Smile! Life is a picture



Capítulo 11


Em St. Mungos…


Bellatrix esperava pela consulta, as duas irmãs tiveram de ir mais cedo para a Diagon-All uma vez que houve um problema com o berço e com os restantes adereços, e sendo as duas uma Black's com uma imensa capacidade argumentativa, pela hora que chegasse a casa teria tudo no quarto que haviam destinado à si.


Sirius por seu turno estava bastante ansioso, era naquele dia que iriam saber se era uma menina ou um menino… Ele queria um menino. Verdade seja dita que no Verão Sirius se havia divertido imenso jogado Quidditch com Rigel e ocasionalmente com Diana, este parecia ter-se afeiçoado a ele bastante, e ele amava-o por isso, amava também Diana, com o seu enorme sorriso e olhos resplandecentes, com aquela maneira de ser explosiva e ao mesmo tempo doce e meiga, ela era a menina dos olhos dele, a menina que ele devia proteger de todos os namorados que pudessem ronda-la que não eram poucos…


Eram gémeos e apresentavam as suas parecenças. Os mesmos cabelos negros, os mesmos olhos, herdados dele… Eles eram uma mistura perfeita dele e de Bella, mas aquele bebé ia consolidar a família deles, iria fazer o que tivesse ao seu alcance para proteger todos e sabia bem que Bella iria fazer o mesmo.


- Mr. e Mrs. Black, por favor podem entrar.


O curandeiro finalmente chamou-os. Sentaram-se nas enormes cadeiras que ali existiam.


- Já tenho o resultado do exame mágico que realizamos. Devo dizer que tudo está bem como o vosso bebé. Ele parece ser um rapaz forte.


Ele sorriu. Sim, Sirius tinha um sorriso de orelha a orelha rasgado. Um rapaz, um menino para ele e Bella, um irmão para Rigel e Diana.


- Eu disse-te – Ele não pode evitar dize-lo – É um menino.


- Cala-te… - Bella detestava não ter razão, mas ele não queria nem saber, pegou-a pela cintura e beijo-a ali mesmo no meio do hall de entrada do salão nobre. – Eu amo-te Bellatrix Black.


- Eu também te amo Sirius Black.


Em Hogwarts


O dia adivinhava-se o melhor dos últimos tempo, milagrosamente o sol escuro de Outono dava lugar ao fantástico manto branco que começava a cobrir a escola, era muito raro cair neve ainda em inicio de Outubro, mas o tempo frio tinha feito um verdadeiro milagre. Os olhos de Inês caiam naquele enorme e belíssimo manto branco. Os seus cabelos loiros caiam direitos até aos ombros, os olhos azuis brilhavam intensamente e as mãos agora protegidas por umas luvas brancas de lã esfriavam constantemente.


Era sábado e tinha pouco para fazer, talvez fosse na visita á Hogmead… Mas ir fazer de vela não lhe estava a parecer bem, ela adorava o facto das amigas terem namorado mas detestava ser vela… Continuava perdida em pensamentos quando sentiu o cheiro a café…


- Bom dia Inêsita… - Rigel aproximava-se, também ele usava o espesso manto de inverno e umas luvas negras, trazia duas chávenas de café nas mãos. – Achei que estavas a precisar.


- E acertaste em cheio! – Ela sorri. – Então vais à Hogmead hoje?


- Não sei – Inês começou – Tenho pouca vontade de ir sozinha, e de fazer de vela nem pensar.


Rigel riu da cara da prima, mas afinal o seu problema tinha solução.


- Não seja por isso, vens comigo!


- Sim, contigo e com a tua nova conquista, a Daisy Lennon. – Ela ria – Acho que fico mesmo por Hogwarts.


- Nope, eu já não ando com ela, era chata como o caraças! Prefiro ir contigo de qualquer maneira, então aceitas?


- Se é assim, aceito.


Ficaram assim mais um bocado, rindo e contando piadas. Discutindo os recentes acontecimentos na família e sobretudo aproveitando os poucos momentos de descontracção que tinham.


Voltaram ao salão nobre quando já o resto dos amigos lá se encontrava. Sentaram-se na mesa e já podia ver Sofia a levantar-se…


- Não comes Sofia?


- Ah não tenho grande fome… - Ela respondeu ao irmão. Sofia sempre comerá pouco mas nos últimos tempos isso tinha-se agravado drasticamente. E Draco já tinha reparado nisso, por isso antes de se levantar pegou numa maçã verde e levou-a consigo!


- Bom dia amor. – Sofia dizia enquanto Draco a beijava.


- Toma. – Ele estendeu-lhe a maçã. – E nem te atrevas a dizer que não tens fome.


- Ah mas eu não tenho.


- Pois a dias que não comes comida decente, saltas refeições e estavas visivelmente mais magra.


- Que exagero, é só que com este trabalho todo não tenho tido tempo para comer.


- Ora vês, hoje tens tempo, muito tempo para comeres tudo o que quiseres. Porque vamos comer os dois hoje num restaurante novo que há em Hogmead.


- Jura! – Ela sorriu – Tão querido, claro que eu como. Mas eu não gosto de maçãs verdes, tem paciência!


Ela sorria da cara dele. Saíram em direcção aos enormes campos cobertos pelo fino manto branco.



Já eram quase onze horas quando saíram dali em direcção ao pequeno vilarejo. O recente manto branco tornava o caminho mais fascinante do que era, podia avistar-se os telhados das casas pintados de branco, Rigel e Inês riam de quase tudo e diziam piadas sem nexo nenhum, mas aquilo era mesmo para ser assim parvo e sem sentido.


Rigel caminhava descontraído, a camisa semi-aberta fora das calças negras do uniforme, parecia que o frio não se fazia sentir. Os lindíssimos olhos azuis-acinzentados e os cabelos negros que insistiam em cair pelos olhos, davam-lhe o ar mais lindo que era possível. E ao longo dos anos o incessante treino de Quidditch tinha-lhe dado um corpo maravilhoso.


Era bastante parecido ao pai, mil e uma namoradas diferentes e conseguia arrebatar qualquer coração, para além disso podia dizer que Sirius era mais parecido ao pai que Harry à James.


Inês podia sentir os olhares de cobiça que lhe lançavam por estar ao lado de Rigel, mas ela era todos uma grandessíssimas parvas, eles eram como irmãos e divertiam-se assim de tudo.


Passaram pela loja de doces, e como não podia deixar de ser, empanturraram-se com varinhas de acaçuz, pastilhas mirabolantes, sapos de chocolate, feijões de todos os sabores da Bertie Boot e é claro Inês não podia deixar de sair sem comprar rebuçados encantados, os melhores doces para ela.


Sentaram-se depois no "três vassouras", e pediram duas cervejas amanteigadas e divertiam-se enquanto faziam as previsões necessárias para o trabalho de adivinhação.


- Eu disse que isto ia ser divertido, não há melhor que rir e comer doces.


Inês ria satisfeita, ele tinha a sua razão, aqui era realmente divertido, fazia-lhe lembrar a sua infância, onde tudo era brincadeira…


- Pois é querido primo, talvez tenhas uma certa razão.


Riam quando avistaram ao fundo Diana e Harry que namoravam e trocavam aqueles sorrisinhos próprios dos idiotas apaixonados… Mas a frente reparam em Draco e Sofia, que almoçavam no novo restaurante que tinha aberto ali, pareciam bastante felizes.


- Eu adoro a ideia delas namorarem, mas detesto ter se servir de vela. Juro que até ando mais com a Hermione do que com ela.


- E eu sozinho… bem sozinho é como quem diz… - Ele sorriu. – Mas confesso que já me irrita um bocado todo aquele mel…


Continuavam a rir principalmente das idiotices que fizeram com a máquina fotográfica magica, sim porque aquelas fotos tinham de tudo menos pessoas normais. Eram de chorar a rir.


Decidiram ir mais tarde comer uma sandes ao três vassouras, já que passava largamente da hora de almoço, e como Inês insistia em dizer "doces não são almoço de ninguém".


O resto do dia foi bastante divertido, mais tarde juntaram-se a Ron e Hermione e com aquela máquina fotográfica, tiram milhentas fotografias. Retomaram ao castelo os quatro enquanto Ron e Inês faziam caretas e tiravam fotos, enquanto Rigel ria das figuras tristes e fazia também algumas, Hermione limitava-se a rir a bandeiras despregadas das tristes figuras dos restantes.


Diana e Harry ainda se encontravam a meio do caminho para Hogwarts e a vontade de ir era bastante pouca, andavam de mão dada e embora fosse óptimo andarem juntos e livres de todas aquelas habituais preocupações o cansaço já começava a pesar, principalmente em Diana. Contudo mantinha-se firme e não dizia uma única palavra relativamente a isso.


Quando finalmente chegaram, dirigiram-se ao castelo, já devia ser um cinco da tarde e o dia parecia estar dar lugar a noite.


Reuniram-se todos na sala comum dos Gryffindor. Sofia despedia-se de Draco à porta enquanto os restantes já se encontravam na galhofa.


- Oi desaparecidos – Disse para Inês e Rigel – Divertiram-se?


- Ah muito! – Inês ainda ria das figuras tristes de Ron nas fotografias. – Não foi Rigel?


- Muito mesmo – Ela começou a rir com Hermione, Ron e Inês e ninguém parecia compreender, mas riam também.


- Já temos professor de Defesa Contra Magia Negra? – Diana perguntou – Ouvi dizer que a McGonnald não pode continuar a dar aulas nem o Snape… Tem o horário sobrecarregado.


- Ah pois é! Já temos professor, vai ser anunciado hoje, mas o Dumbledor parece muito feliz com a escolha. – Hermione comentou – Ele disse-nos, quando estávamos a passar ao pé da grande escadaria que já tínhamos professor e que iriamos gostar muito dele.


- Quem será?


Meia hora mais tarde desceram da sala comum e dirigiram-se ao salão nobre, Inês trazia a tão famosa câmara e agora tirava fotos a todos na maior das descontracções, quando finalmente chegaram ao hall de entrada, avistam Draco.


- SORRI MANO! – Inês disse alto, tirando-lhe uma fotografia em seguida sem que lhe desse tempo para poder pensar. A foto ficou bastante estranha, um olhar espantado e meio ofuscado pelo brilho intenso da máquina.


- Sinceramente Inês, pareces o Colin quando andava atrás do Harry no segundo ano e apanhou o Ron a vomitar lesmas. – Hermione lembrou e Draco não pode evitar rir. Afinal havia sido ele o causador disso, a situação não havia sido feliz tendo em conta toda a situação mas o resultado era satisfatório, porque ver Ron Weasley vomitar lesmas era sempre divertido.


Ron por sua vez fechou a cara, porque para ele aquela era uma experiência a não repetir. Seguiram então para dentro do salão nobre, tudo estava pronto para o jantar que ainda não estava servido, mas Dumbledor já se preparava para o seu tão famoso discurso. Sentaram-se todos e então Dumbledor começou a falar.


- Boa noite a todos. – Disse com o seu imenso sorriso – Tenho finalmente o prazer de apresentar o novo professor de Defesa Contra Magia Negra, apesar da minha escolha vós parecer estranha, creio que será a mais adequada. A pessoa que aceitou o cargo é dona de um talento invejável e também ela estudou aqui em Hogwarts, em Slytherin. - Ouvisse um som de felicidade perante aquilo, mas Dumbledor prosseguiu – Apesar de estar longe de Inglaterra e do mundo mágico comum que conhecemos é uma das mais brilhantes feiticeiras que alguma vez tive o prazer de conhecer. Dêem as boas vindas a vossa nova professora de Defesa Contra Magia Negra – Alexis Black.


E fez um enorme silêncio, enquanto a professora de aparência lindíssima, se levantava da mesa, os cabelos negros ligeiramente ondulados brilhavam a luz esplendorosa do salão. Os olhos negros enormes rasgavam a aparência branca. Era bastante parecida à Andromeda. Inês pôs a mão a boca e arregalou os olhos. Alexis Black… Alexis Black, não podia ser?


A nova professora viu o olhar da rapariga, mas inicialmente não a reconheceu, afinal Inês não era a típica Black de aparência, mas viu o colar, o colar de Narcisa, não podia ser.


- Muito bem, agora que já têm professora de Defesa Contra Magia Negra, apenas vos desejo que se esforcem ao máximo nas aulas e que se divirtam.


O jantar prosseguiu calmo, ainda com Inês meia atónica. Ela não podia ser. Ela tinha-se ido embora. Ela era dada com desaparecida á mais de dezassete anos.


- Diana tu sabes quem é ela?


- Nope, porque é que perguntas? – Diana ainda não tinha pensado bem no nome da nova professora.


- Alexis Black? Não te diz nada? – Ela continuava.


- Não por ser Black, talvez haja mais alguma família com o nome Black.


- Não parva! – Inês começou – Aquela é a Alexandria Rosier Black. A nossa tia!


- O QUÊ?


Diana imediatamente olhou para a mesa dos professores e observou as parecenças entre ela e a mãe. Mais ainda com a tia Andromeda.


- Mas ela não tinha sido dada com morta, desapareceu á mais de dezassete anos!


- Sim, mas é ela. – Inês insistia. – Olha para o braço esquerdo, tem a nossa marca.


E realmente estava lá, o brasão da família Black, imponente.


- Temos de avisar depressa a mãe e as tias – Rigel dizia para Diana – Espero que eu tenho aqui uma coisa que nos será útil.


E de dentro do bolso do pesado manto de inverno, Rigel tirou um espelho.


- Não achas que pode deixar para mais tarde essa mania de te veres ao espelho! – Diana dizia exasperada. – Por favor Rigel, sê sensato.


- Cala-te! Tu nem fazes ideia. – Ele começou – Pai! Pai! Sou eu o Rigel.


E do nada, a cara de Sirius podia-se ver do outro lado do espelho.


- Filho, aconteceu alguma coisa. Estão bem? – Rigel trazia uma cara preocupada. – Filho fala!


- Pai a Inês descobriu uma coisa, que acho que vai mudar muito na nossa família.


- Rigel, por amor de Merlim, fala. – O pai começava a ficar preocupado, afinal Rigel não costumava ser tão sério.


- Chama a mãe e as tias se estiverem ai.


Ele acenou e chamou-as. Segundos depois lá estavam elas.


- A Inês descobriu uma coisa importante. Vou desviar o espelho e poderão observar por vocês próprias.


E ao virar o espelho discretamente, ela poderão ver Alexis, a irmã mais nova viva. Estava muito parecida com Andromeda.


- Alexis? – Andromeda sussurrou – Não pode ser.


- Rigel. – A mãe falou-lhe - Não digas nada nem faças nada, nem nenhum de vocês, amanhã pela manhã estaremos ai, venham ter connosco ao hall de entrada por volta das oito da manhã. Falem com o Draco. Tenham cuidado e não se metam em sarilhos até a manhã, por favor.


- Sim, mãe. – Diana e Rigel disseram em coro. – Beijos.


E assim foi. O espelho voltou ao normal e nada disseram ou comentaram. Porque o dia seguinte adivinhara-se cheio de emoções forte e voltas ao passado.

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