Voltando a Hogwarts

Capitulo 7. Voltando a Hogwarts.

   Estava tudo pronto. Os malões estavam no porta-mala do carro, Bichento, Píchi e Edwiges estavam presos e Harry, os quatro Weasley, Sirius, Hermione e Olho-Tonto já estavam acomodados no carro. Foram para a estação em um carro mandado pelo ministério, chegando com quinze minutos de antecedência. Passaram pelo portal e estavam na estação 9/6.

   A Sra. Weasley deu um abraço em cada um dos garotos, O Sr. Weasley ajudou a colocar as bagagens no trem, e Sirius arrastou Harry para algum lugar vazio.

   -Bom, então tenha um bom ano letivo, Harry, se qualquer coisa acontecer você sabe que pode contar comigo, não é?Se quiser falar comigo, use o espelho -disse ele com uma piscadela.

   -Até logo, Sirius – disse Harry, depois de abraçá-lo.

*~*~*~*~*~*~*~*~*

   Ela estava nervosa. Quem não estaria?Enquanto andava pela aglomeração de alunos com suas bagagens, as corujas há toda volta piando irritadas. Onde ele estaria?Será que viria? “Mas é claro que vem, sua tola. Ainda falta muito tempo para o trem partir” pensou ela, olhando para o seu relógio. Ainda tinha 12 minutos.

   Agora não havia mais volta. No que estava pensando quando disse a sua mãe que queria estudar em sua velha escola, Hogwarts?Estava pensando nele, é claro. Quando estava pensando nele sempre fazia alguma besteira. “Mas que droga! Por que eu tinha que me apaixonar por ele, Merlin?”.

   De repente, cabelos negros e rebeldes apareceram na sua visão. Seu coração começou a bater rápido. Era ele. Seria agora. Olhou para a locomotiva. Em um minuto já estava lá, entrando na sua cabine. “Como sou covarde! Agora mesmo é que não vou para a Grifinória”. Ela olhou pela janela. Seu movimento não havia passado despercebido pelo garoto, que estava embarcando também. “Ótimo, terei uma viagem muito tranqüila. Vou fazer papel de boba bem na frente do Harry. Não havia mais nada que eu quisesse mais. O que eu fiz para receber isso?”. Ela suspirou. Seria uma viagem muito longa.

*~*~*~*~*~*~*~*~*

   Harry estava distraído quando avistou longos cabelos dourados. Seu coração começou a bater de um jeito descontrolado. Por que fora tão burro de não pensar que Charlotte iria para Hogwarts?Era uma das melhores escolas bruxas, é claro que ela quereria estudar nela. Decidiu segui-la. Acenou para os outros e entrou. Procurou nas cabines, e a encontrou sozinha, sentada olhando pela janela. Ele entrou.

   -Posso me sentar aqui?-perguntou distraidamente. Viu quando ela corou. Ele sorriu, enquanto ela se virava para ele e fazia um sim com a cabeça. Sentou-se – Não esperava ver você aqui.

   -Surpresa – disse ela, sorrindo, meio sem jeito. “Não fique nervosa”, pensou ela. Respirou fundo – como foi o resto de suas férias?

   -Foram boas. Mas é bom estar de volta à escola.

   Silencio. Harry queria continuar a conversa, mas não sabia o que falar, então se contentou em ficar olhando para Charlotte enquanto essa observava as famílias se despedindo. Quando a garota olhou para frente e viu que ele a observava, corou furiosamente, e desviou sua atenção rapidamente para a janela. Ele riu. Sentia-se muito confortável, mas Charlotte não. Então começou a puxar assunto com a garota, logo os dois conversavam. O trem saiu da estação.

   Como Hermione e Rony tinham que se encontrar com os outros monitores e depois patrulhar o corredor, Harry e Charlotte teriam muito tempo.

   -Seus olhos mudam de cor – disse Harry de repente. A garota tinha acabado de revirar os olhos, e ele notou que estes tinham mudado do habitual chocolate para verde.

   -Isso acontece às vezes – ainda vendo a cara duvidosa de Harry, ela viu que não havia contado a ele – Eu ainda não te contei?Vou te mostrar – disse com um sorriso.

   Harry viu quando Charlotte fechou os olhos, parecia concentrada. E de repente seus cabelos dourados estavam pretos.

   -Há...Você é metamorfomaga.

   -É meio que coisa de família. Acho que está no sangue. Minha mãe é, e a maior parte das mulheres da família dela eram. Às vezes isso acontece sem eu notar. Quando eu fico com muita raiva, meus cabelos ficam ruivos. E meus olhos ficam verdes de repente.

   Os dois pararam de falar. Charlotte olhava para a janela, Harry olhava para ela. Quais outros segredos teria escondido dele?A porta da cabine se abriu ruidosamente, e por ela passaram um Rony sorridente e uma Hermione duvidosa.

   -Olá Harry – disse Rony – agora sabemos por que você saiu correndo da estação. Queria encontrar Charlotte – ele piscou para ela, se sentando do lado de Harry. Ele tinha vontade de socar a cara do amigo.

   -Oi – disse Hermione, se sentando do lado de Charlotte – meu nome é Hermione Granger, sou amiga do Harry. Eu posso fazer uma pergunta?

   -É claro – disse Charlotte, Harry a olhou, ela parecia muito à vontade com os amigos dele.

   -De onde vocês se conhecem?-ela parecia muito curiosa sobre isso. Hermione às vezes se preocupava demais.

   Harry ouviu Charlotte explicar a Rony e Hermione, os dois pareciam assombrados com o fato de ela poder ver lembranças de outras pessoas.

   -Se você sabe, me fale o que aconteceu na minha casa na primeira semana de férias.

   -Seus parentes foram visitar você. Seus irmãos mais velhos fizeram uma brincadeira com você, onde no final você acabou encharcado de ponche – todos riram, menos Rony, que estava assombrado.

   -Foi isso mesmo...Como é possível?

   -Eu não sei, só sei que vejo esses tipos de coisas.

   O resto da viagem foi muito agradável, eles compraram doces da bruxa do carrinho de comida e jogaram snape explosivo. Quando estavam quase chegando em Hogwarts, se trocaram e saíram da cabine quando o trem parou. Harry viu Malfoy e os seus amigos Crabbe e Goyle infernizando terçanistas quando passavam por uma cabine.

   Depois estavam andando por uma estrada até as carruagens. Elas eram puxadas por testálios, criaturas que poucas pessoas podiam ver. Só pessoas que tinham presenciado a morte de alguém podiam vê-los. Harry, Hermione, Rony, Charlotte e Neville dividiram uma. Pularam da carruagem quando chegaram no castelo.

   Quando entraram no saguão de entrada, estavam distraídos, conversando sobre suas notas.

   -Não tirei uma boa nota no N.O.M de transfiguração, minha avó ficou muito irritada – dizia Neville, quando de repente uma bola de papel caiu em sua cabeça. Todos olharam para cima e viram Pirraça, o poltergeist jogar mais bolinhas em muitos alunos.

   -Bem vindos de volta, aluninhos – disse ele, dando uma gargalhada – Senti muito a falta de vocês!

   Depois de jogar a ultima bolinha na cabeça de uma segundanista, desapareceu. Todos foram para o salão principal, xingando Pirraça. Harry assistiu a seleção, e quando chegou à vez de Charlotte, foi o que mais torceu, e ficou muito feliz quando ela entrou para a Grifinória. Depois dos avisos de Dumbledore, o salão se encheu com o som dos talheres e copos.

   Quando todos tinham comido, o salão foi se esvaziando. Harry e muitos grifinorianos rumaram para o salão comunal. Rony e Hermione mostravam o caminho para os alunos novos. Depois de desejar boa noite para Hermione e Charlotte, Harry e Rony rumaram para o dormitório dos meninos, para um merecido descanso. As aulas começariam no próximo dia e Harry estava ansioso para começar.

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