Focinho-Curto da Suécia
As pessoas estavam espremidas na arquibancada.
Luna estava na primeira.
Chegou antes de todos.
Mas ela estava na torcida de Harry Potter, e não na de Cedrico Diggory.
Ela queria ajudar à amiga, Gina, que lutou tanto para os amigos dele estarem ali com ele.
Harry era importante para Gina.
Mas Luna não sabia o quanto, de certo.
O quanto, se encaixava em Muito e Muitíssimo.
A garota estava quase sem voz.
A competição de torcidas era algo.
Posso dizer que a de Harry não era a maior, mais era a mais bonita.
Super elaborada e totalmente mista.
Alunos de todas as casas.
A nossa vibração era a mais positiva, alta e contagiante.
Ao entrar no campo, Cedrico procurou Luna entre os torcedores.
Ela pode sentir que era os olhos dela que ele procurava.
Cho gritava o nome dele.
Mas ele encontrou o que queria.
Ele levantou o colar que ela lhe deu mais cedo.
E ela estava com o distintivo nas mãos.
Ela o levantou em uma das mãos.
O garoto quase levou uma ‘rabada’ do dragão em seu rosto.
Mas ele fora mais rápido.
Se agachou.
Ao procurar uma pedra para se esconder, ele fora sortudo.
O ovo do dragão estava mais perto do que imaginou.
O garoto estava a alguns passos.
E o dragão estava o procurando.
Cedrico procurou uma das pedras em suas mãos.
Uma das vantagens, era que o dragão era conhecido como Focinho-Curto da Suécia.
Mas ainda tinha sua audição bem aguçada.
O garoto jogou uma pedra na direção contrária do que estava.
Ele se encostou na pedra e ofegou.
Sua respiração era forte.
Um assovio surgiu da arquibancada apreensiva.
– Fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiu – era Luna, com um dos dedos na boca – Cadê o Harry?
Todos começaram a zuar dela.
Jogaram todo o tipo de copos e papeis nela.
Ela se agachou, e com ela, Gina.
– Porque fez isso? – perguntou ela, apreensiva.
– Se não você vai ter um treco aqui.
As duas riram.
– Você é a melhor – disse Gina, com a mão no ombro da amiga.
– Eu sei – brincou ela.
Os gritos e aplausos começaram.
Luna e Gina se levantaram.
O vitorioso Cedrico Diggory levantava o ovo de ouro.
As torcidas vibram.
Luna assovia novamente.
E ele reconhece.
O assovio era semelhante ao canto de um pássaro.
Ele beijou o colar que ela o deu.
E olhava para ela.
Ela sorria para ele.
A vitória dele estava apenas começando.
Após Harry ter conseguido também.
Todos estavam indo para a escola.
Hoje pela tarde, as aulas sobre dança com a professora Minerva foram entediantes.
Luna caminhava pelos corredores, até que uma mão grande e pesada passou por sua cintura a e a puxou.
– Hei, hei – ela disse.
– Calma, é eu – disse Cedrico.
– Cara, eu quase morri do coração – disse ela, descontraída.
O seu sorriso era fofo, e parecia ter sido desenhado.
– Obrigada – ele disse.
– Pelo colar? Não é nada, tenho uma coleção – ela disse, apertando os seus delicados lábios
– Não – ele respondeu.
– Agradeceu porque? – ela perguntou.
– Por ter assoviado, o dragão não teria virado a cabeça aquela hora, por nada. – ele disse.
– Não foi nada – ela apertou os lábios novamente.
Os dois ficaram em silencio novamente.
– Já percebeu que só nos encontramos nesses corredores? – quebrou o gelo, Luna.
– Sim. – ele riu. – Mais fica mais difícil a gente se ver lá na rua.
– Porque? – ela perguntou.
– Ah... – ele disse, olhando para baixo.
Ela viu a vergonha em seus olhos.
– Tem vergonha de mim Cedrico? – perguntou ela.
– Não Luna – ele disse – Mais tenho meus amigos, e eles não gostam de você.
– Ok. – disse ela, caminhando para fora do castelo.
Seus passos ficaram rápidos.
Os passos de Cedrico também.
Ele não falou nada, só a seguiu.
Ela olhou para trás, e bateu em algo praticamente forte.
– Oh, Merlin! – disse ela, com a mão na testa.
– Me desculpe, senhorita – disse alguém, com o sotaque muito diferente. – Sou Vítor Krum – disse ele.
Ela passou a mão em um dos olhos.
Os olhos do garoto eram hipnotizantes.
Eles eram grandes e tentadores.
– Luna Lovegood – ela suspirou.
– Lindo nome senhorita – disse ele.
– Obrigada – ela sorriu.
Ao se virar para trás, viu Cedrico parar e voltar.
Ela não queria dar corda para Vítor.
Ele tinha que ir no baile de inverno com Hermione.
– Senhor – ela disse. – Fique sabendo que gostaria de saber os lugares que a aluna Hermione Granger freqüenta. Ela ama bibliotecas! – ela disse.
O garoto olhou para os dois amigos que o cercavam.
– Não foram eles – Luna disse, em meio a um sorriso – Boa tarde.
Ela saiu.
E logo após o garoto gritou.
– Obrigada garota!
Ela caminhou para fora dos castelos.
Tinha mais uma pessoa para ‘ajudar’.
E dessa vez, ele tinha óculos tortos, olhos claros e uma cicatriz intrigante.
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