Bonus I



Bonus I


Hermione corria em direção as estufas, estava atrasada, e odiava tal coisa. Havia sido chamada, quase que convocada, pela professora Sprout, que usou Neville como intermédio para dar o aviso.


De repente a porta da estufa cinco havia sido aberta com total brutalidade, por uma Hermione vermelha e ofegante. A professora pulou de susto ao ouvir tamanho barulho, colocou as mãozinhas gorduchas e pequenas no peito, de tamanho o susto.


- Por Merlin, Srta Granger, queria me matar do coração? –perguntou a professora.


- Desculpe-me, professora, por isso e pelo atraso, mas Neville acabou de me avisar, e eu estava do outro lado do castelo… - mas a menina se calou quando a pequena professora levantou a mão e lhe sorriu.


- Não se preocupe, Srta, sem problemas, sem problemas! – a mulher disse animada e virou-se para uma menina, que Hermione só se deu conta de que havia mais alguém na sala naquele momento – Esta é Phoebe Carter, Srta Granger, lhe chamei aqui porque preciso que ajude Carter em Herbologia.


Hermione analisou o pedido, ou melhor, a ordem camuflada de pedido de sua professora. Nunca tinha visto essa tal Carter em sua sala, em nenhuma de suas aulas, presumiu então, pela altura da garota, que devia ser mais velha. Certamente era um desafio que Hermione estava disposta a fazer, ajudar uma aluna mais velha a melhorar em Herbologia, uma matéria muito simples em sua opinião.


- Claro, professora. – a grifinória disse e a professora sorriu.


- Ótimo! Carter está no ano dos NOMs, mas creio que ela tem mais de dois anos de Herbologia para aprender – disse a professora lançando um olhar severo à menina que estava quieta em seu canto.


E sem pronunciar mais nada a professora saiu da estufa, deixando as duas garotas a sós. Carter estava sentada num tripé de madeira e balançava a perna constantemente, mordia o lábio inferior e mantinha o olhar fixo no chão, como se estivesse num lugar longínquo. Os cabelos, pretos e repicados na altura do ombro, contrastavam com sua pele claríssima, a postura ereta e, conseqüentemente, confiante davam um ar intelectual a jovem. Quando Hermione deu por si, estava observando a garota, que nem sabia a que casa pertencia a garota.


- É da Corvinal? – arriscou ao olhar de relance para a gravata da morena.


- Sim – a garota respondeu, virando a cabeça e mirando Hermione, lhe sorriu enquanto descia do banco e se colocava na frente da grifinória – Phoebe, mas acho que já sabe disso – disse a menina rindo, arrancando um sorriso de Hermione – e você é Hermione Granger. E não me pergunte como sei, afinal qualquer um conhece você e seus dois amigos – terminou rindo pela cara de confusão e, depois, de compreensão que Hermione fez.


- Eu esperava não ter confusão este ano, sabe? Mas pelo visto terei muito mais preocupação, visto que Harry está no torneio Tribuxo… – Hermione suspirou – Mas então, o que não sabe sobre Herbologia? – perguntou Hermione e viu a menina corar.


- Ah, a gente dá uma revisada básica e depois eu te falo o que eu não sei, ok? – disse evasiva e a grifinória riu.


- Ok.  Pode ser agora?


- Pode.


Silencio.


- Biblioteca?


- Não tem outro lugar? A biblioteca cheira a mofo…


- Você sabe outro lugar melhor?


- … Vamos logo pra biblioteca.


 


- Herbologia é muito chato, se eu ler mais sobre planta eu morro! – resmungou histericamente a corvinal, já com a cabeça apoiada em cima do livro, que estava sobre a mesa da biblioteca. Hermione riu do comentário.


- Vamos, Carter, é só a revisão sobre o que aprendemos esse trimestre!


- O QUÊ?! Merlin, o que eu te fiz? Abaixei suas calças?!


- Não seja tão dramática, Carter, só faltam dois parágrafos. – Hermione disse risonha.


Silencio.


Carter terminou os dois parágrafos e se despediu de Hermione.


 


 


- Carter? Você está bem?


- Absolutamente.


- Tem certeza? Você não parece nada bem… se quiser podemos adiar para amanhã, um dia a mais ou a menos não fazem a diferença – Hermione disse complacente, a idéia de não estudar Herbologia não animou a Corvinal – O que há, Phoebe?


- Nada. Mas obrigada por adiar o estudo para amanhã, te devo uma, Hermione – a Corvinal disse e saiu pelo corredor, Hermione estranhou, mas seguiu pelo corredor, na direção oposta.


 


- O que foi, Hermione? – uma morena de olhos incrivelmente verdes-azuis perguntou a uma castanha que estava chorando num canto escondido do castelo.


- Nada – murmurou chorosa


- Ok, se não quer falar, não tem problema – a morena disse se sentando ao lado da grifinória.


Silencio.


- Malfoy me chamou de sangue-ruim de novo – um murmúrio quase inaudível se fez no local.


- E você está chorando por isso, Hermione? – Phoebe perguntou quase que descrente, afinal Hermione parecia ser tão forte, chorar por um motivo desses era quase que inacreditável. A grifinória assentiu enquanto apertava ainda mais os joelhos – Ora, não ligue para o que babacas que são puros-sangues se acharem no direito de serem superiores aos outros por esse motivo. Você é muito melhor que aquele babaca.


Hermione soltou um riso fraco.


- Ron e Harry estão brigados por causa desse torneio, estão me colocando no meio disso tudo também… - suspirou a grifinória e Phoebe riu.


- Estão tentando ver quem tem mais a sua atenção, de que lado vai ficar.Relaxa e aproveita que seus dois melhores amigos te amam.


- Verdade…


 


A morena de olhos verdes-azuis corria pelos corredores do enorme castelo que era Hogwarts, abriu a porta dupla com força, fazendo a senhora que estava lá dentro lhe olhar feroz. Sem ligar para a senhora, se dirigiu a um leito, onde estava uma castanha chorando.


- Oh, Hermione, não chore!


- Como não chorar, Phoe? Olhe o quão horrível estou! – a castanha disse indicando os dentes que estavam parecendo os de um castor, a morena segurou o riso.


- Pensei que a fútil aqui era eu – disse divertida.


- Não é hora para brincar, Carter…  – resmungou.


- Tem razão, desculpe.


- Que bom que a Srta está aqui, quem sabe não a convença de deixar-me olhá-los e os consertar? – sugeriu a senhora para a morena.


- Não! Ninguém vai vê-los!


- Mas a Srta acabou de mostrá-los para a jovem aqui – argumentou a enfermeira, sem entender a jovem.


- Tudo bem, eu os reduzo – Phoebe disse à enfermeira, que tentou retrucar, mas ao olhar para a castanha cabeça-dura achou melhor deixar para lá a sua política correta. – Deixe-me vê-los, Herms.


- Não, eles estão horríveis, Phoebe!


- Vamos, confie em mim. – a morena argumentou, mas estava incerta com o que disse, afinal se conheciam há mais ou menos dois meses.


Hermione se deu por vencida e tirou a mão da frente da boca, deixando a morena consertar-lhe os dentes. Deixou-a os reduzir um pouco mais do que o normal para si, pois tinhas os dentes levemente grandes e após isso, ficaram do tamanho ideal.


 


- Eu sou tão feia assim?


- Quê?! – a morena perguntou atônita.


- É, perguntei se sou tão feia assim quanto acho que sou. – repetiu paciente a castanha.


- Lógico que não, Hermione, só quem é louco diria que você é feia – Phoebe disse e Hermione fechou a cara.


- Poupe-me, Phoebe.


- Mas é verdade! – exclamou a morena, mas a castanha já tinha lhe dado as costa e estava procurando um livro na estante. Phoebe se irritou com a atitude da castanha, virou-a para si – Não me dê as costas quando eu estou falando com você, Hermione, eu não faço isso contigo.


- E eu já disse milhões de vezes que pode virar – replicou a castanha.


- Não vou.


- Ok.


- Você está de TPM por que ninguém lhe convidou ainda para o baile? – perguntou pacientemente Phoebe.


- Não, estou de TPM por isso e porque Ron só percebeu hoje que eu sou uma garota – respondeu irritada.


- Homens, tão idiotas…


- Com certeza.


- Relaxa, ainda vão te convidar ao baile – a morena sorriu pegando a mão da amiga, Hermione se permitiu sorrir.


- Espero… Já foi convidada?


- … Já. – respondeu e ouviu a grifinória soltar um muxoxo, riu.


 


- Victor Krum não tira os olhos de você nem para piscar – uma voz sussurrou no ouvido de Hermione, a fazendo pular de susto.


- Carter! Já disse para você parar com essa mania inconveniente de me assustar – resmungou Hermione lançando um olhar reprovador a morena que sentava-se ao seu lado.


- Mas é verdade, Hermione – a morena insistiu no assunto – Ele deve estar apaixonado – riu de seu próprio comentário.


- Devia tomar seus remédio, Carter – disse séria Hermione e se assutou ao ver o dito cujo vindo em direção a ela.


- Claro, e eu estou alucinada, vendo o próprio Krum vir aqui, certo – ironizou a Corvinal enquanto se levantava da mesa, deixando um lugar para Krum sentar.



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Comentários (1)

  • MiSyroff

    Adorei o inicio da amizade delas!!! Me lembrou um pouco Amor & Ódio, por causa do 4° ano rsrsrsE você escreve muito bem! 

    2012-06-12
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