Surpresas na Austrália
Mais um capítulo galera, demorei um pouco mais para publicar esse, mas aí está. Espero que gostem. Resolvi fazer esse totalmente sobre Hermione. Semana que vem tem mais
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Capítulo 4: Surpresas na Austrália
Hermione estava agora sobrevoando os céus rumo à Austrália, estava muito ansiosa por finalmente rever seus pais, mas seus pensamentos invariavelmente voltavam a Rony. Ainda relutava em admitir que o amava, mas sabia que o sentimento era verdadeiro. Saber que talvez nunca mais o veria era a pior sensação de todas, se sentia impotente e até certo ponto culpada, mesmo sabendo que não tinha razão para isso. A falta que sentia dele a consumia.
A viagem finalmente chegara ao fim. Hermione estava exausta, não havia dormido durante todo o percurso, mas precisava seguir em frente, precisava encontrar seus pais e devolvê-los a memória. Olhou o endereço que tinha em mãos e pediu a um táxi que a levasse até lá.
A casa dos seus pais era incrivelmente semelhante à sua casa na Inglaterra, só que um pouco menor. Assim que desceu do táxi reparou que sua mãe cuidava do jardim. Hesitou por um instante, não sabia o que fazer. Depois de alguns segundos tomando coragem resolveu ir falar com ela.
- Bom dia, com licença – sua voz falhou, não sabia o que falar – eu..eu gostaria de uma informação.
- Bom dia, claro, o que deseja saber? – Hermione olhava sua mãe pela primeira vez em quase um ano. Constatou que a mulher não a reconhecera e seu coração despencou. Tentando conter o nervosismo respondeu.
- Estou procurando a residência de Monica e Wendell Wilkins – conseguiu soar confiante.
- É aqui mesmo, eu sou Monica Wilkins, e você, quem é?
Hermione não sabia o que dizer, não tinha pensado no que diria quando revisse seus pais. Falou a primeira coisa que lhe veio à cabeça.
- Meu nome é Hermione Granger, trabalho no conselho local de Odontologia e gostaria de informá-los que vocês foram selecionados para receber um prêmio pelos serviços prestados à nossa comunidade – uma onda de pânico tomou conta do seu corpo, e se seus pais não fossem mais dentistas, e se não houvesse um conselho de odontologia local. Para sua surpresa, Monica falou.
- É mesmo? Não sabíamos desse prêmio, ninguém nos avisou.
Hermione se sentiu mais confiante, resolveu continuar – É que me enviaram para lhes contar pessoalmente, se me permitir entrar, posso lhe explicar melhor.
- Claro, claro, entre, por favor. Meu marido foi ao supermercado e volta já.
Hermione foi inventando a história à medida que ia contando, sua mãe parecia estar acreditando em tudo. Depois de aproximadamente 20 minutos, Wendell chegou em casa. O coração da menina parou quando viu seus pais reunidos novamente. Sabia que tinha de ser agora. Se não agisse naquele instante, não sabia se teria coragem para fazê-lo mais tarde. Se levantou alegando que ia ao banheiro e se postou atrás dos seus pais que estavam sentados no sofá. Suas mãos tremiam um pouco, mas ela conseguiu realizar o feitiço.
Ela não tinha certeza se havia funcionado, seus pais não esboçavam nenhuma reação, então ela decidiu encará-los de frente.
- Hermione, onde estamos, o que está acontecendo? - seu pai falou, visivelmente confuso.
- Pai, mãe? – Hermione tentou falar, mas sua voz não foi mais que um sussurro.
- Hermione, o quê... – antes que sua mãe pudesse falar, Hermione se atirou aos seus braços, seu corpo tremia, as lágrimas corriam livremente pelo seu rosto.
- Hermione, está tudo bem? Que lugar é esse? – seu pai falou, preocupado.
Hermione conseguiu se acalmar um pouco e pediu que eles se sentassem. A menina começou a contar tudo o que acontecera nesse último ano. Contou que apagou as suas memórias para protegê-los, contou sobre a Batalha de Hogwarts e como o mal foi derrotado. Omitiu o fato que havia sido torturada e simplesmente travou na hora que ia falar sobre o que acontecera a Rony. Seus pais estavam atônitos com tudo aquilo. Alice foi a primeira a falar.
- Você..você lutou em uma guerra? E nos tirou do país para nos proteger?
Hermione sentiu um nó na garganta – Foi, mamãe, não sabia o que fazer – Hermione se sentiu um pouco envergonhada.
- Você sabe o absurdo que cometeu? – Bill perguntou, mas não havia raiva em sua voz.
- Desculpem-me, não podia fazer mais nada – Hermione agora olhava para um ponto fixo na parede atrás deles.
- Nunca mais arrisque sua vida dessa maneira, se alguma coisa acontecesse a você nunca saberíamos que tínhamos uma filha. Saiba que estaremos sempre ao seu lado, não precisa nos excluir das suas escolhas assim.
Hermione ficou espantada com a reação do seu pai, não sabia o que dizer, abriu a boca para falar, mas não saiu som algum. Antes que pudesse articular alguma palavra, seu pai falou de novo.
- Mas apesar dessa sua falta de responsabilidade, saiba que estamos muito orgulhosos de você – seu pai abriu um largo sorriso e se levantou do sofá, sua mãe fez o mesmo. Ao notar que os dois estavam sorrindo a menina se levantou e conseguiu sorrir pela primeira vez desde que a guerra acabara, deu um forte abraço em seus pais e os três se sentaram.
Eles conversaram amenidades sobre a vida na Austrália, sobre a rotina e o trabalho dos dois. Eles perguntaram mais algumas coisas sobre a guerra à menina, mas repararam que ela continuava muito abatida. Alice sussurrou alguma coisa no ouvido do marido, ele assentiu e se retirou.
- O que foi minha filha, por que tá tão triste assim?
- Lembra do Ron mamãe? – Hermione não conseguia mais segurar as lágrimas. Sua mãe assentiu e Hermione continuou – Ele foi sequestrado no dia que a guerra acabou, ninguém tem notícias dele – a morena agora se desmanchava em lágrimas. Alice demorou um pouco para absorver tudo aquilo, mas não disse nada, continuou sentada afagando os cabelos da filha, que agora estava deitada com a cabeça sobre suas pernas. Depois de um tempo, provavelmente devido ao cansaço da viagem e da enxurrada de emoções daquele dia, Hermione adormeceu ali mesmo.
Não sabia quanto tempo havia ficado ali, ao abrir os olhos viu que estava deitada no sofá, ainda usando a mesma roupa do dia anterior. Sentiu cheiro de comida e foi andando até a cozinha, só agora reparara que estava faminta, não havia comido nada no avião e nem após sua chegada. Sua mãe estava sentada à mesa lendo jornal.
- Bom dia mamãe.
- Bom dia minha querida, dormiu bem?
- Acho que sim, nem me lembro quando adormeci. Cadê o papai? – Hermione ainda tinha os olhos inchados pelo choro da noite anterior.
- Seu pai teve que ir ao consultório atender uma emergência, mas já volta. Sente-se, deve estar com fome – ela sentiu sua barriga roncar.
Depois de comerem, as duas resolveram se sentar na sala para colocar a conversa em dia. Passado algum tempo, Alice resolveu tocar no assunto do dia anterior.
- Antes de dormir você começou a me contar sobre o seu amigo Ronald.
Hermione engasgou com o chá e sua expressão mudou novamente. Não sabia como falar sobre aquele assunto, mas sabia que sua mãe era a única que poderia lhe consolar. Começou falando sobre como havia sido o combate final contra Voldemort e os Comensais da Morte. Contou que Harry morreu e voltou à vida para a luta final. Contou inclusive do beijo que dera no ruivo. Quando chegou à parte em que Rony sumira, parecia que havia um caroço em sua garganta, não conseguia falar. Com dificuldade conseguiu contar tudo o que sabia até então. Não conseguia mais segurar as lágrimas. Depois de vários minutos escutando a filha falar e chorar, Alice falou.
- Esse Rony, você gosta muito dele não é? – ela fez sinal para que a filha se sentasse mais perto dela. Hermione obedeceu e então a mulher a abraçou. A menina ainda chorava um pouquinho.
- Gosto mãe, gosto muito mesmo.
- Você o ama? – a pergunta pegou Hermione completamente de surpresa. Olhou incrédula para a mãe e depois respondeu.
- Amo sim, tenho certeza disso.
Alice assentiu e puxou a filha mais para perto. Hermione continuava chorando baixinho enquanto a mãe lhe acariciava os cabelos. Sabia que somente ela podia lhe dar algum conforto, que somente ela poderia ajuda-la a superar tudo. Ainda não perdera as esperanças, mas sabia que era pouco provável que Ron retornasse.
Quase na hora do almoço seu pai chegou. Hermione já havia se acalmado e o clima na casa estava mais ameno. Hermione se lembrou que ainda não havia escrito para Harry e Gina, mas não sabia como encontrar uma coruja ali na Austrália. Pensou em perguntar aos seus pais, mas eles com certeza não saberiam. Os três resolveram almoçar fora. A menina decidiu que pensaria nisso depois, estava realmente precisando sair de casa.
O dia fora muito agradável, almoçaram num restaurante perto de casa e depois foram passear na praça logo ali ao lado. Foi caminhando pela calçada que Hermione ouviu uma voz muito familiar.
- Hermio-ni-ni – A morena virou e viu Viktor Krum parado ali perto, olhando surpreso para ela.
- Ahn, oi Viktor, como vai? – ela tentou parecer simpática
- O que voze zaz aqui? – seu sotaque continuava tão carregado como antes.
- Ah, eu..estou de férias com meus pais – não iria contar a ele o que realmente estava fazendo ali – e você, por que está aqui?
- Quardriból, meu time veio vazer um jogo aqui.
- Tá certo, a gente se vê então – ela tentou encerrar logo aquela conversa antes que se tornasse mais constrangedora.
- Non, esperra, vamos tomar um café? Faz mui tempo que non te vezo. Por favor.
Hermione pensou em recusar, não estava disposta a conversar com ninguém. Olhou para seus pais que estavam ocupados em uma lojinha ali perto. Viktor sempre fora muito gentil com ela, não haveria mal nenhum em tomar um café com ele, quem sabe ele não sabia onde ficava o correio coruja daquela cidade.
- Ok Viktor, mas eu preciso enviar uma carta para meus amigos em Londres, você sabe onde eu posso encontrar uma coruja?
- Clarro, lá perto de meu hotel é uma arrea burxa, depois te levo lá. Vamos?
Os dois caminharam alguns quarteirões e entraram em um pequeno café ali perto. Sentaram-se e pediram uma xícara de chá cada um. A conversa foi melhor do que ela imaginava. Viktor não falava somente de quadribol como ela temia, era até mito agradável e educado. Após algum tempo, Hermione se lembrou da carta. Pediu que fossem até o correio coruja. Na saída do café encontraram seus pais.
- Pai, mãe, esse é Viktor, meu amigo da Bulgária.
- Muito prazer – Viktor estendeu a mão aos pais de Hermione que o cumprimentaram. Hermione então falou.
- Eu preciso enviar uma carta aos meus amigos em Londres. Vocês se importam de esperar aqui? Viktor falou que o correio coruja é aqui perto, não vou demorar.
- Claro minha filha, pode ir – o pai de Hermione falou e então ela e o búlgaro saíram em direção à área bruxa da cidade. Caminharam alguns quarteirões, quando entraram em um bar. Se dirigiram ao fundo do estabelecimento e uma passagem, muito parecida com a que dava para o Beco Diagonal surgiu diante deles.
A área bruxa daquela cidade era menor e mais simples que a de Londres, mas mesmo assim muito encantadora. Havia muitas lojas com artigos de quadribol, o que a fez lembrar-se de Ron. Hermione afastou esse pensamento, estava tendo um ótimo dia, não queria deixar a tristeza tomar conta dela de novo. Caminharam um pouco e encontraram o correio coruja. Hermione entrou e em menos de dez minutos havia enviado a carta. Os dois então retornaram ao encontro dos pais da menina.
Durante todo o tempo que caminharam juntos, Hermione ficou positivamente surpresa com Viktor Krum. Ele fora um cavalheiro todo aquele tempo, e ela estava começando a achar que o sotaque do búlgaro tinha certo charme. Quando encontraram seus pais, a morena se virou para despedir-se.
- Foi um ótimo dia Viktor, obrigada.
- Esperra, queria te zer de novo, posso?
- Não sei – Hermione corou furiosamente, não sabia o que dizer. Tivera um dia muito agradável, mas não sabia se era certo fazer isso de novo.
- Porr favor, non conhezo ninguém aqui, só queria conversar más um pouco – ele falou esperançoso.
Hermione ainda pensou um pouco antes de responder. Passados alguns segundos respondeu – Claro, porque não? – ela decidiu aceitar o convite, afinal não custava nada tentar se divertir um pouco.
- Ótimo, ótimo – ele soava radiante – amanhã aqui nesse lugar enton?
- Combinado – Hermione esticou a mão para Krum, mas ele se aproximou e a abraçou. Hermione foi pega de surpresa, mas devolveu o abraço.
- Te esperro amanhã Hermio-ni-ni
- Até amanhã Viktor – Hermione se virou e se juntou aos seus pais. Reparou que sorria novamente.
A garota passou o resto do dia em casa. Leu alguns livros que seus pais tinham ali e ajudou sua mãe em algumas tarefas. Depois do jantar, assistiu um pouco de televisão, um dos poucos artefatos trouxas de que realmente sentia falta no mundo bruxo. Passadas algumas horas resolveu deitar-se.
Era cedo quando Hermione acordou, caminhou até a cozinha e encontrou seus pais terminando de se arrumarem para o trabalho. Bill foi o primeiro a falar.
- Bom dia minha querida, tudo bem? Acordou cedo hoje.
- Bom dia papai, mamãe – Hermione foi até os pais e deu um abraço em cada um – pois é, deve ser o fuso horário. Mas aonde estão indo?
- Temos que ir trabalhar, hoje é segunda-feira, como você chegou sem avisar, não tivemos tempo de avisar nossos pacientes. Você vai ficar bem sozinha? – sua mãe falou, parecia preocupada com a filha.
- Claro mãe, não se preocupe, nem havia me tocado que hoje era segunda. Eu consigo me virar bem sozinha.
- Ok então, precisamos ir, Alice, estamos atrasados – Bill juntou suas coisas e foi até a filha e lhe deu um beijo na testa. Alice fez o mesmo e os dois saíram juntos para o trabalho.
Hermione terminou seu café e foi sentar-se na sala. Passados alguns instantes, ouviu um barulho na janela e foi conferir o que era. Era uma coruja muito bonita, provavelmente enviada por Harry e Gina. Sentou-se para ler.
Cara Hermione,
fico feliz que tenha chegado bem, não entendo como os trouxas conseguem voar sem magia, mas enfim, parece que funciona. Papai pareceu realmente interessado quando eu lhe contei como você viajaria até aí. Que bom que o feitiço funcionou e seus pais recuperaram a memória, espero que esteja se sentido mais feliz.
Gostaria de saber quando vai voltar, se já tiver decidido a data, é claro. Com relação ao meu irmão, infelizmente não temos nenhuma notícia. Ainda temos esperança de revê-lo, mas a cada dia que passa ela diminui. Enfim, vamos parar com assuntos tristes, pois estou começando a chorar. Nos escreva sempre, ok.
Harry está lhe mandando lembranças.
Beijos da sua amiga,
Gina Weasley
Hermione acabou de ler a carta e notou que tinha lágrimas nos olhos. A simples menção ao desaparecimento de Ron a fez chorar. Enxugou as lágrimas. Tinha um dia inteiro sozinha em casa, e mais tarde iria se encontrar novamente com Krum.
“Pára com isso Hermione, ele só quer conversar, não tem nada demais”, ela pensou consigo mesma e conseguiu sorrir.
Tudo transcorreu tranquilamente. Seus pais ligaram falando que infelizmente não poderiam almoçar com ela naquele dia. Ela decidiu então almoçar na rua e aproveitar o tempo que tinha para passear pela cidade, até chegar o momento de se encontrar com Viktor.
“Pensando nisso de novo né. Já disse, ele só quer conversar, só conversar”, ela afastou esse pensamento, juntou suas coisas e saiu.
Almoçou num restaurante trouxa perto de casa e visitou algumas lojas, a maioria livrarias. Consultou o relógio e viu que era quase hora de se encontrar com Krum. Encaminhou-se ao local combinado e ficou esperando. Passados alguns minutos ouviu alguém lhe chamar. Se virou e viu que era o búlgaro.
- Que bom que voze veio – Viktor parecia genuinamente feliz.
- É claro que viria, foi o nosso combinado – Hermione não conseguiu segurar o sorriso.
- Enfim, conhezo um lugar ótimo aqui perto, vamos? – Hermione assentiu e os dois saíram.
O lugar a que Krum se referia era uma livraria mista, com obras bruxas e trouxas. A menina nunca havia visto nada parecido e ficou encantada. Passaram o dia ali dentro, rindo e se divertindo. O dia foi tão bom que Hermione até perdeu a hora. Ao olhar o relógio viu que precisava retornar para casa.
- Nossa, Viktor, já está tarde, preciso ir embora.
- Ok, te levo em casa enton.
- Não precisa, é um pouco longe daqui.
- Faço questão.
Hermione acabou cedendo e os dois saíram da loja. Caminharam um pouco, quando ela sentiu o rapaz segurar sua mão. Se virou para ver o que era, e antes que pudesse reagir ele a abraçou e beijou. Hermione ficou completamente paralisada, não sabia como agir. Viktor, percebendo o desconforto da moça, a soltou.
- Me desculpe Hermio-ni-ni, não queria ofendê-la – o búlgaro falou envergonhado.
- Não precisa se desculpar, eu não esperava, é isso – ela tentou quebrar o clima que se instalara ali.
- A gente teve um dia ton bom, e eu gosto de voze...me desculpe – Viktor continuava constrangido.
- Não precisa ficar assim, eu tô bem, relaxa. Vamos, tenho que chegar logo – ela falou e começou a caminhar novamente, o búlgaro a seguiu.
Quando estavam perto de casa, os dois pararam e Hermione foi se despedir. Krum pegou suas mãos novamente e a abraçou. Hermione sabia o que aconteceria naquele momento e decidiu que dessa vez não iria resistir, precisava tocar sua vida em frente, e Krum era um ótimo rapaz. Após soltar o abraço, ele a puxou para mais um beijo, e ela correspondeu dessa vez.
Os dias na Austrália estavam sendo ótimos. Seus pais havia decidido que precisavam voltar logo para a Inglaterra e estavam tomando as últimas providências para deixarem a Austrália. A casa deles fora colocada a venda, mas estava demorando mais que o normal para ser vendida.
Hermione continuava se encontrando com Krum, mas não sabia definir a relação dos dois, trocavam alguns beijos e carinhos, mas nada mais envolvente.
Alice e Bill estavam ficando impacientes com a demora em vender a casa, até que em uma segunda-feira receberam uma ligação de seu corretor informando-lhes que a casa havia sido vendida. Deram a notícia a Hermione no almoço daquele dia.
- Nossa, isso é ótimo, poderemos ir para casa – Hermione não conseguia esconder a alegria.
- Na verdade, já comprei passagens para nós três. Não quero esperar mais, iremos embora depois de amanhã – Hermione e sua mãe levantaram-se com a notícia de Bill, apenas mais dois dias e voltariam a morar como uma família em sua antiga casa.
Mais tarde Hermione e Krum se encontraram para irem ao cinema. Após a sessão, a morena resolveu contar que iria embora em dois dias. A reação de Krum a pegou totalmente de surpresa.
- Só mais dois dias? É muito poco. Fica mais – Krum estava decepcionado.
- Não posso, não consigo mais ficar longe de casa.
- Então eu vou junto, como seu namo...namorrado – Krum se enrolou com as palavras, mas conseguiu completar a frase.
- Meu..meu namorado? – Hermione perguntou incrédula.
- É, seu namorado, quer namorar comigo Hermio-ni-ni? – Viktor agora sorria. Hermione engoliu em seco, não sabia como agir, tivera ótimos dias com Krum ali na Austrália, mas levá-lo para casa como namorado era muito mais sério. Não sabia como seus pais iriam reagir, ou o que Harry e os outros diriam. E tinha Ron também. Afastou logo esses pensamentos, Krum a fazia feliz e merecia uma chance. Pensou mais um pouco, e ao notar a angústia no rosto do rapaz, respondeu.
- Claro Viktor, quero namorar com você sim – O búlgaro saltou de alegria e correu para abraçar a nova namorada. Hermione sabia que nunca esqueceria Rony, e que talvez ele fosse o verdadeiro homem de sua vida, mas precisava seguir em frente, precisava se dar uma chance de ser feliz. Achou que com Krum estaria no rumo certo.
Naquele mesmo dia, a menina resolveu levar o novo namorado em casa para jantar. Os pais ficaram muitos surpresos com a revelação da filha, mas foram assimilando aos poucos. Meio relutantes, decidiram deixar que Krum passasse alguns dias com eles em Londres.
O dia seguinte foi uma loucura. Alice, Bill e sua filha passaram o dia empacotando e embalando tudo que teriam de levar para casa. Só terminaram tarde da noite. Todos foram dormir, pois tinham um longo dia pela frente. Os três iriam de avião para arrumarem tudo. Viktor iria no sábado por Rede de Flu.
No dia seguinte, Hermione seguiu para o aeroporto com seus pais. Estava realmente feliz, parecia que finalmente sua vida estava voltando a se arrumar. Fora difícil até ali, mas as coisas pareciam estar entrando nos eixos. Resolveu enviar uma carta a Harry e Gina contando do seu retorno, mas omitiu que estava namorando, escreveu simplesmente que teria uma surpresa para os dois no sábado. Correu até o correio coruja que era ali perto e enviou a carta. Depois de algum tempo retornou ao encontro de seus pais e entrou no avião de volta para casa.
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Espero que tenham gostado. O próximo capítulo guarda muitas surpresas.
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