Promessas de Ano Novo
N/A: Leiam todas as N/A’s, por favor.
Tonks, Lupin, Harry e Hermione saiam do fórum, aliviados por a parte burocrática já estar quase pronta, só faltava a papelada referente à guarda da morena.
-Hermione! –Uma voz chamou e a grifinória voltou-se para ela.
-Rebeca? –Perguntou Hermione, estranhando e indo até a garota loira, abraçando-a.
-Mi! Como você está? –Inquiriu, preocupada.
-Bem, na medida do possível, mas... –Ela pausou se separando do abraço. –O que você está fazendo aqui? Achei que tinha se mudado para o Brasil. – Comentou.
-E me mudei, mas resolvi vir para cá para te fazer uma proposta. –Falou e sorriu. –Eu gostaria de pedir sua guarda, já que eu sou a única que sabe sobre você, entende? –Explicou Rebeca e viu Hermione ficar pensativa. –Que foi?
-OK, precisamos conversar, que tal um almoço? –Sugeriu virando-se para os bruxos, que apenas ouviam a conversa das duas e concordaram, mas a garota viu Tonks ficar um pouco triste e se culpou por isso. –Hã, Becky esses são Remo Lupin, Ninfadora Tonks e Harry Potter. –Apresentou.
-Os famosos? –Riu a loira, cumprimentando-os.
-Famosos? –Repetiu Ninfadora.
-A Mi só fala de vocês. –Disse Rebeca, revirando os olhos. –É Ninfa pra cá, Remo pra lá, Harry acolá, Gina já tá aqui, o Rony se perdeu, a Luna tá com os Narguilés e blá, blá, blá. –Disse a moça em tom monótono, seguindo para seu carro. –Carona? –Os quatro aceitaram e entraram na Captiva que pertencia a ela. Rebeca os levou até um restaurante ali perto, logo pegando uma mesa. –Então, o que você queria me falar?
-Olha, Becky, você sabe que eu te adoro, né?
-Não! Você me ama, admite. –Falou convencida e a garota sorriu.
-OK, mas eu não quero me mudar para o Brasil. Olha Becky, seria ótimo ficar com você, mas eu tenho minha vida, que é meio conturbada, e meus amigos aqui. –Falou olhando a loira, que estava meio triste.
-Eu entendo, mas com quem você vai ficar? –Perguntou preocupada.
-Comigo. –Disse Tonks sorrindo. –Fica tranquila, a Mione é tipo uma irmã mais nova para mim e se o seu medo é dela se afastar, saiba que ela pode te visitar direto nesse tal de Brasil. – Tranquilizou-a a auror quando viu a outra ficar preocupada.
-E além do mais, se eu ficasse com você eu iria me lembrar muito deles, sabe? –Hermione completou.
-Está bem. –Murmurou Rebeca, tomando um gole de seu suco.
-Mas eu acho que vou precisar de alguém que tome conta das coisas para mim, pensei em você e no tio Greg. –Falou a morena, fazendo Becky olha-la.
-Sério? –Perguntou entusiasmada. –Maneiro, Mi, deixa com a gente. –Piscou para a garota.
-Então, o que vocês são? –Perguntou Harry após alguns minutos.
-Ela é... Era, sei lá, afilhada dos meus pais, os pais dela eram bem amigos dos meus então nós também nos tornamos amigas. –Disse Hermione.
-E como ela soube de, bem, de nós? –Perguntou Lupin.
-Eu estava com ela quando a carta da escola com nome difícil chegou. –Foi a própria loira quem respondeu. O almoço transcorreu tranquilamente e, quando eles se despediam, Rebeca fez um convite: - Querem passar a virada de ano lá em casa?
-Em Bournemouth Beach? –Riu Hermione. –Está nevando lá!
-E daí?! A casa é aquecida, lembra? E nós não vamos para a praia mesmo. –Falou dando de ombros. Viu os quatro trocarem olhares.
-Vou ver com o resto do pessoal. –Prometeu Hermione. –Eu te mando uma mensagem, daí.
-OK, eu mando o carro vir pegar vocês. –Falou despedindo-se e entrando no carro, enquanto os bruxos iam até um beco e voltavam para o Largo através de chave-de-portal. Ao chegarem à casa dos Black, Hermione já foi falar da proposta, que gerou animação entre os adolescentes.
-O Sirius pode ir tranquilamente para lá, a casa fica em cima de um morro, afastada dos outros. –Explicou Hermione ao ver o maroto ficar cabisbaixo, mas este logo se animou e ajudou os adolescentes a convencerem a matriarca, que depois de alguns minutos finalmente cedeu à pressão. Logo Hermione subiu para seu quarto, acompanhada dos amigos.
-O que é isso? –Perguntou Gina, quando viu Hermione pegar um retângulo fininho e digitar algo nele.
-Um celular, Gi. –Disse sorrindo para a ruiva e entregando o celular, que logo começou a mexer no aparelho.
-E então, como é Bournemouth? –Rony perguntou.
-Lindo, no verão é maravilhoso, mas no inverno tem bastante coisa para fazer. –Começou Hermione. –É a segunda melhor praia da Inglaterra, só perde para Brighton.
-Nossa, eu já tinha ouvido falar de lá, mas não sabia que era a segunda melhor praia. –Confessou Harry.
-É bem legal, vai ser bom para todos, nos desligarmos um pouco das coisas. –Comentou suspirando, mas depois sorrindo. –E aí Gi, Lu, vocês tem biquíni? –Perguntou.
-Inverno te lembra de algo? Porque para mim lembra frio. –Falou a loira sarcástica.
-Tem piscina aquecida lá. –Disse rindo.
-Então temos um problema, porque meu biquíni deixou de servir. –Rony disse, imitando descaradamente a voz de Gina.
-Idiota. –Resmungou a ruiva, empurrando-o.
-Eu não acredito que vou falar isso, mas... –Ela respirou fundo, como se tomasse coragem. –Shopping?
-Hermione Granger quer ir ao shopping? –Zombou Harry e ela rolou os olhos.
-O que é um shopping? –Foi a vez de Neville perguntar.
-Um lugar onde tem várias lojas. –Harry respondeu. –Será que Molly deixa?
-Interessado, Harry? –Caçoou Luna.
-Ai amiga. –Foi a vez de Harry imitar uma garota, arrancando risadas.
-AI! ISSO VIBROU! –Berrou Gina, largando o celular de Hermione.
-Resposta da Becky. –Falou e leu a mensagem, ignorando o que realmente queria falar. –Ela disse que é melhor nós nos prepararmos, ela vai me animar a todo custo. –Disse a morena.
-Podíamos pedir para Tonks ir conosco ao tal shopping. –Comentou Gina e saiu do quarto.
-Alguém já percebeu que ela nunca espera a resposta? –Falou Rony.
-Vão junto? –Perguntou Hermione.
-Comprar roupa para a virada. –Murmurou Harry, jogando-se na cama. –Somos praticamente obrigados.
***Filha dos Deuses***
-Finalmente. –Resmungou Harry, jogando-se em sua cama. –Não sei por que as garotas gostam tanto de compras. –Falou e fitou Rony, que parecia perdido em pensamentos, Neville havia voltado para a casa da avó, já que ela queria passar as férias com o neto. – Rony?
-Hum... –Falou o ruivo, levantando o olhar para o amigo.
-Que foi, cara?
-Nada não. –Disse ele, mas continuou ao perceber o olhar do Potter sobre si: - É que é meio estranha essa história dos pais da Mione.
-Como assim? –Indagou franzindo o cenho.
-Tipo, tudo bem, ela é sua amiga, mas se fosse para te atacar eles deveriam ter apenas sequestrado os Granger, para fazer a Mi ir atrás deles e, consequentemente, nós também. –Explicou, sua expressão concentrada como se estivesse jogando xadrez. –Não faz sentido terem os matado, só provocaram a ira dela e a nossa.
-Não tinha pensado nisso. –Admitiu o moreno. –Você acha que Voldemort quis afetar Hermione?
-É mais provável. –Concordou.
-Mas pensa Rony, os pais dela eram trouxas, não poderiam interferir na guerra, mas a Hermione vai querer vingança, como consequência ela iria atrás dos Comensais e do próprio Voldemort, mas nós iríamos atrás dela, seria uma boa forma de me atrair e atrair a Ordem.
-Sim. –Rony falou. –Mas até Voldemort deve saber que Hermione é centrada demais e que não sairia em busca de vingança de uma forma tão cega e mal planejada. –Sua voz era semelhante à de um estrategista.
-Você acha que tem alguma coisa a mais por trás disso? –Harry falou, seguindo o raciocínio do Weasley.
-Provavelmente. –Concordou de novo.
-Essa geração é surpreendente. –A voz de Sirius ressoou pelo aposento, os dois se voltaram para a porta, onde o Black estava parado. –Nós não havíamos pensado nisso Rony. –Disse ele indo até a cama do afilhado e sentando-se.
-Então você concorda comigo? Acha que é algo ligado à própria Hermione? –O ruivo se animou.
-Sim, todos nós sabemos que Hermione é uma bruxa excepcional, a magia está mais latente nas veias dela do que nas dos próprios Comensais, então eu acho que, dessa vez, o ataque não foi armado para pegar o Harry. –Concordou Sirius.
-Como assim a Hermione tem a magia mais latente que os outros? –Perguntou Harry com o cenho franzido, ele viu o padrinho abrir a boca, mas o chamado de Molly para o jantar o interrompeu.
-Depois continuamos essa conversa. –Falou piscando para os dois.
***Filha dos Deuses***
-Animais mágicos e suas lendas. Plantas mágicas e suas propriedades. –Hermione murmurava para si mesma, baixinho, enquanto passava o dedo pelos títulos dos livros que estavam nas prateleiras da biblioteca Black. –Aqui! Defesa Contra as Artes das Trevas e Artes das Trevas, o ataque é a melhor defesa. –Leu e tirou um grosso livro de capa negra da prateleira. Assoprou a poeira que havia nele e abriu-o, começando a folheá-lo, detendo-se no índice do mesmo. Quando seus olhos começaram a passar pelas páginas amareladas, um som oco chamou sua atenção, olhou para o chão na frente de seus pés e viu um livro caído. Abaixou-se para pegá-lo e guarda-lo, mas parou ao ver o título. –Gregos e seus mistérios. –O livro era quase tão grosso quanto o que ela já tinha em suas mãos. –Será...? –Pensou alto. Resolveu pegar esse livro também, juntou-o ao outro e saiu do lugar, indo em direção ao seu quarto.
-Mione, onde estavas? –Luna perguntou quando viu a morena entrar no quarto para guardar os livros.
-Pegando alguns livros. –Disse, elevando os dois grossos exemplares.
-Ata, então? Vamos arrumar nossas coisas? –Foi Gina quem falou, Hermione sorriu e com um aceno da varinha sua mala estava pronta. –OK, eu quero aprender a fazer isso. –A ruiva falou admirada, vendo a amiga rir e lhe dar uma breve explicação de como deveria ser feito o feitiço. Logo as malas das outras duas já estavam devidamente arrumadas. –Aonde vai? –Perguntou ao ver Hermione ir em direção à porta.
-Fiquem tranquilas, não vou atrás da Lestrange. –Garantiu seca, saindo do quarto. A preocupação que todos tinham a cada passo que ela dava já estava começando a incomodar. A morena caminhou calmamente até o quarto de Sirius e bateu, entrando após ouvir a permissão.
-Hermione? –Espantou-se o maroto, que estava guardando uma penseira. –O que houve?
-Quero que me ajude. –Disse rapidamente, indo até ele. –Você é, ou foi, um dos aurores mais competentes do Ministério durante a primeira guerra, quero sua ajuda para ficar, pelo menos, minimamente mais forte. –Falou insegura. –Tenho que ter uma base para começar a treinar e acho que você é o melhor para me ajudar, já que não iria falar para Dumbledore. –Ela parou e levantou o olhar para o Black. –Ou falaria?
-Não, Hermione, não falaria. –Garantiu e sorriu. –Você tem a mesma determinação que Lílian tinha. –Disse dando as costas para a garota.
-Vamos ficar uma semana e meia na casa da Rebeca, você acha que seria o suficiente para um inicio?
-Sim. –Falou. –Mas você teria que continuar em Hogwarts, não é tão fácil quanto muitos pensam se tornar um bruxo poderoso. –Disse indicando a cama para que a morena sentasse, ela o fez, vendo o homem continuar de pé. –Você já iniciou isso, mesmo que inconscientemente, a sua fome por novas informações demostra isso e, Hermione, você é muito boa para conseguir, hum, “encaixar” as informações nos momentos certos, e junta-las se necessário. –Ele pausou e parou de andar de um lado para o outro, encarou-a, pensativo e orgulhoso. –Quando Remo me falava sobre a melhor amiga de meu afilhado eu achava que ele estava exagerando, achava que era impossível alguém ser tão parecido com Lily e ainda por cima tornar-se amiga de Harry. Mas eu tive que dar meu braço a torcer, você é genial. –Elogiou e viu a garota corar. –Até Snap admitiu isso, com muito esforço e contra sua vontade, mas admitiu. –Ele riu, como se lembrasse de algo muito bom. –Mas não conta para ninguém que eu disse isso, eu quero que ele mesmo admita para todos. –Pediu e viu a garota concordar.
-OK, então, quando começamos? –Perguntou ao grifinório.
-Hum, vamos amanhã para Bournemouth, não? –Conferiu e viu a morena confirmar. –Beleza, eu te digo amanhã então. –Ela riu e rolou os olhos, indo até a porta.
-Sirius. –Chamou e o antigo maroto se virou para ela. –Você é muito legal sabia, tenho certeza que logo o Ministério irá perceber o erro cometido e você vai poder andar a vontade por aí. –Disse convicta.
-Eu espero que sim, Mione, eu espero que sim. –Concordou e viu-a fechar a porta do quarto.
Hermione caminhou pelo corredor novamente, só que agora ia em direção ao quarto que dividia com as duas amigas, mas antes de entrar escutou uma conversa.
-Não vai dar certo, Luna. –Gina disse claramente impaciente.
-Não custa tentar Gina. –Retorquiu a voz da loira, calmamente.
-Só que eu vou deixar claro que a ideia foi toda sua. –Avisou a ruiva.
-Que ideia? –Hermione perguntou, entrando no quarto.
-Ah! Mione! Que bom que chegou, venha! –Luna puxou a amiga pela mão e a fez sentar na cama.
-Conta logo Luna e, Mione, eu sou inocente. –Gina disse antes de a loira começar a se explicar.
-O que vocês estão aprontando? –Perguntou com uma sobrancelha arqueada.
-Uma noite de meninas! –Luna exclamou animada, Hermione se limitou a fitar a corvinal, depois a Weasley e depois cair na gargalhada. –Ah, vamos Mi! Não dói nada! Por favor! –Implorou a loira e continuaria a insistir, se a Granger não a tivesse calado com um gesto.
-E o que nós faríamos? Máscara de creme com pepinos nos olhos? –Sugeriu irônica, mas as outras duas não entenderam a piada. –Esquece.
-Não, nada demais, apenas conversaríamos. –Explicou com simplicidade.
-Por quê? –Hermione foi direta.
-Por que o quê? –Gina indagou, franzindo o cenho.
-Por que vocês querem fazer isso? Não é pena, é? –Perguntou desconfiada.
-Não, nós só queremos te ajudar a se animar Hermione, isso é crime? –Gina perguntou emburrada.
-Nós não gostamos de te ver assim, triste, nós entendemos, mas mesmo assim queríamos que você se animasse um pouco. –Completou Luna.
-Eu também estranhei essa tal “noite de meninas”, mas não custa dar uma chance, ou você só conversa com o Harry e o Rony a partir de hoje? –Alfinetou e a morena passou o olhar pelas duas.
-OK, assunto?
***Filha dos Deuses***
-A Mione estava aqui? –Harry perguntou enquanto entrava no quarto de Sirius e viu o padrinho concordar. –O que ela queria?
-Acho melhor perguntar para ela. –Disse indo ao lado do garoto. –O que houve Harry?
-Sobre o que você disse hoje, antes do jantar. –Começou inseguro. -Poderia me explicar?
-Bem, não sei se já te contaram que existem bruxos que já nascem com a magia mais desenvolvida que outros. –Começou e viu o Potter negar. –Então, existem, e nós dizemos que a magia é mais latente, é nisso que se baseia a história de sangue-puro e sangue-ruim.
-Como assim?
-Os que são sangue-puro tem algo como um acúmulo de magia das gerações antecessoras, o que os torna mais fortes, é muito raro, mas muito raro mesmo, um nascido trouxa ter a magia claramente latente. Depois de alguns treinamentos alguns bruxos conseguem identificar essa magia, e Harry, a magia de Hermione é mais forte até que a de sua mãe, que era uma bruxa excepcionalmente poderosa, até para um sangue puro tamanha magia é estranha.
-Quando você percebeu isso? –O garoto perguntou.
-No ataque de Bellatrix, ela devia ter explodido, mas o autocontrole dela é ótimo, então o poder se controlou, mas mesmo assim eu pude sentir. –Respondeu.
-Você acha que ela pode correr perigo por isso?
-Harry, você sabe que cerca de uma semana antes de seus pais morrerem, Voldemort pediu para Lílian mudar de lado? –A dor nos orbes azuis era tocável enquanto a pergunta era pronunciada.
-Não. –Falou surpreso.
-Pois bem, isso aconteceu e Lily respondeu Voldemort com um belo soco, literalmente. –O homem riu e Harry o acompanhou. –Ela era bem estourada, a Lily. –Ele soltou uma pequena risada. –Mas essa não é a questão, a questão é que se até mesmo Voldemort deu o braço a torcer de que ela era poderosa, a coisa era grande.
-Você acha que Voldemort quer a Hermione do lado deles? –Espantou-se e viu Sirius concordar. –Mas matar os pais dela não é o melhor caminho! –Exasperou-se, levantando-se e passando a mão nos cabelos.
-Acho que ele quer primeiramente testa-la, Harry. –Falou o maroto. –E nada melhor para isso do que a fazer sofrer, eu sei, é desumano, mas Voldemort já deixou de ser humano há tempos. –Completou ao ver o olhar chocado do afilhado. –Ele pode querer ter certeza de que Hermione é fria o bastante para ocupar o lugar de uma Comensal, ele quer saber se ela tem força o suficiente para passar por coisas difíceis com força de vontade, pode não parecer, mas deve se ter qualidades para ser um partidário do Lord das Trevas. –Ele pausou e recuperou o folego. –E creio estar certo ao dizer que Hermione está superando todas as expectativas dele, e até as nossas. –Concluiu e viu o garoto ir até a parede e apoiar a testa nela.
-O que eu faço Sirius? –Perguntou em um fio de voz.
-Proteja-a.
-Como eu faço? –Reformulou a pergunta.
-Preparação é essencial em uma guerra Harry, tenha certeza disso. –Respondeu e viu ele se virar para fita-lo.
-Me ajuda? –Pediu Harry e viu o padrinho concordar e ir em sua direção.
-Não desanime Harry, um dia você vai perceber que você tem tudo para conseguir vencer os obstáculos que a vida coloca no seu caminho. –Ele disse e puxou o moreno para um abraço.
***Filha dos Deuses***
-Oh! Não! Não creio! –Exclamou Hermione gargalhando ao ver Luna ficar corada.
-Para Hermione! –Pediu a loira, lhe atacando com um travesseiro.
-OK, eu paro, mas que foi inusitado, ah! Isso foi! –Ela soltou mais um pequeno riso e puxou o ar com dificuldade, vendo a pele da amiga voltar a coloração normal.
-Tenho que concordar com a Mione. –Disse Gina, secando uma lágrima que lhe escorreu pela face e suspirando.
-Vocês vão me atazanar para o resto da vida por isso, não? –A loira perguntou.
-Com certeza. –Responderam as duas.
-E você Gina? Como anda na tarefa de “desapaixonar-se” pelo Harry? –A corvinal perguntou indiferente, Hermione se sentiu incomodada com o rumo da conversa, mas não falou nada.
-Não tem mais tarefa. –Suspirou a ruiva, deitando-se na sua cama. –Acho que não era paixão, sabe? Era mais admiração. –Confessou. –Na AD eu consegui ficar mais perto do Harry, conhece-lo melhor, confesso que me espantei ao ver o quão patético ele pode ser às vezes. –As três riram. –Mas ele é incrível, o garoto dos sonhos.
-Você deveria ter se apaixonado mais, não? –Hermione falou, disfarçando seu desconforto.
-É, você tem razão. Mas eu percebi que ele não é o homem da minha vida, o Harry é um ótimo amigo, e espero que o seja por um longo tempo. –Disse com sinceridade. –E você Mione? –Perguntou Gina, virando-se de súbito para a amiga, que se sobressaltou.
-Eu o quê?
-Você ainda mantém contato com o Krum? –Gina perguntou e viu a garota rir.
-Esqueci-me de contar para vocês. –Comentou para si própria e relatou a rápida visita que havia feito ao búlgaro na companhia de Harry.
-Cho é? –Luna disse com desgosto.
-Sim, por quê? –Disse Hermione.
-Não gosto dela, muito exibida, falsa, superficial, não é garota de um namorado só. –Luna falou e viu Hermione franzir o cenho. –É melhor ficarmos de olho nela, ou o Harry pode acabar magoado. –Avisou a loira e ouviu uma risada vinda de Hermione. –O quê?
-Nada. Só é... estranho, o trio cresceu. –Comentou fitando as amigas.
-Ainda bem, arroz com feijão enjoa, não? –Caçoou Gina.
-É verdade. –Hermione disse, parecendo distante. –Então? Temos que ficar de olho na Chang, confesso que nunca fui muito com a cara dela. –Luna desatou a contar um resumo da personalidade da bruxa para as duas amigas, que riam de algumas observações nada discretas que a loira fazia questão de destacar.
***Filha dos Deuses***
-Mi Lord. –Uma voz tremula foi ouvida pelo aposento escuro.
-Sim Rabicho. –Outra voz, só que demasiadamente fria, cortou o ar, fazendo o pequeno homem tremer.
-Está quase tudo pronto para o ritual, só falta à poção ficar pronta. –Avisou e viu um sorriso sádico brotar nos lábios ofídicos de Voldemort.
***Filha dos Deuses***
-Ah, como é bom ser adolescente. –Suspirou Tonks, apoiando-se no ombro do primo.
-Pois é, adolescentes gostam de dormir. –Falou Sirius rindo.
-Eles devem.
-Seria um pecado acorda-los.
-Ainda mais se não fosse de uma maneira delicada.
-Nunca seríamos capazes de acorda-los.
-Nunca. –Concordou Ninfadora e olhou o Black, sorrisos macabros brotaram nos lábios dos dois.
-Está na hora de testar se o sangue Black realmente está em você.
-Vamos nessa. –Os dois entraram no quarto que estavam os gêmeos, Rony e Harry.
-ACORDA!!! –Berraram os dois, Sirius puxou as cobertas de um dos gêmeos com tanta força que o garoto caiu da cama, assustado, enquanto Tonks pulava na cama de Rony, em cima do ruivo, que se sobressaltava. Sirius pegou um travesseiro e começou a bater no afilhado, enquanto Ninfadora ia até o outro gêmeo e o empurrava da cama, fazendo-o cair, literalmente, de quatro, dando a oportunidade perfeita para a metamorfomaga dar-lhe um tapa no traseiro.
-QUE DROGA É ESSA?! –Os gêmeos berraram.
-Humpf. –Fizeram os dois.
-Na minha época era mais divertido acordar as garotas. –Murmurou Sirius.
-Coitadas! Elas precisam do sono de beleza delas! –Exclamou Tonks, sentando em cima da barriga de um Rony sonolento.
-Mas elas já são bonitas. –Falou Sirius e foi até a prima. –Eu ouvi elas te chamando de gorda, sabia? –Segredou ele e viu a metamorfomaga abrir a boca, chocada.
-Meninos. –Chamou e eles se amontoaram ao redor dela, que cochichou o plano.
-Nunca vou te incomodar. –Disse Rony com os olhos arregalados.
-Vão logo! –Disse Ninfadora e os garotos foram em direção ao quarto das meninas.
-Muito bem priminha. –Elogiou e viu a mulher sorrir.
-Nem viu do que eu sou capaz.
***Filha dos Deuses***
Pisando em ovos os garotos entraram no quarto.
-Que bonitinhas. Dá até pena de acorda-las. –Murmurou Jorge.
-Até parece. –Disse Fred, indo até Luna e a pegando no colo com delicadeza. Rony fez o mesmo com Gina, enquanto Harry ia até Hermione. Jorge abriu mais a porta e os quatro foram até o banheiro mais próximo, sem acordar as três. Jorge abriu a porta do banheiro e a porta do Box também, os três se posicionaram no apertado espaço e o outro ruivo, com um aceno da varinha, fez o chuveiro ser ligado, fazendo as garotas se molharem e acordarem berrando e escutando gargalhadas, enquanto balançavam-se no colo dos garotos, tentando sair debaixo da água.
***Filha dos Deuses***
-Caramba. E você achou que ia faltar espaço. –Rony disse descrente, fazendo Hermione corar. Os bruxos estavam parados na frente de uma gigantesca mansão que misturava o estilo vitoriano e o moderno, em cor branca, logo eles viram Rebeca vir na direção deles.
-Oh! Entrem, aqui está congelante! –A loira disse e os dirigiu até a entrada da casa. –Fiquei feliz que vieram e, para quem não me conhece, eu sou Rebeca Osborne, “prima” da Hermione, fiquem tranquilos, a galera aqui sabe sobre o “pequeno” detalhe de vocês, é, nós sabemos que vocês são bruxos. –Disse com simpatia. –Essa é a Miriam. –Ela indicou uma mulher meio baixinha, grisalha e ligeiramente corpulenta. –A governanta, ela vai leva-los aos seus quartos, depois nos encontramos aqui em baixo, beleza? –Ela bateu uma palma antes de sair por uma porta lateral, correndo e gritando algo como “tá queimando”.
-Senhorita Hermione! –Miriam disse indo abraçar a morena.
-Sem senhorita, Miriam. –Lembrou a morena e viu a mulher dar de ombros.
-Como você está? –Perguntou preocupada.
-Bem, Miriam. –Respondeu e lhe sorriu. –Quartos, lembra? –A mulher fez um som estranho e os chamou, subindo uma escada.
-Preferem quartos separados? –Perguntou.
-Tem quarto para todo mundo? –Espantou-se Rony quando viu a mulher concordar.
-Pode ser junto, né? –Hermione disse e viu os amigos concordarem. –Com ligação. –A voz da morena assumiu um tom um tanto cúmplice, fazendo Miriam sorrir e concordar, levando-os para um corredor lotado de portas.
-Os outros chegam durante a noite, não? –Ela falou e ouviu murmúrios de concordância. –Meninas. –Indicou a primeira porta. –Meninos. –A porta do lado. Hermione, Gina e Luna entraram em um enorme quarto lilás e branco, tinha três camas de casal, duas em uma das paredes e outra na parede oposta. Para cada uma tinha uma pequena penteadeira moderna, fixada na parede com um grande espelho, que se estendia pelos lados da “mesa” e um pequeno guarda-roupa de duas portas e três gavetas, brancos, encostados na outra parede, que também tinha uma janela. Já na outra parede tinha duas portas, uma que levava a um banheiro espaçoso e a outra levava ao quarto dos garotos.
-Artimanhas Granger e Osborne Ilimitadas. –Brincou Rebeca, da entrada do quarto. –Muita coisa já passou por essa porta. –Completou indo até a “prima”. –Gostou do quarto?
-Nem vou te responder. –Hermione se limitou a dizer, depois foi até a segunda porta, que era um pouco mais baixa que a outra e abriu-a, revelando um quarto quase idêntico ao delas, só que era azul escuro e tinha uma cama e um roupeiro a mais e sem as penteadeiras. –Meninos. –Eles passaram por ela, Fred, Jorge, Rony e Harry.
-Nossa, maneiro. –Soltaram os gêmeos, correndo até duas camas e pulando nelas.
-Se mamãe ver vocês fazendo isso, vocês estão nada ligeiramente ferrados. –Avisou Gina rindo.
***Filha dos Deuses***
-Vamos lá, pode falar. –Harry disse para Hermione, os dois estavam sentados no jardim de inverno da casa e tomavam chocolate quente, enquanto Rebeca esclarecia o parentesco delas para os outros.
-Não queria ouvir mais uma sessão de “tenho amigos ricos, enquanto eu sou pobre” do Rony. –Admitiu voltando seu olhar para o amigo.
-Entendo.
-É muito chato. –Murmurou e Harry riu.
-Se eu te fizer uma pergunta, você me responderia com sinceridade? –O moreno falou após um curto silencio.
-Depende. –Disse com um meio sorriso. –OK, sinceridade. –Prometeu, depois do olhar de pura e espontânea pressão que Harry lhe dispensou.
-Bom, você... –Ele respirou fundo e olhou para frente, tentando conter um riso que sabia que viria. –É apaixonada pelo Rony? –A morena cuspiu todo o chocolate que ainda não tinha engolido, se engasgando. –Epa! Calma ai, Mione! –Pediu, acudindo a garota e rindo da reação dela.
-Da onde... COF! Você tirou... COF! Essa besteira?! –Perguntou exasperada, fazendo um feitiço para limpar sua blusa. –Harry Tiago Potter, me responde! –Rosnou para ele.
-Calma, foi mal, é que eu achei, já que vocês vivem brigando e... –Ele foi interrompido por ela.
-Pois achou errado! Ronald?! Faça-me o favor, Potter! –Berrou antes de sair feito um furacão.
-Ih, deu a louca. –Murmurou para si mesmo.
***Filha dos Deuses***
-Hermione. –Chamou Rebeca, entrando no quarto em que a morena estava, sozinha. –O que houve?
-Nada. –Murmurou e viu e loira ir até ela, sentando-se ao seu lado na cama.
-Fala, eu te conheço. –Exigiu e viu a morena suspirar.
-Não foi nada, só uma pergunta que eu não gostei. –Respondeu.
-Que pergunta que mexeu tanto com você? –Inquiriu ela.
-Harry perguntou se, bem, se eu sou apaixonada pelo Rony. –Falou olhando as mãos.
-Foi a pergunta ou quem a fez que mexeu tanto com você? –Disse após alguns segundos em silêncio.
-Quê? –Estranhou olhando a Osborne.
-Mione, você sempre falou mais do Harry do que do Rony, e agora que eu o conheci, entendo. –Falou lentamente, com medo da reação da morena. –Ele é um ótimo amigo, o Harry, carinhoso, compreensivo e, meu Deus do céu, um gato, pedaço de mau caminho, um “ô lá em casa”, um...
-Já entendi, ele é lindo. –Interrompeu Hermione.
-Ótimo. –Disse um pouco sem graça. –Então, o que eu quero dizer é: será que ele é só um amigo para você?
-Não. –Hermione disse com sinceridade. –Ele é meu melhor amigo, quase um irmão.
-Se ele fosse um irmão você não concordaria com o que eu disse. –Discordou Becky.
-Você tá querendo dizer que eu, Hermione Granger, estou apaixonada por ele, Harry Potter? –Repetiu descrente.
-Isso aí. –Disse e viu a bruxa encara-la com seriedade, antes de cair na gargalhada.
-Você foi atacada por um explosivim?! –Perguntou após se recuperar do ataque de risos.
-Por um o quê? –Estranhou a loira.
-Nada não, mas você está ficando afetada. Sério, o laquê que você usa nos desfiles está afetando seus neurônios. –Avisou séria.
-OH! –Ela abriu a boca, ofendida, e levantando. –Fale o que quiser, eu vou ser a madrinha do casamento de qualquer jeito! –Exclamou e saiu, deixando uma Hermione estática para trás.
-Maluca. –Murmurou, em seguida balançou a cabeça para espantar pensamentos indesejados. A garota se deitou e, sem perceber, adormeceu.
***Filha dos Deuses***
-Você não entregou seu presente a ela, né? –Rony falou para Harry, na sala da casa.
-Não, aconteceu muita coisa. –Respondeu o garoto, perdido em pensamentos. –Rony. –Chamou e o ruivo soltou um murmúrio. –Você já se apaixonou? –Perguntou.
-Ih, cara, tu tá me estranhando? –Perguntou o ruivo, enquanto se afastava com uma careta.
-Não é isso, idiota. –Falou Harry, também fazendo uma careta. –Eu tô falando sério.
-Não, bem, não até agora. –Murmurou para o amigo.
-Hã? –Riu Harry. –Ronald, você não me contou isso, quem é? –Perguntou se virando para o Weasley.
-Acho que não é legal falar aqui e agora. –Murmurou novamente. –Depois eu te conto. –Garantiu e viu o Potter olha-lo desconfiado. –Prometo, caramba!
***Filha dos Deuses***
Alguns barulhos vinham do primeiro andar da casa, acordando uma morena que estava adormecida em seu quarto. Ela estranhou o barulho e olhou para o relógio, sobressaltando-se ao ver que já eram quase seis da tarde. Ela se levantou e desceu as escadas com pressa. Estava tão ligada no caminho que quase berrou ao sentir uma mão agarrar-lhe o braço e puxar-lhe para um canto do corredor.
-Que susto Sirius. –Resmungou ao ver a face do animago. –O que foi?
-Sobre os treinos, amanhã, no jardim, as oito, preparada para exercícios. –Falou e sorriu para a garota. –Vigilância constante, Mia. –E saiu, deixando a garota para trás, confusa.
-Mia? –Repetiu com o cenho franzido. –Epa, espera aí, Sirius! Mia?! Me explica isso direito! –Exigiu seguindo-o pelas escadas, mas ele apenas ria.
-Aí está ela! –Exclamou Rebeca. –Mione, a Miriam diz que eu não cozinho bem, fala que não é verdade! –Pediu fitando a morena, que estacou.
-Desculpe, mas não devo contar mentiras. –Disse e arrancou risadas dos amigos e uma cara feia da “prima”. –Acho melhor pedirmos uma pizza mesmo. –Completou e viu a mulher resmungar algo em um tom audível.
***Filha dos Deuses***
-OK, eu estive pensando, faz tempo que nós não vamos ao Oceanarium, não é Mione? –Disse Rebeca para a prima, durante o jantar.
-É verdade, lá é lindo, nós podíamos visitar. –A resposta dela chamou atenção de Harry, que jantava ao seu lado.
-Também pensei nisso. –Concordou Becky.
-Oceanarium? –Harry perguntou.
-Sim, é um aquário gigante, são várias espécies de animais que passam do outro lado do vidro, é incrível. –Harry sorriu ao ver como os olhos da morena brilhavam ao falar daquilo.
-Quero visitar. –Falou rindo e a fitando intensamente, eles ficaram naquela troca de olhares até que Rebeca cortou o “clima”:
-Também tem o shopping. –Falou depois de limpar a garganta, imitando Umbridge. –Filmes legais estão passando no cinema e tem o parque que é bem legal também. Lembra-se Mione? –Disse fazendo a morena fitar-lhe.
-Adoro. –Disse pegando o copo e bebendo um gole de seu suco.
-Também temos que preparar a festa da virada. –Comentou a loira, vendo a “prima” revirar os olhos. –Posso contar com a ajuda de vocês? –Perguntou para os convidados, que já prestavam atenção na conversa e escutou-os concordarem animados. –Mione? –Chamou.
-Tá, mas não se empolga, não tem nada de festa na piscina e Johnnie, ok? –Resmungou para que Molly não ouvisse.
-OK. –Disse sorrindo amavelmente, mas Hermione suspirou.
-Amanhã eu compro pós-ressaca. –Garantiu frustrada e quem ouviu riu.
***Filha dos Deuses***
-Está tudo pronto, mestre. –Um homem loiro adentrou em um cômodo que tinha a única fonte de luz que provinha de uma lareira que ficava atrás de um trono ricamente adornado e ocupado por uma figura pálida.
-Ótimo Lúcio. –A mesma voz que fizera Rabicho tremer foi ouvido. –Agora só falta chegar a hora certa.
-Se me der permissão, mestre, para quê servirá esse ritual? –A voz não estava trêmula, mas demonstrava respeito.
-Para fazer um aliado, um maravilhoso aliado. –Respondeu o homem, com os olhos brilhando de forma sádica. –Um aliado mais antigo que os próprios deuses.
***Filha dos Deuses***
-Pai! –Uma voz melodiosa ressoou e logo depois uma mulher de cabelos negros e encaracolados e olhos azuis entrava no salão de mármore.
-Sim? –O som que saiu da boca do homem atlético e de cabelos e barbas acinzentadas mais se assemelhava a um trovão do que outra coisa.
-Ele está muito agitado, o Tártaro inteiro tremeu! –Avisou preocupada e viu seu pai se virar para fita-la.
-Fique calma, ele não consegue fugir sem ajuda e ninguém é maluco o bastante para ajuda-lo. –Tranquilizou-a.
-Eu acho que já está na hora, pai! –Exclamou exasperada.
-Nós já discutimos isso e já está tudo certo para a hora correta! –Exclamou em um tom mais alto, deixando claro que não aceitaria ser contraditado. –Acalme-se, ela ainda não está pronta e nada irá acontecer.
-Está bem, mas depois não diga que eu não avisei! –Exclamou revoltada e brilhou fortemente antes de desaparecer, deixando seu pai preocupado para trás.
***Filha dos Deuses***
-Não acredito! –A voz de Gina soava surpresa depois de ouvira a história de como Rebeca havia começado a modelar. –Incrível. –A admiração era palpável, apenas a ruiva e Luna ouviam a história, enquanto os outros estavam espalhados pela casa.
-É sim. –Riu como se lembrasse de algo que gostaria ter de volta. –Hum. –Ela tomou um gole do chocolate quente. –Se eu contar algo para vocês, as duas prometem guardar segredo? –Perguntou e viu-as confirmar, prometendo, ansiosas. –Como eu disse, a Mione estava junto comigo quando surgiu o convite para modelar, não é?
-Sim. –Concordaram as duas, ansiosas.
-Então, o Maurício, que foi o agente, ficou encantado com a Hermione, queria que ela também trabalhasse para a agência que ele representava. –Segredou baixinho e viu as duas bruxas arregalarem os olhos, descrentes. –Mas ela não aceitou por causa do quesito Hogwarts. –Completou.
-Uau, dessa nós não sabíamos. –Admitiu Gina. –Mas por que ela nunca falaria? Qualquer garota ficaria lisonjeada com uma proposta dessas.
-Bem, ela estava um pouco à cima do peso na infância, mas ela conseguiu emagrecer, como vocês viram, só que ela nunca acreditou em elogios, não sei o porquê disso, mas a auto estima dela não é das melhores. –Comentou fitando a garota que ria e jogava Snap Explosivo com Harry e Rony.
-Eu já havia reparado nisso. –Comentou Luna.
-Eu também. –Concordou a ruiva, suspirando.
-Se ela não usasse um uniforme dois números maiores que ela, talvez muitas pessoas perceberiam também. –A corvinal falou e depois olhou para Gina, que deu de ombros.
-OK, eu desisto. –Hermione disse levantando-se do chão e arrumando a jaqueta. –Não é possível se concentrar com vocês dois do lado. –Falou olhando os amigos. –Ou melhor, vocês cinco. –Completou olhando os gêmeos e Tonks.
-Ó maninha. –Disse a metamorfomaga em uma voz manhosa, abraçando a morena, que riu antes de corresponder. –‘Tão te incomodando, é? –O tom de voz era como o que se usava com bebês. –Ninguém incomoda minha maninha. –Disse fazendo beicinho. –Entenderam?
-Entendemos. –Falaram os quatro rindo.
-OK, Tonks, você tá me sufocando. –Falou Hermione soltando-se da “irmã”. –Eu acho que já vou deitar. –Murmurou ela. –Boa noite. –Falou antes de se retirar, Gina e Luna a seguiram.
***Filha dos Deuses***
-Harry. –Sirius chamou quando o afilhado acompanhava os Weasley’s até o quarto que dividiam. –Posso falar com você? –Pediu e o afilhado concordou, seguindo o Black para o quarto.
-Sim?
-Treinos, amanhã, as oito, no jardim, preparado para exercícios físicos, agora saia que eu tenho mais o que fazer, moleque. –Disse “expulsando” o grifinório, que riu e seguiu para seu quarto.
-Onde estão os gêmeos? –Harry perguntou quando encontrou Rony sozinho no quarto, o ruivo apenas deu de ombros. –Então pode ir me falando. –Disse jogando-se na cama de Rony.
-Ah não Harry, tô com sono. –Desconversou.
-Você prometeu e é só um nome, não uma biografia. –Falou e viu o ruivo trancar a porta com um gesto da varinha e colocar um feitiço para que ninguém os escutasse.
-Luna. –Murmurou.
-Hum? O que tem a Luna? –Perguntou Harry, do nada algo “iluminou” sua mente e ele olhou o amigo em choque. –QUÊ?! –Gritou e começou a gargalhar.
-Qual é Harry? Para! A Lu é legal! –Exclamou amuado.
-Eu sei! Mas é que... –Ele puxou o ar. –Tão... Inesperado. –Disse e viu Rony revirar os olhos.
-Quem você achou que seria, a Mione? –Perguntou risonho.
-Sim. –Harry falou e o ruivo arregalou os olhos, chocado.
-Credo cara!
-Qual é? Vai dizer que ela é horrível? –Harry disse, subitamente mais sério.
-Não, mas ela é tipo uma irmã para mim, se ela fosse ruiva então...
***Filha dos Deuses***
-Ai está você. –Um homem de cabelos acobreados, olhos que pareciam brasas, o porte atlético e o corpo levemente bronzeado.
-Quem é você? –Hermione perguntou assustada, olhou ao redor e constatou que estava parada no centro de uma grande ruína, provavelmente, grega.
-Um amigo. –Disse indo até ela. –Quero te mostrar uma coisa. –Ele ofereceu a mão de forma um tanto gentil e um tanto quanto mandona, em um gesto mecânico a morena segurou a mão e sentiu seu corpo esquentar, quando deu por si ela estava parada em cima do Gringotes, mais precisamente no telhado do banco, olhando o Beco Diagonal. –Creio que conhece muito bem esse lugar. –Comentou displicente.
-Sim. –Respondeu. –Mas está tão diferente. –Murmurou ao ver focos de incêndio e bruxos duelando ferozmente. Crianças gritavam em busca dos pais, alguns alunos de Hogwarts tentavam ajudar, pessoas morriam ou eram gravemente feridas e torturadas.
-Primeira Guerra Bruxa. –Falou o misterioso homem. –E a Segunda tem tudo para ser pior, Hermione. –Falou e tocou-lhe o ombro, a mesma sensação quente a invadiu e quando pode ver estava parada em um beco escuro, ao seu lado um Comensal torturava uma criança, que chorava desesperada. Hermione conhecia aquela criança, era Tonks, o jeito como os cabelos mudavam de cor de uma forma desesperada a denunciaram. Em um gesto rápido a morena procurou sua varinha, mas ao não acha-la tentou socar o Comensal, mas sua mão o atravessou. –Isso é uma lembrança, garota, você não pode mudar o passado, -Ele pausou e pôs-se a fitar o Comensal gargalhar quando Tonks perdeu a consciência. –mas você pode mudar o futuro. –Completou tocando-lhe as costas e a fazendo aparecer em um quarto simples, onde um homem esquelético torturava um bruxo.
-Voldemort. –Hermione soltou, seus olhos brilhando de raiva.
-Sim. –Falou indiferente. –Ele está certo de que essa vez ele vencerá, aquilo que você viu no Beco não será nada comparado ao que vai acontecer. Essa guerra não será comparada a nenhuma outra, em qualquer história, e acredite quando eu digo que eu entendo de guerras. –Falou com um tom um tanto reverencial as guerras e Hermione virou-se para ele, era quase a mesma coisa que seus pais haviam lhe dito.
-Por que você está fazendo isso? –Perguntou, tentando ignorar os gritos de quem quer que estivesse sendo torturado.
-Para quebrar sua redoma de vidro Hermione. A vida não é um conto de fadas, o próprio Dumbledore quer engana-los, não quer deixar que a guerra realmente lhe atinja. –Ele lhe tocou novamente e os enviou para um lugar vazio, uma praia deserta. –Mas você não pode se conformar com isso. –Ele completou. –Se vingue. –Murmurou antes de sumir.
***Filha dos Deuses***
Hermione acordou sobressaltada, suando e com o coração acelerado. Ela olhou ao redor, Gina e Luna dormiam calmamente. Ela suspirou e se dirigiu ao banheiro, lavou seu rosto com água fria e escorregou pela parede do banheiro até o chão frio, encostou a porta e abraçou os joelhos, escondendo o rosto, começando a chorar.
***Filha dos Deuses***
Harry acordou angustiado, olhou ao redor, os três Weasley’s dormiam profundamente, mas a angustia não passou, então ele se levantou e abriu a porta que dava acesso ao quarto das meninas, viu que a única cama vazia era a de Hermione, preocupado ele foi até o banheiro e bateu levemente, viu que a porta nem fechada estava, então a empurrou e viu a amiga sentada no chão, chorando. Ele sentiu como se alguém o esbofeteasse, seus joelhos cederam e ele acariciou sua cabeça, a morena ergueu os olhos para ele, depois o abraçou com força.
-Calma Mi, o que houve? –Perguntou, após alguns minutos, acariciando as costas da amiga, que abafava seu choro no ombro dele.
-Pesadelos. –Murmurou abraçando-o com mais força, Harry sentou-se e a trouxe para seu colo, aninhando-a protetoramente. –Vai ser pior, Harry. –Murmurou. –Pior que a primeira vez, pior, mil vezes pior. –Repetiu apavorada.
-Quê? –Perguntou sem entender. –Hermione, descanse, amanhã você me explica isso direito. –Disse e se ergueu, com ela no colo, sem dificuldade, e caminhou até a cama da garota, deitando-a e dando um beijo em sua testa, ele ia se afastar, mas ela segurou sua mão.
-Fica. –Pediu com os olhos brilhando, Harry suspirou e deitou-se com a garota.
-Só você para me obrigar a fazer isso. –Murmurou e ela deu um pequeno sorriso enquanto abraçava-o e apoiava sua cabeça sobre o peito do amigo, que lhe fez um cafuné.
***Filha dos Deuses***
-Cheguei. –Hermione disse quando encontrou Sirius no jardim, mas ele não estava sozinho. –Harry?
-É incrível que, mesmo que vocês não saibam, estão pensando igual. –Elogiou o Black, fazendo os dois adolescentes se olharem. –Sabe quanto tempo temos Mione?
-Umas duas horas, Sirius. –Respondeu olhando o homem, ele encostou a varinha nela e um calor tomou conta de seu corpo, quase imediatamente ela tirou o casaco que estava usando.
-Melhor? –Perguntou rindo. –Feitiço de aquecimento, muito útil no inverno, já que o excesso de roupas limita nossos movimentos. –Disse e se pôs entre os dois. –Hoje vamos começar com o físico, ok?
***Filha dos Deuses***
-Então, vai me contar o que está te incomodando? –Harry e Hermione estavam, novamente, sentados no jardim de inverno da casa, descansando após o exaustivo primeiro dia de treino.
-Pesadelos. –Falou bebendo um pouco de água.
-Eu sei que não é só isso. –Falou. –Hermione. –Harry chamou, fazendo-a olhá-lo.
-Eu achei um livro na casa do Sirius. –Começou após um suspiro. –Accio livro. –Murmurou e logo um livro grosso e com a capa um pouco gasta apareceu flutuando, a morena o pegou e folheou-o até encontrar uma determinada página. –Escute. –Ela limpou a garganta e viu Harry se mexer. –A última vez que os deuses vieram a Terra as consequências foram as mortes causadas pela Segunda Guerra Mundial, eles vieram para tentar impedir que seus filhos com mortais guerreassem entre si, mas acabaram se envolvendo na briga, então, os três grandes, com auxílio de Apolo, fizeram uma profecia que prometia que nenhum semideus seria tão poderoso a ponto de causar uma guerra tão grande e que nenhum deus interferiria diretamente na Terra.
-A história que Sirius nos contou. –Harry falou e Hermione lhe lançou um olhar de concordância, antes de continuar:
-Mas não se pode controlar o grau de magia no sangue de um humano, então eles selaram o destino de um único humano, ou melhor, humana: a Filha dos Deuses surgiria quando a ambição de um humano fosse tão longe que ele pretendesse cruzar a linha que divide a humanidade dos deuses. –Finalizou e fechou o livro.
-O que isso quer dizer? –Perguntou vendo a preocupação nos olhos dela.
-Que a Filha dos Deuses vai “despertar” de vez quando um humano tentar ultrapassar a barreira que nunca foi ultrapassada. –Respondeu.
-Voldemort. –Murmurou Harry, enterrando a cabeça entre as mãos.
-Também pensei nele. –Confessou a morena.
-O que nós fazemos? –Perguntou a olhando.
-Nada.
-Como assim, nada?! –Exasperou-se o garoto.
-Olha Harry, essa garota já está viva, só que os poderes dela estão bloqueados, provavelmente nem estão nela ainda, então nós não temos certeza de quando esse “desbloqueio” vai acontecer, e nem se essa garota vai para o lado dele, nem se ela vai escolher um lado. –Hermione segurou a mão de Harry. –Relaxe, curte as férias, se bem que com o Sirius dando aula não é bem férias, mas tudo bem. –Ela arrancou um risinho dele. –Viu, planeja seu convite para sair com a Cho, sei lá. –O garoto corou e ela riu. –Quando nós voltarmos para Hogwarts eu prometo que pesquiso mais.
-Hermione Granger deixando de fazer uma pesquisa? –Caçoou o garoto.
-Harry Potter tentando conquistar uma garota. –Devolveu se levantando e indo na frente dele. –Só relaxa, por você, por mim, por todos, eu odeio dar o braço a torcer, mas a Becky soube me dar essas férias. –Depositou um demorado beijo sobre a cicatriz do garoto, que riu.
-Assim Voldemort fica apaixonado por você. –Brincou e ela fez uma careta.
***Filha dos Deuses***
Quando chegaram ao Oceanarium estava um pouco frio demais, então o grupo se apressou para entrar, pagaram os ingressos e um guia os levou pelos corredores de vidro, os bruxos ficaram encantados com o lugar e quando um tubarão passou pertinho de Rony ele se apavorou, causando risos. Já era noite, então Rebeca resolveu que eles jantariam fora, então os levou até o hotel Ocean Palace, onde, segundo ela, existia um restaurante que servia uma comida maravilhosa. Como nenhum deles estava vestido adequadamente, Molly e Tonks transfiguraram as roupas de todos.
-Olha o “chiquê”. –Brincou Sirius, puxando a lapela do terno, os fazendo rirem e saírem do carro em direção ao restaurante. Assim que eles passaram da portaria uma mão segurou, delicadamente, o pulso de Hermione, que se virou levemente assustada.
-Herrmioni. –Disse a pessoa que a segurava.
-Vítor! –Exclamou animada, abraçando o amigo. Atrás dela Jorge, Fred, Rony, Harry e até mesmo Sirius soltavam um muxoxo de desagrado. –O que você está fazendo aqui? –Perguntou separando-se dele, que sorriu.
-Eu fiquei sabendo e sinto muito, Mioni. –Falou com seu sotaque carregado, ela apenas lhe ofereceu um sorriso triste.
-Tudo bem. –Murmurou. –Mas como você me encontrou?
-Entrrei em contato com seu dirretorr. –Respondeu e ela fez uma expressão compreensiva.
-Quer se sentar conosco? –Convidou.
-Oh, não querro incomodarr. –Disse passando os olhos pelos garotos que sustentavam expressões sérias.
-Que isso! –Rebeca falou, se adiantando. –Não é incômodo nenhum! –Exclamou animada. –Não é? –Virou-se para os outros.
-Claro que não! –Gina e Luna exclamaram também.
-Que isso, querido. –Molly falou lhe lançando um sorriso maternal. O búlgaro acabou concordando e jantando com eles.
-A prropósito, senhorra Weasley, seu livrro está fazendo muito sucesso no meu país. –Elogiou, fazendo a ruiva corar e agradecer.
-Quando nós voltarmos para Londres eu terei uma reunião com a editora, estou ansiosa. –Confessou encabulada. Depois o jantar seguiu descontraído, com os meninos não gostando nada dos olhares que Krum dirigia a Hermione, principalmente um moreno de olhos verdes. (Leia-se: moreno gostoso para as meninas, ok?). Quando o jantar acabou Vítor puxou Hermione antes que ela entrasse no carro.
-Bem, Herrmioni, eu também vim aqui parra te entrregarr isso. –Ele entregou uma caixinha preta aveludada e comprida para a morena.
-Oh, não precisava Vítor. –Murmurou desconcertada.
-É clarro que prrecisava, querrida. É uma forrma de te agrradecerr porr tudo. –Falou e abriu a caixinha para ela. Dentro do estojo haviam três pulseiras de ouro e três braceletes de prata.
-Hermes Eternos. –Murmurou encantada. –Oh! Vítor, eu não posso aceitar. –Disse e fez menção de lhe devolver o presente, mas ele a olhou firmemente.
-Se você não aceitar eu vou me sentir ofendido, não gostou?
-Não! Muito pelo contrário! Eu amei, mas...
-Sem “mas” Herrmioni, são seus. –Ele sorriu para ela que retribui. –Você lembrra não é? Parra que eles serrvem. –Perguntou e viu-a concordar.
-São pulseiras e braceletes mágicos. Segundo a lenda foi um presente de Hermes para Zeus, não é? –Ele concordou. –Servem como um tipo de comunicador e rastreador. –Completou e o búlgaro sorriu para ela.
-E os pingentes?
-Eles assumem o símbolo que identifica quem usar. –Respondeu e riu.
-Dez pontos parra a Grrifinórria! –Brincou e ela lhe deu um abraço. –Escolha bem, cerrto? E mantenha contato. –Ele a olhou com carinho. –Se prrecisarr de qualquerr coisa é só me falarr, você sabe.
-Pode ficar tranquilo Vítor, obrigada por ter vindo. –Sorriu e lhe deu um beijo na bochecha. Ela seguiu até o carro e entrou, depois de acenar mais uma vez para o bruxo.
-DE ONDE VOCÊ CONHECE O GOSTOSO?! –Rebeca berrou. –JESUS! EU PRECISO CONHECER A POPULAÇÃO BRUXA MASCULINA! SÓ TEM CARA BOMBOM! –Falou abraçando-a exageradamente.
-Cara bombom Becky? Santo Cristo, de onde essa veio? –Perguntou rindo.
-Ah, sei lá, o calor do momento, sabe? –Fez um gesto indiferente com as mãos.
-Ainda bem que a Tonks está no outro carro. –Murmurou aliviada, mas logo a porta se abriu e por ela entrou uma garota de cabelos loiros com mexas roxas.
-Gente, quando as meninas falavam do Krum eu não sabia que ele era assim pessoalmente, digo, com o uniforme ele já é gato, sem uniforme a coisa melhora consideravelmente. –Murmurou apertando-se no banco.
-Concordo. –Gina disse rindo. –A Mione tem imã pra cara gostoso. –Completou fazendo a morena corar.
-Quanto escândalo. –Murmurou Rony com a cara fechada.
-Ih, mais um para o time “contra Krum”. –Comentou Tonks divertida. –Os gêmeos estavam quase saindo do carro pra bater no Vítor, até o Sirius, o Remo e o Arthur não estavam gostando. –Comentou divertida e as duas grifinórias ali presente viraram a cabeça para os dois garotos.
-Vocês não fizeram isso que eu estou pensando que vocês fizeram, fizeram? Por que se vocês fizeram o que eu penso que vocês fizeram, vocês não vão mais pensar! (Pamy aqui: Alguém aí entendeu?) –Rosnou Gina.
-O quê? –Luna perguntou perdida.
-Existe uma certa “Irmandade” na Grifinória. –Começou Hermione de mau humor. –Que existiu há cerca de dezessete anos pela última vez. –Ela pronunciava lentamente. –E vocês reativaram?! –Agora ela gritou, fazendo o motorista dar uma freada brusca.
-Pode continuar! –Berrou Rebeca para o motorista.
-Nós não reativamos nada! –Defendeu-se Rony. –Foram os gêmeos por causa da Gina.
-Minha causa? –Espantou-se a garota.
-Mas não é você quem nos dá trabalho. –Completou o ruivo virando-se para fitar Hermione.
-EU?! –Espantou-se.
-Ei! Alguém me explica isso direito? –Pediu Luna, ficando brava.
-Existe uma tal Irmandade Grifinória que foi fundada pelos estimados marotos. –Falou Gina sarcástica.
-E essa tal Irmandade se resume nos garotos da casa dos leões não “deixando” as garotas namorarem sem antes muitas etapas para ver se o garoto é “bom o bastante”. –Esclareceu Hermione de uma forma que deixou claro que ela não aprovava aquilo.
-Que coisa Neandertal! –Exclamaram Luna, Tonks e Rebeca.
-Não é Neandertal! –Protestou Rony indignado. –E fique sabendo que o Krum não passou no teste. –Avisou para Hermione, que se contentou em berrar:
-PARA O CARRO! –O motorista freou de novo de uma forma brusca e ela desceu. –Obrigada Ronald! Estragou minha noite! DE NOVO! –E saiu correndo pela estrada.
-Aonde ela vai? –Harry se pronunciou pela primeira vez desde que ela voltara da conversa com o búlgaro.
-Não sei. –Confessou Rebeca. –Minha mãe sempre diz que a mãe dela também era meio maluca, deve ser meio genético.
-Meio? –Caçoou Rony. Harry suspirou e tirou o cinto de segurança, descendo do carro também e correndo para encontrar a morena.
-Hermione! Espera! –Chamou ele, observando-a apressar o passo, ele também o fez e logo a alcançou, puxando seu braço e a fazendo parar.
-QUE FOI?! –Berrou e Harry viu que ela tinha algumas lágrimas sendo contidas. –VEIO ME DIZER QUE EU NÃO POSSO NEM FALAR COM ALGUÉM SEM QUE VOCÊS APROVEM?! –Disse se abaixando para tirar os sapatos de salto.
-O que deu em você? –Harry perguntou puxando ela pelos braços para que ele pudesse ver os olhos dela.
-Eu só cansei do Ronald querendo controlar minha vida! –Exclamou em um tom cansado. –Eu amo vocês, mas eu tenho o direito de ter uma vida fora do “Trio de Ouro”, será que vocês não entendem? –Reclamou.
-Eu não disse nada. –Murmurou ele.
-Seu silêncio é até pior que as palavras do Rony, sabia? –Murmurou e ele sorriu para ela. –Eu tô fazendo papel de palhaça, né?!
-Aham. –Concordou e ela estapeou seu peito.
-Eu te odeio Potter. –Resmungou quando ele riu.
-Até meio minuto atrás você disse que me amava. –Falou e ela fez beicinho. –Vem cá. –Disse a puxando para um abraço. –Eu admito que eu não vou muito com a cara do Krum, mas se você gosta dele eu não posso fazer nada a não ser ameaça-lo, porque se ele pensar em fazer alguma coisa que te decepcione ele vai se ver comigo e com a Grifinória inteira. –Avisou e ela riu.
-Ele é meu amigo. –Murmurou contra seu peito. –E eu só tenho amigos altos, caramba, eu preciso crescer. –Resmungou e ele riu.
-Vamos voltar para o carro. –Pediu, mas ela não se moveu.
-Preciso esfriar a cabeça e ver o Ronald não ajuda, vai você, eu chamo um táxi. –Hermione disse.
-Então eu vou com você, posso? –Harry pediu e ela sorriu, o moreno se abaixou para pegar as sandálias dela e abraçou-a pelos ombros, enquanto ela passava um braço por sua cintura.
-OK, superman. –Brincou. –Sabia que você tinha esquecido a capa. –Ele riu e depositou um beijo no topo de sua cabeça.
-Se eu tivesse um amigo como ele eu não teria fugido tanto da escola. –Falou Rebeca vendo os dois se afastarem pela estrada que ficava ao lado do mar.
-Nem eu. –Murmurou Tonks sentindo o motorista recomeçar a andar.
-Nem eu. –Repetiu Gina e viu o olhar feio que o irmão lhe mandou. –Que foi?! A Mione pode até ter saído para não te bater, mas eu não faço isso! –Exclamou raivosa.
-Gina, por favor. –Luna pediu sorrindo meigamente para a ruiva, que suspirou, se acalmando.
***Filha dos Deuses***
Hermione bateu na porta do quarto dos garotos e entrou após ouvir permissão. Assim que entrou ela trocou um olhar com Rony e deu um sorriso de canto para o garoto, foi até ele e lhe deu um “peteleco”.
-AI! Caramba! Doeu! –Reclamou escutando os irmãos e o moreno rirem.
-Que bom. –Falou dando de ombros, abriu o estojo e antes que Rony pudesse provoca-la, ela falou: -Coloca e não tira. –Disse entregando-lhe uma das pulseiras de ouro, as três pulseiras eram masculinas, bem bonitas e tinha um pequeno diamante na frente, que estava transparente. Ela foi até Harry e lhe deu outra, ele sorriu agradecido. –Explica para ele? –Pediu.
-Claro. –Falou sorrindo para ela e lhe dando um beijo no rosto de boa noite. Ela saiu do quarto e foi até o seu próprio quarto, encontrando Gina e Luna conversando.
-Para vocês. –Disse entregando um bracelete para cada uma.
-O que é isso? –Perguntaram.
-Já ouviram falar dos Hermes Eternos? –Ela viu as duas concordarem, então ela ergueu uma sobrancelha sugestivamente.
-OH! Sério?! –Espantou-se Gina.
-Sim, então coloquem e não tirem, por favor. –Pediu e viu as duas concordarem.
-Para quem você vai dar a outra pulseira? –Perguntou Luna quando viu a amiga abrir o estojo para pegar o próprio bracelete.
-Para um amigo. –Sorriu enigmática.
Mais tarde, quando as duas já dormiam, Hermione tirou seu diário de onde havia o escondido e escreveu rapidamente, já que o sono já se fazia presente:
-Loiro, tenho um presente para você. Sonha comigo.
***Filha dos Deuses***
Na manhã do dia seguinte Harry e Hermione encontraram Sirius, Hermione sorriu ao ver que o moreno usava a pulseira.
-Hoje vamos a minha parte favorita do treinamento. –Ele pausou abrindo um sorriso contagiante. –Luta. –Os dois morenos se olharam e depois olharam o adulto.
-OK, é hoje que eu morro. –Resmungou Hermione.
-Deixa de ser preguiçosa! –Exclamou o “professor”.
-Não sou preguiçosa, sou realista e você vai nos matar. –Respondeu arrancando uma risada de Harry e uma careta de Sirius.
-Vamos provar para a senhorita CDF que não são somente os livros que nos salvam na hora necessária. E considere as minhas demonstrações uma amostra grátis do que eu posso fazer com o tal Krum! –Alfinetou o Black e depois começou com as lições, não sem antes ouvir um “VOCÊ TAMBÉM?!” da morena e uma risada do afilhado, que levou um peteleco, gerando um elogio da parte do “professor” para Hermione.
***Filha dos Deuses***
À tarde no shopping também foi muito proveitosa, eles viram um filme em 3D, os bruxos ficaram encantados com a grande tela e às vezes se assustavam quando uma imagem vinha para cima deles, causando risos em Hermione e Rebeca, já que nem Harry havia assistido a um filme assim. Depois eles foram ao parque, os gêmeos ficaram caçoando, dizendo que parquinhos eram para crianças, mas as duas apenas se olhavam e sorriam marotas. Ao chegarem a frente ao parque os queixos dos dois ruivos caíram.
-De criança, né? –Alfinetou Rebeca rindo. O parque era enorme tinha uma torre que despencava que deveria ter mais de dez metros (como uma “mini Big Tower”), jogos eletrônicos e outras coisas.
-Aquilo é um simulador, muito legal. –Hermione apontou para um tipo de “caixa” vermelha e branca que se movia. Logo os dois ruivos, acompanhados de Rony, corriam e se divertiam pelo local todo, fazendo Molly completamente maluca. Enquanto Harry e Hermione tomavam um Milk Shake, observando os bruxos e Rebeca na fila do simulador que vira 360º, Harry resolveu fazer um desafio:
-Já foi naquela mini Big Tower? –Perguntou e viu Hermione negar, então ele sorriu.
-Quê? –Falou após sorver mais um pouco do doce.
-Você vai. –Falou rindo.
-Ah não! –Exclamou assustada, observando o brinquedo despencar e começar a subir de novo.
-Ah sim. –Retorquiu se levantando e indo até o lado dela, que estava estática. –Vamos. –Ele ofereceu a mão.
-Não. –Disse acabando de tomar deu Milk Shake.
-Hermione, ou você vem por bem, ou vem por mal. –Avisou e a viu rir.
-O que você vai fazer, me lançar uma Imperius? –Perguntou sarcástica.
-Não. –Ele sorriu maroto. –Mas vou fazer isso. –Rapidamente ele a agarrou pela cintura e a jogou sobre seu ombro, a grifinória soltou um grito agudo, fazendo várias pessoas os olharem.
-Harry! Me bota no chão! AGORA! –Ordenou esmurrando as costas do amigo, que apenas ria.
-Que fique claro que eu te dei opção. –Ressaltou passando a pequena grade que ficava ao redor do brinquedo, piscando para a moça que cuidava do brinquedo, ela sorriu constrangida pela piscadela.
-Isso aí Mione! –Um dos gêmeos berrou.
-Prova que você é corajosa! –Completou o outro, sendo apoiado por Gina e Rony,
-Meu Deus! Cuidado! –Molly, que ficou cuidando da bolça de Tonks e Rebeca quando elas entraram, exclamou preocupada.
-Eu vou te matar, que fique claro isso. –Ela disse de braços cruzando os braços e fazendo biquinho enquanto Harry baixava o “cinto” (Aquele treco almofadado que não deixa a gente voar do brinquedo, sabe? Geralmente é preto) do brinquedo.
-Fica tranquila, você não voa. –Murmurou em sue ouvido, quando sentou ao seu lado e também puxou o “cinto”, logo a moça veio se certificar de que tudo estava certo, sorrindo de uma forma “exagerada e cheia de segundas intenções”, segundo Hermione, para Harry, que retribuiu o sorriso, mas de um modo natural, fazendo a Granger soltar um muxoxo e cruzar os braços com mais força. Assim que o brinquedo começou a subir Hermione sentiu o Milk Shake que havia tomado revirar no estômago, ela fechou os olhos fortemente. –Olha. –Harry pediu com a voz mansa, procurando a mão da amiga e, quando achou, sentiu um aperto forte. Hermione abriu os olhos e observou a imensa sala de jogos que abrigava vários adolescentes e até mesmo adultos, viu Tonks e Becky saírem do simulador, uma se segurando na outra, com cara de tonta, mas assim que Luna lhes disse algo, elas se dedicaram a olhar o brinquedo em que os dois morenos estavam, com sorrisos macabros.
-Eu já disse q... –Sua voz foi interrompida por um grito que ela mesma deu quando o brinquedo despencou. Ela apertou fortemente a mão de Harry que gargalhou quando começaram a subir de novo.
-Você vai quebrar minha mão. –Avisou Harry.
-Amostra grátis do que vai acontecer com você. –Rosnou com os dentes cerrados.
-Curte um pouco, curte a sensação de estar livre, curte o vento no rosto...
-Curte com a minha cara. –Imitou a voz do amigo, fazendo-o sorri. –Curte, curte, curte, você virou Facebook agora? –Alfinetou virando o rosto para olhar o amigo, mas este não teve tempo de responder, já que o brinquedo despencou de novo, mas agora ela só fechara os olhos.
-Viu. –Riu-se Harry e ela lhe mostrou a língua.
-Eu acho que esse não é o melhor método para me fazer apreciar altura, sabia?
***Filha dos Deuses***
Já o dia 30 foi dedicado às preparações da festa, claro que Sirius aproveitou para treinar mais um pouco seus “pupilos” e finalmente, para Rebeca, o último dia do ano havia chegado. Nesse dia todos dormiram até muito tarde, tarde mesmo, quando acordaram fizeram um lanche rápido, o Senhor Weasley aparatou em Londres para resolver um pequeno contratempo e as meninas subiram para começar a se arrumar, já que às 21:30 começariam a chegar os convidados.
-Não sei por que elas demoram tanto. –Comentou Jorge, enquanto via Rony trocar de canal.
-Vai dizer que não vele à pena? –Sirius perguntou, sentando no sofá com uma travessa cheia de salgadinhos para dividir com os garotos.
-Olhando por esse lado, sim. –Foi Fred quem respondeu.
-O que é isso?! –Espantou-se Rony, arregalando os olhos ao ver uma cena indevida na TV. Lupin pulou rapidamente, tirando o controle da mão do ruivo estático e mudando de canal.
-Algo que você não deveria estar vendo. –Respondeu o lobisomem.
-Qual é Remo? Rony já tem 15 anos, quase 16, já está na hora de conversar sobre isso. –Harry fala seriamente, arrancando uma risada debochada do padrinho e dos gêmeos.
-Oh! Grande Potter, vem nos ensinar! –Cantarolaram os dois ruivos.
-Uma vantagem em ser criado por trouxas é que eu tive que frequentar uma escola trouxa, e na escola nós aprendemos sobre o interessantíssimo Sistema Reprodutor. –Falou rindo para os gêmeos.
-Hem, hem. –Fez Sirius. –Remo, eu acho que nós, como homens, temos dever de conversarmos sobre isso com eles. –A voz dele era pateticamente séria, Lupin abriu a boca para protestar, mas o amigo foi mais rápido: -Você é professor, então sua responsabilidade aumenta. –Falou com sabedoria, viu o amigo suspirar e se sentar confortavelmente.
-OK.
***Filha dos Deuses***
-Está perto, cara Nagini. –Voldemort sibilou para sua serpente, seu tom estranhamente animado.
***Filha dos Deuses***
Depois da conversa entre os garotos, que foi bem divertida na opinião dos adolescentes, eles subiram para se arrumarem, levando pouco tempo e, às 21:00 já voltavam para a sala. Todos com vestes brancas e devidamente arrumados, a primeira a descer foi Rebeca, já que ela era a anfitriã. Ela estava linda em um vestido um tanto formal, os cabelos loiros presos na lateral da cabeça, formando um penteado elegante.
-Nossa, que linda. –“Bajulou” Sirius, arrancando um sorriso da moça, que o chamou para acompanha-la na “checagem” dos últimos detalhes.
-Ih, o Sirius não muda, mesmo. –Comentou Lupin. Alguns minutos se passaram e o professor estava rindo de uma piada que os gêmeos tinham cantado, mas sua risada ficou presa na garganta ao ver Tonks descer as escadas um tanto desconfiada. –Uau. –Soltou, fazendo a metamorfomaga sorrir. Ela havia deixado os cabelos, lisos e com franja, em um loiro tão claro que se confundia com um tom prateado, que com a pele morena dava um belo toque a ela. Seu vestido era muito elegante e ela usava alguns acessórios muito bonitos.
-Esperem para ver as meninas, elas estão lindas. –Murmurou sorrindo.
-Você também está linda, Tonks. –Jorge elogiou, sorrindo para ela, que bateu com a mão em um porta retrato que estava em cima de uma mezinha que ficava ao lado da escada, quase o derrubando.
-O-obrigada. –Gaguejou, fazendo duas risadas serem ouvidas.
-Ela não reage bem a elogios. –Constatou Gina, sendo apoiada por Luna.
-OK, Gina, você não pode se arrumar assim para andar por Hogwarts, que fique claro. –Rony disse e a ruiva revirou os olhos. Ela estava com um vestido simples branco, mas justo, com detalhes florais em renda. Os cabelos ruivos enrolados e meio presos de um lado.
-Deixa de ser ciumento, Rony, e admite que a Gina está linda. –Luna “ralhou” com o amigo, que ficou com as orelhas ruborizadas. Ele ficou com vontade de dizer que ela também estava linda, mas se conteve e pôs-se a observá-la. Azul fica muito bem para a loira, não é atoa que ela foi parar na Corvinal.
As duas acabaram de descer as escadas e seguiram até Tonks.
-A Mione? –Perguntou a metamorfomaga.
-Logo ela desce, ela nos disse para irmos ver como Becky está se saindo. –Gina respondeu e saiu com os amigos para o jardim da casa. A piscina, que era imensa, tinha várias “lanternas” flutuando, alguns panos brancos haviam sido estrategicamente espalhados pelo lugar. Várias pequenas mesas também haviam sido espalhadas pela área da churrasqueira, que não era pequena, pequenos puffs brancos formavam pequenas rodinhas para conversa, uma mesa extensa com comidas e bebidas, em um tipo de “palco” estava o DJ, que já colocava os convidados para se esquentarem.
Logo eles localizaram o senhor e a senhora Weasley, que estava ajudando Rebeca a resolver algum probleminha, o grupo separou-se de Tonks e Lupin, que foram até a anfitriã ajudar, para pegarem bebidas.
-O que é isso? –Gina perguntou apontando uma tigela com um líquido meio vermelho meio rosa.
-Ponche, é muito bom e não tem álcool. –Respondeu Harry, pegando a colher “concha” para servir o Ponche em um copo para a amiga. Ficaram mais de vinte minutos conversando e a festa já começava a encher, Harry estava comentando algo divertido para os amigos, mas parou ao ver quem estava parada em um dos degraus que dava acesso ao jardim.
-Uau. –Soltou com um sorriso bobo.
***Filha dos Deuses***
-Loiro, você tá aí? –Hermione escreveu e esperou uma resposta que não demorou a vir.
-Oi.
-Como tá aí?
-Uma festa! Como você acha? –Ela riu ao ler o recado.
-Feliz Natal atrasado.
-Obrigado, para você também. Teu presente eu entrego em Hogwarts. O que você tem para mim?
-Surpresa, mas você vai gostar. –Escreveu com um sorriso de canto. –Como foi seu Natal? –Perguntou divertida.
-MUITO LEGAL! Você-Sabe-Quem me deu um abraço, me pegou no colo e fez Nagini cantar uma canção natalina para os Comensais, depois nós fomos comer a ceia e os Elfos Domésticos comeram conosco, depois da ceia todos foram libertados. –As letras pausaram e Hermione recuperou o ar que tinha perdido rindo. ¬Epa, hoje não é primeiro de Abril. Ganhei um presente da minha mãe e dos meus amigos. E o seu?
-Não foi tão ruim. –Escreveu meio triste, mas logo balançou a cabeça para espantar tais pensamentos.
-Oh, desculpe.
-Que isso, loiro. Bem, agora eu tenho que ir. Feliz ano novo, antecipado.
-Feliz ano novo, beijos.
-Beijo. –Ela fechou o diário e desceu as escadas, reparou que a festa já estava ficando lotada, então parou em um dos degraus da pequena escada que dava acesso ao jardim, tentando achar os amigos, quando os achou sentiu o olhar de Harry sobre si.
***Filha dos Deuses***
-Que foi? –Rony estranhou e Harry indicou a morena com o queixo, fazendo os outros também se virarem para ela.
-Demorou. –Resmungou Gina, não dando atenção para a cara abobada dos irmãos e do moreno. O vestido frente única que ela usava era justo no busto e rodado na parte da saia, que ia pouco mais de um palmo a cima do joelho, os cabelos lisos na raiz e ondulados nas pontas. Ela sorriu e começou a ir na direção deles.
-Caramba, você tá linda. –Murmurou Harry quando Hermione veio ao seu lado, logo lhe oferecendo um copo de Ponche, que foi prontamente aceitado.
-Obrigada. –Falou sorrindo para o amigo.
***Filha dos Deuses***
Voldemort usava vestes negras que esvoaçavam atrás de si. Nagini desliava ao seu lado, ele chegou ao jardim que era grande e escuro. Na grama, quase morta, estava desenhado, com linhas de fogo, um pentagrama. Em cada ponta do pentagrama um pedestal vazio, e no centro outro pedestal, só que com um livro. Rabicho foi até ele e lhe ofereceu uma poção.
-Sua magia ficará mais latente. –Avisou e o Lord concordou, tomando a poção.
-Está na hora, mestre. –Avisou Lúcio e Voldemort se adiantou até o centro. Ele murmurou algo e de sal varinha saiu um feixe de luz que inundou o jardim, depois ele começou uma cantiga em uma língua desconhecida.
***Filha dos Deuses***
Uma gargalhada foi ouvida.
-Esse idiota acha que vai dar certo. –Riu-se um homem.
-Irmão, ele pode até falhar, mas não irá desistir. –Avisou uma mulher ao seu lado. –E mesmo falho, o ritual trará consequências.
***Filha dos Deuses***
-Hermione, vem comigo. –Harry pediu, puxando-a pela mão.
-Faltam só alguns minutos para a meia noite, Harry. –Avisou a morena.
-É rápido. –Garantiu e ela suspirou, deixando-se ser levada pelo amigo. Já no corredor dos quartos ele abriu a porta que dava para o próprio quarto e soltou a mão da morena, que observou ele ir até o roupeiro em que suas coisas estavam.
-Harry, o que você está procurando? –Perguntou curiosa.
-Bem, não sei se você percebeu que eu ainda não te entreguei seu presente de Natal. –Falou coçando a nuca e virando-se para ela com uma pequena caixinha de veludo na mão.
-Harry... –Falou em tom de advertência.
-Eu sei, eu sei, você vai dizer que não precisava e que você não gosta que eu gaste dinheiro com você, mas você sabe que eu não dou bola para isso. –Ela deu um fraco sorrisinho. –Eu tinha preparado um belo discurso, mas eu esqueci todo ele. –Confessou envergonhado. –Mas dizem que as melhores palavras vêm nos melhores momentos.
-Parece que você vai me pedir em casamento. –Brincou Hermione, vendo ele se aproximar, Harry corou.
-Hermione, você sabe que é minha melhor amiga, não é? –Disse e viu-a concordar. –Eu acho que eu nunca dei o devido valor pra isso. –Admitiu e ela soltou uma risada. –Mas ver Voldemort voltando e ver o que ele pode fazer, me fez perceber que você é tão importante pra mim quanto o Sirius, que é minha única família. –Ela sorriu para ele. –E pode parecer muito idiota o que eu vou dizer, mas eu realmente não sei o que eu seria se não fosse você, porque, pelo amor de Deus Hermione, você me guia pra onde quer que eu vá, mesmo que não concorde você me apoia. –Ele sorriu e acariciou sua bochecha com o dedo. –Não chora. –Pediu ao ver uma lágrima escorrer por sua face. –Odeio ver você chorando. –Murmurou e a viu sorrir.
-É que você nunca disse isso pra mim. –Murmurou e fechou os olhos.
-Eu sei. –Falou com um tom culpado. –Garotos não são bons em demonstrar sentimentos.
-Você está se saindo muito bem. –Falou sorrindo para ele, ainda com os olhos fechados, apenas sentindo o toque carinhoso do amigo.
-Ótimo, porque é difícil. –Ele riu quando a viu abrir os olhos, rolando-os em seguida.
-A gente acostuma. –Garantiu.
-Eu espero, porque é muito bom ver você sorrindo por isso. –Ela riu.
-Você está agindo como um irmão. –Avisou e ele sorriu subitamente incomodado pelo adjetivo.
-Você sabe que eu não sou seu irmão. –Ela o fitou, desconfiada. –Irmãos brigam direto, não é?
-É verdade. –Concordou.
-Então, voltando ao meu “discurso”. –Ela riu. –Só quero que você saiba que você é a pessoa mais importante para mim. –Os olhos dela brilharam mais uma vez. –Eu, realmente, amo você, não sei o que aconteceria comigo se um dia você ficasse decepcionada comigo. E eu só tô falando isso pra que você saiba que eu mato e morro por você e sem pensar duas vezes. –Ela sorriu abertamente, sentindo mais algumas lágrimas rolarem por seu rosto.
-Eu também amo você Harry, você é meu melhor amigo e também é a pessoa mais importante pra mim. –Confessou passando os braços ao redor dele, abraçando-o. –E eu também mato e morro por você. –Falou.
-Bem, isso pode até não ser tão impressionante quanto um Hermes Eterno, mas é de coração, e eu peço pra que você use, independente do lugar ou do que as pessoas digam, está bem? –Disse quando eles se separaram. Ele abriu a caixinha e ela deixou o queixo cair.
-Você não deveria ter gasto tanto dinheiro em um presente! –Ralhou e ele soltou uma gargalhada.
-Sabia que você ia dizer isso, mas admita: você amou, só não amou mais do que você ama quem deu o presente. –Alfinetou e ela balançou a cabeça, incrédula.
-Convencido.
-Realista. –Corrigiu e pegou delicadamente a mão direita dela, tirando o anel que a morena já usava e colocando o anel que estava na caixinha em seu dedo, guardando o que ela usava na caixinha. –Hermione Granger, você aceita ser minha melhor amiga para sempre? –Engrossou a voz e ela sorriu.
-Aceito. –Disse e os dois riram, Harry a puxou para um abraço, depositando um beijo em sua testa. Lá em baixo eles ouviram começar a contagem regressiva, então Hermione o puxou pela mão e saiu correndo com Harry em seu encalço.
***Filha dos Deuses***
Assim que a luz sumiu, Tom Riddle foi parando a cantiga aos poucos, assim que sua voz cessou ele abriu os olhos e os orbes vermelhos refletiram a luz de um raio, que caiu no centro do livro que estava a sua frente. O Lord das Trevas soltou um urro de ódio ao ver que havia falhado e que o livro tinha um enorme furo.
-Feliz ano novo, mestre. –Uma voz arrastada e irônica disse ao ver as horas.
***Filha dos Deuses***
Assim que os dois morenos colocaram os pés no jardim a contagem regressiva chegou a zero e Hermione sentiu algo como eletricidade perpassar pelo corpo, mas logo a sensação sumiu e ela se virou para Harry.
-Feliz Ano Novo, melhor amigo. –Disse rindo e se jogando sobre ele, que riu e a abraçou.
-Feliz Ano Novo, melhor amiga. –Respondeu e a viu se afastar apenas o suficiente para lhe dar um rápido e apertado selinho, logo saindo em busca dos outros amigos, deixando o garoto perplexo atrás de si.
-Faça suas promessas, Hermione. –Rebeca disse enquanto abraçava a garota, que sorriu e foi até a beira da piscina, pegando uma lanterna e fechando os olhos.
“Eu prometo fazer vocês sentirem orgulho de mim, prometo seguir seus conselhos, pai e mão, prometo acabar com isso, prometo me vingar.” Algumas lágrimas rolaram pela face da garota e ela se abaixou para colocar a lanterna na água. “Mas também prometo me divertir.”
***Filha dos Deuses***
N/A2: Oi galera! Eu sei, eu demorei, mas eu tenho motivos, um deles é que eu não consegui escrever muito do capítulo, mas também por um motivo muito especial:
HOJE A FILHA DOS DEUSES FAZ UM ANO QUE ESTÁ NO AR!
É gente, minha primeira fic que vingou, estou bem feliz! E se você se pergunta porque a fic tem tão poucos capítulos se ela já está um ano no ar eu respondo: a outra versão tava uma grande merde, é merde mesmo, estou escrevendo em francês. Por isso eu recomecei ela, e eu acho que ela está melhor...
N/A3: Eu quero saber o que vocês acharam do capítulo, ok? É importante para que a fic continue, deem suas opiniões, interajam comigo! Eu adoro, sério mesmo. Quero saber também o que vocês acharam da Rebeca? E da reaparição do Vítor Gostoso Krum? E do presente dele? E a Punkeeslaw Potter queria que a Mione aceitasse, então ela deve estar satisfeita agora. Da Irmandade Grifinória, para quem já lia a antiga FdD deve estar lembrado, eu resolvi manter, porque é algo que diverte a fic. Da “conversa” (que eu não escrevi, eu ia escrever, mas fiquei indecisa) entre Sirius, Lupin e os meninos? E dos looks, para quem não gosta, desculpe, mas acho que é uma maneira de vocês os imaginarem como eu imagino. E a declaração do LINDO-HARRY-MORENO-GOSTOSO-POTTER?! Eu quero ter um BFF daquele! Jesus, está aberta as inscrições, voltando ao assunto: gostaram? O anel é lindo né? Eu ia colocar outra coisa, mas fiquei indecisa, de novo... Mais alguma pergunta... AH! E o loiro?! Hum... Acho que ele vai demorar um pouquinho para aparecer, bem, aparecer não, mas para se revelar sim. E os personagens “misteriosos” que andam “interrompendo” a história? Quem será que são? Para quem já lia a versão anterior, tem uma pista. O que será que o ritual trará de alterações?! E o que eu será que faltou para o ritual das certo!? E pra quê esse maldito ritual serve?! Eu também não sei. Brincadeira gente! Eu sei! Que autora eu seria se não soubesse, não é? Haush, ok, piadas à parte... COMENTEM!
N/A4: E a Cho, hein? Ou melhor, caCHOrra... Eu não gosto dela, acho que deu para perceber, então vocês vão ter que esperar para ver. Só digo para as do time Matem a Cho treinarem a paciência, ok? Kkkk. É, eu vou fazer NÓS sofrermos. Porque eu odeio escrever H/C sério, não sai de jeito nenhum, eu até peço ajuda...
Respostas:
Melissa Hashimoto: Oi! Obrigada querida! EU ESTOU AQUI! Desculpe a demora, mas eu queria postar hoje, já que é aniversário da fic... Fico muito feliz que você goste da fic, gostou das cenas HH? Espero que sim! Comenta, ok? Beijos.
Lêh_Granger_Potter: Obrigada, capítulo postado, espero seu comentário, ok? Beijos!
rafinha granger-potter: Você não sabe o quanto eu gosto de ouvir isso, pessoas que não gostam do shipper, mas continuam lendo a fic porque gostam da história. Eu fiquei com um sorriso colgate tripla ação quando li seu comentário. Espero que eu continue agradando e espero que você continue comentando também, porque você vai gostar de saber quem é o loiro (nesse capítulo a maioria já descobre quem é, ¬¬’), enquanto aos deuses... Vamos ver, não é? Obrigada mais uma vez, querida! Beijos e comenta, ok?
MaryAlliceSinther: O Sirius é um cara que eu amo, sinceramente, sou apaixonada por ele e eu planejo dar sim um destaque para ele, e a maluquice da Tonks já começou; Enquanto ao Draco, eu “shippo” Dramione, quem sabe rola algo... Beijo e comenta!
PS: Concordo, Quadribol faz MUITO BEM!
Evandro Bernardi: Ev! OI! Tudo bem?! É eu sei, eu nasci com o gene do mal. Haush. Bem, quando eu for pra Curitiba, que fica mais perto de você, eu com certeza NÃO te aviso, porque você quer me dar um sacode, kkkkkk. O.O, A BELLA NÃO! Obrigada! Comenta logo, ok?! Beijão!
GinervaMWeasley: Oi, sim, só que alguns caps pra frente. Espero que você continue acompanhando, ok? Beijos e comenta.
Dryka Jane M. Potter: Oi Dry! Eu amo Percy Jackson, sempre gostei dos deuses, então espero que a mistura agrade. Enquanto ao nosso loiro preferido, eu também estou com saudades dele, mas logo ele dá as caras, melhor, ele dá os corpos, porque eu não consigo escrever uma fic sem Draco Malfoy. Então, aqui está o capítulo, espero seu comentário! Beijos!
Débora Granger Potter Malfoy: Nem sei por que eu ainda respondo seus comentários, você pergunta tudo por MSN, haush. Sei que a relação Sirius e Hermione é para ser se malícia, uhum, sei... AI ESTÁ! EM SUA HOMENAGEM EU IREI FAZER ESSA APROXIMAÇÃO, sem malícia. Já começou nesse capítulo... Então “tipo” eu logo coloco o Draco em cena, porque eu sei o quanto você o ama, haush. Beijos amiga! Comenta ou eu faço greve para SG!
Bruna.Jean.Granger.Hale.Cullen.Potter: Oi linda! Aí está o capítulo! Espero que tenha te agradado, espero seu comentário e vamos ver se você comenta primeiro, DE NOVO!
Aqui:
Os Hermes Eternos das meninas.
N/A5: O símbolo aparece nesses três diamantes que estão na vertical, no centro, ok?
N/A6: O anel que a Mione ganhou do Harry:
Lindo né?
N/A7: O capítulo tem 30 páginas, eu sei, eu exagerei, esse capítulo deu o número de páginas dos outros 5 capítulos juntos...
N/A8: Para quem quiser ver como eu imaginei a “prima” da Mione, a Rebeca, aí está:
N/A9: A piscina, na minha mente, é assim:
N/A10: COMENTEM! POR FAVOR, ok, vou parar com a educação, estou lançando uma nova campanha nas minhas fics:
COMENTA OU O PATINHO MORRE!
Haush, haush!
Bem, beijos!
<01/02/12>
PamyPotter
Comentários (11)
Uia...Já li O.o sim teno as respostas p/ todos os Porques da fic,agora se está correto é outra coisa!
2012-02-01