Snuffles vai ser livre?

Capitulo 15 Snuffles Vai Ser Livre?

 

Quando Remus Lupin se recuperou da lua cheia de natal, encontrou o castelo num estado que realmente não esperava. A primeira mudança notável, não foi ser chamado ao escritório de Dumbledore, mas sim o que ele encontrou lá.

 

Assim que entrou no escritório do diretor, Remus foi surpreendido com a presença não só de Albus, mas também do Ministro da Magia, dois aurores e um Peter acorrentado.

 

-Ah, Remus, fico feliz que tenha vindo. - disse Dumbledore – sente-se, sente-se. Temos muito o que conversar.

 

-O que está acontecendo, diretor? - perguntou Remus.

 

-É o que eu também gostaria de saber! - exclamou Fudge gesticulando furiosamente.

 

-É o que todos nós gostaríamos de saber, Cornélius. É por isso que eu pedi que você trouxesse os aurores. Para podermos descobrir como, exatamente, Peter Pettigrew está vivo, e porque não soubemos disso antes. - respondeu Albus.

 

-Peter Pettigrew?! - o ministro olhava incrédulo para o homem acorrentado – mas isso é impossível! Sirius Black explodiu ele! O único pedaço que encontramos foi um dedo!

 

-Bom... dá pra ver que tem só um dedo faltando nele, ministro... - disse um dos aurores, um homem alto, careca e de pele negra chamado Kingsley Shacklebolt.

 

-Do que você está falando, Shacklebolt? - perguntou Cornélius.

 

-A mão dele, ministro, está faltando um dedo, exatamente o dedo que foi encontrado na cena do crime. - respondeu o Auror.

 

Fudge, Remus e Albus olharam para a mão esquerda de Peter e viram que realmente faltava um dedo.

 

-Muito bem, - disse o ministro sem saber exatamente como agir, afinal, ele mesmo havia investido o nome de Pettigrew com uma ordem de Merlin – siga todos os procedimentos padrões, Shacklebolt, e descubra o que realmente está acontecendo aqui!

 

O auror concordou com um aceno de cabeça, e com o auxilio de Dawlish ministrou três gotas de veritaserum no prisioneiro, antes de reanimá-lo.

 

-Qual o seu nome? - perguntou Dawlish enquanto Shacklebolt tomava notas.

 

-Peter Pettigrew.

 

-Onde você esteve nos últimos doze anos?

 

-Vivendo como o rato de estimação da família Weasley.

 

-E os Weasleys sabiam disso?

 

-Não.

 

-Porque você viveu doze anos como um rato?

 

-Eu estava me escondendo.

 

-Porque? Como você sobreviveu ao ataque de Black?

 

-Sirius queria me matar, então eu explodi a rua atrás de mim e cortei meu dedo antes que ele pudesse fazer isso. Eu usei minha forma animaga para me esconder, e deixei ele levar a culpa de tudo. Eu me escondi porque sabia que se continuasse vivo sempre teria alguém que tentaria me matar.

 

-Você deixou que Black levasse a culpa de tudo? Tudo o que? Da morte dos doze trouxas?

 

-Sim, da morte dos doze trouxas, e de ter traído o segredo de James e Lily para o Lorde das Trevas.

 

-O QUE?! - exclamou Fudge.

 

Dumbledore largou-se pesadamente em sua poltrona. O simples fato de que Peter estava vivo era já um mal presságio. O fato de que ele era realmente o culpado de tudo, só fazia o velho diretor se sentir ainda mais velho. Afinal, como chefe do tribunal do bruxos, ele não deveria ter se deixado levar pelo momento, e 'esquecido' de dar a Sirius um julgamento justo.

 

-Você, Peter Pettigrew, era o fiel do segredo dos Potter? - continuou perguntando Dawlish.

 

-Sim. - foi a resposta.

 

-E você, consciente de suas ações, revelou o segredo àquele-que-não-deve-ser-nomeado?

 

-Sim.

 

-Você é um comensal da morte?

 

-Sim.

 

-E foi um espião de você-sabe-quem?

 

-Sim.

 

-E você carrega a Marca Negra, simbolo dos seguidores de você-sabe-quem?

 

-Sim.

 

-Acho que isso é suficiente, não? - perguntou Dawlish.

 

-É. - respondeu Shacklebolt administrando o antidoto – Peter Pettigrew, você está preso pelos crimes de traição, acessório a assassinato, assassinato de doze trouxas, falsificação de identidade, ser um animago ilegal, e ser um comensal da morte marcado. Você será levado para uma das celas de retenção no ministério até ser julgado.

 

Dawlish usou a varinha para prender Peter e impedi-lo de se transformar e usou a lareira do diretor para voltar ao ministério.

 

-E... o que vai acontecer com Sirius Black, agora? - perguntou Remus.

 

-Sirius Black é um fugitivo! Nós vamos capturá-lo e mandá-lo de volta para onde ele nunca deveria ter saído! - disse Fudge.

 

-Senhor ministro, pelo que pudemos averiguar, Sirius Black é inocente. - disse o auror

 

-Se fosse assim tão inocente, não teria sido preso! - tentou argumentar o ministro.

 

-Ele nunca recebeu um julgamento, Cornélius. - disse Albus – não... eu acho que está mais do que na hora de julgarmos Sirius Black.

 

-E como você pretende fazer isso, Dumbledore, se ele está foragido? - perguntou o Ministro.

 

-Eu tenho certeza de que assim que a prisão de Peter for noticiada, Sirius irá aparecer, exigindo um julgamento. Ou, se não for esse o caso, podemos também anunciar o julgamento dele, Sirius não perderia essa oportunidade.

 

 

***********

 

Mais tarde naquele dia...

 

Harry não conseguia ficar parado. Desde o almoço no dia anterior, quando Peter fez sua aparição, chocando quase todos os presentes no salão principal, o moreno não conseguia se concentrar em nada.

 

Ron, que havia desmaiado, já estava alerta novamente, e também já tinha passado por várias fases, desde incredulidade até a mais pura raiva. No momento, ele parecia estar na apatia, já que estava sentado no sofá em frente a lareira olhando para a frente e completamente silencioso. Hermione, por sua vez, tentava entender o real significado de tudo o que estava acontecendo. Com certeza era algo muito importante, já que o ministro da magia tinha sido chamado assim como os aurores.

 

-Mas, Harry, se ele é realmente Peter Pettigrew, o que isso significa para a história que eu e Ron ouvimos no três vassouras? Sobre Sirius Black ter matado ele e mais doze trouxas? E sobre... ter traído os seus pais?

 

-Eu não sei, Hermione. - Mentiu Harry, sem parar de andar de um lado para o outro – talvez Black não tenha matado os trouxas, mas ainda assim traiu meus pais... ou talvez tenha tudo sido culpa do rato. Eu não sei.

 

-Harry... se ele for inocente... se Black realmente não tiver traído seus pais... - Hermione parecia não saber como dizer o que queria – ele... ele é seu padrinho.

 

-Eu sei disso, Mione! - exaltou-se Harry – o que você espera que eu faça? Enquanto eu não tiver noticias sobre o que vai acontecer, eu prefiro não ter esperanças.

 

-Peter Pettigrew e Sirius Black serão julgados. - disse Remus da entrada do salão comunal – pelo menos é isso que o professor Dumbledore conseguiu tirar do Ministro, que ambos sejam julgados. Logicamente, Sirius precisa APARECER para poder ser julgado... logo, de preferência.

 

-Er... isso vai ser... noticiado? - perguntou Harry – porque se não for, vai ser difícil ele ficar sabendo...

 

-Shacklebolt me garantiu que a prisão de Peter e as datas dos julgamentos serão anunciadas n'O Profeta de amanhã. - contou o licantropo – Harry, Peter... ele confessou tudo. Depois de ser drogado com veritasserum é verdade, mas ainda assim, ele confessou tudo. As mortes, a traição. Se Sirius aparecer, ele com certeza vai ser declarado inocente.

 

-Eu... - Harry poderia explodir de tanta felicidade, mas por fora, a fachada que ele usava principalmente por causa de Hermione era uma de confusão, ele parecia completamente perdido – eu acho que vou dar uma volta... espairecer um pouco.

 

-Harry! - tentou chamar Hermione, mas o moreno não deu atenção, saindo do salão comunal da grifinória e entrando na primeira sala vazia que encontrou.

 

Assim que fechou a porta atrás de si, Harry tirou de envolta do pescoço a chave do Jardim dos Deuses, e em segundos ele se encontrava em seu quarto, saindo pelo corredor em busca do padrinho.

 

Sirius estava na cozinha, preparando um sanduíche de peru, quando percebeu Harry parado na porta com um enorme sorriso no rosto.

 

-Sirius! Eles vão te inocentar! - disse o garoto correndo na direção do animago e se abraçando fortemente a ele.

 

 

N/a: e este foi o capitulo..

E até a próxima!

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