O sentimento de Luna
O garoto estava com a varinha acesa, com o livro de alunos da escola nas mãos.
Ele procurava apenas um rosto.
Uma face clara e com os olhos profundos e claros.
Uma coruja bicou a janela do dormitório masculino da Lufa-Lufa.
Cedrico se levantou silenciosamente.
Ele abriu a janela, e a coruja carregava consigo um pergaminho dobrado ao meio.
Ele leu os dizeres: Para o meu querido Cedrico.
De primeira, passou em sua mente, Cho Chang.
Mas não era, aquela não era a caligrafia da garota e ela nunca o chamou assim.
Nas mãos de Cedrico, estavam o pergaminho.
Ele o abriu.
Pegou o ovo que estava a baixo de sua cama.
Correu para o Salão Comunal.
Aquela não era a noite de patrulha dele.
Ao sair do salão, não demorou muito para a monitora da Sonserina, Pansy Parkinson o encontrar.
– Perdido Diggory?
– Não, apenas tenho que ir ao banheiro.
– E o que esconde a baixo dessa toalha?
– São algumas roupas. – mentiu.
– E o que quer com roupas no banheiro?
– Se trocar! – ele disse.
– Rápido. Hoje estou de bom humor.
O garoto contemplou que a garota estava de bom humor e se apressou.
Ele encostou a porta e sussurrou junto a varinha:
– Colloportus – ele sussurrou.
Abriu todas as torneiras da banheira.
– Quem está aqui? – perguntou Murta.
– É o aluno do sétimo ano, Cedrico Diggory.
– O que faz aqui essa hora?
Disse a pequena e doce Murta.
Ela passava as mãos em seus olhos, sentada no ar.
– Preciso ver se uma coisa é verdade.
Ele tirou a camisa, e a calça.
Os sapatos e meia.
Ficou apenas com uma cueca box.
Ele entrou na banheira.
Pegou o ovo.
Murta o observou quieta, por incrível que pareça.
O garoto tentou abrir o ovo inúmeras vezes, e sempre o barulho agudo tomou conta de seus tímpanos.
Ele não tentaria mais uma vez.
Ele mergulhou, e levou o ovo consigo.
Ele escutou claramente o que o ovo lhe disse, e sorriu ao sair de baixo da água.
No dia seguinte, Cedrico estava sorridente.
Luna caminhava pela plataforma que tinha na escola.
Logo a sua frente vinha Cedrico e Cho. Os dois conversavam, e pareciam se entender bem.
Luna passou por eles disfarçando.
Eles nem a viram.
Luna parou e ficou observando a ida dos dois.
Harry também vinha na direção de Luna, oposta a Cedrico e Chang.
– Harry – disse Cedrico. – Vá sem mim Cho – disse ele, e a garota ficou com vergonha de beijá-lo na frente do garoto que ela tinha um lance.
– O que houve? – ele perguntou.
– Você me ajudou com a primeira prova, quero lhe ajudar com a segunda...
E a conversa se sucedeu.
Luna observou em silencio, encostada na parede.
Harry veio em sua direção e elas observou Cedrico ir na oposta.
Ele se virou.
– Harry, eu esq... – ele parou de falar ao ver os olhos apreensivos da garota.
Aqueles olhos eram muito mais que um motivo para ele sorrir.
Ele sabia que ela nunca poderia esconder nada dele.
Uma mágoa ou um choro.
Ele sentia e via os sentimentos dela através dos olhos dela.
– O que houve?
– Nada.
Luna sorriu.
Harry passou por ela.
E Luna foi ao encontro do amigo.
– Você tava ali o tempo todo?
– Sim. Aliás, meus parabéns, você conseguiu parte da segunda prova hem.
– Ah, obrigada. É amanhã, você vai estar lá?
– Claro – ela sorriu para ele.
– Espero encontrar seus olhos lá! – ele disse.
– Ira encontrar!
Ela saiu na direção que estava indo antes.
E ele seguiu ao encontro de Chang.
No outro dia, a prova era pela manhã novamente.
Luna acordou mais cedo do que esperou.
Se arrumou e foi para a frente do Salão Comunal da Grifinória.
– O que faz aqui? – perguntou Gina, sonolenta.
– Quero lhe ajudar a levar os cartazes para o lago.
A amiga sorriu para ela.
– Vou pegar.
As duas estavam organizando a torcida.
Aquele dia era um dia nublado.
– Você viu Hermione? – perguntou Gina.
– Não viu não. – respondeu Luna.
Ela sabia aonde a amiga estava, ela estava debaixo da água, “afogada”.
Ao chegar no lugar da competição, Cedrico logo procurou Luna.
Que assoviou.
Ele a procurou na torcida de Harry.
Os dois sorriram.
A prova começou.
– Luna, ele vai agüentar lá em baixo? – perguntou Gina.
– Vai sim, o Neville deu uma alga para ele.
– Como você sabe?
– Eu vi!
As amigas esperaram impacientes.
Os pensamentos da amiga foram designados para uma coisa: O fina do Torneio se aproximava.
Eles já estavam na metade dele.
Mais uma prova, ela o perderia.
Ela estava ajudando a todos.
Menos a si própria.
Estava se enganando em apenas ser a amiga de Cedrico.
Ela correu até aonde eles voltariam.
A esperança de Chang não ser a escolhida para estar lá em baixo era maior, agora que ela descobriu que eram apenas ficantes.
Ela estava decidida.
Ela diria o quanto o amava quando ele saísse da água.
Ela pegou uma das toalhas que estavam na beira da plataforma.
Cedrico não tinha aparecido ainda.
O coração dela estava preocupado.
Ela teria mudado tanta coisa que ele morreria antes?
Fleur e Vítor estavam na beira da plataforma, já subindo.
Ele saiu do meio da agua.
Estava lá o garoto mais lindo da escola.
Mas logo atrás dele, veio a morena.
Ela estava feliz e sorridente.
Ela era a escolhida pelos organizadores do colégio para ele buscar.
Ela era importante para ele.
Luna deixou a toalha cair.
– O que houve, filha? – perguntou o pai de Cedrico.
Colocando uma das mãos no ombro dela.
Cedrico percebeu que Luna estava com os olhos fixos na cena que acontecia.
E o sorriso vitorioso da boca do garoto desapareceu.
Luna correu em direção a floresta.
Mas ela sabia que não podia deixar passar.
Ela tinha que evitar a conversa de Moody (na verdade Bartolomeu Crouch Jr) e com seu pai, Bartolomeu Crouch.
Era mais uma morte a ser evitada.
Ela correu da onde viera.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!