Draco Malfoy afinal
O pequeno grupo continuava seguindo o caminho tortuoso e agora um pouco confuso da caverna. Não tinham encontrado mais armadilhas apesar de que já caminhavam há bastante tempo.
- Blás, por que não achamos mais nenhuma armadilha? – a voz de Hermione saiu num sussurro e ela nem reparou que o chamara pelo primeiro nome... Mas ele reparou.
- Não tenho certeza, mas acho que talvez eles queiram que nós...
A frase não pôde ser concluída, pois um jato de luz vermelha atingiu Blás em cheio. O feitiço estuporante o jogou vários metros para trás e à frente das garotas que empunhavam as varinhas prontas para o combate, surgiu Lúcio Malfoy acompanhado por Greyback.
Hermione corou indignada ao ver que o próprio pai de Draco o mantinha preso e foi a primeira a soltar um feitiço:
- Estupefaça!
O raio vermelho passou exatamente entre os dois Comensais, que logo reagiram, mas mesmo entre o duelo, a voz de Lúcio se fez ouvir:
- Não mate a sangue-ruim. Ela é do Draco.
Quando Zabini finalmente se recuperou do feitiço que o atingira, se deparou com jatos de luzes de várias cores que saíam das varinhas das garotas que ele acompanhava e das varinhas de dois Comensais que ele conhecia muito bem.
Colocou-se de pé o mais rápido que conseguiu e foi ao auxílio de Hermione, que duelava com Greyback enquanto Gina e Pansy lutavam com Lúcio.
Ao ver Blás, o meio riso meio latido do lobisomem saiu carregado de sarcasmo. Lançou um feitiço não-verbal em Hermione, que caiu desacordada, e ainda exibia os dentes amarelos e pontiagudos para o rapaz.
- Então é mesmo verdade... O que se dizia melhor amigo do Malfoyzinho mudou pro lado da sangue-ruim. Quando eu te dei aquela pequena surra, moleque imprestável, foi para você aprender que ou você é fiel ao Lord, ou você morre. Mas me diga, sua perna ainda dói muito? – com essas palavras, até mesmo Lúcio riu.
Blás soltou um grunhido de raiva e atacou Fenrir Greyback do jeito mais cruel que pôde. Queria que ele sofresse, implorasse por misericórdia e acima de tudo, pedisse perdão à Granger por tê-la chamado de sangue-ruim.
O crucio lançado foi alimentado pela raiva que o jovem sentia fazendo com que sua intensidade fosse ainda maior, se é que isso é possível. Blás sorriu maleficamente ao ouvir os uivos de dor que saíam estrangulados da garganta de Greyback.
Lúcio até mesmo parara de duelar com as meninas e agora todos assistiam temerosos à cena que se desenrolava a dois passos de uma Hermione desacordada.
Voltando a si, Lúcio enfeitiçou as duas garotas ao mesmo tempo com um feitiço do corpo-preso. Apontou sua varinha para o garoto que freqüentava sua casa desde antes dos onze anos, o garoto que era quase como um irmão para Draco, o garoto que agora o desonrava quase tanto quanto se fosse Draco ali, lutando pela sangue-ruim e começou a proferir o feitiço que o limparia de uma vez da desonra.
- Avada...
~~
Ainda sentado na cela, com uma expressão incrédula no rosto, Draco ouviu passos e sussurros. Reconheceu ao longe, a voz doce e um pouco temerosa de Hermione, e logo depois uma voz masculina, que o garoto sabia conhecer, mas não conseguia lembrar-se de quem era.
Aparentemente, as palavras de quem acompanhava Hermione foram cortadas por um feitiço. As mãos de Draco começaram a suar, mas seu rosto permanecia frio com uma expressão impenetrável. Era isso, ele já sabia o que fazer. Finalmente tinha pensado em um plano para tirar sua morena a salvo daquele antro de cobras.
Seus pensamentos foram cortados por um grito, ‘CRUCIO’, ele ouviu. Então o dono da voz tomou forma na mente de Draco. Era Zabini e ele estava ajudando Hermione. Talvez o plano para salvá-la desse mais certo do que ele esperava.
Levantou-se e correu para o lado de onde vinham os sons. Os poucos comensais que estavam ali de vigia, nem se moveram quando o rapaz passou correndo entre eles e quase tropeçando em Yaxley, que dormia pesadamente largado no meio do caminho. Certamente eles achavam que aquilo era parte da armadilha.
Quando Draco os alcançou, seu queixo caiu. A situação era mais inusitada do que pensava. Blás ainda lançava o crucio em Greyback e seu pai tinha enfeitiçado Gina Weasley e Pansy Parkinson (nessa hora o queixo de Draco desceu mais), e agora Lúcio apontava a varinha para seu melhor amigo e começara a pronunciar audivelmente:
- Avada...
- NÃO! – Draco gritara a plenos pulmões. Com o susto, Blás parara de enfeitiçar Greyback, que agora estava jogado de qualquer jeito no chão e arfando e Lúcio abaixara a varinha, esquecendo-se de que pretendia matar o melhor amigo de seu filho ali. – O alvo é a sangue-ruim. Se Blás está aqui, é porque foi incumbido de trazê-la até mim, não é Blás? – o olhar sugestivo que Draco lançou ao amigo foi o suficiente para que ele entendesse que tinha que concordar. Mas não se dobraria tão facilmente. Acharia uma maneira de levar Hermione a salvo dali.
Quando a castanha finalmente despertou, percebeu que estava amarrada e levantada do chão magicamente alguns centímetros. Ao seu lado, estavam Gina e Pansy, à sua frente estavam Draco e Blás, e em volta de todos eles, estavam mais comensais além de Lúcio e Greyback, ambos exibindo um sorrisinho satisfeito no rosto.
- Então Draco, meu filho, você faria as honras?
- É claro papai. Hermione Granger, sangue-ruim insuportável, finalmente eu vou me livrar de você para sempre. – os olhos de Hermione se arregalaram de descrença... Não podia ser verdade. Ele não poderia realmente ter armado tudo aquilo apenas para atraí-la para uma armadilha. Afinal, era Harry que eles queriam, não era? – Bom, caso você ainda não tenha deduzido sozinha... Eu vou te matar. – e o sorriso de Draco Malfoy nunca foi tão falso como naquele momento.
- Espere, espere. – Blás dizia alegre – Já que você vai mesmo matá-la, então por que pelo menos não explica o motivo disso?
Muitos comensais soltaram vaias, mas Draco pareceu se apoiar na idéia como a um bote salva-vidas.
- Ótima idéia Blás! Bom, - ele se dirigia agora diretamente para Hermione – o Lord reparou que o menino-que-sobreviveu tem uma fraqueza muito grande, que no caso é você. Então, ele decidiu te tirar do caminho, fazendo com que o Santo Potter fosse enfraquecido. Claro que o Lord não seria o Lord se não tirasse alguma diversão disso. Foi sugerido então, que eu a conquistasse e a fizesse vir em meu socorro. Aqui, você perceberia o quão burra e estúpida você foi por se apaixonar por mim, e morreria pelas mãos de quem ama: eu! Não é realmente brilhante? – Draco olhava admirado para Blás. – Mas eu tenho uma declaração a fazer. Não quero que reles comensais participem da minha festinha, nem mesmo você papai. Quero apenas que Blás fique.
- Isso não será possível Draco. O Lord ordenou que te vigiassem, para saber se você fez mesmo o que tinha de fazer! – a voz de Lúcio tremia um pouco ao pronunciar essas palavras. Draco imaginou que a causa fosse o medo.
- Então escolha um comensal de sua confiança, pai. E ele fica.
Lúcio escolheu um dos comensais que os circundavam e que usava máscara. Logo, apenas as prisioneiras, os sonserinos e o comensal partilhavam a cena. Era hora de agir.
Blás apontou a varinha para o comensal e lançou nele a Impérius. Enquanto o comensal ficava ali parado, sem reação alguma como se estivesse dormindo em pé, Blás se virou para Draco, apontando agora a varinha para o peito dele.
- Você é mesmo muito baixo Malfoy. Mas eu não vou permitir que você a mate, ou que encoste um dedo em um fio sequer do cabelo dela. Se tentar, eu mesmo tiro sua vida.
Draco estava perplexo com a reação do amigo. Tinha achado que ele entendera os olhares que lhe mandara ao pedir que os comensais se retirassem. Blás melhor do que ninguém sabia que ele tinha realmente se apaixonado por ela, então para quê aquele teatro?
Blás então desarmou e amarrou Draco, sem que este conseguisse esboçar qualquer outra reação que não a de surpresa. Soltou as garotas e se pôs a vigiar a porta da caverna, para saber se não teriam surpresas desagradáveis ao sair de lá.
Hermione tinha o rosto marcado por lágrimas, mas agora não chorava mais. Em seu olhar, só havia ódio e foi reunindo todo esse ódio que a castanha ergueu a mão direita e com a maior força que conseguia, esbofeteou o rosto de Draco Malfoy.
- Nunca mais fale comigo. Nunca mais OLHE para mim. Eu te odeio Malfoy, com todas as minhas forças e se um dia, durante essa guerra maldita, eu tiver a chance de te mandar para o inferno, pode apostar que eu vou aproveitá-la.
Tendo dito isto, Hermione se afastou com Gina e Pansy até onde estava Blás, que usando a maldição Impérius, fez o comensal ir até o Lord e dizer-lhe que Draco havia falhado na missão.
E assim, o mesmo grupo que tinha vindo, se foi, deixando Draco Malfoy para trás, preso e humilhado, com o rosto ainda ardendo pelo tapa e nos olhos, um brilho tenebroso. Se Blás queria jogar, então ele jogaria. Mas Hermione seria dele, ah se seria.
Comentários (2)
COMO ASSIM PRODUÇÃO? Meu Blásio ficou burro de repente, é isso? OMFG, não pode. E Draco? Como fica agora? Ai, to com medo... partindo >>>>>
2012-05-22o que?????????? hã? como assim véi!! nãaaaao mata o blás! agora! que buuuurroo!!!! veeeeeei que ódiooooooo ia ser perfeito se o draco tirasse eles de lá! aaaaaaah que raiva! noooossa!! mas tbm o draco TINHA que ficar sem reação numa hora dessa né! aiai! kkkkkkkkkkkkkkkk estpou adorando muuuito a fic! sério! parabéns! vc escreve muuuito bem!!!!
2011-11-27