Capítulo XI
Harry e os amigos estavam a porta do grande salão.
– Eu não quero me despedir dela – começou Harry. – Vai ser pior.
– Vamos cara – dizia Rony.
– Acho melhor você ir – aconselhou Hermione, paciente.
Os raios do sol estavam quentes.
E ele inconsolável.
Ele precisava vê-la, ele precisava tê-la.
Ele abriu as portas do salão.
O trono do faraó e o da rainha estava lá.
O do faraó, vazio.
Mas no da rainha, uma mulher o ocupava.
Olhos claros e com maquiagem pesada, como o desenho de um olho de gato, estava preto ao redor dos olhos da ruiva.
Os cabelos cortados até os ombros.
Ela cortou os cabelos após Harry sair.
Ela estava com vestes brancas mas muito ouro estava na princesa, que logo seria rainha.
Ao se levantar, o barulho das jóias ecoaram pelo salão.
Brincos, pulseiras e colares de ouro puro.
No cabelo, ela trazia um diadema com uma serpente envolta a sua cabeça.
A garota se levantou com elegância.
Harry estava parado na porta.
Ela estava séria.
Ele estava inconsolável, mais uma vez.
Aquela não era a Gina, a menina que ele se apaixonou.
Ela ficou parada, com as mãos cruzadas.
Olhava com um tanto de luxuria para eles.
– Gina – disse Luna, correndo ao seu encontro.
Após Hermione também correu.
– Você cortou seu cabelo – disse Luna passando as mãos no cabelo da irmã.
– Sim – ela disse – Matei a Gina de antes – ela disse, suspirando.
– Você ta louca? Não fala uma coisa dessas! – disse Hermione.
Hermione e Luna estavam com os olhos envoltos a lagrimas, e a ruiva mantia-se firme em emoções.
As três se abraçaram.
–Boa sorte, irmãs! – disse Gina.
– Boa sorte Rainha – disse Hermione, tristemente.
Luna beijou a testa da irmã.
Gina levantou a mão paras Rony, e ele fez o mesmo.
Harry ainda estava em transe, parado na porta.
Gina olhou para o lado, sabia que teria que enfrentar aquele que amava.
Ele caminhou até ela em passos longos.
Ela desceu os pequenos degraus que levavam ate o trono.
Após isso, ela correu ao encontro do amado.
Os dois se abraçaram.
Nenhum chorou.
– Eu sei que a minha Gina mora ai dentro. Em algum lugar.
E ela também sabia que não tinha matado a si mesma.
Ela apenas usava um fardo agora.
Aproveitaram o momento e ficaram abraçados, apenas sentindo o corpo um do outro.
– Eu te amo – ela sussurrou perto do ouvido dele.
Ele sentiu seu corpo ficar forte após as palavras que ele tanto lutou para escutar.
Ele a abraçou mais forte.
– Eu também – ele completou.
Ele foi se afastando dela.
E Gina, parecia mais fraca a cada milímetro que ele se distanciava.
A mão dele passou por todo o braço dela.
E ele dava o segundo passo para trás.
– Adeus! – ele disse.
Suas mãos ficaram unidas.
– Não – ela sussurrou para si mesma.
Ele não escutou.
Ele soltou sua mão e caminhou rapidamente em direção a grande porta.
Ele saiu do castelo.
Ela ficou parada, acompanhando a sua ida.
Ela se virou para o trono.
Caminhou muito devagar até ele.
A viajem até a Líbia era longa, e os camelos eram um incomodo.
– Estou cansada! – disse Hermione.
– Eu acho melhor a gente começar a montar barracas. Já esta começando a escurecer!
Assim fora feito.
As barracas foram montadas.
A noite parecia longa e Harry se recusou a entrar nas barracas.
Ficou ali, parado esperando que um milagre acontecesse.
No castelo, já era noite.
A garota estava no seu futuro trono.
Os olhos já estavam quentes e quase se fechando.
– Boa noite – disse uma voz horrivelmente irritante.
Ele adentrou o castelo, junto a muitos homens.
– Minha rainha me espera – disse ele, a Lúcio e Belatriz.
Gina se levantou.
Ficou parada até que o homem castanho a encontrou.
– Preparada para começar um reinado? – disse ele, ao seu lado.
Ela se sentou novamente, sabia que aquele não era o seu lugar.
Mais até agora, tudo o que ela estava planejando estava ocorrendo bem.
Gina não era boba, era muito, mais muito esperta...
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