Primeiro dia de aula estranho



Capitulo 8. Primeiro dia de aula estranho


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   Charlotte acordou, suada e assustada. Olhou em volta. Todas as garotas ainda dormiam, tranqüilas, em suas camas. Ela olhou para o relógio. Era cindo da manhã. Sabendo que teria mais pesadelos se voltasse a dormir, levantou e foi tomar um banho. Trocou-se, pegou seu material e desceu as escadas do dormitório, bocejando.


   Começou a andar por toda a sala comunal, enquanto lutava contra o impulso de subir no dormitório dos meninos para ver Harry dormir. “Isso seria errado, há outros meninos lá. E se eu fosse pega quando eles acordassem? Não posso ir”. E assim, zanzou pela sala comunal até as seis horas, onde rumou para o salão principal.


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   Harry acordou sem vontade alguma. Tinha tido um sonho tão bom, onde era seguido, ele tropeçava, e uma garota de cabelos dourados caia em cima dele. Harry podia sentir o cabelo dela no seu rosto, seu cheiro, seu beijo. E depois acordara. Olhou para o relógio de pulso. Eram seis horas da manhã. Foi tomar um banho e se trocou, depois acordou Rony e foi até o salão principal, tomar café da manhã.


   As quatro mesas tinham poucos estudantes, e Harry logo viu Charlotte, sentada comendo um prato de mingau. Ele se juntou a ela, que lhe deu um fraco sorriso e se voltou para o prato.


   -Por que você está tão calada?-perguntou Harry, um pouco preocupado. Não queria que ela ficasse triste.


   -Nada, só não tive uma boa noite – respondeu ela, bocejando.


   Hermione e Rony chegaram, Hermione se sentou do outro lado de Charlotte, e as duas começaram uma conversa animada sobre as aulas, pelo que Harry pode ouvir, Charlotte também iria fazer runas antigas. Rony sentou no seu lado e começou a praguejar por o horário das aulas serem tão cedo.


   Depois do café da manhã, Harry e Rony rumaram para a aula de feitiços e Hermione e Charlotte foram para runas antigas. Foi uma manhã tranqüila, e todos se encontraram no almoço.


   -Posso ver seu horário, Charlotte?-perguntou Harry. Ela mostrou, desconfiada. Ele suspirou de alivio. Ele e a garota tinham quase todas as aulas juntas, menos feitiço e os dois tinham até as aulas vagas no mesmo horário.


   Depois do almoço, os quatro foram juntos para a conhecida sala nas masmorras, onde Snape, o professor de poções dava aula. Eles esperaram no corredor junto com os outros alunos. Harry viu que Malfoy olhava em sua direção. Infelizmente, os alunos da Grifinória e os da Sonserina tinham essa aula juntos. Malfoy e seus amigos caminharam até ele.


   -Você encontrou uma nova amiga, Potter?-disse ele, olhando para Charlotte com muito interesse. Harry pegou a varinha no bolso da calça. Já tinha aturado os gêmeos cantando ela quando foi comprar o material. Não deixaria Malfoy fazer isso.


   -É. E o que você tem com isso?-falou Harry, olhando para Malfoy com raiva. Todos estavam prestando atenção em cada palavra deles, certamente esperando que uma briga ocorresse. Charlotte olhou para ele, alarmada.


   -Você até que é bem bonita – disse Malfoy, fingindo não ouvir Harry – gostaria de ir a Hogsmead comigo?


   Todos ficaram em silencio. Harry esperava, queria saber se ela preferia sair com aquele babaca antes de transformar Malfoy em uma lesma. Finalmente, ela respondeu:


   -Não, obrigada Malfoy. Estou esperando que outra pessoa me convide – disse ela secamente. Todos riram. Snape tinha acabado de chegar, então todos entraram. Harry estava se sentindo muito melhor. Agora só tinha que descobrir quem era o garoto e derrubar ele.


   Snape mudou todos de lugar, Harry ficou na cadeira à frente da escrivaninha do professor, e ficou muito contente em ver que Charlotte sentaria no seu lado. O professor pareceu muito surpreso quando ela se adiantou na sua frente. Parecia que ele acabara de descobrir que fora promovido, Harry observou. Quando Charlotte se sentou do seu lado, ela sorriu para ele. Snape começou a falar:


   -Hoje vocês vão preparar a poção morto-vivo. Quem conseguir chegar mais perto do resultado ira ganhar um quite de poções – disse ele – podem começar.


   Charlotte era muito boa em poções, então enquanto ela comandava, Harry picava os ingredientes para os dois. Estavam conversando aos cochichos. Foram os que mais chegaram perto, seguidos por Hermione. Charlotte ganhou uma caixa com frascos cheios de poções diferentes. Ela deu todas para Hermione, a quem disse que eram dela por direito. Só deixou uma poção muito curiosa, chamada Felix Felicis (sorte liquida) para Harry. Ela disse que ele poderia precisar mais tarde.


   Depois eles tinham uma aula vaga. Harry decidiu, com muita relutância, começar a fazer a redação que o Prof. Binns havia pedido. Rony estava conversando com as crianças do primeiro ano. Discutiam sobre quadribol. Charlotte chegou àquela hora no salão comunal, se sentou ao lado de Harry, e os dois começaram a fazer redação.


   -E então, como foi o seu primeiro dia de aula?-perguntou, interessado. Ele queria saber se Malfoy havia a procurado. “Se ele tocar sequer em um fio de cabelo dela...”, pensou ele, com raiva.


   -Foi bom – disse ela, com um sorriso.


   -E o idiota do Malfoy, te procurou de novo?-perguntou ele. Estava com tanta raiva que quebrou sua pena.


   -Não... – disse ela, impressionada – ainda bem que não. Não o conheço, mas eu quero ficar o mais longe possível dos Malfoy.


   -Por que?-perguntou ele, mais calmo.


   -Eu me lembro do pai dele. Sei que ele admirava o Lorde das Trevas desde pequeno, sei que ele faz parte do circulo intimo dele. Talvez esse Draco seja normal, mas eu não vou mais confiar em nenhum deles. Sinto que já cometi esse erro – falou ela, pensativa. Hermione, que estava ao lado dela, a olhou com assombro. Era visível que não se acostumara com isso. Harry não se importava. Parecia normal Charlotte ter esse dom.


   -Você deve saber de muitas coisas sobre isso. Por que não conta a Dumbledore?-perguntou Hermione, curiosa. Harry riu. Hermione sempre dava o mesmo conselho: “você deveria falar isso para Dumbledore, Harry, ele gostaria de saber disso”. Ele já ouvira isso tantas vezes, e ainda achava desnecessário. Às vezes era bom falar com o diretor, mas algumas coisas eram sem importância.


   -Acho que ele sabe tudo sobre isso, Mione, e mesmo que ele não soubesse quem sou eu para falar com ele?Sou apenas uma aluna. Nem o conheço. Já tinha ouvido Madame Maxime falar sobre ele...


   -Espera, você conhece Madame Maxime?-perguntou Hermione, muito interessada.


   -Mas é claro, estudei em Beauxbatons antes de vir para cá. Minha família teve que se mudar porque meu pai recebeu uma promoção. Então, tive que vir para Hogwarts – disse, sorrindo – O castelo de lá não é tão grande como este, mas...Vamos dizer que é mais novo e moderno.


   Hermione e Charlotte começaram a conversar enquanto escreviam, Hermione falando sobre a vigem que tinha feito a França, e Charlotte falando mais sobre sua antiga escola. Harry estava quase acabando, mas teria aula de herbologia dali a seis minutos. Então ele e as garotas pegaram seus materiais e foram para a estufa.


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   Ela se lembrava de tudo. Lembrava-se do lago, do castelo, do diretor e até de alguns de seus professores. Quando vira o Prof. Snape, se lembrou de um garoto magricela, com cabelos negros e oleosos, era igual a Snape, só que mais novo. Sentia que ele era um velho amigo.


   Estava indo para as estufas com Hermione e Harry. Tiveram uma aula normal. Quando estavam voltando ao castelo para jantar, ela de repente viu uma lembrança. Parou. E arregalou os olhos. Hermione e Harry, preocupados, a chamavam, mais ela não ouvia nada.


   Estava caindo. E via uma garota de cabelos ruivos, estava meio que flutuando na sua frente. Eu gritei.


   -Esta tudo bem, minha criança – disse ela, sorrindo – você vai me ver logo. Sempre estou com você. Lembre-se disso – sussurrou ela. Voltara da visão.


   -O que aconteceu?-perguntou Harry, parecia preocupado.


   -Tive uma visão, ou uma lembrança. Alguém vai me encontrar em breve. Uma garota. Ela parecia um fantasma, era transparente – disse Charlotte num jato. Hermione estava nervosa. Harry acabara de abrir a boca para falar algo, mas ela foi mais rápida.


   -Que tal irmos jantar, em?Depois vocês dois conversam sobre isso.


   Harry e Charlotte concordaram. E então, os três rumaram em direção ao castelo.


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Comentários (2)

  • Gina Evans

    Isso eu não posso contar.O proximo capitulo vai ser legal.Vou tentar postar na sexta.

    2011-04-07
  • rosana franco

    É com a Lillian que ela sonha,por isso comparou o Harry com o Thiago logo no começo não é?

    2011-04-07
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