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Sirius riu com os votos de James, tão criativos, e gargalhou quando, na hora do beijo, a ruiva puxou James pela gravata e beijou-o tão profundamente que ele perdeu o ar. Sabia que aquela garota era boa coisa desde o começo.
-É, a coisa tá preta pros Marotos solteiros – Remus disse batendo nas costas de Sirius, vendo James e Lily acenarem sorridentes, entrando no carro que os levaria para onde seria a festa do casamento. Sirius então virou o olhar para onde Remus olhava, vendo Marlene conversar com uma loira animadamente.
-Eu vou lá, você vem? – Remus perguntou sorrindo maliciosamente. Sirius negou com a cabeça e viu o amigo ir falar com as duas, dando em cima da loira discretamente.
Dirigiu sua moto até o lugar da festa, ainda incerto sobre o que ia fazer. Mas, bem, já arranjara tudo. Agora tinha que fazer.
Viu todos os convidados chegando e se ajeitando nas mesas redondas, procurando-a. Logo que achou Marlene, sentada em uma mesa com Remus e a loira, Sirius pegou o microfone e subiu no palco.
-Boa tarde pessoal, grande tarde essa onde um Maroto-fundador foi encoleirado... – Os presentes riram e Sirius viu Lily beijar James no rosto, gargalhando. – Mas, bem, ele não foi o primeiro de nós a ser literalmente encoleirado...
Sirius desceu do palco e foi para a pista de dança, logo á frente, chutando algumas pedrinhas soltas ali.
-Eu conheci uma garota uns meses atrás. Tudo aconteceu em um grande mal entendido e, sem querer, eu enganei ela – Ele suspirou. Marlene engoliu em seco. Ele ia mesmo fazer aquilo?
- Não foi a minha intenção, mas eu não conseguia mais ficar longe dela. Não tinha como. Ela pra mim é... – Parou para pensar, sem encontrar as palavras certas – Tão necessária quanto o ar, tão linda quanto só ela pode ser, tão preciosa quanto a minha vida... – Sirius olhou diretamente para Marlene, que tinha algumas lágrimas nos olhos. E não deixava escorrer nenhuma.
-Eu faço qualquer coisa por ela. Qualquer coisa. E agora ela disse que não me quer mais... – Sirius foi se aproximando da mesa de Marlene, fazendo o coração dela pular. Não tirava os olhos dos dela. – Mas eu acho... que ela ainda me quer. E tem medo disso, tanto medo quanto eu tenho, de uma coisa tão grande. – Sirius estava a um passo dela agora. Marlene já não conseguia conter os leves soluços.
-Marlene McKinnon, eu conheço cada trejeito seu, cada mania, cada sorriso. – Se ajoelhou na frente dela –E eu amo você. Muito. Conheço o teu coração como mais ninguém conhece. – Ela já soluçava freneticamente, limpando as lágrimas com as mãos. Sirius segurou uma mão dela com a sua – E gostaria muito que você me deixasse tentar entrar nele, porque é o lugar que eu mais quero estar, agora e pra sempre.
Lily roubou o lenço do paletó de James, limpando as lágrimas. Todos olhavam para o casal.
Marlene levantou-se de sua cadeira e Sirius fez o mesmo, ficando de pé em frente a ela. Então ela virou as costas e saiu a passos rápidos dali, indo em direção à rua.
Estava indo embora.
-Vai atrás dela – A loira de mãos dadas com Remus lhe disse, sorrindo. Sirius assentiu e largou o microfone no chão, correndo pelo lugar onde Marlene desaparecera.
-Marlene! Marlene, espera! – Sirius chamou-a enquanto ela tentava chamar um táxi, sem sucesso. – Marlene, por favor, me diz alguma coisa...
-SEU IDIOTA! – Ela empurrou-o para trás e bateu em seu peito. – Imbecil, como pôde...? – Desatou a chorar novamente, perdendo a força nas pernas, fazendo-o ampará-la com os braços.
-Eu não podia sair da sua vida daquele jeito, Marlene. Eu tinha que tentar. – Disse segurando-a pelos braços, para ampará-la. Marlene suspirou.
-Você mentiu pra mim! – Disse trêmula, levantando o tom de voz a cada palavra.
-E que um raio caia sobre a minha cabeça se eu o fizer de novo. Eu te amo, Marlene – Sirius repetiu, olhando-a nos olhos. Marlene hesitou, secando as lágrimas e conseguindo parar de soluçar.
-Se você fizer isso de novo, Black, eu juro que te... – Os olhos dele brilharam e ele sorriu. Marlene não conseguiu terminar a frase. – Eu vou te fazer deitar e rolar, garoto, e ai de você se sair da linha uma vezinha sequer! – Sirius enlaçou-a pela cintura enquanto ela dizia isso, fazendo suas pernas ficarem bambas e sua voz tremer. Oh céus, devia estar com febre...
- O que você quiser – Os olhos de Sirius eram como ímãs, que a puxavam mais e mais para perto. Sirius beijou a bochecha dela, sua testa, e então desceu os lábios para o seu pescoço, fazendo-a arrepiar-se, abandonando-se em seus braços de olhos fechados.
-Você é bom nisso – Ela disse ofegante, abrindo os olhos e tentando voltar ao normal. Impossível, com ele tão perto assim.
-Eu sei – Sirius disse em uma espontaneidade tão pura que a fez rir. E enlaçar o pescoço dele com os braços.
-Eu tenho que mandar, é? – Perguntou falsamente irritada. Ele arqueou uma sobrancelha, sem saber do que ela falava. – Afe, você é mais competente como cão, viu? – Marlene subiu na ponta dos pés e uniu os lábios dos dois, beijando-o.
O mundo rodou mais rápido e desapareceu quando ela o sentiu corresponder, apertando sua cintura levemente, mostrando que nunca estariam perto o suficiente. E ela viu estrelas nos olhos do rapaz, quando o fôlego acabou e com ele, o beijo.
-Vamos volta pra festa? – Sirius sugeriu e ela assentiu com a cabeça, sorrindo. Passou uma mão possessivamente pela cintura dela, os dois sendo aplaudidos quando voltaram ao jardim onde a festa se passava. Sirius puxou-lhe a cadeira e sentou-se ao lado dela. E nunca mais saiu.
Afinal, a fidelidade é um traço canino forte, não? E ela vem com o amor.
Amor, ali, nunca iria faltar. Ele sabia que ela era a dona de seu coração.
E só Marlene entendia por que a ração de Fifi desaparecia misteriosamente de vez em quando.
FIM!
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