Lutas Mesmo Depois de Inocente
-Sirius! Eles vão te inocentar! - disse o garoto correndo na direção do animago e se abraçando fortemente a ele.
Capitulo 16 Lutas mesmo depois de inocente.
Depois daquela tão esperada noticia, as coisas não aconteceram tão rápido quanto Sirius, Harry e Remus gostariam. Para começar, a noticia sobre a prisão de Peter e a decisão de dar um julgamento a Sirius só saiu no meio de janeiro, depois do fim das férias de inverno. Outra causa de atraso foi que, quando finalmente saiu a noticia, todos em Hogwarts queriam saber as opiniões de Harry e Remus sobre o assunto, formando grupos em volta dos dois em praticamente todos os momentos fora de sala de aula (Harry tinha problemas até em conseguir ir ao banheiro sozinho), o que impedia que Harry fosse até o Jardim dos Deuses liberar Sirius. Com tudo isso, foi apenas do dia primeiro de fevereiro que Sirius Black pode se entregar ao ministério para aguardar a data do julgamento.
Cornélius Fudge foi outro empecilho no processo de absolvição, uma vez que a idéia dele de justiça seria jogar tanto Sirius quanto Peter em Azkaban e esquecer o assunto. A única coisa que impedia o ministro de fazer o que queria era a reação do povo, que esperava ansiosamente pelo resultado do julgamento. Fudge fez a parte dele, arrastando todo o processo na esperança de que a população bruxa esquecesse do assunto para que ele pudesse finalmente se livrar dos dois bruxos sem prejudicar sua própria carreira política.
Quando duas semanas se passaram depois da “recaptura” de Sirius sem que fosse anunciada sequer a data do julgamento, Harry começou a se irritar profundamente com a demora e, num ato desesperado aceitou a sugestão de Hermione e convocou alguns repórteres para fazer uma entrevista.
O Menino que Viveu: para esperar. Foi o título dado por Rita Skeeter para a entrevista, explanando longamente a agonia do menino-que-viveu sem saber com certeza a quem culpar pela morte de seus pais.
No dia seguinte, Fudge recebeu nada menos do que dez mil cartas e berradores, em sua maioria criticando a demora do processo e exigindo que alguma coisa fosse feita a respeito, afinal, não era apenas Harry quem queria descobrir toda a verdade por trás da morte dos Potter. Com toda essa pressão, a resposta do ministro não poderia ser outra que marcar ambos os julgamentos para a semana seguinte.
Mas ter uma data para o julgamento não resolveu muito a ansiedade da espera, ao menos da parte de Harry. Fudge queria por toda lei condenar ambos os acusados, mesmo depois de Peter confessar sob veritasserum ser o verdadeiro e único responsável por entregar o paradeiro de James e Lily Potter para Voldemort. Nessa busca interminável por um motivo se foram mais duas semanas antes que ele desistisse e fosse obrigado a inocentar Sirius e condenar apenas Peter.
Infelizmente para Harry, uma outra batalha se iniciou mal terminou a primeira. Literalmente.
Flashback
-Senhoras e senhores membros desta assembéia – disse Madame Bones, que presidia a sessão – para as acusações de traição, acessório de assassinato e ser um comensal da morte, levantem as mãos os que acreditam que Sirius Orion Black é INOCENTE.
Muitas mãos se levantaram, praticamente todas, apenas Fudge e alguns de seus mais fiéis partidários não votaram.
-Aqueles que acreditam que Sirius Orion Black é CULPADO das acusações?
Cinco dos membros levantaram as mãos, incluindo Fudge e Umbridge.
-Sirius Orion Black, eu o declaro INOCENTE de todas as acusações, e as sinceras desculpas desta corte. Pelos anos em que esteve injustamente preso, esta corte lhe restitui todos os seus bens, como Chefe da Família Black, o título e posições que o acompanham como Lorde Black e o pagamento de 1 200 000 galeões. Existe mais alguma coisa que esta corte pode lhe oferecer?
-Sim. - foi a resposta de Sirius – eu quero a guarda de meu afilhado, Harry James Potter, como manda a execução do testamento de James e Lily Potter.
O barulho foi equivalente àquele de uma explosão.
Fim do flashback.
No fim, um novo julgamento teve de ser marcado, pois nenhum consenso foi alcançado. A pior parte, na opinião de Harry, foi o fato de que Albus Dumbledore era um dos que estavam completamente contra conceder a guarda de Harry para Sirius. Era exatamente por essa razão, que Harry se encontrava na sala de Dumbledore, assim como Sirius e Remus, no dia seguinte ao fim do julgamento de Sirius.
-Harry, meu rapaz, você deve estar satisfeito, não é mesmo? Seu padrinho foi provado inocente e o verdadeiro culpado está preso. - disse o diretor, os olhos brilhando caracteriscamente.
-Eu estou feliz sim, professor, com a inocência de Sirius. Mas satisfeito, não exatamente. - respondeu Harry sem mostrar nenhuma emoção na voz. O garoto lembrava perfeitamente dos erros cometidos pelo diretor (ou seria nos erros que o diretor iria cometer) nos anos que Harry estava revivendo.
Os três adultos olharam para Harry preocupados, o tom de voz usado por ele não era um que eles estavam acostumados.
-E o que faria você ficar satisfeito? - perguntou o diretor.
-Se o senhor começasse a apoiar o pedido de Sirius e concedesse a minha guarda a ele. - continuou o de olhos verdes – eu não entendo, professor, qual é o problema em eu ir morar com o Sirius nas férias?
-Nós já conversamos sobre isso, meu rapaz, a casa de seus tios é o lugar mais seguro pra você. As proteções que existem ali, não podem ser copiadas em nenhum outro lugar. - o brilho nos olhos azuis do diretor era praticamente nulo.
-Isso é bobagem. - Sirius se pronunciou pela primeira vez – como Lorde Black eu recebi várias propriedade da família, incluindo algumas que apenas o Lorde e chefe de família sabe que existem. É fácil descobrir qual delas estão em estado habitável, e até as férias de verão, a casa estaria pronta para receber Harry, sem que ninguém soubesse onde ele está, além daqueles que eu contar onde estaremos.
-Mas você tem certeza que está em condições de cuidar de um adolescente, Sirius? Esses doze anos cercado por dementadores, além desses meses todos como foragido...
-Sirius me parece completamente são, professor. - interferiu Remus – se não fosse esse o caso, não teriam dado a ele do título de Lorde.
-E como você pode ter certeza disso, Remus, se esta é a primeira vez que vocês se encontram depois de quase treze anos? - perguntou o diretor olhando fixamente par ao lobisomem, era óbviou para ele que os três a frente dele estavam escondendo alguma coisa – e como você, Harry, pode ter certeza de que morar com Sirius é a melhor escolha, sendo que nunca teve a chance de conhecê-lo?
-Qualquer um pode cuidar de mim melhor do que os Dursleys. - foi a resposta de Harry – e se o professor Lupin acredita que não tem nada de errado com Sirius, então eu acredito nele.
-Fico feliz em ver que você confia tanto em Remus, Harry, mas ainda assim, eu não acho que esta seja uma boa ideia. Não sem que se tenha certeza de que Sirius está completamente são. - respondeu o diretor.
-Se eu provar que não estou insano, você vai não só aceitar que eu sou o verdadeiro guardião de Harry, mas também nos ajudar a conseguir a guarda? - perguntou Sirius.
-Mas é claro. - disse o diretor. Principalmente porque isso não vai acontecer completou ele em pensamento.
-Um especialista de St. Mungos é suficiente pra você? - perguntou Harry.
-Eu tenho certeza de que Poppy está mais do que qualificada para isso. - respondeu o diretor. E que com um minimo de persuasão, ela vai dizer o que eu quero que ela diga.
-Eu não concordo. - disse Remus não gostando do brilho ainda mais do que o normal nos olhos de Dumbledore – Poppy Pomfrey é uma excelente enfermeira. Perfeita para cuidar da enfermaria de Hogwarts, mas para diagnosticar, ou não, Sirius, nós precisamos de um medi-bruxo treinado em doenças mentais. Poppy está longe disso.
-É claro. Se vocês preferem ir até St. Mungos... - concedeu Dumbledore. - Harry, é claro, não poderá ir junto, afinal, ainda faltam mais de três meses para o fim das aulas.
-Tudo bem. - disse Harry – eu sei que não há nada de errado com Sirius. E eu teria que esperar até o fim das aulas pra poder ir morar com ele de qualquer jeito...
-Não se preocupe, Harry. - disse Sirius – pra casa dos seus tios você não volta. Três meses é mais do que o que eu preciso pra conseguir provar que não enlouqueci, e arrumar uma das casas pra gente. Eu prometo.
Mas será que é mesmo tempo suficiente? Indagou-se Remus.
Não se eu tiver algo a dizer sobre isso. Pensou Dumbledore.
Eu assim espero. Passou pela mente de Sirius.
De qualquer forma, pra rua dos Alfeneiros eu não volto. Assegurou-se Harry.
N/a: Desculpem a demora!!! não foi de propósito... comentários nesse ultimo cap? Meu Dumbledore é um tantinho manipulador... mas ele tem boas intenções, na maior parte do tempo... eu acho... de vez em quando eu acho que alguns desses personagens tem vida própria... a fic está se encaminhando para o fim... COMENTEM, ok? É sempre bom saber o que vocês estão achando.
Comentários (1)
Não estou gostando nada desta teima do diretor é bom o Harry ficar de olho bem aberto.
2011-08-27