Capítulo 4
“Fiquei magoado,
não por me teres mentido,
mas por não poder
voltar a acreditar-te.”
– Friedrich Nietzsche
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Quarto Capítulo
Eu com certeza não estou pensando direito, mas quando eu penso nem tudo dá certo como eu quero. James estava lindo, só com cueca, sorri pervertida pensando nas loucuras que poderia fazer com ele. Sentei no barco do meu pai e comecei a ir para trás, sem perceber que não tinha mais onde sentar. Cai e comecei a rir, James veio ao meu encontro. Ele me enlaçou, levantando-me, a aproximação era mais perigosa do que aquela do carro, sorri e o virei. Eu sou desengonçada, vocês sabem disso, o James sabe disso, o mundo sabe disso, mas consigo ser sexy quando quero. Empurrei James na cama que tem no barco, embaixo, ele me olhava intrigado, abri lentamente o meu vestido, mordendo o meu lábio inferior. Não estava de sutian, o que era bem mais fácil, tirei meu vestido e sentei no colo dele e o beijei. O resto eu vou deixar pra imaginação de vocês.... Porque nem eu me lembro direito do que houve.
Acordei com os lençóis me cobrindo, minha cabeça doía, as tequilas não estão caindo bem agora, olhei para o lado da cama e não vi ninguém. Eu não estava tão sóbria como pensei que estava (deu para entender?). Lembro-me da Dorcas falando com o barman, flashes de eu tirando dinheiro no caixa e depois no barco... Ah meu Deus... James! Levantei num pulo e coloquei meu vestido, onde estavam meus sapatos? Que se dane, era só comprar outros. Sai do barco e a luz estava me matando, ouvi alguém batendo na janela e levei um susto.
- Oi filha! – gritou meu pai, eu tentei sorrir e entrei na casa correndo e fui para o meu quarto. James não estava lá. Larguei minha bolsa em cima da cama e sentei, respirando fundo. James entrou no quarto com uma bandeja e eu logo levantei, ele estava sorrindo.
- Eu não sabia o que você queria então eu trouxe café preto, umas torradas velhas e um Bloody Mary. – Ele é perfeito, eu não digo isso por dizer e nem por estar me apaixonando ou algo assim... Eu digo isso porque ele realmente é perfeito. Bom, é para isso que ele é pago.
- Muito gentil da sua parte. – Eu sorri e ele me deu um beijo na bochecha, bem perto dos lábios, não pude deixar de sorrir mais ainda. - James, eu preciso te perguntar algo... O que aconteceu ontem a noite especificamente? – James me olhou e não respondeu logo de cara, ele parecia um pouco... decepcionado? Não, não, impressão minha.
- Nada. – James me entregou o café preto e saiu do quarto levando a bandeja. Nada, nada havia acontecido, ok, nada aconteceu. Ok, ok e ok. Eu preciso de um banho, larguei o café de lado e fui para o banheiro, a água estava me relaxando. Ouvi James entrar no quarto, suspirei fundo. Pela primeira vez eu tinha esquecido completamente do Fred. Tudo bem, eu estou lembrando dele agora, mas não é nada de romântico. James do nada abriu a cortina do banheiro, só deu tempo de eu tapar meus seios.
- Isso é pela noite passada? – ele pediu segurando o dinheiro que eu havia retirado no caixa.
- Não, claro que não! – eu respondi, confesso que um pouco chocada. – Nada realmente aconteceu...
- Se eu fosse te cobrar, eu pelo menos teria a decência de te avisar... Eu te expliquei isso... – ele falou, irônico, na verdade ele estava bravo, mas tentando disfarçar.
- Eu acho que... não queria que você pensasse que eu esperava algo de graça... Na verdade eu não queria que você pensasse que eu esperava algo... E sim, é claro, eu esperava que algo acontecesse, senão eu não teria tirado o dinheiro. – Eu já falei pra vocês que falo demais quando fico nervosa? Pois é, eu falo demais quando fico nervosa.
- Só para você saber faltam trezentos dólares. – Ele disse e saiu do banheiro, realmente me irritando. Enrolei a toalha no corpo e sai do banho, abri a porta do banheiro. Eu deveria estar mais vermelha que um pimentão.
- Espera um pouco, você está me dizendo que se tivesse acontecido alguma coisa ontem a noite você eu iria te pagar mil e setecentos dólares? – Ok, eu estava muito brava, ele assentiu, demonstrando estar calmo. – Mas isso eu posso comprar milhares de sapatos, bolsas, roupas...
- Eu nunca te disse que era barato. – ele falou e saiu do quarto. Cabeção, que vontade de uhrrrg! Não consigo nem finalizar meu pensamento. Sequei-me e coloquei um vestido floral com tons de vermelho, hoje nós teríamos aquele ensaio de dança para o casamento. Como uma pessoa consegue me irritar tanto? Sequei meu cabelo e o deixei solto, desci as escadas e olhei para o sofá, ri ao ver Marlene e Sirius abraçados como dois pombinhos. Tenho que admitir que os dois juntos era simplesmente lindo. Entrei na cozinha e fui direto para o balcão, não sentei na mesa junto com meu pai e James, ainda estou muito irritada para encará-lo.
- Você é um marinheiro, filho? – Pediu meu pai, parando de fazer suas palavras cruzadas.
- Eu sou agora, senhor. – Respondeu James, todo galanteador com o seu jeito tosco de ser. Sim eu continuo irritada e meus pensamentos quando eu estou irritada são infantis.
- Pelo menos alguém está usando o barco de uma vez. – Meu pai falou e eu quase engasguei no café, pude ver que James tentou não ficar embaraçado. – Para deflorar... quatro letras... – James sorriu e foi ao meu encontro.
- Eu não acredito que você ficou bravo comigo por isso. – eu falei baixinho para meu pai não ouvir. – Esse é seu trabalho, quero dizer... eu que estou brava com você e trezentos dólares a mais?
- Claro, com preliminares incluídos. – ele sorriu tentando ser engraçado, pelo menos ele sussurrava comigo. – E acredite, se tivesse acontecido iria ser o máximo... para você.
- É, mas nada aconteceu, certo?
- Certo. Continue se iludindo com isso. – ele saiu e sentou-se de novo ao lado de meu pai, cheguei a perder a fome. Não falei com ele até chegarmos no estúdio onde iríamos dançar, estava apenas eu, James, Dorcas e Remus. Marlene e Sirius acordaram e foram correndo para o quarto, fazer... você sabe o quê. Nós estávamos em círculo e uma mulher um tanto excêntrica nos fez dar as mãos.
- A dança do casamento é o momento mais importante da festa e na vida dos noivos. Com os amigos, família, vendo e admirando se pedindo quanto tempo o casamento irá durar...Tudo o que vocês terão serão vocês mesmos e todas as habilidades que adquirirem hoje. – Ela começou a bater palmas e gritar. – Formem os casais! – Ela ficou o tempo todo com Remus e Dorcas, eles realmente precisavam de ajuda. Começou a tocar Michael Bublé, Sway James estava mantendo certa distância com o seu corpo de mim, irritei-me e colei nossos corpos e o encarei desafiadoramente.
- O que foi James, não sabe dançar? – Pedi sarcástica, estávamos fazendo os passos básicos, ele colocou o pé no meio dos meus me fazendo tropeçar e me segurou para não cair. Vocês não imaginam a minha raiva, com toda a força que tinha (não que fosse muita) pisei em cima do pé dele. Bem feito, ele se contorceu de dor, sorri satisfeita. Começamos devagar a dançar, eu sabia, pois havia feito aulas quando nova de tango e todas as danças de salão possíveis. E tenho que admitir ele conduzia muito bem. Eu o olhava séria, até que ele me fez girar e sorriu. Não consegui ficar muito tempo brava com ele, comecei a rir logo.
When marimba rhythms start to play dance with me, make me sway…
Tenho que admitir, eu queria beijá-lo e muito. Paramos de dançar quando a música acabou. Sorri ao ver Remus todo atrapalhado com a Dorcas, os dois eram muito fofos. Peguei a mão de James e sai da sala, deixando os dois sozinhos com a professora. James pegou minha bolsa e me entregou, sentei nas escadas na frente da escola de dança.
- Quando eu te disse que nunca fiz casamentos antes, não foi porque nunca me pediram. – James falou, enquanto eu tirava uma garrafa de água da bolsa. – Eu só nunca disse sim.
- Porque você falou sim para mim? – Eu pedi, bebendo a água e ofereci para ele.
- Tinha alguma coisa na sua voz aquele dia... – eu sorri e coloquei meu cabelo atrás da orelha.
- Desespero? – Com certeza era desespero, eu estava desesperada.
- Não, esperança. – Eu fiquei de boca aberta literalmente, antes que eu pudesse falar alguma coisa, Remus e Dorcas passaram no nosso meio, rindo e pulando.
- Amanhã eu vou me casar! – gritou o Remus, rindo e girando a Dorcas no ar. Não pude deixar de rir da cena. – Vamos pombinhos!
Ele gritou para mim e James, nós pegamos o nosso carro e fomos para casa. Nós iríamos para a casa de campo do Remus, lá perto tinha uma igreja linda onde ia acontecer o casamento. Ficava a uns quinze minutos da nossa casa. Fechei as minhas malas e James me ajudou a levar para o carro. Não falamos nada durante o caminho, liguei o rádio e fiquei vendo a paisagem. James seguia o meu pai de carro. Quando chegamos apreciei a linda casa de campo do Remus, minha irmã tinha sorte, ele era lindo, simpático e rico. Marlene e Sirius vinham no carro logo atrás de nós junto com o Fred. Ultimamente eu felizmente não estava mais pensando nele e nem sequer estava me importando se ele estava com ciúmes ou não.
Narrado por James Potter
- Sirius, me diz que você é rico também. – Marlene falou brincando, saindo do carro. Tive que rir do comentário dela. A casa de campo do Remus estava mais para uma mansão. Dei um abraço por trás de Lily quando vi Fred sair do carro. A ruiva por outro lado me deu um beijo na bochecha. Tinha alguma coisa nela que me deixava um tanto abobado. Eu acho que estou gostando dela e isso não é nada profissional.
- Sou rico, lindo e gostoso. – Sirius respondeu, fazendo todos rirem. Marlene o beijou rapidamente e foi abrir o porta malas, fiz o mesmo para pegar as malas de Lily. Ela pegou a minha mala que era leve e peguei as duas pesadas dela. Remus começou a nos guiar pela casa, era uma mansão para falar a verdade. Ele nos guiou até o meu quarto e da Lily. Era enorme, com um ar de... campo? Que coisa mais idiota de se dizer.
- Uau... a cama é enorme! – Lily falou sorrindo, largando a minha mala no chão e pulando deitada na cama. Eu sorri e fiz o mesmo, mas não pulei, apenas deitei do lado dela. – Sabe o que me irrita? Eu fiquei o fim de semana todo falando sobre a minha vida e não sei nada sobre a sua.
- Eu sou alérgico a amaciante e me formei em Literatura e odeio azeitonas. – eu falei, olhando para o teto, coloquei minha mão em cima da de Lily. – E eu estou gostando de passar tempo contigo.
Ficamos por uma meia hora, deitados na cama, sem falar nada. Lily estava pensativa, assim como eu. Já era quase meio dia e iria ter um almoço ao ar livre. Parece que Remus iria cuidar da carne. Descemos, Lily trocou de roupa e colocou um vestido branco curto, tive que me controlar para não beijá-la. Essa mulher estava me deixando louco. Nada profissional James, nada profissional.
- Lily! – gritou Marlene assim que a viu. – Vamos jogar pôquer!
- Se for strip pôquer eu estou dentro! – falou Fred, brincando. Marlene o fuzilou com o olhar.
- Ninguém te convidou. – ela falou e virou-se para Lily. A morena realmente não gostava de Fred, eu tive que segurar o riso. Fred deixou a sala, ele não se importava pelo jeito com o ódio da Marlene. – Sem bem que strip pôquer era uma boa ideia.
- Marlene! – Lily riu da amiga. – James, você joga?
- Claro! – eu falei sorrindo, Lene me fez carregar uma mesa redonda para fora enquanto ela levava a maleta com as fichas. Sirius iria jogar também. Eu era muito bom em pôquer, tenho que confessar que sei blefar muito bem, mas percebi logo na primeira jogada que Lily também era. Sirius não jogava nada mal, mas passava a maior parte do tempo olhando para Marlene e se desconcentrava.
- Eu poderia pagar... – começou a falar Marlene. – Mas se eu pagar irei perder, porque a minha mão é uma merda.
- Eu também estou fora. – Sirius sorriu, encarei Lily enquanto Marlene falava como se eu não tivesse ali com ela.
- Ele deve ter algum defeito, aposto que ele deve ser ruim de cama... – Lily riu com o comentário de Lene, eu fiz uma cara de ofendido. -... Puta merda, não me diga que ele é bom nisso também....
- Eu estou bem aqui. – eu falei, rindo.
- Vamos ver as cartas, você primeiro James. – Lily falou, sorrindo como se fosse vitoriosa.
- Eu tenho uma trinca de valetes. – falei jogando as cartas na mesa, Lily levantou e começou a fazer uma dancinha antes de falar.
- Veja aqui... um full house! – ela riu pegando todas as fichas da mesa.
- Alguém viu a minha futura esposa? Ela vai me matar se eu não a servir antes. – Remus falou aparecendo com uma toca de cozinheiro e segurando a carne, impedindo que Marlene a pegasse.
- Vocês por acaso já tiveram uma briga de verdade? – Lily pediu olhando Remus.
- Sim, é claro... – Remus respondeu, vi Sirius rir, pelo jeito nunca brigaram. – Pelo o que parece, sexo depois de uma briga é o melhor. Não que eu saiba isso.
- Eu quero carne. – Marlene levantou e junto com Lily começou a correr atrás de Remus, eu e Sirius ficamos rindo.
- James, você pode ir até o anexo e chamar a minha filha? – pediu Anthony, eu sorri e assenti. O anexo era uma casinha que ficava longe da casa principal. Eu nunca tinha ido lá pra saber como era. Não era muito longe de onde estávamos. Olhei para trás e vi Lily e Marlene ainda correndo atrás de Remus. Abri a porta do anexo e vi Fred segurando a mão da Dorcas, me aproximei devagar, com as mãos nos bolsos.
- Porque você está falando isso agora? Eu amo o Remus, o que você quer de mim? – Dorcas falou, os dois não perceberam a minha presença.
- Eu quero... – começou Fred a falar, mas antes pigarreei e os dois me olharam assustados. – Eu quero saber que camisa eu uso hoje? Azul ou preta?
Fred não me olhou e saiu do anexo praticamente correndo. Onde tem fumaça, tem fogo e não, não era nenhum show de reggae. Que piada podre essa, merda.
- Desculpe interromper... – eu falei, olhando para Dorcas. – Seu pai me mandou.
- Para o que? – ela pediu, tentando se recompor.
- Saber se você estava bem. – eu disse indo para a sacada do anexo, sim, tinha uma saca e dava de cara com um lindo lago.
- Você acredita que os lugares têm memórias? – Dorcas pediu, pegando uma almofada do sofá e sentando. – Eu e Remus sempre vínhamos aqui quando estávamos namorando nos finais de semanas. Bem, eu espero que não se lembre de tudo.
Eu sentei na frente dela e ela começou a falar e eu apenas escutei. A confusão era pior do que eu pensava.
Narrado por Lily Evans
- Lily, eu posso falar com você? – Fred se aproximou de mim, enquanto eu estava falando com Marlene.
- Claro que sim, você passou sete anos roubando a vida dela e agora quer um minuto, que diferença faz, vá em frente. – Marlene falou, seca. Ela realmente odiava o Fred. Eu não sabia o que fazer, assenti com a cabeça e antes de sair falei.
- Da próxima vez Lene, menos com as palavras. – murmurei para ela, que riu.
- Às vezes as pessoas fazem algo que não querem fazer, mas acabam fazendo do mesmo jeito e esse algo acaba se tornando enorme... e... – Fred começou a falar, ele parecia nervoso, eu tomei um gole do meu whisky e pedi suspirando.
- O que diabos você quer dizer, Fred? – eu pedi e ele pareceu aliviado por ir direto ao ponto.
- Desculpe, eu preciso te dizer algo e... – Eu olhei para trás de Fred e vi James voltar do anexo, ele não parecia tão bem. – Você nem está me ouvindo.
- Desculpe, eu volto daqui a pouco. – eu falei para o Fred e fui ao encontro de James. Ele parou de caminhar e passou a mão em seu cabelo, seu olhar estava... diferente. – James, você está bem?
- Sim... Sim... – ele falou e tentou sorrir, pegou em minha mão e a beijou. Não entendi muito bem. Dorcas finalmente apareceu e nós sentamos para almoçar. A tarde foi tranquila, ficamos em uma roda conversando ao ar livre. Eu não estava prestando atenção na conversa, minha mãe falava sem parar. Eu ficava olhando o céu e o admirando. Infelizmente tinha algumas nuvens e parecia que iria chover de noite, mas eu estava torcendo para que não chovesse no casamento da Dorcas. Eu abracei James e repousei minha cabeça em seu ombro. Ele começou a fazer carinho no meu cabelo e quase adormeci ali. A tarde passou rápida, eu estava agora em meu quarto, escolhendo um vestido para usar na janta de ensaio. Optei por um preto, que deixava as costas nuas, ele era lindo. Prendi meus cabelos para realçar bem as costas nuas e James já estava pronto, com sua camisa social azul, um tanto despojado.
- Gostou? – eu pedi, mostrando o vestido para ele. James sorriu e assentiu. Provavelmente ele falava sempre sim porque era pago, vai saber. Nós descemos e eu sentei em meu lugar, James ia fazer o mesmo, mas meu pai o abordou antes. Fred ficou na minha frente e não parava de me encarar. Eu não tinha voltado para ter aquela conversa. E se ele falasse algo do estilo que quer voltar comigo? Sinceramente? Nem se me pagassem eu voltaria com ele. Sim, que ironia, eu estou pagando um cara pra ficar comigo e enganar todo mundo e estou falando isso.
Narrado por James Potter
- Gostou? – Lily me pediu, mostrando o seu vestido. Eu não pude deixar de sorrir, como sempre ela estava impecável, irresistível. Assenti ainda sorrindo. Incrível como essa mulher me fazia sorrir de verdade. Confesso que nos outros empregos eu forçava um sorriso, ou uma risada. Tudo para agradá-las, mas Lily, Lily não, com a Lily eu sentia realmente a vontade de agradá-la. Descemos as escadas e fomos para a varanda, estava tudo iluminado, com os pratos, garfos e copos colocados impecavelmente em seus lugares. Lily sentou-se, eu ia fazer o mesmo, mas Anthony tocou em meu braço e pediu para eu o acompanhar. Deixei Lily com Fred em sua frente e sua mãe ao lado, esperando para que Marlene aparecesse logo. Olhei receoso para ela antes de entrar na casa, Anthony começou a preparar um whisky, sorri aceitando.
- Eu me lembro do dia em que conheci Lily. – ele começou a falar, sentando-se em sua poltrona com seu whisky. – Foi em Londres, estava com Marie há uns meses, ela não achava que estava pronta para apresentar sua filha, apesar de ter conhecido a minha. – ele sorriu e me ofereceu azeitonas. Droga, odeio azeitonas, o gosto delas simplesmente... são... abomináveis. Prefiro até fígado, ok nem tanto. Sorri tentando mostrar bom grado e larguei meu whisky e segurei a azeitona. – Então, um dia, depois de muito convencer Marie, ela resolveu me apresentar Lily. Lembro até hoje da criaturinha entrando correndo na sala de estar. E foi assim, nesse dia eu me tornei pai de Lily também.
Ele sorriu, lembrando. Senti compaixão por aquele homem, parece, as vezes, que ele ama mais a Lily do que sua própria filha, mas nunca admitiria isso. Peguei meu whisky da mesa e coloquei a azeitona em um canto, atrás do vaso que decorava discretamente, espero que ele não tenha percebido.
- Parece que fica mais fácil quando elas começam a crescer. – Anthony parou de encarar seu copo de whisky e resolveu me encarar. – Mas sabe, o problema são as pessoas ao redor delas, mas por enquanto não vejo isso como um problema, espero.
Então ele fez algo que eu esperava que ele não fizesse, ofereceu-me azeitonas de novo. Tentei dar um sorriso simpático e aceitei, pegando a azeitona. Droga.
- Isso pode não parecer fazer muito sentido para você, senhor. – comecei a falar. Parei um pouco e encarei a azeitona e depois voltei a olhá-lo. – Mas... eu gostaria de ter a permissão para namorar sua filha.
- Eu pensei que você já estava a namorando. – ele falou sorrindo e então me obriguei a comer aquela azeitona. Tomei o restante do whisky, esperando que aquele gosto saísse de minha boca, felizmente deu certo. Apertei a mão de Anthony quando nos levantamos e fui em direção a varanda. Lily sorriu aliviada ao me ver, Marlene já estava ao seu lado tagarelando, junto com Sirius. Dorcas e Remus já estavam na mesa também, cochichando no ouvido um do outro. Como o amor é lindo... O quê? Que diabos eu acabei de pensar? Poderia ser mais gay? Sorri, balançando a cabeça e expulsei Marlene do meu lugar.
Narrado por Lily Evans
- Calma aí, caubói! – Marlene disse, rindo quando James solicitou o lugar dele. Estava muito aliviada por ele chegar logo, Fred não parava de me encarar e minha mãe, nossa... Essa mulher é insuportável, espero não ser como ela mais velha. James estava com um sorriso estampado no rosto, diferente do normal. Aproximei-me de seu ouvido e sussurrei.
- Porque está sorrindo? – pedi curiosa, pude sentir ele se arrepiar com meu sussurro e nesse momento, senti um certo poder sobre ele. Ele sorriu torto e se aproximou de meu ouvido, agora.
- Já disse que você está linda? – James sussurrou rouco, foi minha vez de me arrepiar ao sentir ele mordiscar o lóbulo de minha orelha. Fiquei vermelha instantaneamente e coloquei minha mão em sua perna. James sorriu mais ainda e pousou sua mão sobre a minha, fazendo carinho, amava quando ele fazia isso.
- Eu culpo Adam O Mijão... – começou minha mãe a falar rindo, enquanto todos na mesa se serviam de mais vinho. Não podia acreditar que ela iria começar com esse assunto, de novo!
- Não, não, não! – eu falei a olhando, Dorcas começou a rir e Marlene espalhafatosa, bateu na mesa, rindo.
- Continua, continua! – Marlene falou e minha mãe riu mais ainda. O vinho realmente pega mais fácil nas pessoas, eu estava tentando me controlar, seria horrível ir ao casamento de ressaca.
- É sério, eu tenho que contar. Culpo o Adam Mijão por minhas filhas não se darem bem! – ela continuou, todo mundo ficou quieto, olhei Dorcas e logo baixei o olhar para o lado de James. – Não neguem, é verdade. Vocês quase não se suportam!
- É verdade. – Marlene começou a falar. – A única coisa que vocês tem em comum é que me amam.
- Logo que nos mudamos para cá, as garotas eram tão amigas! – minha mãe falou, lamentando-se. Eu não podia fazer nada em relação a isso, irmãs se separam em certo ponto da vida, ainda mais quando se tem Dorcas Meadowes como irmã.
- Aparentemente eu e Lily fazíamos tudo juntas! – Dorcas falou, olhando-me com compaixão, sorri amigável e resolvi beber vinho e que se ferre a ressaca.
- Se Lily passava mal, Dorcas vomitava por ela. – Minha mãe falou rindo. Lembranças dessa época eram boas. Foi logo no primeiro ano que Anthony e Dorcas vieram morar conosco.
- Se a Dorcas vomitava, Lily comia de novo. – Marlene falou e todos riram. Não pude deixar de sentir nojo, mas ri do comentário.
- Então nós vomitavámos e comíamos juntas... – eu falei, no jeito mais dócil possível, coloquei minha mão no cabelo de James e comecei a fazer carinho. Discretamente, é claro. – Até o Adam entrar em nossas vidas, ele foi o meu primeiro namorado.
- Então, Adam começou a ignorar Lily, porque queria brincar comigo. – Dorcas falou em um jeito pomposo e eu pude ver Fred lançando-me um olhar penetrante a cada segundo. Será que ele não ia parar com isso? – De qualquer forma, a moral da história é que Adam levou uma cadeirada no rosto.
- Era de plástico, vamos esclarecer isso antes que todos se assustem. – minha mãe falou, soltando uma risadinha. – Ele levou alguns pontos, mas, ficou bem.
- Ele levou quinze pontos, por amor! – Marlene disse e eu ri, James olhou confuso para Marlene e minha mãe.
- E foi aí que ele se mijou nas calças? – ele pediu e eu parei para pensar.
- Não... não que eu me lembre. – respondi.
- Então... porque o apelido de Adam O Mijão? – Sirius pediu, acompanhando a mesma linha de raciocínio de James. Minha mãe coçou a cabeça e começou a pensar. Todos ficaram quietos se olhando por um segundo, até mamãe se pronunciar.
- Eu não faço a mínima ideia! – minha mãe falou rindo e todos rimos. Marlene pegou seu cigarro e o acendeu, não tínhamos problemas em fumar na mesa. Apesar de eu não gostar muito do cheiro, tive uma época de fumar direto e consegui pegar nojo de cigarro. Olhei para as garrafas e vinho e levantei-me.
- Irei na adega, pegar mais vinhos. – Comuniquei dando um beijo na bochecha de James antes de sair. Desci as escadas da adega e respirei fundo. Aquele era meu lugar preferido da casa de Remus. Não que eu seja bêbada, mas, eu adorava aquele cheiro, parecia de antiquidade, misturada com os vinhos. Era um espaço grande, as paredes lotadas de vinhos antigos, de boas safras. A família de Remus era viciada em vinhos e eu por ser uma agente qualificada, sei analisar os bons vinhos.
- Lily... – senti uma presença atrás de mim, virei-me e dei de cara com Fred. Droga, ele me seguiu e queria continuar com aquele assunto. O olhei, esperando que ele falasse logo e rapidamente voltei minha atenção aos vinhos, indo para o lado e finalmente achei o que queria, comecei a retirá-lo e Fred parou do meu lado. - ... Eu não sabia que iria ser tão difícil te falar isso. Eu sinto que te devo uma explicação.
- Calma, calma Fred, relaxa. – eu falei, tentando acalmá-lo. Queria poupá-lo de começar toda aquela baboseira de como ele está arrependido, e blábláblá. Procurei escolher bem as minhas palavras antes de continuar. – Está tudo bem, eu prometo. E eu devo admitir que trouxe o James para te torturar, lentamente durante esse fim de semana, mas... Quer saber de uma coisa?
- O quê? – ele pediu, passando a mão em seu cabelo, nervoso. E eu comecei a sorrir aliviada ao pensar no que falar.
- Não sei, algo aconteceu e eu comecei a pensar... Eu simplesmente estou cansada de você e eu. Da nossa história, não agüento mais. – falei, aliviada. – Então, vamos lá em cima, beber vinho e deixar isso de lado. – Eu finalizei e peguei os vinhos e fui saindo da adega, sorrindo, aliviada por finalmente ter falado isso.
- Eu dormi com a sua irmã. – Fred finalmente falou e eu parei abruptamente e virei para encará-lo, sem acreditar no que ouvi.
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Nota da Autora:
Oi gente! E aí, gostaram? Reta final da fic :s Eu ainda não sei ao certo quantos capítulos mais eu irei fazer, se vai ser seis com o epílogo, ou sete com o epílogo hehe Sim eu ainda não escrevi, mas já estou providenciando! Era pra eu postar ainda ontem, mas acabou dando erro em tudo, desisti e fui dormir. Sim, sábado a noite e eu no computador, fazer o que, vida de antisocial preguiçosa é assim HAHAH.
Queria agradecer MUITO aos comentários, amei cada um e sim eu irei responder!
Hilary Juno Lestrange:
Hil! Sim, quem não queria um James, hot, só de cueca na cama, né? E ainda mais quando se pode pagar HAHA Concordo totalmente sobre ser crime deixar as pessoas curiosas, mas eu não me seguro :ss Gosto de viver perigosamente (fail) HAHAH Espero que tenha gostado desse capítulo! Ah e eu respondi aquilo que tu me perguntou em Adrenalina na Stupid Girls, ok? Vê lá! Bejokkks
Fê Black Potter:
Ohhn, sem problemas! Aqui tá o quatro, desculpa a demora, prometo não demorar tanto assim no cinco! Se bem que tá dando peninha acabar a fic :sss
Carolzinha Gregol:
HAHAHA, será que o Remus e o Sirius não vão se lembrar? Ainda tem tempo, o mistério continua HAHA ohhhn obrigada querida! que bom que tu gostou, adoro teus comentários haha bejookkks
Gaby Black:
Deu pra perceber que eu amo esse filme né? HAHAH Mas eu vou mudar algumas coisinhas no final, mínimas, mas fofas HAHA E nossa, to LOUCA pra ler o que tu vai escrever, eu AMO demais as tuas fics HAHA Bejokkks :*
MMck:
HAHAHAH, ri muito com o teu comentário! Mas vai dizer, faz a loucura da nação quando alguém grita tequila! Eu pelo menos faço alok! HAHAHAHA Sim, o Sr. José Curvo é meu melhor amigo em vááárias ocasiões HAHAHAH Sim, o Remus é supeeer fofo, mas por enquanto HOHOHO (mistério on again). Sim, James super foda com as frases de livros de auto ajuda HAHAHAH Sim, a Lily apesar de ser rica, bonita ela é tri insegura, ainda mais passando sete anos com o cara e ele do nada (como disse o James, nada acontece do nada HAHA) resolve acabar. Mas agora ela tá virando poderosa, ela teem um poder de sedução, um poder sobre o James HEHEHE Adoroo. CALMA, NÃO PRECISA QUERER SOCAR A LILY! ELA SE APROVEITOU DO JAMES E AINDA FOI DE GRAAAÇA! E sim, ela fingi que não lembra pra ser mais fácil o convívio, mas nada como refrescar a memória HOHO. E a Lene e o Sirius, eu ainda vou aprontar pra eles HAHAH Sério, os dois são lindos juntos, ricos juntos, selvagens juntos, é tudo de bom HAHAHAHAH. Ah MMck, eu AMOOO os teus comentários, assim, DEMAIS, não só os comentários, consciência HAHAH bejoookkks querii *-*
Nina H. :
Siim, a Dorcas tá se mostrando caada vez mais safadinha, mas traíra, depois desse capítulo! HAHA Mas, vai dar tuudo certo. (ou não). EU AMO DEMAIIIS AS TUAS FICS. Sério, DLS é liiinda demais, amei, amei, amei. Eu queria escrever algo medieval, seilá, mas não consigo, sou impossibilitada disso HAHA bejokkks
Louyse Malfoy:
Ohhn! Obrigada queri! Sim, espero que tu tenha gostado desse capítulo, muuuita coisa vai rolar ainda HAHA :& bejookks
Poly_Malfoy:
Obrii! Fico feliz *-* Ai está, espero que goste!! bejokkks
BOM GENTIII, é isso aí, espero que vocês aproveitem a fic, o capítulo, enquanto eu vou escrevendo o resto HAHA Sábado ou domingo que vem eu posto o cinco sem falta, se eu conseguir postar antes melhor ainda!! Mas, se quiserem ir comentando até lá, eu irei amar! HAHA
Ah e deem uma passadinha na minha fic nova, stupid girls. Vale a pena, eu acho HEHEH
Bejokkks, dominique.
Comentários (1)
O.O Que vaco... Que vaca... Que filhos da mãe. Nem acredito nisso. E como parar numa parte dessa ? Acho que é pra me deixar maluca, só pode kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk serio.... Bem quero ver o que a Lily vai dizer depois de uma dessa O.oBjoos!
2013-02-11