Conexão
A resposta para aquela pergunta ficou ali, pairando entre Harry, Rony e Hermione como se fosse uma presença. Era terrível.
Nem mesmo Harry poderia pensar que ele chegaria a tanto.
No entanto, o que mais o intrigava, era o fato de que o bruxo em questão estava morto.
CAPÍTULO 2 – CONEXÃO
- Mas é impossível! – foi o que Harry conseguiu articular após vários minutos de silêncio.
- Me admira que, após ver isso tudo, você ainda pense que existem coisas que são impossíveis – Brandon abriu seu sorriso.
- É impossível sim! – Hermione olhou convicta para Brandon – por que...
- Nenhum feitiço pode ressuscitar os mortos – completou Derose, que parecia ter muita experiência nesse ponto.
- E é impossível que ele tenha mexido com o tempo estando morto! – disse Frederich – Quer dizer, quem pediria para alguém mexer no tempo por ele depois que tivesse morrido?
- Alguém que queira viver para sempre – respondeu Lavalle, absorta em pensamentos – mas porque isso está preocupando tanto você, Harry?
- Ele é horrível, desprezível... – foi o que pôde falar, ainda estava em estado de choque.
- Acontece que Harry sofreu muito na mão dele – respondeu Hermione, pousando a mão no ombro de Harry – e uma vez aqui de volta, ele temia ter que sofrer tudo isso de novo.
- E parece que vai – Brandon não estava ajudando.
- CALA A BOCA! CALA A BOCA! VOCÊ NÃO ENTENDE SEU OPORTUNISTA! – Harry se levantou e foi correndo na direção de Brandon – VOCÊ SABIA E ESSE TEMPO TODO NEM ME AVISOU!
- Eu... eu não tive oportunidade! Estava ocupado cuidando do diagrama!
- E QUANDO ESTÁVAMOS NA SUA CASA VOCÊ NÃO ME DISSE NADA! PODERIA TER ME PREPARADO NESSES MESES!
- Eu até previ que isso fosse acontecer! Mas não pude ver a gravidade da situação! Só percebi quando juntei as minhas informações com as de Lavalle e de Derose!
- Fique calmo, é o melhor que você pode fazer, pelo menos por enquanto – Lavalle o afastou para longe de Brandon, mas Harry ainda o encarava quando saiu para o jardim.
- Harry, você ouviu a explicação dele, ele não teve culpa – Hermione se preparou para levar um tapa quando disse isso – Escute, eu também não confio nele, mas ele tem razão; não teve mesmo oportunidade de te contar.
Harry agora desejava mais do que nunca que Voldemort tivesse matado os pais de Neville e não os seus. No entanto, se não fosse por esse fato, ele talvez nunca tivesse conhecido Rony, Hermione, a AD, ou tido aquelas aulas com Dumbledore ou sido apanhador e o mais jovem campeão Tribruxo que já existiu. Talvez nunca tivesse conhecido Gina e casado com ela, muito menos iria ter um filho com ela.
De alguma forma, tudo aquilo que aconteceu na sua vida havia contribuído para formar o Harry Potter que ele era naquele dia. Embora tudo tenha sido ruim, muito ruim, no fim, Harry conseguiu extrair daquilo as melhores coisas possíveis.
E decerto agora deveria agradecer. Ele riu dessa idéia, mesmo sabendo que Voldemort não haveria mandado alguém mexer no tempo simplesmente para ouvir um “muito obrigado” de Harry.
- É engraçado como certas coisas acontecem – ele disse, após uma meia hora de raciocínio, quando Rony e Frederich se juntaram a Hermione.
- Não tente entender porque elas acontecem – sorriu o professor – não vai conseguir na grande maioria dos casos. Principalmente quando se trata do tempo.
Houve mais uma pequena pausa.
- Derose estava me falando sobre você – Frederich estendeu a mão para que Harry se levantasse – admiro você profundamente. Não se deixe desanimar agora que você tem muito mais pelo que lutar.
Nadal tinha razão, ele não deveria se dar por vencido. A profecia falava que ele era o único que poderia parar Voldemort, e ele faria isso quantas vezes fosse preciso.
- Vamos procurar esse professor então – Harry se levantou – ficar parados aqui não vai nos ajudar.
- Como você tem tanta certeza do que vai fazer? – perguntou Rony.
- Eu já sei o que Voldemort vai fazer, só preciso que vocês me ajudem a encontrar o caminho correto.
Convenientemente, faltavam alguns dias para que Voldemort tentasse aquilo. Era impressionante como, no fundo, todas as coisas estavam dando certo. Só seria preciso que os Especialistas garantissem que nada fosse dar errado dali em diante.
Harry nunca esteve tão convicto do que iria fazer. Aquela era a sua missão.
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