A Visitante.



- Cof, Cof – Tossi. –Rede de Flu idiota! Não vejo a hora de conseguir minha autorização para aparatar!


 Parei em frente à sala de estar, tudo estava tão silencioso, aquela decoração de castelo medieval, em tons fúnebre me davam ainda mais arrepios na espinha. Chamei pelos meus pais, mas ninguém respondera. - “Eles devem ter saído, mas para onde?” – Pensei.


 Foi quando ouvi um barulho de água. Andando devagar, passei pelos corredores, estava indo em direção ao quarto de meus pais, quando percebi que o barulho vinha do meu quarto.


 Entrei de mansinho, alguém estava tomando banho. Fui para mais perto da porta do banheiro, não podia ser meus pais, eles tinham seus próprios banheiros. - “Que audácia! Mas isso não vai ficar assim!” – pensei.


 Dei uns passos para trás, peguei minha varinha no bolso de trás da calça jeans e gritei:


- Bombarda! – nada aconteceu. Tentou outro feitiço. – Alorromora – Ainda nada.


 Foi então que uma voz saiu do banheiro.


- Não adianta Sr. Malfoy, coloquei um feitiço no banheiro, aqui não se podem usar magia, ou seja, o Sr. só poderá abrir a porta com a chave e como eu estou com ela... – Parou um instante para respirar, a voz era de uma garota, o que me surpreendeu, era uma voz doce e firme. – Receio que o Sr. Terá que esperar eu terminar o banho pacientemente. Mas não se preocupe eu só estou descansando um pouco, não estou planejando a minha fuga... Ainda! [N/B: ainda :x]


 “Fuga?! Passei uma semana longe de casa e volto descobrindo que meus pais têm uma prisioneira tomando banho no MEU banheiro!” – Não agüentei e bati com força na porta.


- Quem é você?!! E o que está fazendo no MEU banheiro??!! –priorizei a palavra “meu” ao gritar.


- Quem está ai? – Perguntou à garota, percebi que ela estava um pouco assustada pelo tom de voz.


- Quem “tá” aqui? Simplesmente DRACO MALFOY – gritei novamente – E se você não percebeu você está no meu banheiro! [N/B: que nervoso ¬¬]


 Draco percebeu que a garota havia levantado da banheira, pois ouviu o barulho da água indo para todos os lados.


- Sr. Draco?! – “Sr. Draco? Essa garota é louca.” – Me desculpe! Já estou saindo. – A garota parecia desesperada e pelos barulhos no banheiro, estava destruindo tudo.


- Xii!! –“O que foi agora?” Ele se perguntou – Sr. Draco o Sr. poderia pegar as minhas roupas que eu deixei na sua cama?


- Ah... Você é bem folgada hein?!


- Por favor! – Ela pediu docemente.


- Ah, ta legal! – Draco foi até sua cama, nela havia apenas um amontoado de tecidos, um brinco de corações e uma sapatilha preta. – é tudo isso que está na cama? – perguntou gritando.


-É – ela gritou lá de dentro. Ele juntou tudo e bateu na porta, agora mais calmo. Uma pequena fresta se abriu e saiu de lá uma mãozinha pequena, suas unhas estavam pintadas num vermelho sangue o que destacava ainda mais a palidez da sua pele e dava realce á pequenos arranhões por toda a sua mão.


- Ah, obrigada. Saio num instante. – Falou a garota e fechou a porta.


 Quinze minutos depois a garota saiu do banheiro devagar, Draco adormecerá numa poltrona de veludo vinho ao lado de sua cama.


 Ela foi até ele, o cobriu com uma manta que estava por perto e ia saindo devagarzinho. [N/B: óin *-*]


- Pode parar ai. Pensa que vai fugir. – A garota se virou, lentamente, com um sorriso no rosto.


- Me desculpe Sr. Draco. Fugir não era a minha intenção, é que o Sr. estava com uma carinha de cansado, só não quis acordá-lo – Draco se assustou com a simplicidade da menina, com certeza ela não tinha cara de prisioneira. Seus cabelos eram loiros, mas dava para ver uma pequena raiz ruiva, sua pele, assim como sua mão, era branca, pálida e cheia de pequenos cortes. Seus olhos tinham um tom único de verde e mel e suas bochechas rosadas pelo frio. Ele então reconheceu o amontoado de tecidos: ela o tinha transformado num lindo vestido preto, sem ombros, que descia justo, delineando todas as suas curvas, na parte de cima e com uma saia rendada, leve e solta indo um pouco abaixo da coxa, o que a deixava mais linda sem ser vulgar.


- E desculpe por usar o seu banheiro, mas a Sra. Malfoy, sua mãe, falou que era melhor eu usar o seu, pois o de visitas não tinha banheira. – Ela sorriu vergonhosa.


- Tu... Tudo bem – “Eu gaguejei? Meu Deus” [N/B: opksapoksapoksa]


- Se o Sr. me permite eu preciso ir.


- Pare com essa história de Sr! – Disse um pouco alterado, mas baixei a voz ao dizer: - Me faz sentir como se fosse um velho.


Ela riu, não pude não sorrir de volta, o riso dela era confortante, doce e encantador, eu poderia ouvi-la por horas... “QUE ISSO DRACO!? Você mal conhece essa garota e fica falando essas baboseiras românticas!” – Disse Draco para si mesmo enquanto balançava a cabeça para as palavras saírem da sua mente.


- Mas então como posso chamá-lo? – Ela perguntou ainda sorrindo. Como aquela garota era sorridente, ficava até irritante.


- Só Draco está bom.


- Tudo bem, só Draco – ela riu, ri com ela. [N/B: *tapa na testa*  e.e]


- Mas afinal quem é você? – lembrou-se então de perguntar.


- Ah, me desculpa pela grosseria, eu sou...


- Sally! – Um garoto entrou no quarto, ele devia ter uns dezesseis anos. Seus cabelos eram castanhos, num corte que lembrava o Potter, fechei o punho ao lembrar-me do Santo Potter, e seus olhos numa cor negra, feitos jabuticaba.


- David?! Já voltaram? – disse a, agora quase identificada, menina. – E Nancy, onde está?


- Ela está com a Sra. Malfoy. – O garoto olhou então para Draco. – Quem é você? O que está fazendo aqui sozinho com a minha irmã?


- David, não seja grosseiro, esse é o Draco, o filho dos Srs. Malfoy.


- Ué, mas ele não ia chegar só daqui dois dias? – Disse o garoto ao lado de Sally.


-É Draco. Você não ia chegar só daqui dois dias? – Agora era meu pai que falava.


-Pai, oi, é, mas o Hennry teve que ir visitar uns parentes chatos. – Hennry Crosst era um amigo meu desde criança, seus pais eram grandes amigos dos meus, desde a escola. Durante as férias eu sempre passava uma semana ou duas com ele.


- Vejo que já conheceu a Srta. Woody. – Disse se direcionando a garota.


- Woody? Ah... Ok. – ela se posicionou.


- Desculpa a pergunta, mas o que ela faz aqui?


- Ela... – Meu pai começara a falar quando foi interrompido por ela.


- Eu acabo de vir dos Estados Unidos, estudava na escola de bruxaria de Roosevelt. E acabamos de nos mudar. Como fomos transferidos para Hogwarts, o seu pai aceitou nos receber até as aulas começarem e acharmos uma residência fixa.


- OK, como tudo já foi explicado, Srta. Sally ele quer vê-la agora. – Disse Meu pai, ríspido.


- Já estou indo Sr. Malfoy.


- Acho que a Srta. Não entendeu direito – Disse ele, começando alterar a voz – Ele quer vê-la agora.


- Eu entendi muito bem Sr. Malfoy e como eu disse já estou indo.


- Eu disse agora! – gritou ele. – Sua insolente, trate de me obedecer você está sob meu comando esqueceu?


 Ela começou a rir.


- Não fale assim com a minha irmã! – gritou David para ele.


-Não fale você comigo garoto sujo. Eu só te aturo por ele, seu sujeitinho de sangue-ruim. “O que o menino é nascido trouxa e meu pai esta recebendo ele em casa? Quem de fato são eles?”


- Sr. Malfoy, receio o Sr. ter entendido mal, eu estou sob seus cuidados e não sob seus comandos. – disse ela. O sorriso que havia em seu rosto desaparecera para no lugar dar vida ao olhar serio e tenebroso. – O Sr. sabe muito bem com quem está falando, e eu não tenho pena do Sr. Assim como ele, o Sr. só propaga a destruição. E o Sr. sabe que para ele sua vida não faz diferença, então tome mais cuidados com as suas palavras, se dá valor a sua vida.


- Você é muito convencida sua garota, ele nunca faria mal a mim. Ele precisa de mim para cuidar de Draco, ele também tem planos para Draco, você não é especial.


 Ela começara a rir de novo.


- O Sr. realmente acha que me sinto especial? Eu daria a minha vida para não ser especial, mas não posso, pois outras vidas dependem da minha. Mas como o Sr. mesmo disse, ele tem planos para Draco. E eu sei e ele também que há treinadores muito melhores do que o Sr. Então eu digo ao Sr. para não se achar a ultima bolacha do pacote. E essa discussão termina aqui, mas uma ultima coisa, eu não desejo o mal ao Sr, Sr. Malfoy. Pois por mais que haja treinadores muito melhores para Draco, só o Sr. pode ocupar o lugar de alguém que ele realmente irá precisar. O lugar de um pai. [N/B: desculpa interromper agora mas... BEM FEITO SEU IDIOTA  :@.. pronto, parei.. boa leitura :D]


- Oi, eu estou aqui! – disse já confuso com aquela briga, com certeza o “ele” era Lord Voldemort, mas como uma garota com cara de anjo teria envolvimento com Lord Voldemort, e porque ela parecia ter tanto poder em suas mãos, para poder fazer e dizer o que bem entendesse. –Dá para alguém me explicar essa situação?


- Draco, receio não podermos lhe dizer nada ainda. Não é hora de tudo ser revelado. – Disse Sally – O seu pai que é meio arrogante, minha família só estará aqui por duas semanas e depois os Srs. – disse apontando para mim e para meu pai. – só precisaram me aturar e não mais a minha família. Eu só estou pedindo que o seu pai tenha pelo menos um pingo de respeito e gentileza durante essas duas semanas. E que ele não abuse da minha paciência, pois ela já está no limite.


- Hunf – meu pai virou-se bravo e sussurrou mais calmo ao sair – Não demore.


 Ela se virou para mim e sorriu.


- Draco poderia levar meu irmão para comer alguma coisa? – Acenei com a cabeça concordando – Obrigada!


- Sally, quero ir com você, não vou deixar ele te machucar novamente. – David dissera. Então era Lord Voldemort que a machucava assim.


 - Não David, é perigoso para você, dessa vez ele não vai me machucar, e eu preciso falar com ele sozinha. – virou-se para mim – Bom, foi um prazer Draco, é melhor eu indo, se não, as coisas não vão ficar nada bem.


 E saiu pela porta andando graciosamente, como se estivesse pisando nas nuvens.


- Ah... O Sr. vai ficar ai parado olhando a Sally ou vai me levar para comer - David perguntou, irritado.


- Nada... De... Sr... Por favor... Só me chame de Draco - Disse lentamente vendo desaparecer pela


Porta – vamos até a cozinha.


 


***


 “Ai como o Sr. Malfoy me irrita.” – pensei comigo mesma enquanto ia para a sala de estar. Aparatei em um instante, estava na mesma casa de dois dias atrás. As paredes escuras, junto com o assoalho negro deixavam o ambiente carregado de coisas negativas. Era o que ele mais gostava.


 Entrei pela porta e vi rabicho e mais um homem ao seu lado.


- Olá, minha querida. Como tem passado na casa dos Malfoy’s?– Disse Voldemort em um sussurro. [N/B: querida, eca :~]


- Olá, meu mestre. – disse fazendo uma pequena reverência – Ele é insuportável, arrogante, insolente e convencido, um legitimo filho de uma ***.


- Pelo jeito estão se dando muito bem – riu ele com dificuldade. – Bem, minha querida, a aulas logo irão começar, e você já sabe o que fazer. Esse é Joseph Crosst ele irá te ajudar se precisar. – Ele apontou para o outro homem que estava ali.


- Prazer – Que vontade que eu sentia de matar todos ali naquele instante.


- Sim, mas você não se atreveria não é, minha querida – Ele disse.


- É... – disse sorrindo – não me atreveria... Ainda... Lord Voldemort eu posso pedir


 uma coisa para o Sr.                                                                                  


- Fale Sally.


- Faltam duas semanas para o inicio das aulas e... – comecei um pouco envergonhada – E eu queria saber se eu poderia tirar quatro dias de férias.


- Férias?


- Isso, eu quero descansar de tanto ódio e destruição. – Disse um pouco chorosa – o Sr. sabe que eu não irei fugir do meu compromisso. Eu sumirei daqui três dias e irei para um lugar onde ninguém sabe, nem eu ainda, ai ficarei sozinha pensando e refletindo, e voltarei em quatro dias, para começar meu treinamento.


- Não Sei não. Como posso ter tanta certeza que não fugirá?


- O Sr. sabe mais do que ninguém que cumpro com as minhas promessas. E eu sei que vidas dependem de mim, e eu não vou abandonar nenhuma delas, como minha mãe fez.


- Por mais que a você não goste, é mais parecida com ela do pensa. – Disse ele, rindo sarcasticamente


- Peço que não me insulte. – Disse grosseiramente – Eu não abandonaria as pessoas que digo amar, por nenhum motivo.


- Ha ha ha ha – Ele riu gostosamente – Tudo bem, pode ir à suas férias.


- Obrigada e mais uma coisa, Nancy e David – disse séria – Eu não quero eu eles fiquem com os Malfoy’s, pelo menos não enquanto eu não estiver lá. O Sr. sabe muito bem que eles, como o Sr., não suportam nascidos trouxa, mesmo só a metade. Por isso peço-lhe que os deixe em algum outro lugar.


- Tudo bem – Disse ele com pouca vontade, mas consentido com os pedidos. - Terei que mandar algum comensal avisar Lucio.


- Ah, outro detalhe – disse com um sorrisinho maldoso na face – não avise os Malfoy’s, deixe Lucio se torturar um pouco achando que eu fugi e que o Sr. irá acabar com a raça dele por isso. [N/B: safadiiiinha]


- Pelo jeito eu lhe ensinei muito bem – Disse, rindo a vontade.


- É... o Sr. me ensinou muito bem, por isso deverá tomar cuidado comigo depois dessa guerra acabar e eu cumprir todos os meus deveres.


-Veremos Sally. – Disse com rispidez – Pode ir agora.


 Voltei para a casa dos Malfoy, todos estavam jantando.


- Olá – disse alegremente ao encontrá-los em volta da mesa de jantar. - boa noite a todos.


- Sally, como você está, ele te machucou? – Nancy veio até mim me abraçando forte.


- Não, dessa vez está tudo bem. – disse sorrindo.


- Srta. Sally, porque não se senta para jantar conosco, já estamos terminando, mas posso pedir para os elfos prepararem algo para a Srta. – Narcisa falou. Ela era uma mulher com uma beleza diferente de tudo que já vi, ela era gentil e graciosa, não sei como pode se envolver com um cara como Lucio.


- Não obrigada! – Disse dando um bocejo – Ahh! Eu estou muito cansada, foi uma noite longa. Eu só gostaria de dormir um pouco. A Sra. tem algum colchonete ou algo parecido para eu por na sala?


- Por quê?! – Lucio agora se pronunciou – Você irá dormir onde estava dormindo antes, no quarto de Draco.


 Percebi Draco se engasgando, acho que a noticia de que eu estava dormindo em seu quarto não lhe agradou muito.


- Mas Sr. o quarto é de Draco, e agora que ele voltou, provavelmente vai querer dormir em sua cama.


- Não se preocupe Draco dormirá no sofá, não é Draco? – ele perguntou para o filho que ainda estava pasmo. Ao ver a face de Draco, não pude deixar de rir.


- Ah, tudo bem. – Respondera Draco, meio desconcertado.


- Não, não quero pegar o lugar dele, e falo sério agora. – disse parando de rir – Eu dormirei na sala e não se fala mais nisso.


 Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, sai da sala indo ao quarto de Draco pegar as minhas coisas.


 Eram umas duas da manhã. Um raio iluminou toda a sala pela janela. Não estava conseguindo dormir. Aquela sala era apavorante. Desde que o Sr. Malfoy pegara o meu colar como desculpa de ser uma garantia para eu não fazer nenhuma bobagem eu não conseguia dormir. Era um colar da minha mãe. Uma pequena corrente com um coração de cristal que reluzia a qualquer foco de luz.


 Por mais que eu não gostasse assim de minha mãe, ele me trazia segurança e proteção. Agora sem ele, eu não conseguia dormir a três noites.


 Não dava, aquela sala era macabra, sentia falta do quarto de Draco, lá havia uma janela que tinha a vista de um morro com uma linda árvore. E certas noites iluminadas pelas estrelas podia se ver um casal de namorados felizes sob o luar. Com certeza essa noite eles não estariam mais ali, mas ainda era reconfortante ver a felicidade no meio de tanta tristeza.


 Fui pé ante pé, até o quatro de Draco, ele estava dormindo tranquilamente, que inveja!


 Fui até a janela devagar, quando ouvi.


- O que você está fazendo aqui? – Dei um pulo, me assustando, virei e Draco estava sentado na cama sonolento, seus cabelos loiros estavam desordenados em sua face e ele bocejava como uma criança sonolenta. [N/B: imagina a lindeza *-*]


- Que susto Sr Dra... opa desculpe. – Disse lembrando-me que ele pedira apenas para chamá-lo de Draco – Eu não quis acordá-lo Draco. É só que... Deixe. É melhor eu voltar para a sala. –Disse saindo devagar.


- Espere. – disse Draco – o que queria fazer aqui?


- É que não consigo dormir e antes de você chegar, eu ficava nessa janela. – disse indo em direção a janela. – olhando a paisagem. Você já viu o casal que fica debaixo da árvore do morro quando o céu está estrelado?


- Já, eles sempre vêm – Draco se surpreendeu sendo tão sincero – mas porque não consegue dormir?


- Você já sentiu medo Draco – ele apenas acenou com a cabeça em confirmação e abaixou os olhos, envergonhado – Não precisa sentir vergonha. – Disse olhando diretamente para ele, o que o hipnotizou, e ele não conseguia mais desviar o olhar – Eu sinto toda noite. Sempre que fecho os olhos me sinto desprotegida, frágil e fraca. Toda vez que quero dormir, algo vem a minha mente dizendo que se eu dormir eu morro, e eu não posso morrer. Não antes de acabar a minha missão. – Me virei para a janela novamente. - Antes eu tinha um colar, um presente da minha mãe quando eu nasci. Ele me trazia segurança, paz. Eu sentia que se eu o usasse nada nem ninguém poderia me atingir e eu dormia tranquila. Mas quando eu cheguei aqui, seu pai soube dessa minha fragilidade e tomou meu cordão, desde então eu não durmo. Fico aqui olhando o vento, as árvores e aquele casal, os invejando por poderem ser felizes e dormirem em paz.


Sally estava com lagrimas nos olhos, mas sem chorar, um raio brilhou na janela e Draco pode ver a face dela seria e serena, em quanto uma única lagrima teimava em escorrer pela sua face.


- Sally, pode ficar aqui se quiser, eu vou pra sala. – disse Draco.


- Não! Obrigada por me deixar aqui, mas, peço que fique comigo – disse ela com uma voz cansada de noites sem dormir – prometo deixá-lo dormir sossegado, eu só vou ficar aqui vendo a tempestade.


- Então eu vou olhar a chuva com você – Disse sorrindo. – posso? [N/B:  *-*]


 Ela deu um sorriso e afirmou com a cabeça. Draco puxara a poltrona vinho para perto dela e sentará. Os dois ficaram ali, só olhando a chuva por algum tempo.


 Logo, Draco pegará no sono, Sally pegou a manta que estava no braço da poltrona, o cobriu e voltou a olhar a chuva que estava indo embora.


- Parece que o céu esta ficando limpo mais uma vez! – disse sorrindo para si mesma. – às vezes é preciso a tempestade para só então poder ver como as estrelas brilham.

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