Ella is back
Capitulo 10
Sentado a pequena mesa da sala comum dos Gryffindor olhava a janela, já se via bem o inverno a chegar, as árvores em especial o Salgueiro Zurzidor, parecia cada vez mais velho, mas fraco e sem o habitual manto branco a escola está como que "despida de vida" e era bem verdade.
Hogwarts sem os seus habituais mantos verdes ou brancos perdia metade do encanto. Até o pobre campo de Quidditch parecia envelhecido e Hagrid tinha tido imenso trabalho a pô-lo como verde, porque nem como imenso fertilizante e feitiços atrás de feitiços ele estava mais ressequido… Perdido nos seus pensamentos, Harry deu por si com uma enorme coruja á bater a janela, Hedwig… Que fazia ela aquela hora ali, devia estar no corujal junto com as restantes corujas…
Olhou em volta, Diana havia adormecido a sua espera num cadeirão, estava tão sossegada que nem anjos, e Harry abriu suavemente a janela. Hedwig piava incessantemente e Diana acabou por acordar.
- Hey que se passa! – Olhou em volta e viu Harry tentando calar a coruja. – Mas o que é que fazes com a coruja á esta hora da noite Harry?
- Ela veio cá ter, não faço a mínima ideia do que se passa com ela…
Acabaram por conseguir calar Hedwig com doces para coruja, e repararam que ela trazia atada a pata uma carta para Harry. Abriram a carta e Harry soube imediatamente que se tratava de Ella.
Querido Harry.
Pois é, ainda não tive notícias da tua parte. Espero que continues bem e de boa saúde, de certo ainda não sabes que sou, mas já sabes que a Bella me conhece, pois bem isso era mais que óbvio. A Bella é uma velha amiga minha em quem confio a minha vida, pelo que sabe do meu pequeno segredo. Devo desde de já, relativamente á isto, dizer que a Bella e o Sirius continuam a fazer um par muito giro, só espero que o feitio deste dois tenha mudado um pouco ou pelo menos o génio, porque se não muitos copos e muitas jarras vão partir naquela casa.
Diana não percebi nada, e Harry fez menção de lhe explicar o pouco que sabia…
- Então ninguém sabe de nada…
- Nope, e quero que continue assim até ter a certeza de que ela não é perigosa ou que é alguém em quem possa confiar.
- Vamos acabar de ler a carta.
Mas esta carta não serve para contemplar o romance deles, mas sim para te alertar, o Voldemort sabe como chegar a ti, e sabe o que pensas e que desejas, toma cuidado, deves aprender Oclumância…
- Oclumância? Que é isso? – Harry não fazia a mínima ideia.
- Oclumância é a uma disciplina mágica extremamente difícil de aprender, é a capacidade que um feiticeiro tem de isolar a sua mente das instruções e influências mágicas. Um mestre em Oclumância é capaz de ocultar sentimentos e recordações que confirmam a mentira, conseguindo proferir falsidades na sua presença sem serem detectados. Um mestre em Oclumância é em regras geral é excelente em Legilimância, ou seja, são feiticeiros que conseguem, sob certas circunstâncias, mergulhar nas mentes das suas vítimas e interpretar correctamente os seus achados. Eu própria comecei o ano passado a estudar isto e hoje consigo ter sempre a mente fechada e consigo penetrar na mente da maioria das pessoas, mas leva muito treino e é altamente difícil de fazer, é preciso muito autocontrolo e é necessário saber executar na perfeição feitiços silenciosos.
- Ok então basicamente é saber esconder os pensamentos e ler os dos outros?
- Basicamente…
- Então tu podes-me ensinar?
- Não é seguro que seja eu a ensinar-te, posso ter alguma falha e não consigo resistir ao Voldemort, ele é capaz de conseguir entrar em qualquer mente, foi com ele que a minha mãe aprendeu… É ISSO! Ela pode-te ensinar, porque para além dela só mesmo o Snape para te ensinar…
- Não! O Snape não! O Sirius não sabe?
- Eu acho que sabe o básico e consegue fechar a mente, ou como quem diz, quando lhe apetece! Porque segundo a minha mãe todos os prisioneiros de Azkaban fecham a mente por causa dos Dementores, torna-os mais fortes, mas eu consigo entrar na mente do meu pai facilmente, acho que depende das pessoas. Por exemplo o Rigel já não é tão bom nisto nem a Inês, porque não conseguem distanciarem-se emocionalmente de nada.
- Por favor ensina-me…
A ideia de ir aprender com Snape ou com Bellatrix não lhe parecia tão interessante como aprender com Diana.
- Só o básico porque o resto vais aprender com quem sabia mais que eu.
- Eu amo-te – E ele beijo-a apaixonadamente…
E desfrutaram do beijo o máximo que puderam até que a luta pelo oxigénio venceu.
- A carta Harry! Ou só a acabamos de ler pela manhã!
- Está bem, mas que fique registado que eu queria fazer outras coisas que ler, estamos entendidos?
- Claro que estamos e eu prometo que podemos fazer tudo isso assim que acabamos de ler a carta!
O Severus poderá ensinar-te ou então a Bella, devo dizer que a Bella é muito melhor e com ela aprenderás muito melhor do que com o Severus. O Voldemort está cada vez a ganhar mais poder, tem cuidado Harry, por favor, a tua mãe e o teu queriam que tu ficasses em segurança e eu também… por favor toma conta de ti e da Diana. Já agora os meus parabéns ao novo casal.
Beijos Encantados
Ella.
- Eu não consigo confiar nela… Não me perguntes porque, mas não consigo! – Harry dizia exasperado.
- Diz-lhe isso!
E então ele pegou num pergaminho e começou a escrever a resposta.
Ella. Não sei quem és e sinceramente não confio em ti, tens de me dizeres que és, o que queres… Se realmente queres ajudar-me tens de também tu confiar em mim.
Harry J. Potter
Pegou na folha e enrolou-a, prendendo-a em seguida à pata da coruja.
- Vamos Hedwig, leva esta carta à Ella por favor.
Abriu a janela e deixou Hedwig voar. Diana sorriu-lhe e abraçou. Beijaram-se ternamente durante um tempo. Ele estava sentado num enorme puff e Diana no seu colo enquanto ela adormecia com as festas no cabelo. Acabaram por rumar cada um ao seu dormitório, porque amanhã seria sábado e teriam o dia inteiro para namorar.
Em Grimmauld Place.
- Cissy! CISSY ONDE ESTÁS!
Andromeda gritava pela irmã mais nova.
- Calma Drô, não é preciso gritar constantemente aos meus ouvidos, eu ainda não sou surda.
- Pois não parece, eu e a Bella estamos fartas de te chamar.
- Estava a tomar banho, posso? – Narcisa estava visivelmente diferente. Havia voltado a usar os vestidos brancos acima do joelho e os cabelos completamente loiros que caiam soltos pelas costas, havia deixado os tão sérios vestidos compridos e sem vida, e voltava a ser a Cissy, a rapariga que arrancava suspiros pela sua beleza á qualquer homem que a visse.
Também Bella deixou aquela roupa horripilante, é claro que sendo uma Black usava constantemente negro, mas optava por calças de ganga escuras e camisolas, bem como vestidos negros "normais" como Andromeda gostava de lhe dizer constantemente. A sua impecável forma física por enquanto mantinha-se, mas ela já notava o ventre proeminente. O curandeiro em St. Mungos tinha-a avisado que deveria comer mais porque tinha peso a menos e o bebé iria precisar que ela estivesse bem.
Claro que está informação para Sirius tinha um peso exagerado, praticamente obrigava Bella a comer um boi ao pequeno-almoço, coisa que não acontecia porque ela lhe gritava a plenos pulmões que "comia o que bem entendia!" e ninguém conseguia pôr mão nela.
Andromeda continuava o seu eterno de papel de irmã mais velha responsável. Apesar de ser uma Black, agora estava mais calma sabendo da segurança da "sua pequena irmã", mas sempre que se falava em Lucius Malfoy ela praticamente mudava de cor, ai se a sua querida mãe Durella Rosier Black a visse brandaria aos céus pela atitude fria e digna de uma Black que a filha mais velha tinha.
- Bella? – Cissy chamava – Amanhã temos que ir ao St. Mungos, para ver o nosso sobrinho ou sobrinha…
- Eu acho que é menino! – Sirius dizia – Eu já tenho a Diana como menina, quero é uma equipa de Quiditch completa!
- Sim e mais nada, talvez suplentes? Ou uma segunda equipa? – Bellatrix ironizava. – Este já vem sem eu sequer pensar convenientemente nele, e tu achas que vais ter mais 20 não!
- Oh Bellinha, meu amor, mais uns menos uns ninguém dá por nada… certo?
- Dou eu e o meu corpo, porque não és tu que vais aumentar dez quilos nem vais ter de estra quase 24 horas em trabalho de parto… era o que mais faltava!
Andromeda e Narcisa riam.
- Tu já tens dois filhos! DOIS! E dão trabalho, como tu bem sabes! Para além disso se queres assim tanto ter filhos, podes começar por ajudar-me a pintar o quarto amanhã. A Cissy e a Drô vão à Diagon-All buscar o que encomendamos juntas. E nós, depois de irmos ao St. Mungos é claro!
- E os quartos dos gémeos! Eles pediram para redecorar aquilo e com toda a razão! Eles estão a viver no antigo quarto dos meus pais. – Sirius dizia – Temos também de dar um jeito no quarto da Inês e do Draco.
- Isso não é necessário! – Narcisa anunciou – Eu estive a procura de casa, e já encontrei uma, agradeço imenso terem-me acolhido aqui, mas eu preciso da minha casa…
- Cissy esta é a tua casa. – Bella dizia – Tu és uma Black e esta é a casa dos Black's…
- Eu sei Bella, e sei bem que posso contar com as duas – Ela olhava para Andromeda e para Bellatrix – Seja para o que for mas eu quero educar a Inês e o Draco numa casa apenas minha, quero passar por isso sozinha, tenho que o fazer, mas vou continuar a passar grande parte do meu tempo aqui com vocês e como o novo membro da família Black, sem dúvida.
- Tu é que sabes, mas quero-te sempre aqui quando houver perigo por perto, sim!
- Claro papá! – Narcisa ironizava com Sirius – E agora já é mais que horas de irmos dormir não, a futura mamã parece estar com sono, é a gravidez faz-lhe isso!
Eles olhavam para Bellatrix que bocejava com imenso sono ligeiramente encostada à Sirius, que também ela ria do comentário da irmã mais nova.
- Outra coisa Cissy, tu não tiveste mais notícias do Malfoy, não?
- Não, nem eu nem o Draco. Ao que parece ele deserdou-o, mas o Draco não parece importar-se muito com isso.
- Vocês também não precisam da fortuna dos Malfoy! Certo?
- Sim! O dinheiro que tenho da minha fortuna pessoal chega para eu viver como a rainha de Inglaterra durante 100 anos! Tal como vocês bem sabem. Para além disso também tenho alguns lotes de terrenos no Norte da Inglaterra que posso vender. E tanto a Inês como o Draco tem contas pessoais em Gringotts feitas por mim durante o meu casamento com o Malfoy, e a Inês herdou também directamente toda a fortuna do Regulus.
- Pois é, a Inês é a única herdeira do Regulus…
- Sim, ele ainda me deixou em testamento a gerência dos negócios que ele tinha no Sul de Inglaterra, à das vassouras, coisa que pôs um gestor a fazer. Todo o dinheiro resultante disso vai para a conta da Inês.
- Alguma vez apareceu o corpo do Regulus? – Sirius perguntou – Vocês sabem um enterro?
- Não. O Voldemort nunca disse o que lhe aconteceu, deduzimos que tivesse morrido quando ele trouxe a varinha do Regulus coberta de sangue dele. Foi horrível!
E o silêncio abateu-se sobre a sala. Vagarosamente desejaram boa noite uns aos outros e rumaram aos respectivos quartos. No entanto algo povoava a mente de Narcisa… Teria Ella razão, seria possível que eles voltarem… Não Voldemort sabia bem que não!
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