Brisa de verão



N/A: E eu ganho o prêmio de autora mais enrolada do mundo, desculpem a demora pra postar, mas... Ah nao teve desculpa mesmo, estou postando agora e já começando a escrever o próximo.


Esse cap NÃO é dedicado a Ana Laura =) pq eu sou mto sádica e má.


Barbara Agiar Azavedo, favor não morrer de ansiedade, pq se vc morrer nao vai poder comentar e ai quem me mato sou eu, amo seus coments!


Ana Slytherin: bom palpite...


 


***


Brisa de verão


 


 


O amor pode ser comparado a uma brisa de verão, pois surge e desaparece quando menos esperamos e sem que tenhamos qualquer controle sobre isso. Às vezes é tão leve que mal a sentimos tocar nossa pele, e às vezes é forte o suficiente para que pensemos ser possível nos levar, caso pulemos do chão. Algumas vezes surge aos poucos, até que tudo sopra a nossa volta e às vezes já aparece soprando nossos cabelos sobre o nosso rosto, dificultando nossa visão e raciocínio. E talvez a característica mais semelhante entre os dois, é que, por mais que a brisa sopre folhas e grama sobre nós, faça folhas de arvores caírem no nosso caminho, bagunce nosso cabelo e impossibilite a leitura de qualquer coisa, por virara incansavelmente as páginas, uma brisa de verão é sempre bem-vinda para aliviar o calor das tardes.  Mesmo que a brisa não seja recebida com um sorriso, no fundo, mesmo que nós mesmos não saibamos, estamos felizes por ela estar lá, mesmo que por pouco tempo.


Refleti em um estado que contemplava a fronteira entre o sonho e o despertar, sentindo a brisa quente afagar meu rosto e jogar cuidadosamente uma mecha sobre o meu rosto. Eu senti algo pinicando minhas costas e me dei conta de que era a grama, abri os olhos cuidadosa e curiosamente, piscando repetidamente devido a intensa claridade da tarde de verão. A primeira coisa que vi foram as folhas, de um verde tão vivo, que deixavam alguns raios de sol penetrarem por sua cobertura diretamente nos meus olhos. Então eu levei uma mão a frente de meus olhos, para protegê-los daqueles raios e contemplar a folhagem acima de mim, e foi ao fazer isso que me dei conta de uma coisa. Eu havia levado minha mão esquerda a frente de meus olhos, porque a direita estava presa em alguma coisa.


Foi ao mesmo tempo em que virava, que toda a consciência do que havia ocorrido me atingiu, e mesmo assim foi com enorme surpresa que eu o vi ali.


Deitado, cochilando sobre a grama, com a mão entrelaçada a minha, os óculos tortos no rosto e os cabelos sendo bagunçados pelo vento, que ora mostrava e ora escondia sua cicatriz.


Eu tive que sorrir ao vê-lo, como evitar? Eu o amava. Ele era minha brisa de verão, eu sorri ainda mais ao pensar na minha louca reflexão. Eu sempre havia gostado do momento em que não estou nem dormindo e nem acordada, em que minha consciência vagava livremente pelo meu inconsciente com pensamentos estranhos e muitas vezes sem muito sentido, mas que sempre me traziam uma sensação boa ao acordar, vai entender.


 Brincando com a mão dele eu fui me lembrando da tarde anterior, de como nossa briga havia acabado com dois jovens, de mãos entrelaçadas, cochilando debaixo de uma árvore, sob o sol da tarde e a brisa de verão.


Ele havia aparecido ao meu lado, sem grandes explicações, com um ar divertido no rosto e uma calma absurda frente a minha confusão por encontrá-lo ali.


-Olá Ginevra – Ele me cumprimentou com um aceno de cabeça.


-Achei que você estava na casa do Teddy... Quer dizer da mãe da Tonks... Ah, você me entendeu! – Foi tudo o que eu consegui dizer, ainda meio assustada pelo que havia acabado de acontecer.


-Eu estava... – Ele subitamente ficou sério e transferiu seus olhos de mim para o horizonte que ficou olhando atentamente enquanto respondia – Até que eu voltei.


-E porque você voltou? – Eu perguntei sem querer que aquilo soasse rude, mas ao mesmo tempo sem fazer muito esforço para evitar isso.


Ele ficou tanto tempo em silêncio que eu achei que não responderia mais. A irritação me roeu por dentro, ele aparecia na minha casa, depois de uma semana longe para me ignorar?


-Porque eu precisava te ver Gina – Ele com urgência na voz me olhando intensamente – Eu tive que vir.


-Por quê? – Eu perguntei tentando manter minha irritação inabalada pelo par de olhos verdes que me olhavam tão desesperadamente – Porque você tinha que me ver?


-Ah Gina – Ele parecia exausto – Se você quer mesmo saber, eu tinha desistido de você, eu fui para a casa da Sra Tonks sem a menor intenção de voltar para cá, ou falar com você novamente!


Eu me encolhi olhando com raiva para as folhas abaixo de mim, ele precisava dizer tudo isso, esfregar cada verdade antes de terminar com tudo de uma vez por todas.


-O que você falou me atingiu de uma forma que eu nunca havia imaginado ser possível antes, não vindo de você. Isso é o tipo de coisa que eu esperaria do Malfoy, ou de alguém assim, mas de você... E eu ainda não entendo de onde veio todo aquele ódio por mim, eu só queria te ajudar...


-Eu sei... – Eu falei com a voz esganiçada, baixinho, ainda olhando para baixo.


-E eu ainda estou furioso pelo que você falou, pela maneira como você estava agindo e por tudo mais, quer dizer eu volto da guerra, depois de um ano sem te ver, e quando eu imagino que você irá ficar feliz por me ver, eu estar por perto só parece te dar cada vez mais raiva e infelicidade. E eu não quero ficar com você desse jeito.


-Então porque você voltou?! – Eu rosnei olhando para ele sem me importar se todo o ódio e a mágoa que eu vinha tentando esconder aparecessem agora, se essa era a última vez em que nos falaríamos, que essa imagem o assombrasse pelo resto da vida. Não a Gina risonha, divertida, carinhosa e feliz, mas a Gina magoada e raivosa que eu era agora.


-Eu também não sei! – Ele respondeu irritado me encarando com igual ferocidade, fazendo com que nossos rostos ficassem tão próximos, que eu sentia sua respiração – Talvez por que eu descobri que eu te amo mais do que imaginava ser possível e que eu não sei viver sem você – Ele falou ainda irritado enquanto segurava meu queixo e levava minha boca de encontro a dele.


 


Continua...



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Comentários (5)

  • vritupotter

    Adorei a comparação e o pulo dentro da cabeça da Gina que sempre acontece. As maquinações dela são ótimas. Não entendo por que é que ele voltou pra ficar com essa atitude pra cima dela?!?!?!?!

    2021-01-09
  • Ana P.

    Perfeito, esse capítulo foi D+

    2011-10-17
  • barbara aguiar azevedo

    Ahhh, mas assim vc me mataaa MESMOO!!! =)) Capituloo maravilhosooo; alias, ameii os devaneios de Gina, ficaram mtuuu bons!!!

    2011-04-25
  • Ana Slytherin

    Amei !!A minha ansiedade nao passou, preciso de mais um capitulo!!

    2011-04-24
  • Ana Laura.

    E o tanto que eu amei esse capítulo?????

    2011-04-24
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