A Carta

A CARTA

          Ela corria desesperadamente pelos frios corredores do castelo quando uma nova onda de lágrimas voltou a embaçar seus olhos, impedindo-a de notar a presença de um sutil obstáculo no caminho. Antes que pudesse perceber, Hermione já estava caída sobre o chão de pedra, vertendo uma quantidade surpreendente de lágrimas.

         Foi então que um ruído distinto lhe chamou a atenção e ela imediatamente levantou os olhos à procura daquilo que seus ouvidos lhe alertaram e o viu: um lindo e delicado passarinho dançava à sua frente, em busca de atenção. E logo ela percebeu não ser ele um pássaro comum; era um passarinho feito de pergaminho.

         Curiosa, Hermione enxugou as lágrimas de seus olhos e estendeu a mão direita em direção à pequena ave e esperou. O passarinho pousou no local indicado e ao primeiro toque estacou. Logo, a garota tomou posse da carta, sem nem sequer imaginar do que se tratava, e abriu-a:

 “Querida Hermione Granger...

         Foi-se o tempo em que as mulheres eram obrigadas a se submeter aos infames caprichos masculinos.

         Procure por uma sala aconchegante e segura hoje à meia-noite no sétimo andar. Você não vai se arrepender.

Atenciosamente,

C.S.B”

 

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.