Capítulo XIX
Capítulo XIX
“_Acho que alguém me deve 400 galeões...”
- Sirius Black -
_Six! – dizia a mulher morena na porta da cozinha – Cadê o Junior? Eu não o vejo desde a ceia... – Lene passava os olhos pela sala de jantar dos Potter, intrigada com a súbita ausência de seu garoto.
_Não sei, amor... também não o vi. – respondeu o moreno com um sorriso de canto. Ah, se ela soubesse...
Era noite de natal e estavam todos na mansão dos Potter. Todos os anos eles se revezavam entre as casas de Tiago e Lily, Sirius e Lene ou Remus e Emmeline. Agora estavam os seis sentados na sala, conversando sobre assuntos ministeriais, a economia bruxa ou os tempos de colégio... Um pouco afastados do grupo, estavam Harry e o filho de Lupin, Jake, jogando uma partida de Snap Explosivo.
_Filha! – exclamou Lily, dando pela falta da menina – Amy, vem me ajudar aqui! Amy! – ela chamou, percebendo, pela falta de respostas, que a ruiva não estava por ali.
_Os dois devem estar lá fora, Lil's, ela e o Sirius. – disse Remus, um esboço de sorriso se formando no rosto.
_Os dois são tão amigos... – disse Emmeline sonhadoramente, como de costume. A loira, com um sorriso inocente, não percebeu a situação. Remus girou os olhos, rindo.
_É... demais... Super amigos, aqueles dois... – Jake riu maliciosamente, sem tirar os olhos de suas cartas.
Harry limitou-se a erguer uma das sobrancelhas como se perguntasse se Jake realmente queria dar a entender que a relação entre Sirius e sua irmã era mais que amizade. Se o moreno de olhos verdes pretendia dizer algo, não houve como, pois a sala logo de encheu de gargalhadas escandalosas.
_Pára, Six! Me solta! Me largaaaaaaaa!
Quem gritava e gargalhava era uma linda garota de cabelos vermelho-escuros e olhos de um esmeralda brilhante. Ela ria fazendo uma covinha surgir de cada lado do rosto, enquanto se debatia no colo de um garoto moreno e forte, com lindos olhos azuis escuros e sorriso desconcertantemente estonteante.
Sirius e Amy estavam na varanda da casa, mas todos na sala os observavam, porque cômodo tinha uma parede de vidro. James estava levemente aturdido, assim como Harry. É difícil para pais ou irmão verem sua menininha assim no colo de outro... Já os demais conservavam expressões risonhas.
Quando estavam na porta que levava até a sala, Sirius largou a menina no chão, ambos gargalhando. Amy sentia as pernas fracas pelas gargalhadas, e também pelos beijos de tirar o ar que Sirius roubara quando estavam longe das vistas de todos. Ele a abraçou pela cintura e os dois entraram na mansão.
_Que foi, gente? – perguntou Amy, depois de notar os olhares de todos recaindo sobre ela e Sirius Jr. A maior vantagem daquela amizade colorida dos dois, era que as pessoas não ficariam muito surpresas quando dissessem que estavam namorando, por mais que não fosse verdade.
_Amy Gabrielle Potter... – começou Tiago, massageando as têmporas. Ela sorriu marota, sabendo que o pai tinha ataques de ciúme quando Sirius estava assim tão... perto.
_Ops. – ela riu, tentando se livrar do moreno ainda abraçado a ela – Sai, Six.. Saaaai! Me solta! – o garoto riu e a largou – Desculpa, papi. – ela fez cara de inocente.
_Olá, família! – saudou Sirius, recebendo olhares risonhos em resposta – Vem cá, Amy... – o garoto puxou-a para sentarem-se no sofá.
Aos poucos, todos deixaram de observar os dois amigos e voltaram a conversar.
_Acha que vai dar certo, Six? – Amy sussurrou.
_Claro que vai, linda... Seu pai já tá desconfiando... Só resta saber se eu vou viver... – ele riu, puxando-a pra mais perto. Os cabelos de Amy se espalharam pela camisa dele, o vestido rosa claro dela contrastando com a camisa preta dele. Sirius travou a mandíbula ao observar o rosto da menina, que sorria para ele.
_Meu pai tem que ver, né? – Amy perguntou recostando-se no ombro dele, sem perceber a tensão do garoto. – Vai ser tão engraçado... Ele vai surtar total... Vou rir demais!
_Porque não vai ser em você que ele vai querer avançar, ruivinha... – os dois riram – Se bobear, tio Pontas decide me castrar! – uma expressão de desespero passou pelas feições dele fazendo Amy rir.
_Tô com taaaanto sono... – ela fechou os olhos suspirando, e se aconchegando nele.
_Tá tarde já... – ele olhou as horas no relógio da parede. – Dorme, então... – o moreno iniciou a acarinhar os cabelos avermelhados da amiga.
Amy passou os braços em torno da cintura de Sirius e deitou melhor no peito dele. O moreno apoiou a cabeça no topo dos cabelos avermelhados da menina e também fechou os olhos. Em poucos minutos, ambos tinham adormecidos.
_Acho que tá na hora de irmos, Six... – chamou Marlene quando já se passavam das 5h da manhã, afagando o braço do marido.
_Tá sim, meu amor... Vai lá acordar o preguiçoso. – Sirius respondeu.
_ Tadinho... olha a carinha dos dois... dá até dó de acordá-los... – disse Lily, sorrindo.
_Quer que eu acorde o Junior? – perguntou James com um olhar ciumento e atemorizante.
_James Potter! – exclamou Lily – Sua filha tem 16 anos, e suas crises de ciúmes são absolutamente desnecessárias! Amy e Six são amigos, e mesmo que fossem algo mais, ele é um bom menino...
Quando a ruiva finalmente parou de falar, seu rosto estava tão vermelho quanto os cabelos. James estava um pouco chocado com a explosão da esposa e todos riam, lembrando-se dos tempos de colégio, quando Lily sempre brigava com o maroto.
_Que horror! – exclamou a voz sonolenta de Amy – Não se pode nem dormir nessa casa mais...
_Parece que o outro aí consegue... – Harry olhou ciumento para ela, mas calou-se diante do olhar da mãe. Definitivamente não precisava de berros na noite de natal....
_Vocês estão indo? – ela perguntou a Sirius e Lene, ignorando o irmão, sorrindo por dentro.
_Estamos, Amyzinha... – Sirius sorriu – Acorde esse dorminhoco, por favor?
Amy riu e aproximou seu rosto do de Six, encostando o nariz no dele e balançando o rosto de um lado para outro. O garoto abriu os olhos lentamente e sorriu.
_Você tá indo... – ela disse num sussurro, sentindo um frio na barriga.
_Ah, ok, então... – ele sorriu de canto, observando-a com a certeza de que Amy estava super nervosa com aquilo. Ela nunca tinha apresentado um namorado à família, mesmo que fosse de mentira... Nem ele, na realidade, mas porque nunca tinha namorado.
Os dois se levantaram e trocaram olhares cúmplices. Amy despediu-se dos padrinhos e Sirius fez o mesmo. Quando finalmente foram se despedir, Sirius puxou-a para perto, e seus lábios se encontraram num beijo longo e intenso, como eles faziam quando não tinha ninguém por perto.
_Tchau, minha linda... – ele sorriu afastando-se.
_Tchau, amor... – ela sorriu entre carinhosa e divertida.
Os dois então encararam os outros, preparando-se para a estupefação geral da nação. James e Harry estavam sem reação, não podiam entender como sua garotinha estava assim, beijando um cara daquela forma na frente deles!; Remus, Jake e Emmeline, divertiam-se com a reação alheia; Lene e Lily entreolhavam-se, radiantes.
_Eu... – James gaguejava, sem reação - Ela é uma criança! Por Merlin!! – exclamou, passando as mãos pelos cabelos, desolado.
Sirius, que já esperava aquela reação do padrinho, prendeu seus olhos em Harry, ansioso. O moreno de olhos verdes percebeu o nervosismo do amigo, e depois, como Amy parecia feliz com ele. Sorriu de canto, aliviando o outro moreno.
_Pai, ela é tudo menos criança... – Harry teve que ceder, e riu para Sirius – Melhor com o meu melhor amigo que com outro qualquer... Já pensou se a Amy, por um devaneio, resolvesse sair com... sei lá, Draco Malfoy? – ele teve que provocar, e a irmã riu, rolando os olhos.
_Mas... – o homem recomeçou e todos ficaram apreensivos – Vem cá, garoto... – ele puxou Junior para um abraço – Prometa que vai cuidar bem dela...
_Eu prometo, tio Prongs... – Sirius sorriu de canto. Era mesmo a sua intenção. Cuidar daquela ruivinha sempre.
_Acho que alguém me deve 400 galeões... – cantarolou Sirius.
_Idiota. – Tiago riu, abrindo a carteira e dando o dinheiro ao amigo de má vontade.
Todos foram se dirigindo para a os jardins da mansão a pé, já que as mansões de Sirius e Remus eram vizinhas às de Tiago. Sirius esperou que restassem na sala apenas ele, o filho e a afilhada. Marlene, que conhecia muito bem as marotices do marido, esperou também, erguendo uma das sobrancelhas.
_Duzentinhos, pai! – riu Junior, estendendo as mãos para o pai.
O pai do menino bufou e entregou-lhe os duzentos galeões.
_Vocês atuam bem... quase me convenceram... – riu, saindo com Lene, e deixando os jovens a sós.
_Passa 100 pra cá, Six... – disse Amy, sorridente – Já tenho até o que comprar com esse dinheiro... Uma saia linda que eu vi no Beco Diagonal!
_Não... esse dinheiro é meu. – ele riu – E outra, eu vou ter que avaliar essa saia, viu, senhorita? – fingiu-se de bravo, rindo em seguida.
_Sirius Black Junior, não me provoque! – ela disse, massageando as têmporas.
_Provoco sim! – disse Sirius jogando-a no sofá e fazendo cócegas.
Sirius e Lene assistiam à cena pelo vidro. A morena, sorrindo, perguntou.
_Você acha que foi só uma aposta mesmo?
_Se eu bem conheço o meu filho, não. Só não sei se ele já percebeu isso... Ele está apaixonado... – Sirius riu.
Na sala, Six ainda fazia cócegas em Amy.
_Pára, chega, chega! – ela ria, pedindo desesperada.
_Então diz que você tava doida pra me beijar... – ele ergueu uma sobrancelha.
_Nunca! Na frente dos meus pais e do meu irmão? – ela riu – Você que queria me beijar!
_Admite! – Six ria, mas depois de um tempinho ele parou e entregou 100 galeões a Amy.
_Sabe o que eu percebi, ingrato? Eu te dei uma Firebolt novinha e você nem presente me dá! – fez-se de brava.
_Ai, bobinha... – Sirius revirou os olhos – Eu só estava esperando estarmos sozinhos pra te entregar...
_Sério? O que é? – os olhos verdes dela brilharam.
_Vira de costas e fecha os olhos. – Six mandou e ela obedeceu, sentindo que ele prendia no pescoço dela uma correntinha.
_Pode olhar... – disse Sirius, virando-a de frente.
Amy olhou para o colo, onde agora pendia um pingentinho dourado no formato de um cachorrinho, o animago de Junior, assim como de seu pai.
_Eu vou estar sempre com você... – ele murmurou, afastando os cabelos dela do rosto. Os dois se encararam por um tempo, não foi planejado, mas seus lábios se uniram docemente. – Não foi só uma aposta... - ele baixou os olhos, incerto - Eu te amo... – sussurrou.
Amy sentiu um frio na barriga como da primeira vez que ele dissera isso. Só que agora, Sirius estava sóbrio, o que era muito melhor. Ela sorriu e deu um selinho nos lábios de Sirius, rindo em seguida.
_Pode ficar feliz então, porque eu também amo você.
O moreno sorriu abertamente, puxando a menina pela cintura e a beijando sem restrições, até que ficassem sem ar.
_Aposta quanto que o seu irmão me mata na hora que eu disser que estamos namorando? – ele sorriu, erguendo uma sobrancelha.
_E nós estamos, por acaso? – Amy repetiu o gesto, apreensiva.
_Quer apostar que você aceita? – ele riu.
_E eu por acaso aposto pra perder... namorado? – ela riu, puxando-o para mais um beijo.
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N.a: êê!!!!!!
Finalmente a tal da aposta...
Bem, quem leu Love Bet viu que essa versão é mais completa, dá pra entender melhor o que levou eles a fingirem e tal! :D
Espero que não tenha ficado estranho, pq a primeira ideia quando era uma short, era que eles não tinham ficado ainda... mas acho que tudo se encaixou bem! Não tive que mudar nada. :))
Beijooos, gente! Ahh, próximo cap não tem Six/Amy... fiz um especial Harry e Ginny!! Ta escrito já! haha
beeijos...
ps.: pooooxa, Felipe! Eu me esforcei TANTO pra arrumar uma briga entre Draco e Sirius! Vc quer é morte nee? haha
bjs
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