Plataforma 9 ¾
Junho. Julho. Agosto. Os mesês se passaram mais devagar do que Albus pensava. Se acostumar com a ideia de que sua prima era um lobisomem não estava sendo fácil para ele. Ela iria para Hogwarts, e nas noites de lua cheia, teria que ficar isolada na Casa dos Gritos. A Casa dos Gritos era um local, em Hogsmeade, que muitos tinham medo, por dizerem que era o lar de uma estranha figura. Poucos sabiam que Lupin se escondia lá, nas noites de lua cheia, e seus gritos causavam pavor aos que passavam. Um túnel, no Salgueiro Lutador, era a passagem.
Era dia primeiro de Setembro, dia de embarcar para Hogwarts. Albus verificava várias vezes sua lista, para ver se nada faltava. Pegou sua coruja, sua mala e foi andando até a sala. James estava sentado, com seus pertences acomodados ao seu lado. Meia hora mais tarde, todos já estavam na estação King's Cross. Albus analisou a plataforma nove e dez. Entre elas, observava algumas crianças, todas com malas, levando uma coruja. Elas atravessavam e sumiam na linha divisória entre as duas outras plataformas.
Logo depois, alguns membros de sua família começam a aparecer. Bill e Fleur, com Victorie, Dominique e Louis. Ron e Hermione, com Rose e Hugo. Percy e Audrey, com Molly II e Lucy. E por fim, George e Angelina, com Fred II e Roxanne.
Aqueles que estudariam em Hogwarts aquele ano embarcaram no expresso. Albus sentou em uma cabine com Rose.
-Ansioso? -Pergutou ela.
-Não vejo a hora de chegar lá! -Falou ele. - E como vai aquele seu lance? Você já virou um...
-Um lobisomem? Já. -Respondeu, tirando o sorriso do rosto.
Realmente, Albus não queria tocar naquele assunto, e se culpou por não conseguir calar a boca. Alguns minutos de silêncio se passaram, e um garoto abriu a porta da cabine. Ele tinha cabelos castanhos, olhos cor de mel e estava usando o uniforme de Hogwarts.
-Posso me sentar com vocês?
-À vontade. -Respondeu Rose.
Ele se sentou no banco que estava livre, já que Rose se sentava com Albus, e olhou para a janela, distraídamente.
-E então, como você se chama? -Albus interrompeu o silêncio.
-Benjamin Fowles. -Respondeu. -Me chamem de Ben, se preferirem. E vocês?
-Sou Rose Weasley.
-Albus Potter.
-Potter? -Perguntou o garoto, incrédulo. -Tipo Harry Potter?
-Esse é meu pai. -Respondeu Albus, orgulhoso. -Eu e Rose somos primos.
-Fascinante. -Falou Benjamin.
-E quem são seus pais? -Perguntou Albus, interessado.
-Meus pais são trouxas. Catherine Ashford e Adam Fowles. -Comentou. -E seus pais, são trouxas?
-Não. -Respondeu Albus.
-Mais ou menos. -Falou Rose. -Sabe, minha mãe é nascida trouxa e...
-Desejam algo? -Interrompeu uma mulher, que empurrava um carrinho cheio de doces.
Albus retirou algumas moedas do bolso, incluindo galeões, sicles e nuques. E virou-se para a mulher.
-Quero três sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores e alguns chicles de bola.
A mulher lhe entregou o pedido e se virou para os outros dois.
-E vocês, desejam algo?
-Quero apenas uma tortinha de abóbora e algumas balas de goma. -Falou Rose, entregando algumas moedas para a mulher. -E você Ben, o que vai querer?
-Eu sou novo por aqui, não entendo muito disso.
-Temos feijõezinhos de todos os sabores, sapos de chocolates, balas de goma, chicles de bola, tortinhas de abóbora, bolos de caldeirão, varinhas de alcaçuz e pastelões. -Falou a senhora do carrinho.
-Acho que eu vou querer varinhas de alcaçuz e pastelões. -Ele entrega algumas moedas.
Com pressa, ela entrega os pedidos, e se locomove para outra cabine.
-Peguei sapos de chocolate para vocês. -Falou Albus, entregando um para cada. -Abram, mas cuidado para eles não fugirem.
-Eles fogem? -Perguntou Ben, com os olhos arregalados.
-Observe. -Falou Rose. Ela abriu o pacote, e o sapo de chocolate começou a pular, mas o impediu, colocando a mão na frente. -É só um feitiço, mas apenas por alguns segundos, depois eles param.
Ben fez o mesmo, e retirou a cartela que vinha por baixo. -O que é isto?
-São cartelas de colecionar. -Respondeu Albus rapidamente. -Tenho várias delas. Quem você pegou?
-Salazar Slytherin.
-Ah. -Falou Albus. -É o criador da sonserina. Sabe, tem quatro casas. Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Toda minha família é da grifinória, morro de medo de ir para a sonserina.
-Por que? -Perguntou Benjamin.
-Só os maus vão para lá. A maioria que foi escolhido, vira um bruxo das trevas no futuro.
-Espero ir para a Grifinória então.
-Acho que vou colocar minhas vestes, já estamos chegando. -Interrompeu Rose.
-Boa ideia, vou também. -Falou Albus.
Minutos mais tarde, os dois voltam, já vestidos, e o trem para, anunciando a chegada
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