Guerra declarada



- COMO ASSIM VOCÊ FALHOU NA MISSÃO? Você não poderia NUNCA ter falhado! O Lord vai me matar, ou pior, me humilhar eternamente por isso.


- Mas pai, eu posso explicar...


- Então se explique Draco, porque se você apenas ficou com dózinha da sangue-ruim, esqueça-se de que um dia você foi um Malfoy, porque então você não fará mais parte da minha família.


 Draco respirou fundo. Entendia perfeitamente a ira do pai, mas mesmo assim queria confrontá-lo por chamar sua Hermione de sangue-ruim. Era tão horrível lembrar que ele mesmo a chamara assim por tantos anos.


- Foi culpa do comensal que ficou conosco. – tudo bem, era culpa de Zabini. Mas Lúcio não precisava saber disso... pelo menos ainda não – Ele estava sob a maldição Impérius e nós não havíamos percebido. Quando todos se foram, ele nos atacou. Zabini conseguiu fugir assim como as garotas, mas eu não. Ele me prendeu e eu fiquei do jeito que estava quando o senhor me encontrou.


Lúcio não parecia muito convencido com a história de Draco, mas havia sido comprovado que o comensal estava realmente sob a Impérius, o que dava crédito ao que seu filho estava dizendo.


- Bom, de qualquer forma, ainda não posso acreditar que a Srtª Parkinson mudou de lado. Realmente me decepcionei com a sua namoradinha.


- Ela não é minha namorada!


- Claro que não... Mas era não é? Antes dela se juntar com aquela gente.


- A ironia realmente está em alta, não? – Lúcio soltou uma risada anasalada com o comentário de Draco.


- De qualquer forma, agora que sabemos – ou achamos – que você não tem mesmo culpa, o Lord vai te manter no ritual. Mas ele mudou de planos.


- Como assim?


- Não será mais necessário que a sangue-ruim morra. O Lord prevê que a guerra está muito mais próxima do que qualquer um possa imaginar e tem outros planos pra garota.


- Ma-mas, que planos? – Draco tentava fingir indiferença, mas era impossível. O que aquela aberração pretendia com a garota se não matá-la?


- Lamento, mas isso é segredo. Nem eu mesmo sei. – o rapaz notou a nota de raiva que a voz de seu pai continha, mas isso não o preocupava agora. Tinha outras coisas em que pensar.


~~


Dois dias haviam se passado desde o acontecimento na caverna. Dois dias repletos de interrogatórios, lágrimas, incredulidade e angústia. Foi realmente um sufoco pensar em algo para dizer aos meninos que viram quando Hermione e Gina chegaram de madrugada sujas e machucadas no salão comunal.


Logo que saíram da caverna, combinaram que se tratariam como antes na escola, sem esquecer as condições de Zabini, que daria um jeito de chamá-las quando pensasse em algo.


Nesses dois dias, Zabini parecia ter se esquecido completamente de todo o ocorrido, deixando que Hermione absorvesse o tipo de gente por quem ela se arriscara.


Em todos os anos, nunca se sentira assim, tamanha sua raiva. O pior, é que nem era raiva dele, o culpado por tudo, e sim, raiva dela mesma, por ter sido idiota de acreditar que ele a amava, que ele se importava com ela.


Gina aprendeu rápido a não tocar no assunto Malfoy, já que no primeiro dia, quando perguntou se ela sofria muito por ele, Hermione a disse coisas tão terríveis que a ruiva preferiria ter sido azarada.


Nesses dois dias, Hermione não demonstrava qualquer reação perto de seus amigos. Era apenas indiferente, sem se importar com as provas, livros ou qualquer outra coisa que um dia tinha sido importante para ela. A ruiva achava que era exagero ela se mostrar tão fria, mas não ousava opinar.


Mesmo Harry e Ron tinham desistido de tentar animar a amiga e apenas ficavam sempre por perto, mostrando que se ela precisasse, eles estariam ali.


O inverno estava rigoroso e Hermione passava horas na janela do dormitório, apenas encarando o vento violento que açoitava as copas das árvores, antes tão fortes e imponentes e agora se curvavam quase se quebrando ao meio.


A autopiedade se tornou a melhor companhia possível para a Hermione na janela. Mas a garota já estava farta disso. Nunca fora de sofrer em silêncio pelo passado. Se ele a havia machucado, ela aprendia com os erros e seguia em frente sem lembrar realmente da dor que um dia havia sentido. Mas dessa vez era diferente, a única lição que ela tirava disso era que não se pode confiar nas pessoas e mesmo assim, continuava doendo. Amor, sentimento estúpido. Ela era uma grifinória, inteligente, com ótimos amigos e não precisava de certo loiro mentiroso para atazanar sua vida. Naquele momento, Hermione Granger escolheu ser forte e esquecê-lo. Ao mesmo tempo em que na mansão dos Malfoy, enquanto se preparava para voltar à escola, Draco escolhia ser persistente e reconquistá-la.


~~


- Bom dia amigos queridos! Ron, me passa o suco de abóbora? – era a manhã do terceiro dia. O dia em que Hermione voltaria a ser ela mesma. Ron a olhava espantado, como se uma enorme aranha se localizasse bem em cima da cabeça da castanha, mas a passou o suco sem palavra alguma.


- Mione, que bom que você voltou ao normal. Eu estava tão preocupada com você e...


- A Gina quer dizer que NÓS estávamos preocupados com você. Todos nós, não é Gina? – a repreensão de Harry foi de brincadeira, apesar do tom sério que se escondia em cada palavra que saíra de sua boca.


- Oh, sim... Claro que sim. Mas ela me entendeu Harry.


- Obrigada pela preocupação, mas eu estou... – nesse momento, os olhos de Hermione se voltaram para a grande porta do salão, por onde Draco passava neste exato momento – ótima.


Draco não pôde evitar lançar um olhar especulador para a mesa da grifinória. Vê-la ali, empinando o nariz com aquele jeito mandão e convencido que ela adquiria quando queria esconder o que realmente sentia, o fez perder um pouco da coragem que tinha passado dois dias reunindo para falar com ela e explicar tudo o que tinha acontecido. Mas antes disso, tinha outra pessoa com quem ele precisava falar, e esta pessoa estava sentada bem ali, na mesa da Sonserina.


Blás Zabini tomava seu café-da-manhã calmamente e nem se mexeu quando Draco parou do seu lado e exigiu com a voz mais ameaçadora que conseguia que ele o seguisse. Os que estavam perto o suficiente para ouvir a convocação, baixaram os olhos temerosos, procurando ficar o mais longe possível da fúria de Draco Malfoy. Mas Zabini apenas recolocou o copo de suco na mesa, lançou um ‘até logo’ para os amigos e seguiu Draco como se fosse a última pessoa do mundo que precisaria temê-lo.


- Agora chega Blás, me explique exatamente o que foi aquilo na caverna.


- Ué, você estava lá. Ainda assim precisa de explicação? Tsc tsc, eu te achava mais esperto Draco.


- Pare com as gracinhas. Você mais do que ninguém sabia que eu realmente me apaixonei por ela. Você sabia do meu plano para salvá-la e disse que ainda assim me ajudaria se ele desse errado. Você me jurou que ia tirá-la de lá a salvo. Por que mentiu?


- Ora Malfoy, pare de se sustentar no seu próprio ver das coisas que te prometi. Eu te disse que a tiraria de lá a salvo, não? E pelo que vejo, ela está em perfeitas condições. Eu não menti para você, apenas omiti detalhes, como por exemplo, fazer com que ela te odiasse por tê-la enganado.


- Mas eu nunca... O que você pretende com isso, Zabini? Você sabe que uma hora ou outra eu vou conseguir contar a verdade para ela e então você terá sido o mentiroso. O que você ganha com isso?


- Eu ganho muito. Porque antes de ir ao falso resgate com minhas novas amiguinhas, eu deixei bem claro que não seria de graça – não importa como fiz isso – e agora, sua preciosa Hermione confia em mim. A pessoa Draco Malfoy morreu para ela, e se você tentar ressuscitar, ah meu amigo, aí eu te mato de novo!


Um sorrisinho sarcástico brincava nos lábios de Blás, que se divertia com a revolta contida nos olhos de Draco. Blás então começou a se virar para voltar ao salão quando sentiu um puxão repentino no braço e ao virar, o punho fechado de Draco acertou em cheio um soco bem em seu olho esquerdo, fazendo seu nariz sangrar ao mesmo tempo em que ia ao chão.


- Não ouse chegar perto dela, seu imundo. Farei tudo que estiver ao meu alcance para reconquistá-la e você, tome muito cuidado.


Dizendo isso, Draco virou as costas e seguiu na direção da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, sua primeira aula naquele dia que prometia ser longo.


Zabini permaneceu no chão por mais alguns instantes, vendo o rapaz se afastar. Limpou o sangue com a manga da camisa branca do uniforme que usava e abriu um meio sorriso. Sempre quis que chegasse logo o momento de destruir Draco, o perfeito, o dono de tudo que ele queria; o maioral, o eternamente invejado pelas coisas que tinha e conseguia. Mas nunca imaginou que a guerra seria travada por causa de uma garota. Ainda mais uma sangue-ruim.
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N/A: É isso aí... vocês com certeza vão querer me matar, mas esse é o final da fic. CALMA, é o final da primeira temporada, relaxem. Deixa eu explicar... como eu disse no início, era pra essa ter sido uma short, mas eu acabei bolando uma história grande demais. Eu mantive o estilo inicial postando cap. bem curtinhos, mas assim a fic seria muito longa :s
Aproveitei o momento dramático para deixar vocês com vontadinha de ler a continuação (sim, eu sou má), mas só porque eu vou mudar o estilo da escrita. Os capítulos serão um pouco mais longos e com mais conteúdo. Nem por isso eu vou demorar... bom, só o de sempre :x  poaksopask
Prometo postar o primeiro capítulo ainda essa semana ok? E eu deixo vocês me xingarem ao ler isso. Mas não xinguem muito, tá? :/  opaskopsak
Anyway, agradeço - de novo - a todos os leitores e a todos os comentários. Vocês é que me fazem cometer essas loucuras de postar esses devaneios aqui *-*
Assim que eu postar o primeiro cap. eu colo o link aqui, tá? :D
Beijo... (deixa eu correr aqui antes que alguém decida me matar)

http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=39000  - a continuação gente :D

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Comentários (3)

  • juliana vieira

    o que será que irá acontecer agora?

    2012-06-02
  • Caren F

    Ok, não vou fazer comentários com relação a sua maldade, mas pelo menos você mostrou de verdade um dos lados dos sonserinos: a inveja. Beeijo

    2012-05-22
  • Amy Peverell

    áhhhhhhhhhhhhhhhhhhh você é MUUUUUUUUITO má! não se faz isso com a sanidade de alguém! se o draco nã o fizer UE MESMA faço questão de matar o blás!!!! áaaahhhhh ~~le eu indo ler a continuação igual a hermione engolindo o livro "hogwarts, uma história"~~ kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    2011-11-27
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