Beco Diagonal



Após aquele dia, Albus ficou pensando no que seu pai e Minerva haviam conversado. " Você acha que eu devo comentar algo com ele?". Comentar o que afinal? O que seria tão importante a ponto de afetar sua vida? E como iria descobrir sozinho uma coisa que não tinha a menor ideia do que era? O jeito era esperar. A porta do quarto se abriu, e James entrou.

-Al, mamãe pediu para você se arrumar, hoje vamos comprar os materiais no beco diagonal.

Com rapidez, Albus se arrumou e foi tomar seu café da manhã. Desceu as escadas correndo e foi direto para a cozinha. De lá, conseguia ouvir os choramingos de sua irmã.

-Papai, porque eu não posso ir? Eu prometo que eu me comporto!

-Me desculpe Lily, mas você terá que esperar a sua hora. Enquanto isso você vai ficar aqui com sua mãe.

-Mas ainda faltam dois anos! Como eu vou sobreviver até lá?

Albus abriu a geladeira e pegou uma fatia de pão juntamente com a manteiga de amendoim. Enquanto comia, pensava em seu passeio, como seria sua varinha e se ganharia uma coruja. Quando acabou de comer, Albus se juntou ao seu pai, que estava na sala de estar, já pronto para ir.

-James, está pronto? - Gritou Harry.

James veio correndo.

-Sim, já podemos ir. - Falou ele, ofegante. - E então, como vamos chegar lá, pai?

-Eu andei pensando, vocês tem duas opções. Podem ir pela chaminé ou aparatar.

-Aparatar! - Falou James empolgado. 

-E você, Al?

Albus pensava. Pela chaminé seria mais tranquilo, com certeza. Porém, ele sempre quis aparatar, seu irmão sempre dizia que era a melhor sensação do mundo. Por trás de seu pai, James movia seus lábios, e pelo que parecia estava tentando falar a palavra 'aparatar'.

-Acho que quero aparatar. - Confirmou Albus.

-Tem certeza? Então os dois, segurem firme nos meus braços.

Então os dois seguraram forte o braço de Harry, e todos aparataram para o beco diagonal.






Se tentasse, não conseguiria explicar. Era a sensação mais estranha e assustadora que já havia experimentado. Mas ao mesmo tempo, ele havia gostado. Se sentia tonto, quase a ponto de desmaiar, mas começou a rir.

-E aí? -Perguntou o irmão. -O que achou?

-Com certeza, a melhor sensação do mundo!

Harry riu.

-Por onde querem começar?

-Que tal começarmos pela varinha de Albus? - Sugeriu James. - Quero ver ele derrubando todas as prateleiras pra eu rir da cara dele.

-Ah, é isso mesmo que eu vou fazer, derrubá-las na sua cara. -Retrucou Albus.

-Chega meninos! Albus, vá na loja de varinhas, é só ir reto que você irá encontrá-la. Enquanto isso, eu e James iremos comprar os livros.

Seguindo as instruções do pai, foi andando reto. No caminho, uma vitrine lhe chamou a atenção. Nela haviam várias corujas, todas com os olhos grandes e brilhantes, que refletiam o sol. Ele olhou atentamente para uma coruja de pele branca, que por um motivo, lhe chamou a atenção. 

Determinado, continuou seu caminho, até chegar em uma pequena loja chamada Olivaras. Foi abrindo a porta, aos poucos e ouviu a voz de um homem.

-Pode entrar.

Albus foi se aproximando do balcão. A loja tinha um aspecto antigo, com inúmeras prateleiras altas cheias de varinhas.

-Bom dia. - Falou o homem. Ele tinha cabelos grisalhos, e uma longa barba, que quase chegava a encostar no chão. -Meu nome é Charlie. Charlie Harvey. E você se chama?

-Albus Potter.

-Olhe, mais um Potter! -Após uma longa pausa, ele falou. -Bom, vamos escolher a sua varinha.

Ele foi sumindo diante das prateleiras, e voltou com uma caixa, e de dentro dela, retirou uma varinha.

-Experimente esta. Vinte e quatro centímetros, azevinho, pena de cauda da fênix.

Albus pegou a varinha e a analisou. Depois com um simples movimento, todas as prateleiras saíram de seus lugares.

-Não, não. -Murmurou Charlie. -Vejamos, esta talvez. 

Ele o entregou outra varinha e disse.

-Vinte e oito centímetros, cerejeira, escama de sereianos.

Ele segurou a varinha, e novamente, a balançou. Mais prateleiras fora do lugar. Impaciente, Albus o devolveu a varinha.

-Tudo bem, é normal. Agora, se eu pegar esta? -Falou enquanto tirava uma varinha de seu lugar, e a deu para Albus. - Vinte e seis centímetros, salgueiro, pena de hipogrifo.

A varinha mal encostou em sua mão, e uma luz o refletiu, era essa, a varinha que o escolheu.

-Perfeito. -Comentou Charlie. -Achamos! 

Com a sua nova varinha, Albus saiu da loja e foi caminhando, sem rumo. Alguns minutos se passaram e James apareceu.

-Venha! Tio Ron está aqui, papai mandou irmos correndo as Gemialidades Weasley, sabe, onde o tio George trabalha.

Já tinha ido lá algumas vezes, mas era criança, portanto não se lembrava de nada. Não pensou muito e seguiu seu irmão. Na entrada da loja, havia um boneco gigante, exatamente como seu tio George. Ele tirava e colocava seu chapéu, e em cima de sua cabeça, havia um coelho branco. Entrou pela porta, a loja era extremamente grande, cheia de coisas diferentes, era perfeita. Quem veio lhe comprimentar foi seu tio, o próprio dono da loja.

-Olá James! -falou abraçando-o. -Albus! Como você está enorme, daqui a pouco já vai bater no teto!

-Oi tio George! -Falou Albus. -Sua loja é incrível.

-Espere só para ver! - riu George. -Você já conhece o kit mata-aula? Pegue um. Esses docinhos podem fazer sagrar seu nariz, vomitar ou tudo oque você quiser para sair da sala de aula! Só não conte para seu pai que eu te mostrei, ele iria me matar! 

-Tudo bem. -riu Albus. 

-Agora vá explorar a loja garoto!

A loja era enorme mesmo, a ponto de se perder lá dentro. Como seu tio George havia dito, ele explorou a loja, e tudo oque tinha dentro dela. Ele viu desde as orelhas extensíveis até os caramelos incha-lingua. De longe, localizou seu tio Ron, conversando com seu pai. Só não conseguia achar Rose, em lugar nenhum. Harry parecia preocupado, sua testa estava franzida, e seu olhar transmitia tristeza. Albus se aproximou.

-Oi tio Ron. - ele o abraçou.

-Oi Albus! Como vai?

-Bem. - Respondeu distraído. -Você viu a Rose por aí?

Ron e Harry se olharam.

-Albus, acho que você precisa saber uma coisa. 

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