# Como um cavaleiro



A luz ainda não voltara, mas um silêncio incomum se adensara pela casa, quase como se a luz no ambiente fosse responsável pelo seu barulho. Rony ficou preocupado, e procurou a varinha. Mas Hermione agarrou seu braço antes que o garoto o fizesse.




-- Estamos de férias! Não podemos usar magia! Não podemos usar as varinhas, é fora dos limites da escola!




-- Como se já não tivéssemos ultrapassado os limites da escola centenas de vezes.... -- Resmungou Rony aborrecido.




Hermione fingiu não ouvir. Rony sentiu a garota passar por ele e se dirigir a porta para abrí-la, mas seu gesto foi impedido por um grito de gelar os ossos, vindo da cozinha. Um grito da sra. Weasley.




-- Já começou o ataque! -- Alertou agora o vampiro Drácul, que permanecera em silêncio desde que a luz desaparecera. -- Temos que descer e ajudar. Eles são muitos, pelo que vejo. Devem ter alertado uma boa comunidade.




Rony engoliu em seco audivelmente, porém não tardou a procurar uma lanterna e abrir a porta em que Hermione permanecera ao lado, petrificada de medo. A garota lançou um olhar diferente para Rony quando o garoto passou, anunciando "eu já volto", sem olhar para trás.




Rony não percebera que não poderia usar magia; por isso a batalha já parecia ganha. Porém, agora que esta verdade estampara-se em seus olhos, não havia outra saída além de procurar aquilo que só ouvira falar uma vez em sua vida: armaduras.




Rony puxou a escada de acesso para o sótão e a subiu sem ruído. Colocou a lanterna sobre uma pilha de papéis, e se dirigiu para um enorme baú empoeirado aparentemente nunca aberto. Deu três fortes socos na fechadura que, de tão antiga, caiu com um baque surdo no chão. Rony abriu o tampo pesado da caixa e encontrou o que procurava: parecia uma volta às épocas que estudava em História da Magia; malhas de prata, espadas, botas de lata coalhavam toda o espaço interno do baú. Rony pegou tudo o que conseguia levar, tendo uma mão ocupada com uma lanterna, e desceu novamente as escadas. Porém, quando entrou no quarto, somente Drácul estava lá, apertando o olho com um pedaço da colcha dos Chudley Cannons de Rony.




-- Drácul, o que houve?




-- Eles...... Hermione -- Ofegou Drácul, e Rony fraquejou, soltando sem querer tudo que segurava. Além do estardalhaço feito, o vidro da lanterna quebrou-se, espalhando-se pelo quarto.




-- Levaram Hermione.... para.... para onde? -- Perguntou Rony, a boca tremendo ligeiramente.




-- Lá.... lá embaixo. -- Disse Drácul, apertando com mais força o olho. Estava sangrando profusamente, mas o vampiro lhe disse -- Não perca tempo. A menina está correndo grave perigo.




Rony vestiu a malha de prata por cima da roupa e empunhou uma espada longa e cravejada de rubis, porém maltratada pelo tempo. Escancarou a porta mais uma vez e desceu as escadas sem se importar com o ressonar irritante dos passos. Quando finalmente chegou ao térreo, só encontrou os gêmeos e Gina, aparentemente tão desolados como ele.




-- Sabemos de tudo agora. Papai descobriu e nos contou -- comunicou Jorge.




-- Rony, que roupa é essa? -- Perguntou Fred, apontando para a malha de prata que Rony usava.




-- Isso não importa. Olhem, subam as escadas e entrem no meu quarto. Lá está um vampiro que vai nos ajudar. Sei que vocês não estão entendendo nada, mas ele vai explicar tudo, e podem confirmar com papai se quiserem. Eu vou atrás de Mione e de Mamãe, sei onde procurá-las -- Disse Rony em um só fôlego, e depois saiu da cozinha, dando com os lados externos da casa. Uma pequena trilha de passos indicava aonde fora, provavelmente, Hermione e a sra. Weasley.




CONTINUA..... [Espero que vocês estejam gostando, se gostaram, comentem! E se não gostaram, também comentem! A fic é para vocês ^^Bjss e até o próximo capítulo ^^]

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