Falha
Harry esperou algo como a aparatação ou a Chave de Portal, mas nada disso aconteceu.
A porta não abria.
Rony e em seguida Hermione puseram a mão na maçaneta, forçando-a. Mas mesmo assim ela não girava.
- Acho que ela emperrou – disse Harry, constrangido.
- Não! É impossível! – disse Frederich – deve ter havido algum erro.
Imediatamente seis pares de olhos convergiram para Brandon:
- Não fui eu! Eu juro que fiz de tudo para impedir que essa falha ocorresse!
CAPÍTULO 1 – FALHA
- Mas que diabo aconteceu? – perguntou Derose, alguns minutos mais tarde, quando todos estavam sentados à mesa, olhando para a carta repousada no meio deles, como se ela estivesse prestes a explodir.
- Ainda bem que eu fiz uma cópia – disse Brandon.
- Você sabia que isso ia acontecer? E não nos avisou? – perguntou Hermione.
- Claro que eu sabia! – Brandon ficou ofendido – acontece que sempre existe uma possibilidade de erro. Já disse que fiz de tudo para evitá-lo e essa cópia do diagrama aqui é uma prova disso.
- Então o que nós podemos fazer para consertar esse erro? – perguntou Harry. Aquilo tudo o estava deixando atordoado.
- É muito difícil saber – Lavalle afastou os olhos da carta – já que havíamos checado todos os pontos pelo menos umas dez vezes.
- Tenho certeza de que, seja o que for não foi culpa de vocês – Frederich se levantou e foi até o mezanino – nem de vocês – ele apontou para Harry, Rony e Hermione.
- Por favor, não se culpe – pediu Harry.
- Eu não ia me culpar! – disse o professor – acontece que eu acho que essa falha está intimamente ligada com o fato que os trouxe até aqui.
- O que? – perguntou Rony. Harry podia sentir seu coração forçando seu pomo de adão na garganta.
- Também achei muito estranho o fato de vocês terem viajado no tempo sem querer – disse Derose – mas agora, eu estive analisando alguns fatos que ocorreram com vocês naquele último ano antes de fazerem a vigem.
- Como assim? – perguntou Hermione.
- Harry, pode me dizer qual foi sua maior preocupação no trabalho nesse último ano?
Derose olhou fundo nos olhos de Harry. Com certeza ele já sabia a resposta.
- Foram alguns apagões em Wiltshire – ele respondeu, e no fundo da sua mente, a coisa toda começou a se organizar – mas o que isso... – ele parou, chocado pela coincidência absurda.
- Só alguns? – tornou a perguntar.
- Na verdade foram vários – respondeu Harry.
- Mais ou menos um por mês nos primeiros seis meses desde que Harry e eu começamos a trabalhar – completou Rony.
- E depois eles foram aumentando de freqüência e alcance – disse Harry – em dezembro houve três por semana, até aquele...
- Que deve ter apagado toda a Inglaterra – terminou Rony, Harry já estava ficando branco.
- Mas esse não foi exatamente naquele dia em que Rony me pediu em casamento? – indagou Hermione – no dia em que...
- Na verdade foi apenas algumas horas antes de vocês serem transportados para cá – concluiu Derose.
É claro! Como Harry não fizera essa ligação antes? Aquilo estava no nariz dele o tempo todo.
- Quer dizer que o apagão provocou a nossa viagem por acidente? – perguntou Hermione.
- Exatamente – disse Frederich – você mesma viu as quantidades enormes de energia que são necessárias para transportar alguém no tempo.
- Mas quem iria querer nos transportar no tempo? – perguntou Rony, confuso.
- Não se trata disso – explicou Derose – é muito provável que não tenha sido intencional.
- Quer dizer que alguém estava fazendo experiências esse tempo todo e o Ministério não descobriu? – Harry estava intrigado.
- Isso seria perfeitamente possível – explicou Lavalle – se a pessoa trabalhasse para o Ministério poderia estar encobrindo as provas do que estava fazendo.
- Seria muito difícil fazer isso – argumentou Hermione – todos os funcionários do Ministério são interligados ao Departamento de Mistérios, para que saibamos se eles estão fazendo algo ilícito. Mediada de segurança desde a queda de Voldemort.
- De qualquer forma – disse Brandon – seria possível.
- Só se essa pessoa trabalhasse no Departamento de Mistérios – disse Rony – e a única pessoa com acesso total a esse departamento é o próprio Ministro.
- Exatamente – concordou Harry.
- Mesmo assim, temos que considerar essa possibilidade – disse Frederich.
- Então temos que encontrar essa pessoa e fazer com que ela reverta o feitiço? – perguntou Hermione.
- Acho que sim – disse o professor – cada professor usa um feitiço diferente, se vocês vieram no eco do feitiço dele, o meu não funcionará.
- Mas ele, ou ela – Rony acrescentou após um olhar torto de Lavalle – pode ser qualquer pessoa!
- Rony – o professor adotou mais uma vez seu tom paternal – não peço que vocês pensem que podem ter vindo parar aqui com o eco do feitiço de qualquer um!
Houve um segundo de silêncio, enquanto Harry, Rony e Hermione digeriam a informação.
- Vocês, especialmente, você Harry; conhece alguma pessoa com a qual já teve uma ligação muito forte?
Aquela resposta chegou à cabeça de Harry como uma marretada.
Era impossível.
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