Contando a Verdade, Finalmente



Capitulo 18 – Contando a Verdade, Finalmente


 


O fim do ano letivo chegou, como todos os habitantes de Hogwarts sabiam que chegaria. Sem Peter escondido, Harry, Ron e Hermione não precisaram fazer a visita à casa dos gritos de que Harry se lembrava e, consequentemente, Remus não esqueceu de tomar a poção e não os atacou. Infelizmente, Severus Snape não estava nada feliz com a perspectiva de que Lupin continuasse a dar aulas e por isso deixou “escapar” para alguns alunos (Draco Malfoy) sobre Remus ser um lobisomem. Remus aceitou estoicamente a revelação, e ao lado de um Sirius Black completamente livre e diagnosticamente são, deixou o castelo um dia antes dos alunos.


 


Dumbledore, por sua parte, não estava nada satisfeito com os acontecimentos do ano, principalmente porque ele não tinha mais nenhuma razão válida para mandar Harry de volta para a rua dos Alfeneiros. Uma semana antes do fim do ano letivo, Sirius apareceu no escritório do diretor com uma pilha de papéis e um sorriso que prometia confusão, se o diretor não aceitasse o que estava escrito ali.


 


Flash-back


 


Sirius entrou na sala de Dumbledore, depois da permissão do diretor. Ele carregava nas mãos uma pilha de papéis, e não conseguia parar de sorrir para tudo e para todos.


 


-Sirius, meu rapaz, que bons ventos o trazem? - o sorriso do diretor, por outro lado, era completamente forçado.


 


-São realmente bons ventos que me trazem, Albus. - disse o maroto colocando a pilha de papéis na frente do diretor – ai estão todos os documentos necessários. Agora é sua vez de cumprir sua palavra e concordar com o meu pedido de guarda do Harry.


 


Dumbledore começou a ler os papéis, buscando qualquer informação que pudesse ajudá-lo a mandar Harry de volta para a casa dos tios. Infelizmente para o velho bruxo, Sirius não tinha o diagnóstico de apenas um medi-bruxo, mas de três, e todos os três renomados neurologistas concordavam que o animago estava completamente são e que poderia perfeitamente obter a guarda do afilhado. Mais do que isso. Sirius havia incluído também a escritura de uma casa em Godric's Hollow, uma casa em perfeitas condições, para onde ele e Harry poderiam se mudar no momento em que o garoto saísse do trem na volta para Londres.


 


Com um sorriso ainda mais forçado do que antes, o diretor olhou para Sirius.


 


-Muito bom, meu rapaz. Vejo que você pensou em tudo, não é mesmo? Até já comprou uma casa! Sendo assim... eu farei tudo o que puder para ajudá-lo a obter a guarda de Harry.


 


-Obrigado, Albus. Eu tinha certeza que você cumpriria sua promessa. - disse Sirius se levantando – ah! Eu já mandei um novo pedido de guarda para o serviço social no ministério, e toda essa papelada também, é claro. Dessa forma, não acho que teremos nenhuma dificuldade, não é mesmo?


 


Dumbledore pode apenas sorrir e concordar com um aceno de cabeça.


 


Fim do flash-back


 


Harry recebera a noticia apenas no dia anterior, já que tanto Sirius quanto Remus queriam ter certeza absoluta de que Harry iria morar com eles antes de contar ao garoto. Não que Harry tivesse alguma dúvida de que era isso que iria acontecer.


 


A festa de fim de ano foi, para Harry, entediante. Pelo menos até o ponto em que Fred e George decidiram animar um pouco as coisas e, no meio do discurso de despedida de Dumbledore, soltaram vários foguetes-testes, que se espalharam pelo salão principal, perseguindo uns aos outros nas formas de um leão, uma águia, um texugo e uma serpente. Intrigantemente, o leão e a serpente não perseguiam um ao outro, como era de se esperar, mas sim à águia e ao texugo, respectivamente.


 


E era exatamente sobre isso que os alunos comentavam no dia seguinte, enquanto faziam o caminho de carruagem para Hogsmeade e para o trem de volta para casa.


 


Harry, Ron, Hermione e Ginny foram na mesma cabine. Até o momento em que Harry viu passar na frente da porta uma cabeça loira. Num impulso, o moreno abriu a porta e saiu, trombando – propositalmente – em uma garota de longos cabelos loiros.


 


-Nossa! - disse Harry – me desculpe!


 


A garota olhou para ele como se zonzóbulos estivessem voando ao redor da cabeça dele, e talvez estivessem mesmo.


 


-Harry Potter. - disse o moreno esticando a mão para cumprimentar a loira.


 


-Luna Lovegood. - disse ela com um sorriso etéreo.


 


-Você quer sentar com a gente, Srta. Lovegood? - perguntou o moreno sorrindo abertamente para ela.


 


-Você tem certeza de que não está sendo influenciado pelos zonzóbulos em volta da sua cabeça? - perguntou a loira.


 


-Mas é claro que não! - disse Harry – porque você não entra, assim pode me contar como, exatamente, eu posso me livrar deles?


 


Luna sorriu para ele e entrou na cabine, recebendo olhares estranhos dos outros ocupantes. Olhar esse que mudou para Harry quando ele voltou a se sentar ao lado da loira. Um olhar que dizia sem palavra VOCÊ FICOU COMPLETAMENTE LOUCO? Mas Harry não se importou com isso. Luna era uma das poucas pessoas que Harry realmente considerava como amigo, antes de voltar para refazer o terceiro ano, e se ele pudesse ter a amizade dela de volta um ano antes, era exatamente isso que ele faria.


 


Quando o trem chegou a estação, Harry estava mais feliz do que nunca. Pela primeira vez, deixar Hogwarts não uma perspectiva desagradável, muito pelo contrário. Pela primeira vez desde que descobriu que era um bruxo, Harry estava ansioso pelas férias de verão.


 


Enquanto tirava o malão do trem, Luna apareceu ao lado dele, um imenso sorriso no rosto.


 


-Obrigada, Harry. - disse ela – os zonzóbulos me contaram o que você está fazendo. Obrigada por se lembrar de mim. Podemos manter contato por cartas, certo?


 


Por um segundo Harry ficou sem saber o que dizer, mas então deixou de lado a preocupação de que seu segredo tinha sido revelado e sorriu.


 


-Mas é claro que vamos continuar nos falando! Espere Edwiges em breve!


 


E despedindo-se dela, Harry foi até onde Sirius e Remus esperavam sorridentes por ele. O verão prometia ser ótimo.


 


-Pronto pra irmos, Pronglet? - perguntou Sirius.


 


-Pronto pra ir pra casa, Paddy. - disse o moreno.


 


Sirius segurou Harry pelo braço enquanto Remus cuidava de pegar o malão e a gaiola vazia de Edwiges, que Harry mandara voar para Godric's Hollow mais cedo naquele dia. Segundos depois, e uma estranha sensação de ser empurrado por um canudinho, Harry se viu em frente a uma casa amarela, cercada por uma cerca branca. Uma grande varanda se espalhava em volta da casa nos dois andares. Os três entraram pela porta e Harry sorriu ao ver a decoração simples mas aconchegantes.


 


-Seja bem-vindo ao seu novo lar, Harry. - disse Remus com um braço em volta dos ombros do garoto.


 


-Obrigado. - foi tudo o que Harry conseguiu dizer antes de abraçar os dois marotos.


 


*********


 


Dias se passaram, antes que Harry lembrasse que tinha a permissão das deusas para contar toda a verdade a duas pessoas. Desde o começo, Harry já sabia quem seriam as duas pessoas. Afinal, haviam apenas duas pessoas no mundo em quem ele confiava plenamente, e felizmente, essas duas pessoas estava debaixo do mesmo teto que ele. Foi assim que, num dia no meio de julho, Harry sentou-se na sala de estar, onde Remus lia um livro e Sirius olhava uma revista, que ele disse.


 


-Tem uma coisa que eu preciso contar a vocês. Mas vocês precisam me prometer que não vão dizer nada a ninguém! Ninguém mesmo! E eu realmente preciso da ajuda de vocês.


 


Remus baixou o livro olhando firmemente para o garoto. Sirius também deixou de lado a revista para encarar o afilhado.


 


-Você vai finalmente contar pra gente onde conseguiu aquela chave? - perguntou Remus.


 


-Não só como consegui a chave, Moony. Mas também como eu já sabia que Sirius se transforma em cachorro. Que você é um lobisomem. E que meus pais foram traídos por Pettigrew, mesmo antes de vocês me verem pela primeira vez depois de doze anos. - disse Harry – e também como eu sei que Hogwarts vai ser palco do torneio tribruxo no outono.


 


Mais do que qualquer outra parte do discurso, foi a menção ao torneio que deixou os dois marotos estupefatos.


 


-Ok. - disse Sirius – agora mais do que nunca eu quero saber onde é que você consegue as suas informações.


 


-Eu realmente preciso da promessa de vocês antes.


 


-Eu, Remus John Lupin, prometo por minha magia que não vou contar a ninguém o que Harry James Potter confessar a mim em segredo no dia de hoje, a não ser que ele me dê permissão. - e uma luz envolveu o licantropo, selando a promessa.


 


-Eu, Sirius Orion Black, prometo por minha magia que não vou contar a ninguém o que Harry James Potter confessar a mim em segredo no dia de hoje, a não ser que ele me dê permissão. - e uma nova luz iluminou a sala, dessa vez em volta do animago, selando a promessa.


 


-Eu, Harry James Potter, juro por minha magia que tudo o que vou relatar a Sirius Orion Black e a Remus John Lupin é a verdade e apenas a verdade até onde vai o meu conhecimento. - uma luz iluminou a sala pela terceira vez, selando o juramento de Harry – a fonte de todo o meu conhecimento... é que eu já vivi esses anos uma vez.


 


-O QUE?! - exclamou Sirius.


 


-COMO ASSIM? - perguntou Remus.


 


-No meu aniversário de 16 anos, eu recebi um... presente inesperado na visita de duas deusas...


 


Remus e Sirius ficaram boquiabertos com a narrativa do moreno de olhos verdes. Raiva e ressentimento afloraram enquanto Harry recordava os acontecimentos no cemitério no fim do que seria o próximo ano escolar de Harry. Raiva, desespero, dor e tristeza eram os sentimentos mais proeminentes, quando Harry chegou ao fim da narrativa. Raiva, porque Harry teve que passar por tudo isso sozinho, desespero, porque nenhum dos marotos queria ser deixado sozinho de novo, dor, porque é o que Harry mais sentiu em todos esses anos e tristeza, porque nenhum deles pode fazer nada para impedir o sofrimento do garoto que tanto significava para eles.


 


Mas ao fim da narrativa um outro sentimento, ainda mais forte, cresceu dentro deles. Esperança. Esperança de que, com esse conhecimento eles poderiam mudar as coisas. Esperança de que dessa vez nenhum deles teria que sofrer sozinho. Esperança de que, dessa vez, eles estariam preparados para enfrentar todas as provações e sair delas vivos. Esperança de que dessa vez, as coisas seriam melhores. Muito melhores. Dessa vez, Harry tinha a esperança de realmente conseguir cumprir seu destino e vencer o lorde das trevas antes que ele conseguisse realmente voltar ao poder. Dessa vez, eles tinham esperança dada pelas deusas.


 


FIM


 


N/a: E... chegamos ao fim! Como vocês podem ver... e como eu já disse em capitulos anteriores... ela terá uma continuação! Pelo menos o quarto ano do Harry vai ser explorado nesse universo... aguardem um epilogo pelos próximos dias! E quando a continuação for para o ar, eu aviso por aqui também. COMENTÁRIOS, como sempre, são mais que bem-vindos! Espero que tenham gostado da fic, e que continuem acompanhando na continuação! Até o epilogo!

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Adorei o final agora os tres juntos vão saber direitinho como lidar com tudo e a Luna é uma pessoa incrivel que pode ajudar e muito .Esperando o epilogo e a continuação.

    2011-09-16
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