucifixo?


                Luke olhou para o crucifixo de prata que tinha deixado na cômoda para pegar o termômetro e depois olhou para Carmen.


-Carmen, eu só vou medir a sua temperatura, aí respondo


-Não precisa, você é o filho da Marie, tenho certeza!- disse Carmen olhando para Luke e impedindo-o de colocar o termômetro debaixo do seu braço- Luke, você tem uma mancha no braço direito? O bebê da Marie tinha como ela...


                Foi então que Luke olhou assombrado para Carmen e sentou-se na beirada da cama assustado, fitando o seu braço direito que ele não tinha levantado por um instante sequer a manga da sua blusa.


-Como que você sabe?


-Doutor, o senhor não sabe o quanto a história da sua mãe me atormenta... Pobre moça... Pobre bebê... Pensei que o senhor tinha morrido como ela...


-Qual era o nome dela e como você a conhecia?


-Ela se chamava Marie Owen quando a conheci, ela tinha se desquitado e morava numa casa abandonada, fui contratada para cuidar da moça grávida até o parto... Como ela era bonita e alegre, nos tornamos amigas, ela me contou que tinha se casado com um homem bom que se transformou... Se esqueceu do que tinha os unido... Mas o perdoava por tudo, pois ele não sabia do bebê... Ela queria o melhor para você Luke, nos últimos meses começou a sonhar com vocês morando em uma casa no campo rodeados de ovelhas...


-Ela queria ficar comigo?- questionou Luke emocionado


-Sim, por isso que a ajudei a fugir da sua avó, Josephine Owen que apareceu para ajudar no parto e bem você sabe... Se livrar de você...


-Sei...- disse Luke com a cabeça baixa desolado- E o meu avô?


-O nome dele?


-Isso


-Bem, eu acho que é Anton, eles vivem aqui ainda numa bela casa no final da colina... Aqueles desalmados, mataram a própria filha e acabaram com a minha vida, além de é claro me culparem por tudo...


-Eles se interessaram em saber se eu estava vivo, pelo menos...


-Sim, com a morte da filha, eles queriam o neto, para falar que o filho era deles sei lá... Mas não te acharam, já era tarde... Eles há encontraram duas semanas depois... Logo, você bem... Eles acharam que algum animal ou criatura mágica tinha te devorado ou algo do tipo... Esse foi o meu fim, rezei tanto para achar o bebê e aqui está- disse Carmen começando a chorar e abraçando Luke- Você ficou tão lindo quanto a sua mãe, é tão parecido com ela e com seu avô Anton, meu Deus


-Você tem uma foto dela?


-Sim, aqui está. Ela era tão alegre e sorridente- disse Carmen mostrando a foto de Marie grávida girando com os braços abertos


-E o nome do meu pai... Você tem alguma idéia?


-Nenhuma, Luke, ela nunca mencionou o nome dele para mim...


-Mas, é claro! Ele a abandonou!- disse Luke com raiva


-Luke, você não sabe o que aconteceu, e a sua mãe não contou sobre você para ele. Não o culpe, os únicos vilões dessa história são os seus avós! Aqueles vermes! Eles deram as costas para a sua mãe e nem se deram o trabalho de orientá-la para conversar com seu pai, eles só queriam se livrar de você e interná-la numa clínica psiquiátrica como louca!


                Luke bufou e se levantou.


-Preciso ir, obrigado e posso ficar com a foto?


-Claro doutor, a Dona Abgail vai acompanhá-lo e pagá-lo pelo seu serviço


-Não precisa me pagar Carmen- disse Luke despedindo-se de Carmen- Você não tem que se culpar pela morte da minha mãe e obrigado por ter cuidado dela...


                Luke saiu do quarto com o crucifixo na mão direita.


“Deus me ajuda”- pensava Luke ao sair da taberna


                Luke olhou para seu relógio e ao ver que já era quase 7 horas foi direto para o hospital. Um tempo depois, ele terminava de atender  um senhor que era seu último paciente do turno da manhã. Luke levou-o até a saída, pois o senhor tinha dificuldade para andar.


-Obrigado doutor- disse o senhor agradecendo Luke pela gentileza


-De nada- sorriu Luke


                Luke foi para a recepção e confirmou se tinha horário livre às 17 horas.


-O senhor só volta atender às 19 horas e vai até às 22 horas...


-Obrigado- disse Luke animado


                Com o trabalho Luke parou de pensar no que tinha ouvido sobre a sua mãe e estava bem, na medida do possível...


-Luke- disse Margareth chamando o filho que ao virar-se e ver a sua mãe quase teve um infarto


-Mãe... Ééé... Que tal irmos para a minha sala...- gaguejou Luke


                Minutos depois...


-O senhor não voltou para casa, fiquei preocupada.


-É... Tive um imprevisto


-Imprevisto, sei, numa taberna, posso imaginar qual foi...


-Como que a senhora sabe que eu fui para uma taberna?- questionou Luke surpreso, sem pensar


-O cocheiro me contou e é aonde os homens vão para se divertir... Eu sei... Luke, você tem que tomar cuidado nesses lugares, tem muitos vícios lá dentro e a boemia não faz bem...


-Eu sei me cuidar mãe- sorriu Luke lembrando-se dos tempos em que estava em Londres


-Sabe? Então me explica essas olheiras no seu rosto e o fato das pessoas comentarem que viram o doutor dos pobres sair de uma taberna às 8 horas?


-É que eu tive que cuidar da Carmen, a dona da taberna, ela não está bem mãe, está com pneumonia, inclusive a verei novamente antes de ir para casa. Se a dona Abgail cuidar direitinho dela como auxiliei, a Carmen vai estar bem melhor... E espera.. Não saí às 8 horas...- disse Luke coçando a cabeça pensativo


 -Carmen, Abgail, quem mais o senhor já criou intimidade lá dentro?- disse Margareth com cara de poucos amigos


-Mãe, não é do jeito que a senhora está pensando, mas tudo bem...- disse Luke rindo- Olha, eu agradeço a preocupação, mas tenho que almoçar, trabalhar até às 15 horas, tomar um chá às 17 horas com uns amigos...


-Vim aqui para almoçar com o senhor...


-Ok...- disse Luke coçando a cabeça


                O almoço foi acompanhado de um silêncio constrangedor até que Luke quebrou-o contando sobre Arthur e Esmerald.


-Os Sperb são uma boa família- disse Margareth animada


-E a Esmerald, ela é tão linda mãe- disse Luke com os olhos brilhando


                Depois de conversarem sobre Arthur e Esmerald, o clima ficou mais leve e Margareth começou a falar sobre o seu casamento.


-Mas mês que vem mãe? Já? Assim? Tão rápido...


-Luke, eu e seu tio não temos o porquê de ficar adiando...


                Luke ia falar alguma coisa, mas esqueceu assim que ouviu: “Sr e Sra. Owen espero que tenham gostado do almoço”. Uma onda de emoção passou pelo corpo do Luke que fez uma cara de poucos amigos e levantou.


-Mãe, eu preciso ir, desculpe-me


-Filho, eu pensei que... Você não gostou- disse Margareth assustada vendo o filho deixar umas moedas de ouro na mesa e sair


                Luke entrou num taxi e pediu para o cocheiro seguir a carruagem dos seus avós. Ele não sabia por que tinha decidido fazer aquilo...


“Só pode ser o destino...”- pensava Luke ao longo do caminho


James parou de contar a história e sorriu.


-Acho que já está bom por hoje- sorriu James- E lamento, mas só vou continuar no sábado depois do almoço...


-Por que?- disse um menino da sonserina


-Por que eu tenho que planejar como vai ser o treino de quadribol da Grifinória- respondeu James


-Aaaaaaaah- lamentaram as crianças


-E vocês têm aula, não?- questionou James


-Vocês também- disse uma menina apontando para Clair e James


-Exato- sorriu James


                Até sexta feira, James no meio de deveres, trabalhos e estudos táticos do quadribol, ele escrevia as cartas para Rose que recebia sempre no mesmo horário, meia noite.


“Quem será?”- questionava-se Rose que tinha acabado de receber a sexta carta- “Será que é o Thomas, o capitão da Corvinal? Ele vive olhando para mim...”


                Rose não acreditava na possibilidade de ser James, pois ela imaginava que tinha partido o coração dele naquela noite. E ela tinha recebido uma carta no dia seguinte, não era lógico ser o seu primo, nem se um poeta apaixonado tivesse baixado nele...


 “James sensível e apaixonado, não, é irracional!”- pensou Rose rindo fechando os olhos e adormecendo


                No sábado James encontrou com o seu time no campo de quadribol.


-Hoje será feita a seleção como vocês sabem, para as vagas de goleiro e batedor, depois da seleção iniciarei de imediato um treinamento de 1 hora e meia, pois o nosso primeiro jogo será com a Corvinal daqui à duas semanas!- disse James em alto e bom som- E, como vocês sabem, não tenho condições de participar ativamente dos jogos por três semanas, ou melhor, duas porque uma já passou- riu James- Então Scott- disse James olhando para o melhor atacante reserva- Agilidade, cara, agilidade... E Alvo- disse James olhando para o irmão- Você será o capitão no ar e eu o capitão na terra- riu James- Ah, há não ser se alguém tiver alguma objeção, aí abriremos para votação- questionou James sério


-Fala sério- riram os jogadores, menos Alvo que ficou pálido


                James percebeu que Alvo não estava bem e pediu para os jogadores se aquecerem e arrumarem o estádio para a seleção.


-Al, que foi?


-Eu?


-Sim, você, por que?


-Eu que pergunto! Eu?!- questionou Alvo incrédulo


-Porque o senhor, dos jogadores que nós temos hoje, é o que mais se interessa pela parte tática, da sempre a sua opinião até quando não quero ouvir. Joga bem, o time gosta de você e Al fala sério, você é um Potter, está no seu sangue saber liderar!


-Eu não sou você Jay nem o papai...


-Sim, porque você é o Alvo Severus, o cara mais nerd e solidário que eu conheço, e surpreendentemente simpático- riu James- Vai dar tudo certo Al, se eu consegui, você também consegue e é por duas semanas, vai passar rápido- riu James


-Nesse ano você quis dizer...


-Sim, porque nos próximos a Grifinória será invicta com a sua sábia liderança- sorriu James


-James menos...


-Eu acredito em você Al, de verdade, eu acredito e eles também- disse James apontando para os outros jogadores- Eles precisam da sua liderança e eu também


-James eu não sei...


-Você consegue- disse James colocando a sua mão direita em cima do ombro do irmão que sorriu


-Não custa tentar...- riu Alvo sem graça


-Não sei se conta, mas eu também morri de medo- disse James abraçando o irmão que se sentiu bem mais aliviado


                Ninguém ficou surpreso quando Hugo e Lilian foram os selecionados. Enquanto que James (que observava tudo com um binóculo de última geração) orgulhou-se da postura de Alvo como capitão, depois do treino James conversou com seu irmão e dessa conversa ele deu um toque no time.


-Alguém tem alguma dúvida?- questionou James que com a negativa dos jogadores, dispensou-os


                Faltavam duas horas para o almoço e James tinha combinado de encontrar Clair na biblioteca.


-Jimmy! Finalmente!


 -Cheguei na hora nem vem...


-Lógico, você é britânico como eu- riu Clair- Então, estava pensando nessa sétima carta, você podia revelar quem você é e marcar um encontro...


-Sério? Não é cedo?


-Não, para você ter uma noção, toda garota desse castelo sabe desse admirador secreto da Rose, não tem uma que não comente e inveje. E todas suspeitam do Thomas Klieny...


-O capitão da Corvinal- disse James fechando a mão de raiva


-Você está com raiva por ter perdido a final para ele no ano passado ou por causa da Rose?


-Os dois- respondeu James


-Então?


-Vou começar a escrever agora!


                Minutos depois...


-O que você acha?


                Clair começou a ler...


 


Rose,


 


Eu não sei como te dizer, mas me apaixonei por você, pois você me fascina e me encanta com cada um de seus sorrisos. Você sabia que a senhorita possui cinco sorrisos?


Um sorriso tímido que revela que você está sem graça que é sempre acompanhado por um leve rubor;


Um sorriso levemente aberto que revela que você não concorda com que foi dito;


Um sorriso aberto que é sempre acompanhado de uma gargalhada tímida e doce;


Um sorriso fechado, mas nem por isso deixa de ser encantador que diz que você desaprova, mas ao mesmo tempo acha graça de uma travessura;


E um sorriso fechado e suave que sempre está com você quando a senhorita lê.


Como eu sei disso? Digamos que eu nunca me canso de olhar para você minha amada, minha bela amada. Tanto que eu sei que você adora ouvir Beethoven e Mozart enquanto lê, estuda e caminha sem compromisso; que seu livro favorito é Romeu e Julieta; que seu filme favorito é Shakespeare Apaixonado; que a sua matéria favorita é História da Magia, pois senão não teria lido “Hogwarts uma História” no mínimo 100 vezes; e que a sua cor favorita não é rosa como seu nome, mas amarelo.


                Eu poderia gastar vários pergaminhos só escrevendo o quanto eu sei sobre você, mas eu me limito a dizer o quanto eu te amo. Rose, eu te amo mais do que o número de estrelas que estão no céu e me angustio em saber se você sente o mesmo por mim. Então, me encontra amanhã às 10 horas na biblioteca que pelo que eu sei é o seu local favorito nesse castelo.


 


-James está lindo!


-Obrigado, só falta assinar...


-Nossa, vamos almoçar Jimmy estou morrendo de fome...


                Os dois saíram da biblioteca e por ironia do destino, a carta do James caiu no chão quando ele a guardava no bolso da sua veste e a Michelle que estava por perto e tinha ouvido tudo pegou-a e levou-a para a pessoa que ela tinha o interesse que assinasse...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • Lilian Potter 10

    Ei Carla : 0   Primeiro obrigada : )   E não se preocupe, vou atualizar nesse final de semana com certeza, custe o que custar ehehhe   E sim, o James e a Clair vão ter um lance juntos e muito bonito por sinal : )   bjs

    2011-10-25
  • Carla Ligia Ferreira

    Ai flor, to adorando essa fic... Acho que a primeira vez que comento então seja boazinha e atualiza o mais rápido possível (sim eu entendo os dilemas da vida... kkkkkk). Acho que a Clair e o James ainda vão ter um lance, o Slugorn já está até desconfiado, hahahahaha. Beijos e até a atualização.

    2011-10-24
  • Elizabeth Riddle

    KKKK, adorei ! Principalmente a parte do Slughorn...

    2011-10-16
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.