Plano B



- Acho que isso já está bem óbvio para todos aqui – Harry começou – principalmente para você, Brandon. Mas acho que não custa nada passar a situação numa folha limpa. Sentem-se – ele indicou as cadeiras – Eu vou explicar para vocês o plano de Voldemort.


 


CAPÍTULO 3 – PLANO B


 


- O que? – Rony estava intrigado – pensei que já soubéssemos do plano dele! As Horcruxes é claro!


- E o roubo da Varinha das Varinhas, não é? – completou Hermione.


- Exato – disse Harry – mas vocês não vão ser tão tolos ao ponto de acreditarem que ele não tinha um plano B?


- Vamos sim! – protestou Hermione – Voldemort era muito orgulhoso para pensar que algum plano seu fosse dar errado!


- Mas com certeza não era burro para não notar que ele estava dando errado, não é? – argumentou Rony, e Hermione foi obrigada a concordar. Os outros quatro pareciam estar entendendo muito pouca coisa, com exceção de Derose.


- Então, se ele estava tão desesperado para acreditar numa historinha de crianças e correr o mundo atrás de uma varinha extremamente poderosa, me diga por que ele nem ao menos tentaria mexer no tempo? – Harry se esforçava para manter o tom de voz, tamanha era a sua certeza.


- Ou pedir para alguém voltar, se algo desse errado – Rony começava a chegar onde Harry estava.


- E avisá-lo qual foi o seu erro – concluiu Hermione, tapando a boca com a mão.


- E me digam, qual foi o seu erro?


- Matar o Snape, certo de que assim possuiria a Varinha das Varinhas – os dois responderam automaticamente, em uníssono.


- Mas na verdade, o verdadeiro possuidor da Varinha era...


- Draco Malfoy.


- Que passou para mim quando eu o derrotei...


- Quando fugimos para o Chalé das Conchas...


- O que nos leva a crer que...


- ELE VAI TENTAR MATAR O DRACO!


Os dois levantaram automaticamente, como se tivessem levado um choque elétrico.




- Temos que impedir isso! – disse Rony, e Hermione o encarou como quem diz “a é?”.


- Que opções nós temos? – Harry perguntou para os Especialistas.


- Bom, temos a mais simples de todas – começou Derose – que seria persuadir esse professor a não falar ao Voldemort como derrotar você.


- Isso seria muito complicado – disse Harry – Voldemort é Legilimente, ele saberia se estivesse mentido.


- Temos uma outra – disse Lavalle – que seria informar Draco e protegê-lo.


- Ele está em casa agora, seria suicídio entrar lá assim – argumentou Hermione.


- E tem uma outra que é a mais complicada, pelo que vejo – disse Brandon – ou seja – atrasar Voldemort antes que ele encontrasse Malfoy, e tirar a varinha de Malfoy enquanto isso.


- Mas Draco seria morto de qualquer jeito se fizéssemos isso – disse Harry – Não ia adiantar muita coisa.


- Mas eu tenho uma certeza – Frederich se manifestou – de qualquer forma, é bom você procurar esse professor. Sempre existe uma possibilidade que as coisas se acertem. Talvez você o sensibilize.


- É Harry, não custa tentar – incentivou Hermione.


É claro que custava, em todas as situações o risco era enorme, além do mais, também havia a possibilidade dele já ter avisado Voldemort e do Lord já ter dado cabo de Draco, pois era evidente que o professor havia errado a data em alguns meses. Mesmo assim, Harry se recusava a pensar por esse ângulo.


- Muita coisa pode dar errado – ele disse, após esse raciocínio – muita coisa pode já ter dado errado.


- Nós sabemos – todos responderam em uníssono.


- E você vai tentar mesmo assim, não é – Brandon repetiu as palavras que Harry havia dito em sua casa, pela primeira vez seu sorriso parecia verdadeiro.


- Vou – Harry respondeu, retribuindo o sorriso.


- E você tem alguma idéia de onde esse professor esteja? – perguntou Frederich.


- Tenho um palpite.


- Bom, os apagões começaram em Wiltshire – disse Rony – então e bastante provável que o professor estivesse baseado lá.


- O condado não é muito grande, as cidades muito menos – lembrou Hermione.


- Então acho que é para lá que nós vamos – declarou Harry – vocês não podem nos ajudar? – ele perguntou aos Especialistas.


- Receio que não – disse Lavalle, sorrindo – sabe, nós não conseguimos desvendar o passado o presente ou o futuro de outro professor porque, bem, ele não está mais sujeito a essas regras.


- Acho que vocês terão de agir sozinhos – disse Frederich – mas ficaremos aqui, torcendo para que dê certo. Senão, todo o nosso trabalho desses meses terá sido em vão.


Harry sentiu medo, pela primeira vez. Estaria vulnerável, nu. Mesmo assim, havia algo dentro dele que lhe avisava que aquilo seria a coisa certa a se fazer, mas não o deixava muito mais tranqüilo.


Após mais uma breve despedida, os três aparataram.

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