A Carta



Albus estava em uma floresta, uma floresta escura e vazia. Só se ouvia o barulho de asas batendo sobre sua cabeça, corujas talvez. Começou a andar, procurando uma saída, mas não tinha jeito, ele estava preso lá. Estava frio, e ele se sentia cada vez mais fraco, sem vontade de prosseguir. Então uma voz ecoou do fundo da floresta.

-Albus, albus... - Repetia a voz. - Albus, albus...

Ele abriu seus olhos lentamente, e a claridade o atingiu. Sua mãe chamava, repetidamente, seu nome.

-Albus, albus, acorde.

-O que? - Falou sonolento.

-Parabéns, hoje é dia 11 de junho. Seu aniversário.

-O que? - Gritou, desta vez saltando da cama. - Mãe, é hoje, eu vou finalmente receber minha carta!

E no mesmo instante, pela janela de seu quarto, entrou uma coruja. Sua pele era escura como carvão, exceto por uma mancha branca, em torno de seu rosto. E em seu bico, lá estava, nada mais do que um envelope, a carta de Hogwarts. 

Albus foi correndo e a pegou, abriu rapidamente e a leu em voz alta.


" PREZADO SR. POTTER. 

Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. 
O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até
31 de julho, no mais tardar, atenciosamente


  Minerva Mcgonagoll "   


-É isso aí. -Falou James, entrando pela porta. - Bem vindo à Hogwarts. 

Subindo as escadas, apareceu seu pai, com um embrulho de presente, e logo ao seu lado, Lily, segurando um bolo, com exatamente onze velas.

-Parabéns filho! - Falou Harry. - Olha, parece que você já recebeu sua carta, eu trouxe uma pequena coisa para você. 

Animado, Albus rasgou o embrulho às pressas. Dentro dele, retirou uma capa, simples e marrom. Sem entender, ele sorriu para o pai.

-Obrigado pai!

Harry riu: - Coloque-a em volta de seu corpo.

E assim ele fez. Colocou-a em volta de seus ombros e espantado, gritou:

-Uau! Estou invisível! 

-Está mesmo! Essa capa passou de geração à geração, e agora chegou a sua vez de tê-la. Ganhei de seu avô, no meu primeiro ano em Hogwarts. Dei ela para James, há dois anos, mas é a sua vez.

-Obrigado! Obrigado mesmo!

-Agora desça lá embaixo, algumas pessoas querem te ver.

Albus desceu as escadas, ainda com sua capa da invisibilidade sobre as costas. Pensava quem estaria lá para vê-lo. Ouviu vozes vindas da sala de estar. Uma voz feminina e uma voz masculina, mas não as reconhecia de nenhum lugar.
         
-Olá Albus. - Falou a mulher cuja voz Albus tinha ouvido. Era uma senhora de olhos verdes e cabelos grisalhos, pendurados em um coque. - Meu nome é Minerva McGonagall, diretora de Hogwarts. E este é Neville Longbottom.
         
-Prazer Albus. - Falou Neville, estendendo a mão para comprimentá-lo. -Serei seu professor de Herbologia.
         
- Prazer.
        
-Bem, viemos aqui para falar com seu pai. -Interrompeu Minerva. -Neville, se não se importa, poderia ficar aqui com Albus enquanto eu falo com Harry?
         
-Claro. - Falou Neville. Logo em seguida Minerva e Harry foram se distanciando, até que suas vozes sumissem. - E então, animado para ir pra Hogwarts?
         
-Demais. - Respondeu Albus. - Você dá aula do que mesmo?
         
-Herbologia. É o estudo das plantas mágicas, acho que você vai gostar, é muito interessante.
         
-Espero que sim. - Falou Albus, tirando sua capa da invisibilidade. Percebeu que Neville estava o observando. - Ah, essa é a capa da invisibilidade, sabe, me deixa invisível.
         
-Não pude deixar de reparar. Era de seu pai, não é mesmo?
         
-Era sim. Como você sabia?
 
-Eu me lembro dela. Harry a usava demais, principalmente para sair explorando Hogwarts a noite, quando era proibido.

-Você conhecia meu pai?
          
-Mas é claro! Estudávamos juntos. Ele era um bom aluno.
          
Passos estavam se aproximando do local, cada vez mais perto, Minerva e Harry apareceram, desta vez, chamando Neville.
         
-Neville, poderia vir aqui por um minuto?     - Chamou Minerva.
        
-Sem problemas.
         
Neville foi se aproximando até eles, e os três caminharam lentamente até a cozinha. 
        
-Você acha que eu devo comentar algo com ele? - Albus ouvia a voz de seu pai.

-Acho que não será necessário, melhor ele descobrir sozinho. - Dessa vez era uma voz de mulher, com certeza Minerva. -É melhor irmos embora, diga a Albus que o verei em Hogwarts. Segure meu braço Neville, vou aparatar. Até outra hora, Potter.

E então em uma questão de segundos, os dois desaparataram.

 

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