Tocando em frente



Oi gente, consegui atualizar antes do previsto.



....................................................................



 Capítulo 3: Tocando em frente


 As manhãs na Toca eram sempre as mais tristes e cinzentas possíveis, ninguém ali mostrava a menor disposição em levantar da cama, até mesmo o sol parecia em luto. Harry acordou de uma das piores noites de sua vida, quase não dormiu e sua cabeça estava prestes a explodir. Ao descer para a cozinha notou que somente Hermione estava ali, e ela também aparentava não ter tido uma noite muito boa.


 - Bom dia – Harry tentou tirar a amiga dos seus devaneios


 - Ah Harry, bom dia – Hermione respondeu de maneira automática


 - Como foi sua noite? – Ao notar a reação da amiga, Harry imediatamente se arrependeu de sua pergunta.


 - Péssima como sempre, passei a noite revendo os planos para ir à Austrália, e hoje de manhã eu recebi essa carta do Ministério dizendo que conseguiram localizar meus pais.


 - Que boa notícia Mione, e quando pretende ir?


 - No máximo em uma semana, preciso desesperadamente deles – Nesse instante uma lágrima correu do seu rosto.


 Harry ia dizer alguma coisa, mas achou melhor ficar calado, sabia que a amiga devia estar sofrendo mais do que ele. Nesse instante, o restante da família Weasley foi se levantando. Harry sentia a culpa corroer seu coração cada vez que via os rostos dos familiares de Ron.


 Os dias seguintes foram muito cansativos. Molly tentava a todo custo tentar devolver a ordem ao seu lar. A casa ficara sem cuidados nos primeiros dias após o retorno deles e havia muito trabalho a ser feito. Foi em um desses dias que Jorge chamou Harry para conversar a sós, o que causou espanto a todos ali presentes.


 - Harry, posso te pedir um favor?


 - Claro Jorge, o que eu puder fazer para ajudar.


 - Nesses últimos dias eu perdi meus dois irmãos e meus..meus melhores amigos – Jorge não segurou as lágrimas e aquela sensação terrível de culpa voltou a queimar dentro de Harry. Jorge respirou fundo e tentou retomar o que estava falando.


 - Mas eu preciso seguir em frente e queria que você me ajudasse a tocar a loja. Pretendo reabri-la em poucos meses.


 - Te...ajudar na loja? – Harry fora pego totalmente de surpresa.


 - Não conseguirei sozinho e pensei que talvez pudesse me ajudar, pelo menos no início, mas vou entender se não puder.


 - Não, não, claro que posso, só fui pego de surpresa, vai ser um prazer fazer isso ao seu lado.


 Jorge então se levantou e deu um abraço em Harry, agradecendo-o.


 No dia anterior à partida de Hermione, Harry e Gina se incubiram de ajudá-la em tudo que fosse necessário. Os dois estavam muito mais próximos agora, mas evitavam demonstrar isso na frente de Hermione. Gina havia confidenciado a Harry que ouvia a morena chorar todas as noites.


 Depois de checar várias e várias vezes se havia embalado tudo, Hermione decidiu partir, iria de avião, pois achava que aparatar por uma distância tão longa era perigoso, e assim também ela teria mais tempo para pensar. Despediu-se de todos, muito chorosos. A Sra. Weasley exigia que ela os visitasse regularmente. Hermione sempre soube que havia ali um segundo lar, mas sem Rony, não havia sentido voltar. Harry e Gina iriam com ela ao aeroporto, apesar dos protestos da morena.


 Hermione já havia realizado os procedimentos de praxe e já estava pronta para embarcar e foi despedir-se dos amigos.


 - Manda notícias assim que chegar viu – Gina falou abraçando a amiga e soltando uma lágrima. Gina sempre fora forte, mas ultimamente vinha chorando a todo o momento.


 - Se eu não ouvir de você em três dias eu vou à Austrália à sua procura – Harry falou e Hermione conseguiu esboçar um sorriso.


 - Pode deixar, eu escrevo – Hermione foi se encaminhando em direção ao portão de embarque quando olhou para trás e viu os amigos de mãos dadas. Tentou sorrir, mas parecia tarefa impossível.


 Harry e Gina foram se afastando, mas escutaram a amiga chamando atrás deles.


 - Se vocês..vocês tiverem notícias...dele, por favor me avisem – sua voz não foi mais que um sussurro e a morena não conseguia mais segurar as lágrimas.


 - Claro, você será a primeira a saber – Harry tentou parecer firme.


 ................................................................


 Rony não sabia muito bem há quanto tempo estava preso ali. Seu corpo só se mantia em pé porque estava pendurado pelos punhos. Quase não se alimentava, apenas o suficiente para que não morresse e era Monstro quem lhe trazia a comida, horrível na maioria das vezes. Por várias vezes tentou, inutilmente, se desvencilhar das correntes, mas estava muito bem amarrado.


 Mais alguns meses se passaram e Rony estava perdendo as esperanças. Não conseguia imaginar nenhuma chance de o Ministério ou qualquer outra pessoa encontrá-lo. Sofria dores terríveis nas mãos de Lucio e Greyback e a cada dia que passava os dois iam ficando mais malvados. Agora sim ele sabia o poder que a Maldição Cruciatus possuía e sofria por lembrar que Hermione também já havia passado por isso. A única coisa que o mantinha vivo era Monstro, aparentemente o elfo havia se compadecido da situação de Rony e sempre levava mais comida do que Lucio fornecia. O ruivo era imensamente agradecido a ele por isso.


 As visitas de Monstro estavam ficando mais espaçadas, quase não descia mais, só quando Rony estava à beira de um colapso por falta de comida, e foi em um desse dias que sua sorte mudou. Enquanto era alimentado às pressas, o elfo e o bruxo ouviram vozes


 - Anda logo Monstro, Draco e Narcisa estão chegando e vão notar sua falta – era Lúcio esbravejando no andar de cima.


 - Preciso ir Sr. Weasley.


 - Não Monstro, por favor, to com muita fome – Ron suplicava, sua voz era rouca e entrecortada, não mais que um sussurro, parecia que os gritos haviam esgotado sua capacidade de falar.


 Monstro ficou parado no lugar, claramente sem saber o que fazer. Ia falar alguma coisa, mas antes que tivesse a possibilidade, ouviram passos e a voz de Greyback, que agora se juntava a eles.


 - Mas o que ta acontecendo aqui Monstro, porque não... – Antes que pudesse completar a frase, o lobisomem viu a bandeja farta que Monstro segurava nas mãos – mas o que significa isso, você está ajudando ele.


 - Não, mestre Greyback, não é isso – Monstro olhava fixamente para a bandeja.


 - Sabe, seu elfo imundo, sempre disse ao Lúcio que você não prestava – a voz de Greyback estava carregada de fúria - e que não podíamos confiar em você, acho que estava certo - nesse momento, ele sacou a varinha e apontou para o elfo – vou matá-lo aqui mesmo, Lucio vai entender meus motivos.


 Rony tentou protestar, mas sua voz saiu muito fraca. O que aconteceu a seguir, ele não entendeu muito bem. Monstro atirara a bandeja no lobisomem no momento que ele iria relaizar um sectusempra, mas a bandeja derrubou a varinha da sua mão e o feitiço que era intencionado ao elfo atingiu uma das correntes que seguravam Rony, que se rompeu ao impacto. Enquanto Greyback xingava e procurava pelo elfo, o ruivo sentiu que talvez, finalmente, teria uma chance de escapar. Notou que a varinha havia caído ao seu lado. Com dificuldade e sem ser notado por Greyback ele a apanhou e conseguiu se soltar da corrente que atava sua outra mão, indo se esconder atrás de um armário velho que havia ali perto. Nesse instante reparou que Lucio também estava descendo as escadas.


 - O que aconteceu aqui seu inútil e que barulheira foi essa? – Lucio perguntou muito exasperado.


 - Aquele maldito elfo atirou a bandeja em mim, na hora que eu iria matá-lo.


 - E POSSO SABER POR QUE IRIA MATÁ... – Antes que terminasse a frase, Lúcio viu que Ron não estava mais preso às correntes e uma onda de pânico varreu todo seu corpo.


 - Cadê o prisioneiro, Greyback? – ele falou sacando sua varinha.


 - Como assim cadê... - Greyback se virou e viu as correntes vazias, tateou o bolso do casaco à procura da varinha, então se lembrou que a havia deixado cair.


 - Aquele elfo deve tê-lo soltado, ele o estava ajudando todo esse tempo. Por isso eu iria matá-lo – Greyback falou apontando para toda a comida agora espalhada pelo chão.


 Nesse instante, os dois homens ouviram um barulho perto da porta e Lucio instantaneamente disparou um sectusempra em direção ao som e quase que de imediato viram o corpo de Monstro tombar morto aos seus pés.


 Ron soube então que não havia outra chance, estava fraco demais até para aparatar quanto mais enfrentar dois Comensais da Morte de uma vez, olhou para a varinha em suas mãos e soube o que tinha que fazer. Era sua única chance. Se enchendo de coragem saiu do seu esconderijo.


 - AVADA KEDAVRA



 ...................................................................


 Não sei muito bem como me sinto em relação a esse capítulo. Resolvi postá-lo logo, pois já tenho várias ideias para os capítulos seguintes. Continuem lendo e comentem por favor.



 



Já ia me esquecendo, pretendo realizar essa fic em 20 capítulos. Quem não gosta de fics muito longas já podem ir se decidindo se me acompanharão até o fim. Não vou desistir dela.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.