Oi papai



Uma Papoula ofegante entrou no Salão Principal, que, para um domingo, estava relativamente cheio.


 


-Alvo! –Chamou a mulher, logo um moreno de olhos verdes entrava também no local. A camisa social branca aberta fez as garotas suspirarem.


 


-O que houve Papoula? –Perguntou o diretor em um tom calmo.


 


-Hermione, ela sumiu! –Ofegou a enfermeira, fazendo um burburinho explodir no Salão Principal.


 


-Como assim? –Perguntou McGonagall, alarmada.


 


-No meio da noite, provavelmente, ela saiu da enfermaria! Mas ela não pode sair dos meus cuidados ainda! –Exclamou ela, preocupada.


 


-O que houve? –Perguntou Luna, que chegava de mãos dadas a Rony, e acompanhada por Gina.


 


-A Mia sumiu, ela foi para o quarto? –Avisou o moreno e viu os três se olharem.


 


-Não, não a vimos. –Foi Gina quem respondeu.


 


-Onde ela se meteu? –Murmurou Harry, passando a mão nos cabelos preocupados.


 


-Quem morreu? –Uma voz ressoou e todos se viraram para as portas.


 


-Ninguém que te interesse Malfoy. –Rony falou rispidamente.


 


-Ele pode ter visto ela. –Luna comentou enquanto ele vinha na direção do grupo de amigos.


 


-Você viu a Hermione? –Harry perguntou por fim e observou o sonserino coçar a nuca, incomodado. –Malfoy. –Harry rosnou, avançando na direção do loiro, mas este ergueu a mão, fazendo-o parar.


 


-A vi de madrugada. –Resmungou. –Na Sala Precisa. –Completou ao ver o olhar que recebia da mesa dos professores e dos próprios grifinórios. Apenas Luna continuava impassível. –Mas ela me expulsou de lá. –Deu de ombros e Gina gargalhou.


 


-É por essas e outras coisas que eu amo aquela garota. –Disse e o Malfoy fez uma careta para a ruiva.


 


-Não importa se ela te expulsou ou te beijou, o que importa é onde ela está. –Tonks o interrompeu, não percebendo o primo engolir em seco, descendo os degraus e ficando ao lado da enfermeira.


 


-Será que ela foi atrás do... –Começou Snap, mas foi interrompido pelos alunos.


 


-Temos que encontra-la. –Rony exclamou sendo apoiado.


 


-Nós ajudamos. –Neville falou, se levantando da mesa da Grifinória junto com Lilá, Parvati, Simas e Dino, além dos irmãos Creevey. O grupo parecia ter se esquecido de que estavam em pleno Salão Principal e saíram rapidamente, após coordenar a busca pelos terrenos de Hogwarts.


 


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Harry havia sido encarregado de procurar na Floresta Proibida. Ele estava atento a qualquer barulho e parou ao ouvir um forte estrondo, olhou para trás, já não via o Castelo, então seguiu na direção que vinha o barulho. Parou de braços cruzados ao ver que Hermione, que escutava música por um fone de ouvido, chutando e socando com vontade uma árvore, provavelmente, milenar. Por um momento se perdeu no jeito que a garota fazia seus movimentos, parecia mesmo uma felina raivosa. Riu do pensamento. Ela não só parecia como também era uma felina raivosa.


 


-Coitada da árvore. –Falou alto o bastante, fazendo-a virar a cabeça enquanto o punho ainda estava contra a árvore.


 


-Poderia ser um aluno. –Resmungou se virando para o amigo.


 


-O que houve? –Perguntou aproximando-se da garota.


 


-Fiquei com vontade de bater em alguma coisa. –Deu de ombros.


 


-Nossa, que explicação ótima. –Disse irônico.


 


-É a única que eu tenho. –Respondeu do mesmo modo.


 


-Por que não me olha? –Perguntou quando percebeu que Hermione tentava deixar os orbes roxos fitando algo que não era ele.


 


-Você pode até ser gostoso, mas não é um imã para olhos, sabia? –Disse e ele ficou estático. –OK, isso ficou estranho. –Ela riu olhando-o diretamente. Evitava olhá-lo para não se lembrar das sensações que o sonho demasiadamente real havia lhe causado. Suspirou e andou até o amigo, levando a mão até sua nuca e lhe fazendo um carinho com as unhas, fazendo-o relaxar. –Estranho, mas sincero. –Murmurou e se aproximou do garoto, que a fitou ansiosamente. Mas antes que ela realmente o alcançasse, suas pernas cederam e um gemido escapou dela, porém antes que caísse Harry a sustentou.


 


-Hermione! –Chamou e a pegou no colo, saindo correndo da floresta, indo até a enfermaria, ignorando os olhares curiosos durante o percurso. –Madame Pomfrey! –Gritou empurrando a porta com o pé, logo a enfermeira corria em sua direção e mandava-o colocar a morena em uma cama.


 


-Chame o diretor! –Exclamou assustada após passar a varinha sobre o corpo da aluna e ver a ponta ficar vermelha. Harry se virou para sair, mas Draco já entrava com Dumbledore.


 


-Achei que ele seria chamado. –Explicou indo ao lado do Potter enquanto Alvo e Papoula cercavam Hermione e fechavam o cortinado. –O que houve?


 


-Não sei, eu a achei e nós estávamos conversando quando ela desmaiou. –Explicou preocupado.


 


-Assim, sem “mas”? –Estranhou e viu o garoto concordar. –Bem, acho que nós devemos ficar calmos, eles sabem o que fazem. –Comentou sentindo-se deslocado.


 


-Você é péssimo pra conselhos. –Comentou com sarcasmo, sentando-se e observando as cortinas que envolviam a cama que a amiga estava.


 


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Hermione havia sentido uma forte pontada na cabeça e quando abriu novamente os olhos se viu em uma sala totalmente negra com um único trono.


 


-Ora, ora, quanto tempo não nos vemos, Princesa. –A voz arrastada e fria fez a garota se arrepiar, observando o homem de aparência ofídica sentado no trono que era feito de ossos e revestido de um couro estranho. –Já estava com saudades. –Comentou e Hermione gargalhou sem emoção, ignorando as pontadas que sentia na cabeça.


 


-Pena que eu não posso dizer o mesmo. –Devolveu mordaz. –O que você quer?


 


-É interessante como as ligações mágicas são formadas, não? –Falou ignorando a pergunta da grifinória. –O jeito que eu consigo invadir sua mente com facilidade quando você está irritada. –Continuou e crispou os lábios. –Você sabia que meu antepassado, Salazar Slytherin, era neto do irmão mais velho de Morgana. Nós somos quase parentes. –Comentou e Hermione contorceu a face, enojada.


 


-Ainda bem que existe a palavra quase. –Resmungou. –Vou repetir pela última vez: o que você quer cara de cobra? –Voldemort fechou o punho com força, tentando manter-se calmo.


 


-Você do meu lado, eu já havia lhe feito essa proposta. –Comentou e ela rolou os olhos.


 


-Você me deixa com dor de cabeça para falar essa babaquice? –Indagou divertida, batendo palmas irônicas. Ela estava um pouco temerosa, mas não conseguia controlar o escárnio.


 


-Você ganharia muito mais do meu lado. –Falou se levantando e farfalhando as vestes negras ao andar em sua direção.


 


-Tipo o que? Uma tatuagem de caveira? –Perguntou com uma expressão falsamente curiosa.


 


-Você me subestima, pirralha. –Rosnou, agarrando seu rosto e perfurando sua pele com as unhas compridas e amareladas.


 


-E você também me subestima, quantas vezes eu vou ter que te dizer “não” até você, oh grande Lord das Trevas, se tocar que eu não vou trocar de lado. –Disse com um pouco de dificuldade, fitando os orbes vermelhos do homem. Tom a soltou com brusquidão.


 


-Eu realmente não queria ter que fazer isso, priminha. –Disse com falso pesar, virando-se de costas e andando até o trono.


 


-Então não faça. –Disse com simplicidade.


 


-Essa não é uma opção. –Devolveu e logo ele sumia em uma névoa cinzenta, Hermione caiu de joelhos, cedendo às pontadas em sua cabeça, era como se adagas perfurassem seu cérebro impiedosamente. Quando abriu os olhos de novo soltou um grito de horror e rastejou para trás. O corpo de Gina Weasley jazia a sua frente, a cabeça decepada e as órbitas vazias, os cabelos ruivos sem vida espalhados pelo chão de um modo macabro. Arrastou-se para trás, mas acabou encostando a mão em algo frio e macio, quando olhou o que era outro grito se desprendeu de sua garganta. Luna estava esquartejada e o olhar, antes sonhador, agora era de puro terror. Tirou sua mão do emaranhado de fios loiros e se levantou, correndo para longe dos corpos de suas melhores amigas.


 


Ofegou em terror ao ver um círculo formado por pessoas mortas de maneiras cruéis, Molly, Arthur, Fred, Jorge, Gui, Rony, Draco, McGonagall, Dumbledore e muitos outros. Parou chocada, aquilo era obra de Voldemort, ela sabia, mas também sabia que aquilo poderia se tornar real.


 


Um gotejar vermelho em sua frente à fez fitar o teto. A onda de choque passou, as partículas no ar pareceram parar e, de repente, uma onda extremamente forte se desprendeu de Hermione. Raiva. Ódio. Os únicos sentimentos que a invadiam, a cima de sua cabeça o corpo ensanguentado de Harry flutuava, os orbes esmeraldas a miravam sem brilho e sangue gotejava de sua boca.


 


-Mia, controle-se! –Uma voz masculina soou em sua mente como um trovão, e toda a energia que ela liberava, voltou para ela em uma explosão.


 


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As cortinas que impediam a visão dos amigos voaram e Dumbledore e Papoula entraram em foco, ambos protegendo os olhos com os braços. Algumas coisas explodiram, fazendo os rapazes abraçarem as garotas a fim de protegê-las dos estilhaços.


 


-O que foi isso?! –Ofegou Gina, soltando-se de Harry, que tinha um corte mediano no braço e outro pequeno na nuca.


 


-Acho que foi a Princesa ali. –Draco respondeu, apertando o ombro ferido por um caco de vidro. Logo a energia voltou para a dona, como em uma implosão, assustadoramente forte.


 


Hermione abriu os olhos junto com um ofego, sentando-se apressada na cama e passando os olhos pela enfermaria, levantando-se, mesmo que ainda tonta, e avançando na direção dos amigos. Harry se assustou ao sentir o peso da amiga sobre si e um choro copioso. A mão da grifinória procurou as roupas de Gina e Luna, puxando-as para um abraço em grupo, trazendo um Rony estupefato e um Draco desconcertado. O diretor trocou um olhar com a enfermeira e ambos deixaram o sexteto sozinho.


 


-O que houve? –Luna perguntou por fim, escutando a amiga balbuciar sobre o sonho em seguida.


 


-Ligação? Como Voldemort teria uma ligação com você? –Rony perguntou, preocupado.


 


-N-não sei. –Fungou. –Mas eu escutei Merlin. –Completou depois de respirar fundo.


 


-O quê? –Draco disse, soltando-se delicadamente da garota, mas esta lhe agarrou a mão rapidamente.


 


-Mandando-me parar. –Continuou baixinho.


 


-Sua onda de energia poderia ter destruído muitas coisas por aqui. –Gina comentou, desviando o olhar das mãos atadas dos dois adolescentes.


 


-O que você quer dizer? –Luna perguntou, recostando-se em Rony que a abraçava por trás e descansava o queixo no topo da cabeça da namorada.


 


-Acho que está na hora de fazer. –Disse por fim.


 


-Fazer? –Harry ecoou, fitando-a preocupado.


 


-O ritual. –Disse por fim, fazendo uma tensão perpassar até mesmo por Draco, que não estava totalmente inteirado do assunto.


 


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-Você pode ir, mocinha, mas qualquer coisa volte correndo, voando, aparatando, ou seja, imediatamente para cá. –Papoula “comandava” firmemente e a Princesa fazia caretas, imitando-a apenas com os movimentos da boca.


 


-Poppy, eu já entendi. –Disse lentamente, fazendo a mulher a olhar inquisidora. –Tchau, Poppy. –Disse e viu a enfermeira crispar os lábios, aquela garota lhe chamava assim desde a hora em que a viu conversar com um quadro de um admirador, que a chamava de Poppy.


 


Hermione saiu calmamente da enfermaria, os passos ecoando no piso enquanto ela virava a “esquina” do corredor, foi quando ela parou e falou “herdeira”, uma porta materializou-se em sua frente.


 


-Prontos? –Indagou ao colocar os pés em seu quarto e observar Rony, Harry, Gina e Luna confortavelmente jogados em sua cama e Draco sentado em uma poltrona no outro lado do quarto.


 


-Como estaremos prontos para algo que nem você, que é quem vai realizar o ritual, sabe o que fazer? –Draco retorquiu seco.


 


-Ah, adrenalina, Draquinho! –Disse falsamente empolgada e rindo levemente quando o loiro lhe mostrou a língua.


 


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-Tem certeza, mestre? –Uma voz temerosa soou por um apertado espaço.


 


-Faça logo e corretamente que vocês serão recompensados! –Uma voz fria e cortante respondeu de forma ríspida.


 


-Sim, Lord. –Um coro soou e logo em seguida um barulho de uma porta se abrindo foi ouvida.


 


-Vamos acabar com a festinha deles. –Uma voz feminina afirmou macabra.


 


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N/A: E é hoje que vocês me matam, eu sei! I’m sorry! Mas eu tive que fazer o capítulo curto porque o próximo será O Capítulo e a fic fica mais interessante a partir dele, ok?


Sem mais delongas, gostaram? Odiaram? Amaram? COMENTEM!


 


Respostas:


 


Débora Granger Potter Malfoy: Oi maluca! Postei e espero que você comente, ok? Beijos!


Bruna.Jean.Granger.Hale.Cullen.Potter: Desculpa pelo atraso, mas a att está aqui! Comenta!


 


Reclamação: gente, eu não escrevo para fantasmas, escrevo? Porque se a resposta for sim eu quero que esses fantasmas me apresentem o Nick-Quase-Sem-Cabeça! Então comentem, não dói e me faz feliz!


 


Beijos, PamyPotter.


<31/03/12>

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Comentários (5)

  • shay Granger Potter

    continua flor adorei a fanfic vai continua

    2014-02-04
  • Clara Flor

    Dei uma de fantasma! acredita q eu nem li esse capitulo.... posta logo mulher!

    2013-02-06
  • Hermione Rosier Black Malfoy

    vixe...vao atrapalhar o plano de resgatar o sirius ??mione vai conseguir (pelo menos é oq acho )quando vai rolar um beijo...hem ??to ansiosa para esse momento....e mega curiosa...bjs     

    2012-05-31
  • Bethany Jane Potter

    Meu Deus..estou atrasada na historia!!.Espero q voc continue..Mt boa essa fic... amei cada pedacinho da historia..Por favor...termine essa fic.. bjs

    2012-04-30
  • Bruna Bullock

    Amei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Posta logo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Beijosssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

    2012-03-31
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