vingança
− Sente-se, Sr. Malfoy. – A velha acabara de me dizer, com uma expressão amarga.
E por velha entenda a minha professora de transfiguração, Minerva Mcgonagal.
Não sabia porque havia sido chamado ali, mas boa coisa não era, disso eu tinha certeza. Só havia uma coisa boa que eu remotamente desejava, e essa coisa se chamava Granger.
Olhei para a sala, notando que desta vez parecia bagunçada, e que em cima da mesa havia um pergaminho com meu nome em letras garrafais. Franzi o cenho. Que diabos ela queria comigo?!
− Já deve saber porque eu o chamei aqui, não?
Claro, eu leio mentes!, foi o que tive vontade de lhe dizer. Mas preferi continuar calado.
− Tenho ouvido reclamações em demasiado sobre o sr., Sr. Malfoy... – Começou, severa, levantando-se de sua poltrona.
− Está me acusando de alguma coisa? – Perguntei, tentando soar inocente. Sabe-se-lá o que ela havia descoberto sobre mim!
− Não estou acusando, estou afirmando. – Dissera, aumentando o tom de voz. Senti como se a velha tivesse jogado a frase no ar e estivesse sublinhando calmamente em seu próprio cérebro.
“Estou afirmando”
Sei...
− Então, o que exatamente a senhora está afirmando? – Perguntei-lhe, indiferente.
− Soube que: o senhor quase estuporou um de seus colegas, sofreu duas detenções apenas nessa semana, duelou ilegalmente e atacou a Srta. Granger, e estuporou e prendeu em um armário a Srta. Parkison...
− Eu o quê?! – Falei, sentindo como se eu tivesse acabado de acordar. – Eu não estuporei a Pansy!
Mas ela compreendeu que o fato de eu só ter me defendido de uma de suas acusações me tornava culpado por todas as outras.
− ...E que tem perseguido a Srta. Grang-
− Quê?! – Falei, arregalando os olhos. – Desde quando? Ela é uma sangue-ruim, eu nunc-
− É justamente sobre esse tipo de comportamento a que eu estou me referindo, Sr. Malfoy! – Ela falara, convicta. – Dias atrás recebi a visita da sua colega, que estava muito abalada... Sem a ajuda dela, eu jamais ficaria ciente da sua conduta, que já não seria aceitável em padrões normais, agora se torna quase vergonhosa tratando-se do Monitor-chefe de Hogwarts..!
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Saí da sala da velha 3hs horas depois, TRÊS HORAS DEPOIS!
Primeiro, Mcgonagal comentara sobre meus delitos, depois, ameaçara meu cargo, dizendo que ouvisse meu nome em mais alguma encrenca, eu teria que o largar e entrega-lo... AO WEASLEY! DIABOS..! O WEASLEY!
Comecei a me perguntar se ela também não queria que eu desse meu cargo de capitão do time de quadribol por sarnento também!
Ou quem sabe doasse a minha fortuna pra família dos pobretões!
Mas de todas os discursos que eu havia escutado durante aquela tarde, uma única frase não me saía da cabeça. Era como se a frase tivesse vida a própria, a ponto de me incomodar.
“Dias atrás recebi a visita da sua colega, que estava muito abalada... Sem a ajuda dela, eu jamais ficaria ciente da sua conduta”.
Há, Granger!
Lá estava a sangue-sujo atrapalhando de novo a minha vida. Porque não bastava pra ela ter me culpado pelo estupor da Pansy, por “persegui-la”, ou atrapalhado a brincadeira com Longbottom, não, ela precisava se envolver nas minhas apostas, se infiltrar na minha cabeça e ATÉ MESMO CUSPIR EM MIM!
Comecei a andar em passos mais fortes, pensando onde diabos a sangue-sujo deveria estar, porque eu iria encontra-la, ela precisava pagar!
Vi um garoto – que deveria ser do primeiro ano – passar, segurei-o pela gola, ameaçando-o, e erguendo-o pela gola.
− Antes de pensar em chorar pra mamãe Mcgonagal, – Pausei, deixando ciente que sabia que ele era um mimado da grifinória. – Eu sou o monitor-chefe. Então, está avisado. – Disse, sentindo vontade de rir do medo do garoto. – Viu Hermione Granger no castelo? – O garoto continuou congelado, me encarando. Revirei os olhos. – Você é retardado ou o quê, moleque?! Responde!
− Larga ele, Malfoy! – Ouvi uma voz atrás de mim. A fúria, que a essa hora estava pela metade, atravessou todos os corredoras por onde eu havia andado, e se concentrou ali, no momento em que eu olhei para a pose mandona dela.
Larguei o garoto com calma, e um sorriso.
− Pode ir. – Disse, deixando-o no chão. Ele mal esperou resposta, saiu correndo como se estivesse em uma maratona, o que me fez aumentar o riso debochado.
− Chegou bem a tempo, Granger. – Afirmei, desta vez sério.
− O que quer? – Perguntou, cruzando os braços.
− Conversar. – Falei, irônico, mas ela recuou um passo. E eu tive certeza que ela sabia que não iríamos conversar.
Ela cruzou os braços novamente. E eu precisei me controlar pra não ficar olhando o volume dos seus peitos. Sem distrações, Draco, sem distrações...
Tentei me lembrar das coisas que importavam, como “Dias atrás recebi a visita da sua colega, que estava muito abalada... Sem a ajuda dela, eu jamais ficaria ciente da sua conduta”.
Lembrar daquilo foi o suficiente pra que eu sentisse que ela merecia pagar pelo o que fizera.
Ela continuou parada, tentando “me entender”. Seu par de olhos castanhos me irritaram, e fizeram-me a puxar pelo braço, com força, ela tentou resistir, puxou a sua varinha em minha direção.
− Você é quem sabe, Granger. – Falei, entediado.
Não ligava pro que ela pudesse fazer comigo, definitivamente nunca chegaria perto do que eu ainda faria com ela.
Ela bufou, tentando soltar-se, quando usei toda a força que tinha e a empurrei dentro de um armário de vassouras.
Ela bateu contra a parede, mas não a ponto de se desequilibrar, apenas a ponto de me olhar, atordoada, esquecendo-se que possuía uma varinha e começando a bufar e me dirigir uma, duas, três tapas, que logo foram evitadas por minha mão, que a segurara no ar todas as vezes, sem grande esforço.
− QUE PORRA FOI ESSA?! – Falou, um pouco descontrolada, depois que me viu fechar a porta do armário e me aproximar dela.
Sua mão dirigiu-se a porta, tentando abrí-la, mas eu a imobilizei de novo.
− Nem pense em fazer o que fez da última vez. – Declarei, olhando-a fixamente.
Podia sentir sua respiração e revolta aumentarem.
− Como eu disse, eu só pretendo conversar. – falei, diminuindo o aperto em seus pulsos, mas sem larga-los. – Acabei de sair da sala da Mcgonagal. – Expliquei-lhe, calmamente.
Seus olhos pareciam ter brilhado de compreensão, mas sua respiração continuava tão ofegante quanto há alguns minutos atrás.
− O que eu quero que você esteja ciente, sangue-ruim – Pausei, dando a impressão que iria engolir seus olhos. – É que eu não ligo se você quiser jogar sujo... – Colei mais meu corpo ao dela, o que não estava nos planos.
Sem distrações, Draco..., pensei.
− Mas se você quiser jogar sujo, não quero que reclame depois... Com quem quer que seja. – Parei, fitando-a.
Seu coração estava mais acelerado.
− Está entendendo, Granger? – Disse, colando mais meu corpo ao dela.
Droga!
− Não, Malfoy. – Ela respondeu, com a voz grave e ainda mandona (?).
E aquilo me irritou, porque mesmo me respondendo ela parecia mandar, e não era ela que deveria mandar nessa história...
Então, o monstro dentro de mim perdeu o controle.
Mas segundos antes eu já me culpava e me chamava de idiota, porque de novo aquela coisa estava me confundindo: Mais uma vez, previsivelmente, lá estava eu beijando-a.
Ela prendeu seus dedos em minha nuca, com força, talvez sem se dar conta que estivesse me beijando (?), ou talvez ela quisesse me beijar, e eu estivesse mais perto de conseguir o que eu queria.
O segundo pensamento me fez sorrir, antes de transferir meus lábios ao seu pescoço.
Uma de minhas mãos entraram na blusa de seu uniforme, lentamente. Não sabia porque ela não havia me afastado ainda, mas entendi aquilo como um sinal para continuar subindo minha mão, primeiro por seu ventre – ouvi-a ofegar – depois pela lateral de sua barriga e por fim na curva do seu seio direito.
Ela continuava ofegante, e eu sentia sua respiração contra meu ouvido como se fosse uma carícia.
De repente sentimos uma espécie de brisa vindo da porta do armário de vassouras, que havia sido aberta por alguém. DROGA! Viramo-nos ao mesmo tempo, ela, corando e com olhos arregalados. E eu, tentando transparecer indiferença, mas quando notei quem estava lá, abri um sorriso irônico.
Era o quatro olhos, tão chocado quanto jamais estivera. Olhou-a nos olhos, contendo o choro (?), enquanto eu tentava não rir da cena entre os dois idiotas.
Mas não conseguia me mover, precisava ver o gostinho da derrota da Granger. Nem que eu tivesse planejado aquilo teria acontecido melhor!
Aquele silêncio parecia entendiante e meio mórbido, revirei os olhos antes de quebra-lo:
− Não vai perguntar o que estávamos fazendo aqui, Potty? – Falei, exibindo uma expressão cruel.
Vi o testa rachada apertar os punhos, mostrando que sim, ele achava que podia me vencer em uma briga.
Granger o censurou com o olhar, bufando, o que deu a impressão que estava me defendendo, e apenas aumentou a raivinha do seu amiguinho.
− VOCÊ TEM UM CASO COM.... MALFOY?! – Ele falou, um pouco alto, fazendo uma cara que deveria ser de nojo, mas com certeza era inveja!. A sangue-sujo não ousava responder, apenas baixara a cabeça, feito uma criança. – HERMIONE! – Chamou-a, sério. – O QUE FOI ISSO?!
− Só uns amassos. – Respondi, encostado na parede, me divertindo com o sofrimento da garota.
Potter me encarou, respirando fundo, antes de me empurrar.
− O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?!?
− HÁ-HÁ-HÁ-HÁ, VOCÊ É MESMO MUITO BABACA! AINDA TEM DÚVIDAS, POTTER?! – Respondi, empurrando-o com menos força.
Não queria quebrar o testa rachada, apenas irritá-lo e me vingar da Granger.
Seu rosto mudara, ele estava transtornado, como se achasse que a Granger era dele... Peraí, e se fosse? Quer dizer, e se em vez de apaixonada pelo Pobretão, o amor platônico dela fosse pelo Potter?! E a julgar pela maneira que ele agia, talvez também gostasse dela...
Quase ri com meu raciocínio.
Dois virgens, tsc tsc tsc...
− VOCÊS ESTÃO SAINDO? É ISSO, HERMIONE?! – Questionara, como se fosse um... idiota, ou estivesse sofrendo.
− Até parece que eu perderia meu tempo saindo com uma sangue-sujo! – Falei, convencido, e devo ter falado algo muito ofensivo, porque no segundo seguinte Granger voltara a si.
− Harry, não tem nada acontecendo... – Tentou esclarecer.
− AH CLARO, NADA MESMO... POXA, QUE BOM! IMAGINA, O QUE EU VI ENTÃO DEVE SER TER SIDO... – PAUSOU. – NÃO SEI NÉ, UMA MIRAGEM?! – Encerrou.
Pela primeira vez achei o Potter remotamente engraçado. O que diabos era aquilo? Briga de casal?
− Eu juro que posso explicar. Mas não aqui, não agora, não na frente del-
− Mas por quê, amor? – Perguntei, me segurando pra não rir de como ela voltara a bufar. – O testa rachada vai entender você não ter resistido aos meus encantos...
Ela bufou de novo, avançando com tudo em mim!
Ela praticamente pulou, com força, e ódio, começou a me estapear, enquanto eu me desviava e ria.
− QUAL O SEU PROBLEMA, SEU... SEU LOIRO AGUADO?! – Falava, entre outras coisas inteligíveis, tentando alcançar tapas no meu rosto sem sucesso.
À essa hora percebi que já havia se formado um pequeno público, alguns primeirianistas, e mais 2 ou 3 meninas do nosso ano que eu não sabia o nome. O quê? Me processe! Não é como se elas fossem gostosas ou algo assim, há-há-há.
Aquilo não estava indo bem, eu não podia mais meter em confusões públicas.
− Granger, tá todo mundo olhando... – Disse-lhe, entre um riso e um desvio de mais um tapa.
Então ela parou, olhou ao redor, e quando achei que ela fosse ficar feito uma menina assustada a ponto de fazer algo patético como sair correndo ou chorando – o que era a minha vontade – ela apenas os lançou olhares mortais, semelhantes aos típicos olhares que me lançava.
− FODA-SE! – Respondeu.
E várias meninas a olharam como se não a reconhecessem. Torci para que fossem da grifinória, há-há-há, pra que assim ela sofresse mais com isso.
Mas sem mais nem menos Potter a segurou pelo braço, ou a apoiou, que fosse. Olhou-a como se lhe dissesse algo que eu não entendi, mas ela pareceu entender alguma coisa, e saiu andando, ainda bufando.
Todos continuaram me fitando.
Olhei para o Armário de vassouras da grifinória, tinha velhas vassouras caídas em sua porta, provavelmente derrubadas pela Granger.
Murmurei Reparo, antes de seguir o caminho oposto para a Sonserina: por dentro eu me sentia satisfeito.
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“Não vai me explicar o que foi aquilo?”, novamente a voz do meu melhor amigo estava ecoando, embora eu soubesse que deveria ser pela quantidade de vezes que ele me perguntara.
Seus olhos estavam magoados, mas ao mesmo tempo confusos. Droga, por que eu não consigo mentir?! Por que ele tem que ter esses olhos?
Mas o problema é que eu precisava continuar as mentiras, não poderia perder. E aquela era chance perfeita, querendo ou não.
SUA IDIOTA, OLHA LÁ O QUE VOCÊ VAI DIZER AO HARRY!, algo dentro de mim gritou.
ESCUTA AQUI, VOCÊ POR ACASO ESQUECEU QUE ELE E O RON, QUE SE DIZIAM SEUS MELHORES AMIGOS, TE APOSTARAM COM... AQUELE VERME?!, respondi, lembrando-me do que era um fato.
Haviam obviamente muitos prós e contras. Como o fato de que talvez Harry e Ron não tivessem feito aquilo se não tivessem certeza que ganhariam, ou que não haviam feito por mal, mas o fato é que eles haviam feito! Nada podia apagar isso.
E por mais que eu quisesse vencer a aposta com Malfoy, e ao mesmo tempo dar uma lição tanto nele quando nos dois idiotas a quem eu chamo de amigos, ao mesmo tempo eu não queria vencer nada, só queria que as coisas fossem como antes.
Como, RAIOS, eu poderia imaginar que a doninha era uma merda de UM PARA-RAIOS DE PROBLEMA?!?!
Por Merlin, só 4 dias haviam se passado. E nestes míseros quatro dias, eu tinha vivido mais coisas do que em minhas férias inteiras n’toca!
Não, isso não era bom... Muito menos pra minha “reputação”, “imagem”, ou o que quer que fosse que eu achasse que eu tinha.
MERDA!, gritei comigo mesma, por ser tão... DROGA, POR QUE VOCÊ TINHA QUE BEIJÁ-LO DE VOLTA, HEIN, SUA ANTA?!
Mas eu sabia a resposta, é claro. Porque... Ahhhhhhhhhhhh, a vontade era de sair correndo, sinceramente. Porque Malfoy era... Droga, droga, droga, MUITO, droga, droga, droga, GOSTOSO!
E dizer isso, ou admitir isso a mim mesma, era tão divertido quando uma maratona de aulas com a Trelawney ou quanto entrar na floresta negra pra visitar os “bichinhos” de lá.
Entre outras palavras: nada muito inteligente para se admitir, pelo menos não se você pretende ser uma pessoa não-imbecil.
Admitir isso era como cair no cérebro da Parkison... Por Merlin, não! Eu não era tão burra e idiota e ridícula assim, eu não podia ser!
Talvez fosse uma questão puramente biológica. Malfoy, como um ser humano, morfológica e biologicamente, era... agradável aos olhos. É. Com excelentes beijos. Uhum. E aquelas mãos... E o jeito de... DROGA, DROGA, DROGA, DROGA!
− Mione? – Harry me chama, pela milésima vez. E sei que devo estar parecendo louca, porque depois do que eu fiz hoje, talvez eu realmente tenha ficado.
− Desculpe. – Murmuro, olhando para o nada.
É claro que eu ainda odeio aquele idiota..., penso, e é como um consolo. Um pensamento feliz no meio de tanto constrangimento. E é claro que ainda vai me pagar... Garanto, dessa vez me sentindo melhor.
Volto a olhar para Harry, que parece esperar algo de mim.
− Desculpe pelo o que viu. – Forço, me controlando para não parecer mentirosa nas coisas que direi: − A verdade é que eu me apaixonei por ele.
− VOCÊ O QUÊ?! – Fala, e parece desesperado. Eu também estaria se... bem, estivesse apaixonada pela doninha, há-há-há-há. Mas não é o tipo de piada que eu possa fazer agora, ainda precisava continuar minha atuação. – COMO VOCÊ SE APAIXONOU PELO MALFOY?! – Grita, e eu arregalo meus olhos, notando que ele grita alto o suficiente para Dino e Simas, que estavam passando, ouvirem.
Os dois me encaram firmemente, cochichando algo, olhando-me como se eu fosse um alien.
E pra falar a verdade, eu até preferiria ser um... Mas precisava vencer a aposta. E eu já sabia que não seria fácil.
− shhhhhhh! – Digo.
Okay, uma coisa é Harry e Rony acharem que estou apaixonada pela coisa oxigenada, outra coisa é Hogwarts inteira!. Pensando bem... Uma possibilidade parece tão ruim quanto a outra. Pelo menos os olhares de Hogwarts não seriam tão decepcionados quanto os de Harry agora.
− Eu não acredito nisso! – Exclama, balançando a cabeça negativamente. – Você... Você é tão inteligente!
Sinto vontade de rir da maneira como ele reage. Ou de consolá-lo.
Por que ele tem que ter esses olhos tão calmos?
− Como isso pode acontecer?! – Pergunta-me, dando a impressão que estou o torturando com crucios.
Hermione, NÃO ENTREGA O JOGO! É SÓ O HARRY, QUANDO VOCÊ VENCER A APOSTA, VOCÊ ESCLARECE TUDO..!, prometo a minha mente, tentando manter a calma.
E é aqui que a atuação começa.
Baixo a cabeça, tentando aparentar timidez, ainda que eu sinta uma imensa vergonha do que vou dizer.
− Não sei, Harry. Só aconteceu. A gente não planeja, sabe? – Disse, fitando-o. Precisava manter minha voz calma...
− Mas por que ele? Ele é... o Malfoy! – Completa, fazendo uma careta.
Quero fazer uma também, mas me seguro. Droga, eu beijei aquela coisa loira, DUAS VEZES!
“E não só beijou, hein...”, minha mente me garante, como se eu quisesse lembrar!
− Sabe como você se sente sobre a Gina? – Perguntei, Harry franziu o cenho, ajeitando seus óculos. – Pois é, é assim que eu me sinto sobre o Malf... Quer dizer, o Draco.
− Eu não gosto da Gina! – Afirmara, olhando-me como se eu fosse louca.
COMO EU IA SABER?!, droga!
− Hã... – Recomeço, pensando em uma maneira de não rir daquela conversa. – Foi amor e ódio, sabe... Essas coisas... – O moreno começa a exibir desconfiança com a minha falta de palavras, MERDA! RECOMPONHA-SE, HERMIONE!
− Não, não sei... – Diz. – Que coisas?
− Escuta, Harry – Comecei, impaciente. Porra, mas será que eu terei que declarar Camões pra ele acreditar que eu tô apaixonada?! – Eu gosto do Malf- Quer dizer, do Draco. Não sei explicar, fim. – Concluí, tentando não parecer seca.
Era só demasiadamente irritante falar, mencionar, lembrar daquele imbecil. E muito menos falar coisas boas!
Não é como se eu acordasse pensando “Ei, excelente dia pra contar ao mundo as coisas que eu gosto no verme aguado...”. Porque não tem nada que eu goste naquele idiota! Okay, talvez os beijos, e as mãos. Só. Fim. Tudo muito bem definido.
Harry respira fundo, ainda desconfiado.
− Ele só está a usando.
Nossa, Harry, que gênio!
Seguro-me para não revirar os olhos.
− Desculpe pelo o que viu hoje. – Repito, e desta vez estou sendo sincera. - Estamos bem, não estamos? – Pauso, indecisa.
Claro que estávamos! O idiota havia me apostado com Malfoy, o mínimo que poderia fazer – no caso de eu ter enlouquecido e me apaixonado por aquele idiota – era me apoiar, certo?
− Você não vai contar isso ao Ron, não é? – Perguntei, desta vez preocupada.
Ron era... Droga, eu não estava preparada pra aguentar a versão ciumenta de Ron Weasley!
− Não. – Declarou, sério demais pro meu gosto. – Se eu pudesse não gostaria de contar nem a mim mesmo. – Completara, com um novo olhar magoado, MAIS UM PRA COLEÇÃO!, antes de sair caminhando para o dormitório masculino. – ‘Noite, mione. – Murmurara, quando estava um pouco mais longe.
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n/a: Fiquei realmente preocupada com esse capitulo. O que acharam? Fiz a Hermione parecer uma louca, porque fiquei com medo de narrar em primeira pessoa como ela e vocês acharem a narração semelhante demais a do Draco ): Não sei se exagerei (?) hahahaha Espero que tenham gostado. COMENTEMMMM E VOTEM! E mandem ideias, isso definitivamente seria bom!
Comentários (6)
Meus Merlin. Alguém me dá um Draco malfoy?. Juro solenemente cuidar com carinho. Rindo muito dessa cap.
2014-02-16Eu to viciada nisso!
2014-02-04olá nova leitora...é viciante sua fic!!!continue postando, pois estou esperando com muita ansiedade o proximo capitulo.
2014-01-31Leitora nova, amando a fic! Capítulo engraçado, mas será que o Harry tá com ciúmes?
2014-01-25MUUUITO BOOOM, quero maaaaais por favooooooooooooooooooooooooooor!!
2014-01-25kkk ... Foi é muito engraçado. O Malfoy deixando a Hermione desconcertada e fomentando a raiva do Harry foi divertido.
2014-01-25