Morto ou vivo?
Capítulo 9 – Morto ou vivo?
Alvo Dumbledore suspirou cansado, antes de agradecer a Arthur e sair, com Minerva e Severo em seus encalços.
Snape parecia totalmente indiferente, apesar do velho diretor saber que estava profundamente irritado com o que o garoto dissera.
Já Minerva estava confusa. Por que o menino agira assim? Teria de ter uma conversinha com Dumbledore...
Os Weasleys estavam completamente chocados.
O garoto... Black... Era Harry Potter! O morto Harry Potter, que pareceu bem vivo diante de seus olhos!
Gina ficou encantada com o moreno. Ele era seu herói, agora, mais ainda. Salvou-a ontem três vezes, duas do Malfoy e uma dos feitiços estuporantes. Com certeza estava admirada.
Estava para subir pra seu quarto, quando sentiu um papel em sua mão direita, que nem reparara ter fechado em punho.
Abriu o papel, que parecia um pequeno bilhetinho, e leu a linfa caligrafia ali:
Desculpe.
H.P.
E do lado um raio verde.
Com certeza era dele. Não sabia o que ele queria dizer com desculpe, mas iria guardar o recado na alma e o papel – esse pensamento a fez rir – num santuário.
Harry caiu desajeitado no tapete da sala de quadros, tão logo quando Rowena gritou pela ajuda de alguém.
Naomi, Addie e Lene, que estavam fazendo o jantar esperando preocupadas por Harry, entraram logo na sala e correram para Harry.
Constataram, aliviadas, que ele só estava exausto pelo modo como fora transportado.
Delicadamente o pegaram e o colocaram no sofá, que ele várias vezes sentara, com cuidado. Mas ele já estava acordando.
- Ai, ai – falou colocando a mão na cabeça – Foi um dia agitado!
E sorriu empolgado.
ooOoo
Foi necessário o jantar inteiro para Harry explicar o que aconteceu na Copa Mundial de Quadribol. Sendo cortado várias vezes por Naomi, preocupadíssima.
Quando falou dos feitiços estuporantes que recebera, Lene queria que ele tirasse a camisa ali mesmo para ela logo curá-lo. Mas ele riu relaxado, e continuou a história.
Rapidamente falando sobre ir na casa dos Weasleys, como Dumbledore chegara e da conversa deles. E como fora embora.
- Então, está tudo certo – terminou enquanto colocava o último pedaço de empadão de frango na boca.
- Como assim, tudo certo? Tio Dumby sabe que ‘cê ta vivo, vai espalhar aos sete ventos – exasperou Sirius.
- Vão fazer uma busca por você – concordou Lene, olhando preocupada para o afilhado.
- Nhah! Nem me importo, como se fossem me achar – falou colocando os pés na mesa de vidro, mas eles foram empurrados para fora por Naomi.
- Mas e aí, gostou de conversar com os Weasleys? – perguntou Remo só para descontrair o clima que se instalara.
- Foi no mínimo... Interessante – falou pensando em Gina, de repente. Corou um pouco, mas ninguém reparou.
- Na verdade, já encontramos eles a alguns anos atrás, no Beco Diagonal. Estávamos comprando coisas, foi até quando Harry abriu a conta dos Black, claro que ele estava disfarçado – falou Adie sorrindo. Ela tinha boa memória.
- Pois é. – falou Harry, um pouco triste, o que foi reparado. Se tinha uma coisa que ele não gostava era conhecer a pessoa uma vez, e quando vê-la de novo, ela não te conhecer. Culpa de ele ter de andar disfarçado.
Rapidamente fingiu uma falsa alegria.
- Adie! – quase berrou feliz – Temos muito o que fazer!
- Do que ‘cê ta falando garoto? – perguntou de boca cheia. Ela nunca foi do tipo patricinha... Nem mesmo no alto dos seus vinte anos.
- Temos o que fazer, lembra? Quadro do Salazar, bomba de cores multicoloridas, coisas explodindo na moldura dele... – incentivou Harry a lembrar.
- Ih, é! Oba! – falou, levantando e correndo pelos longos corredores e Harry foi logo atrás.
Os adultos presentes riram.
- Eles ainda parecem crianças, tipo o cão sarnento aqui – falou Lene.
- Ei, não me mete nessa não – falou, mas ainda ria pela criancice do afilhado e da Adie, ao qual considerava uma sobrinha, filha, afilhada. Como Harry.
- Querem saber? – perguntou Remo sorrindo – Vocês dois e eles dois são crianças.
E desviou de um prato arremessado, enquanto Náh reclamava e Merk gargalhava.
Pov’s Harry:
Devo dizer que não fiquei impressionado ao ver meu nome na primeira página do Profeta Diário, no dia seguinte.
Afinal, morto ou vivo?
Harry Tiago Potter, declarado morto a três anos (sendo que morreu sete anos antes a essa declaração), foi visto por vivo e com saúde.
Alvo Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria declarou ter visto e conversando com O-Menino-Que-Sobreviveu no dia posterior ao da Copa Mundial de Quadribol.
O Sr. Potter se encontrava na casa dos Weasleys, pois recebera feitiços estuporantes na confusão que ocorreu na Copa.
“Eu conversei com o Sr. Potter, entretanto, ele não parecia muito disposto a isso. Recusou-se a dizer onde estava, e alegou estar aprendendo magia com professores, e um pouco independentemente” relatou Alvo Dumbledore, o mesmo que confirmou o garoto ter morrido.
Dumbledore está fazendo joguinhos? Afinal, O-Menino-Que-Sobreviveu está morto ou vivo?
Rita Skeeter
Bem a cara da Skeeter, adora um escândalo. Se bem que dessa vez ela até ficou na linha e não exagerou muito.
Suspirei.
Tinha muitas providencias a tomar.
Levantei de minha cama, e sai do meu quarto. Caminhei impotente pelos longos corredores. O chão de mármore puro, as paredes pintas de branco detalhadas em bronze ou ouro.
Fui para a sala de estar, onde, felizmente, estavam todos lá.
- Oi, gente – cumprimentei geral.
- Oi H. – falou Merk.
- Oi, Pontas – falaram Sirius e Remo, que se acostumaram a me chamar assim.
- Oi, Harry – Adie, Lene e Náh disseram.
Ai, ai. Que robôs!
Mas, enfim. Eu não estava lá para isso.
- Pessoal, sua atenção, por favor. Attention, please! – pedi, um pouco risonho.
Todos deixaram de fazer o que estavam fazendo e viraram-se para mim.
- Bem, como eu disse antes de ir a Copa Mundial de Quadribol, decidiram realizar o Torneio-Tribruxo – falei sem rodeios de onde queria chegar.
- É, o Ministério não sabe nem guardar segredos – concordou Adie prontamente.
Ergui uma sobrancelha, mas nada perguntei.
- Então, eu decidi que não vai rolar torneio nenhum – disse.
- Ãhn? – fizeram em uníssono, teria rido se a situação não fosse séria.
- Olha, o torneio só está me atrapalhando... – desviei o assunto. Não queria chegar no ponto.
- Por que está te atrapalhando você exatamente? Harry, você vai ficar aqui dentro, o torneio lá fora – disse Náh.
Xi... Ela foi bem direta ao que eu não queria falar.
- Ãhn... Só está, ok? – respondi. Não queria realmente falar o que estava acontecendo. Dos sonhos que estava tendo com Rabicho, Voldemort e Bartô Crounch Jr.
Todos me encararam. Dei um sorriso, meio falso devo dizer. Antes de sair da sala e ir para meu quarto.
POV’s Adhara:
Obviamente tinha algo errado com meu irmãozinho. Eu conheço ele a tempo demais pra saber disso.
Ele saiu da sala com um – falso – sorriso tranquilizador no rosto.
Olhei para Lene e ela também estava desconfiada do afilhado.
Pensei em levantar e ir atrás dele, mas... Ele sabia o que estava fazendo, certo?
Isso me preocupava. Afinal, o que ele queria dizer com eu decidi que não vai rolar torneio nenhum?
POV’s Harry:
Me apressei em sair da sala de estar, já que. Tinha muitas coisas a fazer, e, como ia gastar muita energia, não queria que ninguém me impedisse.
Primeiro fui até a biblioteca e peguei um livro sobre rituais, aquele dois mais antigos.
Depois, corri pelos corredores e entrei na sala dos quadros. Os Potter me observavam curiosos, ainda mais quando comecei a desenhar (fazendo uma luz brilhante sair de meu dedo indicador) um estrela dentro de um círculo.
Quando terminei e estrela brilhou, e pude ver que minha ancestral, Rowena, já sabia o que eu ia fazer. Como sempre.
- Não faça isso, Harry! – gritou, desesperada.
E minha mãe, é claro, preocupada, perguntou:
- O quê? O que ele vai fazer?
- Ritual do Sangue Mágico. Vai fazer seu sangue ficar impregnado de magia. Vai arder, vai doer, machucá-lo demais – respodeu e pude sentir os olhares dos quadros em mim.
- Harry Tiago Potter, não ouse! – fiquei surpreso ao ouvir meu pai, e não minha mãe, gritar isso.
Mas não prestei atenção, continuei o ritual, por mais que os outros quadros também falassem – e mandassem – eu parar.
Quando começaram a gritar chamando por alguém, eu já estava começando o ritual e não mais poderia ser interrompido. Minha magia aumentaria, e eu poderia fazer o que quisesse.
Primeiro começou tudo bem. Podia sentir o sangue em minha veias batendo normalmente. E, de repente, ele pareceu ficar mais grosso, como se dobrasse de tamanho e tivesse dificuldade em passar pelas correntes sangüineas. Meu coração disparou, como se fosse bater asas para fora do meu corpo e então. Começou a dor.
Era inimaginavél, insuportavél. Impossível de descrevê-la.
Era como se queimassem meu corpo, mas gelo seco e frio passasse por dentro de mim. Como se minha cabeça fosse esvaziada de repente e passe um forte furacão. Como se os ossos dos meus pés e pernas fossem cravados tão fortemente na terra que se partissem.
Eu tentei não berrar, mas os gritos me escaparam dos lábios, e saíram altos. Eu não sabia se tinha alguém me segurando, se tinha alguém na sala, se tinha alguém comigo. Só sabia de uma coisa: queria morrer.
Queria que a dor acabasse, e logo. Entre os meus gritos, pude ouvir um alto CRACK! Não era uma aparatação, era alta demais. E, também, pude sentir meus muscúlos fincando tensos e meus ossos parecendo quebrar e logo depois se recomporem, como se tivesse tomado uma dose de Esquelesce.
E, por fim e para piorar, a dor passou toda para meu coração e cabeça. Meu coração parecia tão rápido que era como se fosse sumir e minha cabeça pulsava tão fortemente que dava vontade de arrancá-la.
Com um último grito, minha dor parou. E não consegui enxergar, ouvir, sentir, falar.
Não conseguia nada.
POV’s Naomi:
Estava preocupada com Harry quando ele saiu com um sorriso. Eu realmente gostava dele como meu filho desde que o vi cair naquela sala a 11 anos.
Não tinha se passado nem vinte minutos desde que ele saiu, quando ouvi gritos vindo das salas dos quadros:
- ALGUÉM! ALGUÉM! – a pessoa parecia desesperada.
E depois várias vozes se sobreporam. Gritavam.
- ALGUÉM AQUI! VENHAM NA SALA DOS QUADROS! POR FAVOR!
Muitos gritavam, mas, pelo desespero e gritaria, todos corremos para a Sala dos Quadros e, quando entramos, uma cena me chocou.
Harry estava no centro da sala. Um desenho de estrela num círculo brilhava eu vermelho sangue, quando essa luz o envolveu.
No início, nada aconteceu, quando ele foi tomado pela luz. Primeiro seus olhos mudaram para vermelho-sangue e sua pele ficou pálida, como a de um vampiro que vi uma vez na Escócia. Seus olhos vermelhos deixaram lágrimas de sangue caírem, deixando a cor sangue sumir, deixando aparecer um dourado forte.
Então, ele começou a gritar.
Muito desesperadamente, a dor tão visivel...
Isso pareceu acordar todos do choque, corremos para ali, mas o círculo nos impedia de parar o ritual que ele fazia.
Seus gritos continuavam.
Seu corpo deitou de barriga para cima no chão e ele ficou imóvel, mas seus gritos de dor ficaram mais altos. A pele ia ficando mortalmente branca, como se estivesse sem sangue nas veias. Seu cabelo parecia mais preto do que nunca, e de seus olhos saía uma luz fortemente cor de ouro.
Um alto CRACK! Fez com que eu gritasse por seu nome, como muitos outros Potter, Sirius, Marlene e Adie faziam.
Seu coração pulsava tão alto que era possivel ouví-lo, o que era estranho e assustador.
E, de repente, tudo parou. O círculo traçado por ele parou. Desesperados, corremos para ele e, dessa vez, não fomos impedidos.
Ele não se mexia. Ele não parecia vivo.
Sua pele mais pálida que o normal. Seu cabelo estava negro, e, de certa forma, morto. Seus olhos se abriram e não piscaram mais, mas tinham uma cor transparente. Aliás, não tinha cor. Sua íris não estava branca como quando ele usava Legilimência avançada, estava sem cor, essa era a realidade. Podia-se diferenciar onde tinha a íris por um risquinho, mas era transparente. E isso me assustou.
E o pior: ele não se mexeu novamente. Nem respirou.
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QUERO COMENTS! São meu combustivel, genti!!!!
QUERO VOTOS! São meu oxigênio, genti!!!!!!
Espero que estejam gostando da fic!
Beijinhos e vassouras,
Annie Amo Harry Potter Evans Potter! HiHi ♥
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