Inesperado



N/A: Desculpaaas, eu sou enrolada demais, eu sei... Mas aqui está um capitulo novo! Espero que agrade, sobre o final... Não me matem se não gostarem, é só uma coisa que eu vinha pensando já faz um tempo...


Barbara Aguiar Azevedo - Que bom que você gostou dos devaneios da gina =) eu tive esses devaneios um dia deitada na grama observando o céu, mas nao tinha nenhum Harry do meu lado =( 


Ana Slytherin - Um capitulo para ajudar a matar sua ansiedade =)) Obrigada por comentar


Ana Laura - Só pq vc nao me matou como eu esperava ao ler esse cap, dedico a vc... ¬¬ mas nao acostuma


E eu já comentei o quanto odeio e sou péssima dando nome para caps?



Cap 15:


 


Aquilo estava errado, completamente errado. Eu estava ali, beijando o meu namorado, já que eu acho que a gente nunca terminou, e de repente, aquilo estava tão... Fora de propósito? Errado? Simplesmente estranho?


Eu fiquei ali imóvel, petrificada e confusa, até que ele percebeu o meu estado e se afastou olhando-me curioso.


-Gina, esta tudo bem? – Ele perguntou com uma evidente preocupação.


-Não – Eu respondi sem perceber o que fazia, como se assistisse alguém falar aquilo – Não está tudo bem, não está nada bem.


-Gina... – Ele agora estava verdadeiramente assustado – Como assim?


-Como assim o que? – Eu estava completamente revoltada – Você briga comigo, some por uma semana, volta do nada, diz tudo o que você pensa de mim na minha cara e acha que esta tudo bem?!


-Gina... – Ele parecia que só sabia repetir aquilo em variados tons.


-Dá para me escutar?! – Eu pedi irritada – Olha eu sei que exagerei aquele dia, mas não sei se você percebe, eu estava sofrendo! E muito! O MEU IRMAO MORREU, porque ninguém entende isso?! Eu esperava que você me apoiasse, eu imaginava que você, mais do que qualquer um, ia entender como era perder alguém que se ama para Voldemort, e eu acreditei nisso sabe? Todo aquele mês, em que eu fiquei aqui sozinha sofrendo eu pensava “quando ele voltar... Vai ficar tudo certo... Ele vai aparecer e eu vou parar de sofrer...”


-Gina...


-DA PARA PARAR DE REPETIR ISSO CARAMBA?! – Eu berrei possessa – Mas você apareceu, você não se importou comigo e eu simplesmente não sabia como agir, daí de repente ficou tudo bem entre a gente. Só que não estava! Por que eu estava com isso preso: “você me abandona, você não se importa de verdade comigo” isso ficava repetindo na minha cabeça, mas eu ignorava. E daí, a primeira coisa que acontece, que eu preciso de você, você reage daquele jeito?!


Ele só engolia em seco, me olhando petrificado, nesse momento eu percebi que chorava, e já devia estar chorando a muito tempo.


-Não sei se você se lembra “potter” – Eu cuspi o nome dele – Mas quando VOCÊ estava um inferno por causa do Sirius, eu te aturava, eu te ajudava, eu te consolava. E quando eu falo uma coisa por causa da dor você fica revoltado comigo?! E pior do que isso, você fugiu. Você foi embora. Você não quis “se acalmar e falar a respeito” você simplesmente me abandonou de novo! Bem feito para mim por confiar em alguém. E sabe do que mais? – Agora eu estava exasperada e chorosa, sem o tom de ódio e raiva – Eu nem sei o que eu estou falando, eu não sei o que eu estou sentindo, eu não sei nem mesmo o que eu estou me tornando e é tudo culpa sua! Olha o estado em que eu estou por SUA causa... – Eu não conseguia mais falar e só chorava – Eu achei que depois daquele ano tudo daria certo... Mas não deu Harry – Eu olhei para ele com o coração partido – Não deu...


Ficamos em silêncio enquanto eu parava de chorar e debilmente enxugava minhas lágrimas. Estávamos sentados lado a lado um sem olhar para o outro, eu olhando para baixo, sem sentir mais nada depois da explosão de emoções, exceto talvez alivio, de ter colocado para fora algo que a tanto tempo me torturava. Eu achava que ficaria ali para sempre, cansada e indiferente demais para tomar alguma atitude quando ouvi a voz dele, ela estava calma e firme, de um jeito que me fez sentir um pouco melhor.


-Foi quando eu vi uma foto da Tonks e do Lupin – Ele disse simplesmente, eu sabia do que ele falava.


Ele virou a cabeça na minha direção e eu ergui o olhar da grama, fitando olhos igualmente verdes, não tinha mais raiva dentro de mim, só... Não sei, parecia um vazio, mas um vazio bom, seria paz? Paz que há tanto tempo eu não sentia?


-Eu tive a certeza de que, não importa como eu morrer, eu vou morrer com um rosto na minha mente, a pessoa que eu mais vou sentir falta se eu me for... – Ele falou aquilo com uma aparente calma, mas eu sabia o quando aquelas palavras doíam para ele – Vai ser um rosto tão bonito... De olhos castanhos e cabelos ruivos... Vai ser o seu rosto Gina. Por que não importa o que me aconteça daqui até o fim da minha vida, eu sempre vou te amar, e eu simplesmente sei disso.


Eu retorci meu rosto em um inicio de choro, eu não queria chorar, eu não queria ouvir aquilo, eu queria ouvir aquilo. Eu não agüentava ouvir cada uma daquelas palavras, e ao mesmo tempo, eu precisava delas. Ele pareceu que ia falar, mas eu não conseguia ouvir mais nada e só me atirei nos braços dele, o apertando tanta força que meus braços doíam. Eu havia esquecido o quanto amava aquele abraço, o quanto precisava dele, e eu fiquei ali, sem conseguir chorar o segurando com força, com medo de que ele escapasse se eu o soltasse.


-Eu te amo... – Eu sussurrei agarrada nele.


Eu percebi que ele sorriu ao ouvir isso, enquanto ele apoiava a cabeça dele na minha, eu não precisei ver aquele sorriso, mais do que tudo, eu sentia ele.


-Sabe Gina... – Ele disse algum tempo depois, quando eu já havia me acalmado e o soltado, quando estávamos deitados na grama, observando as nuvens – Eu pensei que, se mais cedo ou mais tarde iríamos nos entender, qual o sentido de perder tempo com raiva de você? Porque eu sei que, no final, nós vamos ficar juntos, não importa o que aconteça até lá – Ele sorriu para mim através da grama, entrelaçando nossas mãos que antes repousavam lado a lado.


E ali, com o calor que nos cercava sendo amainado pela brisa tão leve que soprava, balançando as arvores, que se assomavam aos sons da natureza a nossa volta, com o sol a brilhar tão intensamente e a mão dele junto a minha, eu tive que sorrir de volta, eu estava tão feliz.


E assim ficamos lado a lado, somente olhando um para o outro, até que acabamos adormecendo, felizes, apaixonados, tranqüilos, sem nem imaginar tudo o que estava por vir.


 


Entramos em casa rindo aquela noite, depois de termos passado o resto do entardecer juntos. Eu me despedi dele e fui ao meu quarto para tomar banho antes do jantar já contando os segundos para reencontrá-lo.


Eu passava pelo corredor quando ouvi soluços vindo do antigo quarto de meus irmãos, que somente Jorge ocupava agora. Aquele som, embora me partisse o coração, já era um som ao qual eu estava acostumada a ouvir e eu teria prosseguido meu caminho se não fosse uma voz inesperadamente chorosa e desesperada que eu ouvi, voz essa que eu posso garantir, não pertencia ao meu irmão.


-E o que é que eu faço agora?! – A voz se transformou em soluços doloridos e profundos, que me cortavam a alma apenas por ouvi-los.


E foi assim que eu, sem ter consciência de coisa alguma, especialmente de minhas ações, fui até o quarto e abri a porta, entrando e olhando admirada a outra pessoa naquele quarto, pois apesar de não ser de Jorge, eu conhecia o dono daquela voz, ou melhor a dona.


-Angelina?


Os dois foram pegos desprevenidos pela minha repentina entrada, de forma que não conseguiram nem ao menos se mover antes que eu visse algo que, de repente me esclareceu tudo. Jorge andava desesperado pelo quarto, com uma expressão de incredulidade no rosto, mas Angelina com as lágrimas correndo, parada, no meio quarto, possui as duas mãos pousadas de forma quase inconsciente, em sua barriga.


Eu fiquei paralisada, de boca aberta fitando a cena, os dois ao me verem ficaram igualmente estáticos, Angelina parecendo horrorizada por ter sido descoberta e Jorge apenas cansado. Ficamos ali, como estatuas, até que uma voz firme, que demorei a reconhecer como a de Jroge ordenou:


-Gina, feche a porta.


Eu finalmente me movi, fechando a porta, muda antes de me virar para os dois. Angelina agora olhava pela janela, com os braços cruzados nervosamente e boca apertada, parecendo fazer força para não me olhar. E Jorge, parecendo completamente esgotado, caiu sentado em sua cama, com uma expressão vencida.


Sentindo-me completamente deslocada em meio aquele quarto tão triste, evitava olhar para os dois, e acabei me deparando com um porta-retrato na mesinha de cabeceira de Jorge, na qual ele e Fred riam juntos, provavelmente após mais uma travessura. Aquele menino tão alegre na foto não se parecia em nada com a sombra de homem sentada na cama, o que havia acontecido com Jorge? Nem sei por que eu ainda perguntava.


-Jorge... Angelina... Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Eu tive que perguntar depois que ficou claro que eles não iriam falar nada.


-Acho que você já percebeu não é mesmo Gina? – Disse Jorge desanimado para mim.


Angelina apertou os baços com mais força e parecia a ponto de debulhar-se em lágrimas de novo.


-Quantos meses? – Eu perguntei a Angelina que não parecia em condições de responder nada.


-Cerca de 5 – Respondeu-me Jorge.


-Foi... Foi antes da guerra? – Eu perguntei tentando assimilar alguma coisa.


-Não – Veio a voz irônica e feroz de Angelina – Foi durante a guerra sua idiota!


-Eu... – Eu tentei me defender diante do inesperado ataque.


-Desculpe – Angelina suspirou – Eu só estou nervosa...


Ela se deixou cair sentada ao lado de Jorge, que passou um braço solidário e preocupado por seus ombros.


-É do Fred certo? – Eu perguntei me sentindo tola, por já saber a resposta.


Entretanto o silêncio desconfortável que se seguiu me deixou desorientada.


-É do Fred?! – Eu perguntei meio exasperada dessa vez.


-Eu não sei... – Angelina chorava de novo – Eu não sei...


-Mas... Se não for do Fred... – Eu tentei perguntar enjoada e confusa demais para qualquer outra coisa.


Angelina chorava com força agora e Jorge a abraçava com mais força.


-Se não for o Fred... – Eu estava desesperada pela resposta – Então... De quem é? – Eu finalmente completei a pergunta arfante e assustada.


-Cala a boca Gina! Pelo amor de Merlin! – Ordenou ríspido Jorge segurando Angelina que chorava com mais força agora, deixando algumas lágrimas escaparem também.


De repente eu compreendi tudo aterrorizada e tive que sair dali, eu ia enlouquecer se passasse mais um segundo lá dentro, por Merlin, como isso tinha acontecido?


 


Contiua...


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • vritupotter

    Por Merlin MESMO, que babado fortíssimo, chocado e horrorizado. E que reconciliações confusas, Gina do céu.

    2021-01-09
  • Ana Slytherin

    Como assim eles dividiam a mesma mulher??? eu sei que é uma pergunta idiota mas vou fazer mesmo assim: o Fred sabia disso?? Tinha que ter alguma coisa nas visitas da Angelina  Por que não importa o que me aconteça daqui até o fim da minha vida, eu sempre vou te amar, e eu simplesmente sei disso. Momento mais fofo do Cap   Ameii Ah e nao demora tanto assim vc pq se eu tiver um ataque de ansiedade eu nao vou poder ler e comentar  Bjos e ate o proximoo

    2011-05-12
  • barbara aguiar azevedo

    ohhhhh myyy Goood!!!Descooberttas bombásticas! Euuu entendii mesmoo? Os gemeos dividiam até a mesmaa mulherrr... genteee, bafão!!!(estou amandooo issooo, sériooo! Quantoo a Gina e Harrry, terminou como eu acheeei que iriaaa!!! Ahhhh, fofiiissimo!Veee se não demoraaa TANTOO assim, isso me mataa, sabiaa?!?! asuhsausahasuhaua   Beijoo

    2011-05-11
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.