Voltam as Deusas



Capitulo 17 – E voltam as deusas.


 


No fim das contas, conseguir provar que Sirius estava completamente são depois dos doze anos passados em Azkaban não foi tão fácil quanto eles esperavam. Albus nem precisou interferir, já que o medi-bruxo especializado em doenças mentais, Dr. Edward Doyle, pediu que o animago fizesse uma bateria de exames extremamente longa e demorada.


 


Nesse meio tempo, Harry tentou de todas as formas possíveis não pensar no que aconteceria se Sirius não conseguisse a guarda dele. Não que isso significasse que Harry voltaria para a rua dos Alfeneiros, longe disso, tendo a opção de morar no Jardim dos Deuses, Harry não estava preocupado com sua saúde física. O que o preocupava era ter de achar uma maneira de fazer com que todos acreditassem que ele ainda estava morando lá. Outra questão que o perturbava era como agir nos próximos meses. Peter Pettigrew estava preso, mas Harry não fazia a menor ideia do que isso significava para o retorno do Lorde das Trevas.


 


Com essas preocupações em mente, Harry ficou feliz quando, em uma noite no meio de abril, ele se viu num imenso campo florido, com uma casa ao longe, e duas mulheres em frente a ele. Uma loira e uma morena. Afrodite sorria para ele, enquanto Éris o olhava calculadamente.


 


-Éris, Afrodite! - exclamou Harry – é bom vê-las novamente.


 


-É mesmo, Sr. Potter? - perguntou a deusa do Caos sarcasticamente – não me parece que você se lembre muito de nós.


 


-Éris, você sabe que isso não é verdade. - tentou interceder a deusa do Amor – é bom vê-lo também, Harry.


 


-Você não tem causado muitas confusões ultimamente, Potter.


 


-Oh. - fez Harry entendendo porque a deusa estava brava com ele – me desculpe, Éris, eu estive tão preocupado com Sirius, que me esqueci de criar um pouco de caos.


 


-Não se preocupe com seu padrinho, - disse a loira Afrodite – não há nada que você possa fazer por ele no momento, e quando chegar a hora, ele terá tudo preparado para passar o verão com você.


 


-E depois, não é por isso que estamos aqui. - disse a morena – inocentar Sirius Black e prender Peter Pettigrew criou um magnifico Caos. Mas não do tipo que eu gostaria.


 


-Como assim? - perguntou Harry confuso.


 


-Sem Pettigrew o retorno a vida de Voldemort está prejudicado. - explicou a deusa do Amor.


 


-E isso não é uma coisa boa porque...? - perguntou o garoto.


 


-Hades está reclamando. - disse Éris – sem Voldemort retornando, muitos dos que iria perecer pelas mãos dele vão continuar a viver. Persephone diz que isso causará um desequilíbrio muito grande no sub-mundo. Grande o suficiente para ser sentido nos outros planos.


 


-Mas Zeus está do nosso lado – continuou Afrodite – e diz que a maior parte do que morreram da primeira vez não mereciam a morte e que, portanto, nós podemos continuar com os nossos planos.


 


-E... o que vocês querem que eu faça? - perguntou Harry, a cabeça rodando com informações recebidas.


 


-Nós vamos causar um pouco mais de Caos no seu plano de existência – disse Éris – mas vamos deixar que você conte e mostre suas memórias para duas e SOMENTE duas pessoas.


 


-Você vai ajudar Wormtail a fugir, não é? Deixar que ele ajude na volta do Voldy...


 


-Nós não podemos deixar de pensar completamente no equilíbrio, Harry. - desculpou-se Afrodite – mas deixando você receber ajuda de duas outras pessoas, te damos uma vantagem. Principalmente porque você já sabe o que vai acontecer, e pode mudar o que quiser dos acontecimentos que envolvem você.


 


-Eu... posso impedir que Barty junior fique no lugar do Moody? - perguntou ele.


 


-Mas é claro! - respondeu a deusa do Caos com um sorriso maldoso – isso com certeza vai atrapalhar os planos de Voldemort. E você pode fazer o que quiser para impedir as mortes que aconteceram a sua volta. Só não podemos te dar o poder de decidir sobre a vida de todas as pessoas que ele matou. Você NÃO é um deus. Portanto não pode escolher quem morre e quem vive. Isso é trabalho das parcas.


 


-Não se preocupe tanto com isso, por enquanto. - disse Afrodite – se preocupe apenas em viver esses meses de paz que você tem pela frente. Sirius será seu guardião logo. E não há nada que você possa fazer por enquanto para impedir Tom Riddle de voltar a vida. Ele precisa ter um corpo vivente para poder ser definitivamente morto.


 


-Obrigada pelos conselhos. - disse Harry – e eu prometo tentar causar mais Caos em Hogwarts pelos próximos meses.


 


E com essas considerações finais, Harry acordou de um pulo, o despertador estava tocando ao lado dele, mostrando que era hora de se levantar para mais um dia de aulas.


 


Mas aula era a última coisa na mente de Harry. Ver a deusa do Caos irritada com ele não era algo que ele queria ver novamente, por isso, Harry começou a planejar os próximos dias, o Caos com certeza iria reinar em Hogwarts, nem que ele precisasse alistar Fred e George.


 


E alistar Fred e George é o que ele fez.


 


-Hey! Fred, George, posso falar com vocês um minuto? - perguntou Harry alguns dias depois no salão comunal.


 


-Harrykins! - disse George.


 


-O que podemos fazer... - continuou Fred.


 


-Por você hoje? - terminaram juntos.


 


-Não é exatamente o que vocês podem fazer por mim, mas o que eu posso fazer por vocês. - disse Harry.


 


-Oh? - fizeram os gêmeos interessados.


 


-É verdade que vocês estão... inventando alguns... produtos? - perguntou Harry.


 


-Onde você ouviu isso, Jovem Harry? - perguntou Fred.


 


-Oh... alguns... canários me contaram. - respondeu o moreno.


 


-Canários, você diz? - perguntou George mais e mais interessado – e se estivermos?


 


-Eu estava imaginando... o que vocês poderiam fazer se tivessem um espaço completamente a prova de explosões e não supervisionado... além, é claro, de todas as matérias primas que vocês precisem pra... experimentar. - falou Harry casualmente, lembrando-se que já nas férias antes de seu quarto ano os gêmeos já tinham inventado os caramelos incha-língua e todas as outras invenções que eles começaram a fazer durante o primeiro quarto ano de Harry.


 


-A prova de explosões, você diz? - comentou Fred.


 


-Não supervisionado? - perguntou George.


 


-Matéria prima infinita? - perguntou Fred.


 


-Onde, exatamente, poderíamos encontrar um lugar assim? - perguntou George.


 


-E porque você nos diria sobre ele? - perguntaram juntos.


 


-Então... - disse Harry – existe um... rumor por aí, de que vocês dois querem abrir uma loja de logros quando terminaram Hogwarts. Eu acho uma idéia maravilhosa. E realmente conheço um lugar aqui em Hogwarts que vocês podem usar pra começar a experimentar ainda esse ano. Quanto às matérias primas... bom. Se o lugar que eu estou pensando não puder providenciar tudo o que vocês precisam... eu estava pensando em investir em vocês de todo jeito.


 


-Você nos dá um segundo, Harry? - pediu George e sem esperar resposta eles se afastaram de Harry para confabular.


 


Alguns minutos depois, os dois ruivos voltaram.


 


-Nós gostaríamos de ver esse lugar do qual você falou. - disse Fred solene.


 


-Ótimo! - exclamou Harry com um sorriso – me sigam, senhores.


 


E com o mapa do maroto nas mãos, Harry levou Fred e George até o sétimo andar. Quando chegaram em frente a tapeçaria de Barnabás, o amalucado, Harry parou e começou a andar de um lado para o outro.


 


-Harry? - chamou George.


 


-Você se perdeu? - perguntou Fred.


 


Mas em vez de responder, Harry apontou para a porta que acabara de aparecer na parede oposta a tapeçaria. O moreno abriu a porta e, com um galanteio, deixou que os ruivos entrassem primeiro.


 


-Uau! - disseram os gêmeos de boca aberta.


 


Harry fechou a porta e olhou em volta satisfeito. O lugar era uma mistura de laboratório trouxa e um de poções, com paredes de pedra, caldeirões e prateleiras cheias de vidros com vários ingredientes.


 


-Senhores Weasleys, sejam bem-vindos à Sala Precisa. - disse Harry com um sorriso.


 


-Esse lugar é perfeito, Harry! - exclamou Fred – como é que você achou esse lugar?


 


-Ah... eu estava andando por aí uma noite dessas... - mentiu Harry – e quando estava nesse andar, a gata do Filch começou a me perseguir... e eu acabei entrando nessa porta. Não era uma sala exatamente como ela está agora... mas eu descobri que ela é bem... interessante.


 


-Como assim? - perguntaram os ruivos.


 


-Ela se chama Sala Precisa por um motivo. Tudo o que você tem que fazer é passar três vezes na frente da tapeçaria e pensar no que você precisa. Eu chamei esse lugar de laboratório Weasley... e pensei no que vocês poderiam precisar pra fazer os seus experimentos e voilá! Eu tenho certeza que a maior parte dos ingredientes que vocês precisarem, a sala consegue. Se faltar alguma coisa... eu realmente gostaria de investir em vocês. Ajudar vocês a montar a loja de logros. - contou Harry.


 


-Harry. - disseram juntos os gêmeos – a partir de hoje você é nosso parceiro nesse empreitada.


 


-Contanto que você não digam a mãe de vocês que eu estou ajudando. - disse o moreno – eu gosto de viver, e ela com certeza vai querer me matar por ajudar vocês a inventar.


 


-Seu desejo é uma ordem, Jovem Harry. - disseram eles, o sorriso no rosto deles era ao mesmo tempo contagiante e aterrorizante. Hogwarts não continuaria de pé por muito tempo.


 


 


 


N/a: Em uma triste nota, essa fic está chegando ao fim. Só mais um capitulo e um epilogo... Eu decidi fazer dela uma continuação. Ou seja, ela vai continuar pelo quarto livro! E, a depender de como as coisas acontecem... talvez uma trilogia...


então... comentários desse cap? Harry está criando Caos um ano antes do esperado! Pelo menos quando se trata de gêmios Weasleys Caos... até a próxima semana.

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Que venha o caos quero ver eles aprontando muuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiinnnnnnnntooo no próximo capitulo e espero a continuação.

    2011-09-03
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