Custe o que custar...

N/A: Antes que vocês me matem... eu já havia avisado que esse capítulo poderia demorar um pouquinho... Mas como HOJE eu não tive aula, e sai um pouquinho mais cedo do serviço, resolvi desenvolver esse capítulo para voces... SE A MINHA IMAGINAÇÃO DEIXAR... Posto outro capítulo hoje... se não... só Mérlin sabe quando eu volto aqui... hauahuahua tentarei não demorar tanto! (:
Mas... quem quer me ouvir falar, não é mesmo?
...

 

 

- Rose, ai está você! – Olhei distraída na direção da voz de Lílian. – Procurei você por toda parte, preciso te contar... – Ela continuou falando enquanto deitava ao meu lado na grama. –...encontraram... e na Lua de Mel eles...

 - Quem casou Lily?

- Vai me dizer que você não ouviu nadinha do que eu contei!? – Ela se levantou irritada e começou a andar em passos largos para fora do campo escuro. – E pensar que eu poderia ter pego uma detenção por estar a essa hora fora da cama... – Ela já estava distante, mas eu gritei, gritei tão alto que qualquer um poderia ter escutado, se não passasse do horário de recolher.

- EU ESTOU GRÁVIDA! – Isso pelo menos fez ela parar no lugar e dar meia volta vindo me abraçar.

...

- Do Malfoy? Você vai ser expulsa? Mas isso é ridículo, se você vai ser expulsa ele devia ser expulso também! Você já contou pra ele? Como ele reagiu? E o seu pai e a sua mãe? Mérlin, você vai perder os NIEMS? E como vai conseguir estágio no hospital? ...

 

*

*

*

- Acorda, Rose, trouxe o seu café da manha... - Hugo falou sentando-se do meu lado da cama.

- Posso saber porque? – Perguntei, enquanto me sentava.

- Porque não quero que você repita a cena de ontem, do Salão Principal... – Minhas bochechas coraram. – Foi um pouco nojento sabe?

- Não consegui controlar. – Falei para meu irmão, enquanto comia uma torrada.

- Podia esperar chegar no banheiro... – Ele colocou sua mão sobre a minha barriga, inconscientemente.

- O que você acha que está fazendo, Hugo? – Perguntei, olhando para o carinho que meu irmão fazia, ele cruzou os braços, envergonhado. Ri da situação – Eu estava brincando, irmãozinho, pode continuar...

- Acorda, Rose. – A voz de Lílian e Alvo apareceram na porta.

- Vocês sabiam que esse quarto é apenas para monitores? – Eu perguntei sorrindo.

- Sim, mas trazemos um recado. – Lílian falou sentando-se ao pé da cama.

- Madame Pomfrey pediu para entregar-lhe isso. – Alvo tirou uma garrafa do bolso e me entregou. – É para você tomar duas vezes ao dia.

- Depois do café da manha e depois da jantar. – Lílian levantou o dedo indicador como se fosse uma ordem. – Um gole deve bastar, foi o que ela nos falou...

- E o que é isso? – Hugo perguntou, tomando a garrafa de minhas mãos.

- Progesterona, se é esse o nome... – Lílian respondeu prontamente. – Você sabe, é para o bebe...

- Vamos, Rose, levanta, toma banho e se troca. – Alvo falou arrancando as minhas cobertas. - Se não agente vai atrasar mais uma vez!

- Ta bom. – Falei me levantando. – Me dêem licença então... – Alvo e Hugo se retiraram com o meu pedido. Lílian permaneceu lá dentro.

***

- Hugo me perguntou cinco vezes se eu sabia quem é o pai... – Lílian deitou-se na cama, enquanto eu me despia e ia para o banheiro. – Minhas desculpas estão acabando Rose...

- Você prometeu não contar a ninguém! – Liguei o chuveiro e ela ficou na porta conversando comigo.

- Ele sabe que eu sei! – Ela contou sem rodeios. – O que eu quero saber é quando você vai contar para o Malfoy...

- Eu tentei falar com ele... – Disse me ensaboando. – Mas ele não quer me ouvir...

- Faça com que ele escute então. – Lílian falou como se fosse a coisa mais fácil do mundo. – Mesmo não gostando dele, ele tem o direito de saber!

- Eu vou tentar mais uma vez, Lily. Só mais uma vez!

- Amanha tem jogo de quadribol... Você já falou para a sua equipe que não vai jogar?

- Minerva cuidou disso para mim, anunciou que eu não era mais capitã, pois não estava dando conta de tudo...

- Ele vai jogar no sábado... Quem sabe se vocês conversarem depois do jogo!

- Vou fazer isso! – Enrolei meu corpo na toalha, me enxugando.

- Então faça! Você não vai voltar depois das férias de Natal... É agora ou nunca! – Colocava o uniforme com dificuldade, ele estava levemente apertado e tive que encolher a barriga para a saia entrar. – Escutei uns meninos da Corvinal falando sobre você...

- E o que eles falaram? – Engoli em seco, com medo do que se seguiria.

- Que você ganhou peitos! – Lílian disse rindo. – Falavam como se fosse presente de Natal adiantado.

- Isso não é engraçado, Lil. – Falei calçando os sapatos, procurando meus livros.

- O jeito que eles falaram foi hilário. – Ela disse gostosamente. – Vou sentir sua falta quando você for embora! – Ela me abraçou apertado.

- Eu também vou sentir a sua! – Retribui o abraço com a mesma intensidade.

*

*

FlashBack

- Mãe. Pai. – Falei pausadamente. – Eu não estou doente. – Tentava acalmá-los. – Eu estou...

- Grávida! – Hugo berrou, sem agüentar mais ladainhas. – E por Mérlin, eu não estou brincando. – Completou ao ver os olhos mortíferos de papai.

“Impossível”, papai dizia entre uma respiração e outra, mas como eu não contestei meu irmão, ele começou a ficar vermelho de... Raiva? Mamãe continuou a segurar minha mão, lagrimas escorreram dos olhos dela, e eu sabia, que tudo o que ela sentia era decepção.

- Como? – Papai perguntou me encarando.

- A pergunta certa seria... – Mamãe falou com os olhos cheios de lágrimas. – De quem, Rose?

- Eu... Eu não sei. – Menti nos olhos de mamãe, no fundo, sabia, que ela não acreditara.

- É claro que você sabe. – Papai falou me encarando. – Que tipo de brincadeira é essa? – Sem saber o que fazer, papai saiu do aposento, mamãe o seguiu para tentar acalmá-lo. Por mais que eles cochichassem, podíamos ouvi-los claramente.

 

- Como ela não saberia, Mione? – Papai perguntou inconformado. – Que tipo de garota ela virou? Uma prosti...

- Não se atreva a terminar essa frase, Ronald! – Mamãe falou em alto e bom som.

- Então porque ela mentiria? – Papai falou desamparado, sussurrando.

- Provavelmente ela não quer ver o próprio pai em Azkaban, Rony. – Mamãe respondeu, prontamente. – Ou então, por causa da lei...

- Que lei?

- Ela vai ser expulsa, assim como o pai da criança seria, caso ela conte quem ele é...

- Expulsa? – Papai falou tão alto, que eu dei até um pulo assustado na cama.

- Sinto dizer que sim. – Mamãe falou sem conter um soluço de mamãe. - Poderíamos dizer que a transferimos de escola...

- Que vergonha – Papai disse isso tantas vezes, que fez meu coração apertar. – Que vergonha, o que todos vão pensar...

- Não fale assim, Rony. – Mamãe falou indignada, mas tentava acalmá-lo. – Imagine que lá dentro está a sua filha, assustada. E tudo o que você pode pensar é no que os outros iriam dizer se descobrissem?

Fim do FlashBack

*

*

*

Sábado cedinho, segui com meus primos para o campo de Quadribol, a arquibancada da grifinória já estava cheia de alunos que vestiam as cores da casa, fiquei espantada ao perceber que a gritaria era bem mais alta ali. Hugo estava me substituindo na posição de goleiro e não estava deixando a desejar. Scorpius era bem melhor que ele, mas isso não era grande coisa, pois já havia passado na minha cabeça que talvez Scorpius fosse melhor do que eu. A Grifinória perdeu por apenas quarenta pontos no final das contas, e como havia combinado com Lílian, fui atrás de Scorpius tentar conversar com ele, pela ultima vez.

***

- Malfoy, espera. – Falei sem rodeios quando o vi saindo do vestiário, seus amigos de time deram risada da cara de deboche que ele fez, quando falei seu nome. Tentei não me importar, mas qualquer um poderia ver em meus olhos o quanto isso machucava – Preciso falar com você. – Ele continuou andando com o time, tentei não chorar por ser ignorada mais uma vez. – AGORA!

- Encontro vocês lá dentro. – Ele falou irritado, para sua equipe. – O que você quer, Weasley? Tem dez minutos... – Colocou o dedo indicador no queixo como se analisasse que dez minutos era muita coisa. Olhei para os lados, e como não vi ninguém, comecei a falar.

- Preciso te contar uma coisa, e eu sei que você não vai gostar de ouvir, mas... – Reparei que ele estava distraído. – Pode prestar atenção?

- Oito minutos. – Ele respondeu cruzando os braços me encarando com raiva.

- Porque está me tratando assim?

- Eu sempre te tratei assim. – Respondeu curto e grosso, tentei ignorar sua resposta, porque de certo modo, aquilo não deixava de ser verdade. – Sete minutos.

- Tem haver com o que aconteceu no primeiro dia de aula desse ano, bom, é que...

- Weasley. – Ele falou pausadamente, como se precisasse falar silaba por silaba. – Sobre o que aconteceu esse dia, tudo o que eu tenho a dizer em minha defesa é que eu estava tão bêbado quanto você, e aquilo não aconteceria se você se desse ao respeito...

- Mas...

- Não terminei! – Ele falou nervoso. – Eu posso ter me aproveitado da situação, mas em nenhum momento você pediu que eu parasse... Algo me diz que você até gostou. – Ele me olhou com uma cara estranha, uma tentativa de deboche, quem sabe? – Não é minha culpa se você traiu o seu namoradinho, ou qualquer coisa do tipo, e se você pensa que é a única na minha vida, está...

- Então você não se importa? Não quer ouvir o que tenho a dizer? – Perguntei segurando lagrimas. – Mesmo que seja importante?

- Nada que vem de você é importante! – Ele me olhou com desprezo. – Eu não me importo, e o único motivo pelo qual eu estou parado aqui, é pra ver se você entende isso de uma vez por todas e para de me procurar todos os dias. Estamos claros?

- Você está ciente que um dia, talvez, você venha a se importar, e eu não vou...

- WEASLEY! Acabou o seu tempo! Quer mais alguns minutos da minha presença, ou já acabou?

- Não, eu não acabei. – Totalmente descontrolada, coloquei meu dedo em seu peito e cutuquei o mais forte que consegui. – Você é um idiota, um cretino, um imbecil, um trasgo sem coração e você vai se arrepender desse dia, o resto da sua vida!

- Eu não vou me arrepender! – Segurando o meu pulso, que o cutucava sem dó, falou. – E não encoste seus dedos em mim!

- A é? Não vai se arrepender? Mesmo se eu falar pra você que eu...

- ROSE! – Lílian gritou atrás de mim. – Larga ela Malfoy!

- Ou então o que? – Malfoy apertou meu pulso, com um pouco mais de força, mas sem me machucar.

- Eu falei para você soltar a minha prima. – Lílian sacou a varinha apontando para Scorpius.

- Que seja. – Ele falou me soltando. – Saiba Potter, que eu não ia machucá-la. – Olhou para a minha prima, ao pronunciar isso. E se dirigiu a mim logo em seguida. – E você, Weasley, eu imploro, não me procure mais!

- Pode ter certeza que eu não vou! – Falei cruzando os braços, ele começou a andar para o castelo em passos largos. – Mas você vai se arrepender! – Ele virou para trás quando escutou minhas palavras, sem deixar de andar.

- Eu já me arrependi, Weasley, há seis anos atrás. –Voltando a andar em passos pesados.

 

- É sempre assim? – Ela me perguntou em meio a um sussurro de descrença, não precisei perguntar sobre o que ela falava, apenas assenti com a cabeça. – Ele vai se arrepender Rose, mas quando esse dia chegar, eu realmente espero que você se lembre o que eu e o Hugo viemos te falando há anos...

- Eu prometi com sangue ao Hugo, pode ter demorado pro galeão cair, mas eu vou cumprir a promessa que fiz a ele... Eu vou esquecer o Malfoy, custe o que custar!


 



 


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