Uau... 1975?



Hey povinho! Esse capitulo esta pronto ja faz um bom tempo, mas como o FeB tava fora do ar não deu pra postar.
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CAPITULO 2.


 


- Nicole Marry Blanc, onde diabos você nos meteu?- Draco gritou furioso pra mim.


 


Encolhi-me mais ainda no chão daquele beco imundo e engoli em seco, Draco estava realmente furioso.


 


- Eu não sei Drack, não é minha culpa. – Murmurei com a voz entrecortada.


 


- Não é sua culpa?? QUEM ESTAVA SEGURANDO A PORCARIA DO VIRA-TEMPO ERA VOCÊ!- Draco não estava, mas gritando ele estava era berrando.


 


Acabei me enfurecendo e me levantei.


 


- EU JÁ DISSE QUE NÃO É MINHA CULPA, OK? O QUE EU POSSO FAZER SE A PORCARIA DO VIRA-TEMPO AGIU SOZINHO?!- Gritei também, meu rosto devia estar tão vermelho quanto meu cabelo.


 


Ambos nos encaramos com raiva e ofegantes, Draco não tinha o direito de gritar comigo por causa de algo que não era culpa minha.


 


Certo, as coisas devem estar um tiquinho confusas agora, então vamos voltar um pouquinho:


 


~FLASHBACK~


 


 


 


- Vó! Um Vira-Tempo? Como conseguiu um desses?- Perguntei espantada.


 


Vovó deu um de seus característicos sorrisinhos misteriosos e respondeu com uma voz enigmática.


 


- É uma herança... Tenho certeza que você fará um ótimo uso desse Vira-Tempo não é querida?


 


- Ah bem, eu acho que sim. – Respondi ainda meio confusa, peguei o vira tempo da caixinha e o observei. – Porque esta me dando um Vira-Tempo Vó?


 


Minha Vó me olhou fixamente antes de responder:


 


- Esse objeto que você esta segurando querida esta na família á séculos, e foi passado de geração em geração até parar em mim. Eu não passei para o seu pai como era o esperando porque cá entre nós ele não era muito inteligente e faria alguma besteira com o Vira-Tempo. – Eu e Draco rimos acompanhados da Vovó. Ela continuou. – Provavelmente agora você não vai entender, mas esse Vira-Tempo vai ser muito importante para o seu futuro.


 


Fiquei em silêncio, absorvendo as palavras da Vovó Blanc e observando mais uma vez o Vira-Tempo. Ele era um pouco diferente dos Vira-Tempos comuns, o “vidro” da ampulheta era feito de diamante, sua areia mudava de cor a toda hora e sua corrente era prata e larga.


 


- Oh! Quase ia esquecendo!- Vovó exclamou tateando os bolsos de sua elegante capa, ela tirou de lá um medalhão. – Pra você querido.


 


Falou e estendeu o medalhão para Draco, ele pegou o presente e começou a observá-lo.


 


- Obrigada Vó. – Draco falou sorrindo.


 


- De nada Drack, esse medalhão também tem uma história sabia?- Vovó disse dando mais um de seus sorrisos misteriosos.


 


Draco e eu olhamos curiosos para Vovó Blanc e depois olhamos para o medalhão tentando adivinhar o que ele tinha de especial. O pingente do medalhão era uma pequena bola de prata e olhando direito podia-se ver esculpido nele o símbolo do Yin Yang.


 



 


Vovó tomou fôlego e começou a contar a história do medalhão:


 


- Isso que você esta segurando Draco é um Chamador de Anjo. – Vovó parou um pouco, depois continuou. – Chamadores de Anjos são esferas de metal, frequentemente trabalhadas ou com inclusões de pedras preciosas, que emitem um suave tilintar... Diz-se que este som chama os anjos, as fadas, os espíritos protetores, ou seja, seres da luz e da alegria e também dizem que trás proteção durante a gravidez e funciona como uma fada madrinha.


 


- Mas isso é só uma lenda. – Draco disse olhando completamente confuso para Vovó.


 


Vovó riu.


 


- Draco querido, pensei que você soubesse que no Mundo Bruxo praticamente nada é lenda, tudo tem sua parcela de verdade. – Vovó parou pra rir mais um pouco, provavelmente se lembrando de algo. – Bem, esse medalhão pode até não chamar anjos, mas ele realmente trás proteção, novos dons e invoca com o seu tilintar alguns seres da luz e claro só funciona quando o seu dono realmente precisa dele.


 


Nossos olhos quase saíram de órbita, depois que vovó terminou de falar.


 


- Certo, mas porque a senhora esta me dando isso?- Draco perguntou ainda com uma expressão de confusão no rosto.


 


Vovó olhou intensamente para Draco, ela parecia saber algo que eu não sabia sobre ele.


 


- Com algumas das escolhas que você esta fazendo agora ou fará no futuro Draco, vai precisar de proteção e algo para te guiar e além do mais o medalhão só funciona para o seu Escolhido e você é o escolhido do medalhão. – Respondeu e depois se virou pra mim que ouvia as palavras dela num estado de confusão total. Afinal, o que diabos Draco andava escondendo de mim?- Vocês dois na verdade tem um papel muito importante nessa guerra só não vão entender o motivo agora e eu não posso explicar.


 


 


Narradora:


 


Um silêncio caiu sobre a sala, e cada um ficou com seu pensamento...


 


Draco pensava o que Vovó Blanc queria dizer sobre ele ser o Escolhido do medalhão, ou melhor, do Chamador de Anjo.


 


Nicole pensava sobre o Vira-Tempo, mas não deixava de se perguntar toda hora o que Draco estava escondendo dela, ela sabia que se ele estava escondendo boa coisa não era.


 


E a nossa querida Vovó Blanc pensava no quanto a vida daqueles dois iria mudar daqui pra frente.


 


         ...


 


- Ah queridos! Espero que não demorem tanto pra voltar dessa vez. – Vovó disse enquanto nos abraçava.


 


O resto do fim de semana tinha ocorrido muito bem e resolvemos deixar o assunto dos nossos “Presentes” de lado.


Agora estávamos na entrada de Hogwarts se despedindo de Vovó Blanc.


 


- Não se preocupe vó, iremos assim que tivermos outra oportunidade, não é Draco?- Falei.


 


- Claro Vó! – Draco respondeu sorrindo pra ela.


 


- Certo, vou esperar vocês então. – Vovó falou enquanto subia em sua carruagem e partia.


 


Trocamos um rápido olhar antes de entramos no castelo, decidimos ir direto para o SC da Sonserina então fomos arrastando nossas pequenas mochilas até lá.


 


- Puxa! Foi um final de semana bem divertido não é mesmo Drack?- Respondi enquanto me sentava em um dos sofás verdes.


 


- Com certeza, sua vó é uma figura. – Respondeu rindo enquanto se jogava no sofá e botava a cabeça em meu colo.


 


Ambos começamos a rir se lembrando das bagunças que fizemos na casa da vovó.


 


- Ah! Vocês voltaram. – Exclamou Pansy ao entrar no SC.


 


- Não Parkinson! Nós somos apenas alucinações dessa sua cabeça oca. – Respondi sem paciência.


 


Draco riu baixinho, ainda deitado no meu colo. Pansy apenas bufou, fingiu que eu nem estava lá e continuou a falar com aquela vozinha irritante:


 


- Poxa Draco, por que você não respondeu nenhuma das minhas corujas?


 


- Porque eu estava ocupado Pansy. – Draco respondeu depois de revirar os olhos, eu sabia que Draco só não se livrava de uma vez daquele encosto porque Pansy podia ser bem útil para outras coisas além de sexo.


 


- Ah! E sentiu saudades de mim né?- A vaca no cio (vulgo Pansy) falava com uma voz exageradamente afetada e um biquinho nos lábios.


 


Bufei alto e decidi que era hora de ir para o meu dormitório, antes que eu vomitasse.


 


- Draco estou indo para meu dormitório, ok?- Falei me levantando, Draco assentiu com a cabeça.


 


Saí de lá murmurando um “Até logo” pra quem ficava. Chegando ao quarto joguei minha mochila na cama que me pertencia e me dirigi até o banheiro. Tirei as roupas rapidamente jogando-as no cesto de roupa suja, entrei no Box ligando a água bem quente.


 


Encostei minha cabeça no azulejo frio e comecei a pensar sobre as coisas que Vovó Blanc havia dito sobre os presentes que Draco e eu tínhamos recebido. Eu tinha a impressão que algo iria acontecer só não sabia o que era... Ainda.


 


         ...


 


- Então... O que você andou aprontando a semana toda hein?- Draco perguntou enquanto sentava-se à mesa. Estávamos no Salão Principal tomando café.


 


Soltei um risinho e olhei pra Draco de uma forma misteriosa.


 


- Espere e verá. – Falei simplesmente e ri quando Draco me olhou emburrado, ele estava tentando descobrir á um bom tempo o que eu estava como ele diz, “Confabulando” trancada no quarto durante essa semana.  


 


Nossa atenção foi desviada pela montanha de corujas que entravam pelas janelas do Salão Principal. Todas elas, todas mesmo, carregavam além das cartas habituais um pequeno embrulho verde e prata.


 


- Hora do Show. – Murmurei para Draco com um sorrisinho malicioso estampado no rosto.


 


Draco me olhou curioso antes de pegar a correspondência que a coruja á sua frente carregava. Eu fiz o mesmo com a minha coruja, guardei as cartas para ler depois, peguei o embrulho e o abri.


 


Puxa... Eu sou um gênio. Pensei comigo mesma ao ver o conteúdo do embrulho, já era possível ouvir vários risinhos e cochichos por todo o Salão Principal. O riso de Draco me despertou da minha congratulação interior.


 


- Você é um gênio. – Ele falou com um sorriso e depois completou. – Olhe a cara do Potter.


 


Olhei pra onde Draco apontava e pude ver o Cicatriz vermelho de raiva olhando para o presentinho que eu tinha mandado para toda a escola:


 



 


Não aguentei mais e acabei caindo na gargalhada sendo seguida pelo resto da Sonserina, olhei para a mesa dos professores (sim, eu também mandei bonecas do Potter para os professores) e pude ver Prof. Snape se segurando pra não rir, Profª Mcgonagall olhando estupefata para o boneco, ou melhor, boneca do Potter. Alguns outros professores disfarçando a risada com crises de tosses e Dumbledore estava olhando para... Ops disfarça ele está olhando pra mim.


 


- Draco!- Sussurrei chamando a atenção do loiro pra mim. – Acho que Dumbledore sabe que fui eu.


 


- Por que você acha isso?- Draco perguntou ainda olhando divertido para o bonequinho.


 


- Talvez por ele esta me olhando com aquele olhar de “Eu-sei-o-que-você-fez-no-verão-passado”?- Respondi erguendo uma sobrancelha.


 


Draco simplesmente disse para eu relaxar que o Velho não ia fazer nada. E eu acabei seguindo o conselho, afinal eu tinha feito duas coisas boas ao mesmo tempo: Zuado com o Santo-Potter e dado presente de natal adiantado para toda a escola.


 


Fui para a aula rindo desse meu pensamento.


 


          ...


 


- Mas Diretor eu já disse que não fui eu!- Falei já irritada.


 


Dumbledore me olhou intensamente por entre seus oclinhos de meia-lua.


 


- Então não foi a senhorita que espalhou por toda a escola esses bonecos?- Professora Mcgonagall falou me mostrando o boneco que eu tinha fabricado.


 


Neguei com a cabeça, me esforçando muito pra não rir. É claro que como a boa oclumentista que eu era mantive minha mente muito bem bloqueada durante as duas horas que Dumbledore, Mcgonagall e Snape estavam me interrogando. (o ultimo mais me defendendo do que interrogando por que além deu ser da Sonserina ainda tinha tirado uma com a cara do Potter)


 


- Tudo bem senhorita Blanc, se a senhorita diz que não fez nada então eu acredito. – Dumbledore disse mais uma vez me perscrutando com aqueles olhos azuis brilhantes que pareciam me radiografar.


 


Sorri aliviada e levantei da cadeira, meu bumbum já estava doendo por causa do tempo que eu fiquei sentada. Mcgonagall me olhou enfezada e Snape mantinha sua expressão fria no rosto.


 


- Então já posso ir?- Perguntei e Dumbledore assentiu.


 


Sai quase que correndo da sala do diretor, dizendo rápido um “tchau” e fui procurar por Draco, não o tinha visto desde manhã. Decidi ir primeiro ao SC da Sonserina ver se ele estava lá, ao chegar lá Zabini disse que Draco estava na biblioteca.


 


Fui até a biblioteca e encontrei Draco lendo sobre... Chamadores de Anjo?


 


- Pensei que Vovó já tinha dito tudo sobre eles. – Falei me sentando do lado de Draco fazendo-o se assustar um pouco já que estava concentrado na leitura.


 


- Sim ela falou bastante sobre eles, mas não explicou nada sobre eu ser o tal Escolhido do Chamador. – Draco sussurrou com um pequeno vinco se formando em sua testa.


 


Franzi o cenho me esforçando pra lembrar o que Vovó Blanc tinha dito sobre isso.


 


- Verdade, ela simplesmente falou que o Chamador de Anjo só funcionaria com você por que você é o Escolhido dele. – Murmurei baixinho pra ele, afinal não seria muito legal alguém ouvir nossa conversa.


 


- È... – Draco concordou com um suspiro e depois completou. – Como foi à conversa com o diretor?


 


- Aff! Foi uma tortura... Ainda bem que o Snape ‘tava lá. – Falei sem pensar muito e me apressei a concertar minha frase assim que Draco me olhou confuso. – Er... O professor estava me defendendo afinal eu sou da casa dele né?


 


- Claro, claro. – Draco respondeu me olhando desconfiado. – Temos ronda juntos hoje não é mesmo?


 


- Sim e se prepare, pois vamos ter uma conversinha bem séria Sr. Malfoy. – Falei enquanto me dirigia até a saída da biblioteca.


 


         ...   


 


Suspirei pela quinta vez e olhei para o relógio pregado no alto da parede do SC Sonserino. Draco estava atrasado o que não era nenhuma surpresa, a surpresa realmente foi ele ter sido nomeado Monitor da Sonserina, mas fazer o que se as pessoas dessa escola são totalmente insanas?


 


Eu estava o esperando fazia exatamente meia hora e o dito cujo ainda não tinha chegado pra irmos juntos fazer a ronda da noite.


 


- Finalmente! Porque demorou tanto? Estava passando chapinha nesse seu cabelo platinado, é?- Exclamei assim que o vi saindo do dormitório masculino.


 


Draco revirou os olhos.


 


- Você sabe muito bem que meu cabelo é lindo e sedoso assim naturalmente. - Draco disse com um sorriso convencido.


 


Me limitei a revirar os olhos e sai do SC puxando Draco. Já estava tudo escuro e silencioso e o único barulho que se podia ouvir era o das nossas respirações.


 


- Você disse que iriamos ter uma conversa séria. – Draco começou me olhando expectante com seus frios olhos cinza depois de uma hora andando pelos corredores de Hogwarts.


 


Respirei fundo e assenti.


 


- Draco, você um dia disse que eu era a única pessoa que você podia confiar não é mesmo?- Comecei a falar.


 


- Sim Nyck, porque esta me perguntando isso? – Draco respondeu me olhando um pouco confuso.


 


- Estou te perguntando isso porque quero saber se eu ainda sou isso pra você. – Perguntei o olhando firmemente.


 


- Claro que é! Aonde você quer chegar Nicole?


 


- Aonde eu quero chegar? Eu sei que você esta escondendo algo de mim Draco, e se eu sou realmente a pessoa que você mais confia devia me contar tudo.


 


Mesmo na escuridão pude perceber Draco ficar mais pálido, a essa altura já estávamos parados se encarando.


 


- Nicole... Não me faça te envolver nisso, por favor!- Draco falou com um tom suplicante em sua voz.


 


Draco esta pedindo “Por favor”? Certo, a coisa é realmente séria.


 


 Respirei fundo novamente pra me acalmar um pouco.


 


- Não vamos conversar isso aqui, ok? Que tal irmos até a Sala Precisa e aí você me conta em que problema você se meteu. – Falei e logo depois saí puxando-o.


 


Eu sabia sobre a Sala Precisa por que um dia enquanto estava fugindo do Flich e daquela gata maldita a porta se abriu para mim.


 


Subimos até o 7º andar, andamos até o corredor da tapeçaria de Barnabas, o Amalucado. Fiquei passando na frente da parede lisa e pensando “Preciso de um lugar para conversar com Draco” três vezes e logo uma porta apareceu.


 


Ao entrarmos nos deparamos com uma sala aconchegante decorada com as cores da Sonserina. Sentei-me em um pufe verde e pedi pra Draco sentar na poltrona a minha frente.


 


- Bem... Fale. – Eu disse olhando curiosa pra ele.


 


Draco me olhou hesitante por um momento, mas depois de soltar um suspiro cansado começou a falar.


 


- Eu já te contei que meu pai é um Comensal da morte, não contei?- Draco começou a falar e eu logo comecei a me preocupar, mas assenti mesmo assim. – Bem, meu pai era um dos Comensais que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado tinha mais “Confiança”, até meu pai renega-lo e sendo assim trair sua confiança. Meu pai querendo resgatar o prestigio que tinha me ofereceu a você-sabe-quem.


 


- O QUE? SEU PAI ANDA FUMANDO PÓ DE FLU POR ACASO?- Gritei indignada me levantando.


 


- Nycole se acalme!- Draco disse me fazendo sentar, Draco suspirou antes de continuar. – Ele quer que eu me torne uma espécie de Comensal Junior, sabe? Eu admito que antes a ideia de tornar-me um Comensal me agradava muito, por que aí eu poderia ajudar a exterminar esses Sangues-ruim. Mas, não foi nada como eu imaginei que seria Nycki, eles são nojentos, repugnantes e totalmente submissos a Nós-sabemos-quem.


 


Fiquei em silêncio, vários pensamentos passando pela minha cabeça. “Porque em nome de Merlin, Draco iria um dia QUERER ser um Comensal?”


 


- Nycki... Fale alguma coisa, por favor! – Draco falava suplicante, vendo que eu ainda continuava em silêncio, ele se ajoelhou na frente do pufe que eu estava, pegou em minhas mãos e continuou a falar. – Eu sei que te desapontei muito só por se quer imaginar me tornar um Comensal da Morte, mas me desculpe, por favor! É muito difícil ver você me olhando dessa forma, como se eu não fosse digno de se quer respirar o mesmo ar que você.


 


Respirei fundo, provavelmente pela décima vez, e me levantei fazendo as mãos de Draco caírem em seu colo. Ele abaixou o rosto e pude o ver começar a tremer, soluços violentos saiam de sua boca acompanhados pela lagrimas grossas.


 


- Draco... – O chamei suavemente fazendo ele me olhar, eu sabia que ninguém nunca o veria assim tão vulnerável como eu estava vendo agora, Draco podia passar a imagem de forte e arrogante, mas eu o conhecia por dentro melhor do que ninguém e sabia que ele era no fundo apenas um garoto sensível e carente pela falta de amor que recebeu dos pais. – É claro que eu te perdoo, eu prometi a você que estaria sempre ao seu lado não prometi? É verdade que eu não me alegrei nem um pouco com as coisas que você me contou, mas eu sou sua melhor amiga e estou aqui pra te apoiar, e isso quer dizer que eu enfrento seu pai e até mesmo Lord Voldemort, mas você não se tornara um Comensal ao menos que queira.


 


Tomei fôlego depois desse meu discurso, puxei Draco do chão e o abracei.


 


- Obrigada, ruivinha. – Draco disse ainda me abraçando. – Não vou mais te decepcionar.


 


- Eu sei Drack, eu sei. Além do mais você não tem culpa do seu pai ser um projeto que não deu certo de ser humano.


 


Rimos juntos e logo o clima se tornou mais leve. Ficamos abraçados por mais um tempo, mas quando fomos nos separar percebemos que a corrente do meu Vira-Tempo tinha ficado presa de alguma forma na corrente do Chamador de Anjo de Draco.


 


- Droga!- Exclamei tentando em vão me soltar.


 


- Calme Nycole, talvez se você colocar a corrente do seu Vira-Tempo no meu pescoço também agente consiga se soltar. – Draco falou me impedindo de lançar algum feitiço pra quebrar a corrente.


 


Fiz o que ele pediu e passei a corrente em volta do pescoço dele também.


 


Narradora:


 


O que nem Draco nem Nycole perceberam, foi que enquanto tentavam se soltar a ampulheta do Vira-Tempo de Nycki girou por conta própria duas vezes.


 


E Nycole ao colocar a corrente no pescoço de Draco só estava trazendo-o consigo na maluca aventura que ela iria viver.


 


Nenhum dos dois estava entendendo nada e a situação só piorou quando o cenário começou a se modificar¹, e tudo começou a rodar rapidamente.


 


 ...


 


Soltei um pequeno gemido de dor (N/A: pensaram besteirinha néh?), quando meu rosto atingiu o chão.


 


- O-o-que aconteceu?- Perguntei com a voz falha me levantando do chão e olhando ao redor. Estávamos em um beco escuro e deserto.


 


- Não faço ideia. – Disse Draco que já estava em pé, com o cenho franzido. – Vamos sair daqui e aí poderemos perguntar a alguém.


 


Concordei com a ideia e então saímos do beco, ao olhar as pessoas que estavam na rua me assustei. Caramba de onde aquelas roupas vieram? De Marte?


 


Aquilo era um festival de breguice total, eram roupas coloridas estilo Hippie, calças militares boca de sino, bordados, tachinhas e brilho em excesso. E isso nem era o pior, pra onde se olhava dava pra ver botas com salto plataforma de camurça, estampas de flores, e muita, muito mesma, purpurina.


 


- OMG! Que poluição visual!- Exclamei.


 


Draco revirou os olhos, mesmo que também tivesse estranhado as roupas, e me puxou até uma velhinha que vestia uma saia estilo cigana e uma blusa verde neon totalmente purpurinada.


 


- Er... Com licença Mrs., pode nos informar onde estamos?- Draco perguntou educado fechando um pouco o olho pra não ficar cego olhando pra roupa da mulher.


 


A mulher nos olhou estranhamente, mas deu um sorriso educado e respondeu:


 


- Ora em Londres, aonde mais seria?


 


Meus olhos se arregalaram, aqui não PODIA ser Londres!


 


- E... Que dia seria hoje?- Perguntei temendo bastante a resposta.


 


A mulher mais uma vez nos olhou estranhamente.


 


- Dia 13 de Setembro de 1975- Respondeu ainda sorrindo, como não teve nenhuma resposta logo se afastou.


 


Engoli em seco, se viajamos no tempo provavelmente era culpa do meu Vira-Tempo, mas eu não conseguia entender como pudemos voltar 20 anos no tempo.


 


Draco me puxou de volta até o beco em que estávamos antes, ele assim como eu também estava em choque.


 


Me sentei no chão sem me importar muito se ia sujar ou não meu uniforme. Me encolhi no chão, e me assustei um pouco quando Draco começou a andar de um lado pro outro nevorsamente.


 


- Nicole Marry Blanc, onde diabos você nos meteu?- Draco gritou furioso pra mim.


 


Encolhi-me mais ainda no chão daquele beco imundo e engoli em seco, Draco estava realmente furioso.


 


- Eu não sei Drack, não é minha culpa. – Murmurei com a voz entrecortada.


 


- Não é sua culpa?? QUEM ESTAVA SEGURANDO A PORCARIA DO VIRA-TEMPO ERA VOCÊ!- Draco não estava, mas gritando ele estava era berrando.


 


Acabei me enfurecendo e me levantei.


 


- EU JÁ DISSE QUE NÃO É MINHA CULPA, OK? O QUE EU POSSO FAZER SE A PORCARIA DO VIRA-TEMPO AGIU SOZINHO?!- Gritei também, meu rosto devia estar tão vermelho quanto meu cabelo.


 


Ambos nos encaramos com raiva e ofegantes, Draco não tinha o direito de gritar comigo por causa de algo que não era culpa minha.


 


Nossa atenção logo foi desviada para a mulher elegante e tão conhecida por nós dois que a apareceu naquele beco.


 


- Hey queridos. - Vovó perguntou sorrindo, e vendo que estávamos totalmente confusos completou. – Qual é? Vão ficar ai me olhando com cara de idiotas? Venham me sigam, temos que andar rápido por que já estamos atrasados.


 


Draco e eu trocamos olhares, mas simplesmente demos de ombros e seguimos vovó, ela não estava tão diferente assim, mas seu rosto estava sem rugas e os seus cabelos estavam na sua cor natural, castanhos.


 


- Como a senhora sabia que estaríamos aqui? – Draco perguntou.


 


Já estávamos na entrada da Mansão da... Vovó? Quer dizer, tecnicamente ela ainda não é minha vó, então será que eu devo ou não chama-la de vovó?


 


Sacudi a cabeça pra espantar esses pensamentos e me virei pra ouvir a resposta dela.


 


- Bem, descobri que vocês iriam vim parar no passado quando eu fui fazer uma visitinha ao meu “EU” do futuro. – Vovó falou isso como se fosse a coisa mais normal do universo. E de fato era... Pra ela.


 


- Então... Como vai nos mandar de volta? E como foi que o meu Vira-Tempo nos voltou 20 anos?- Disparei logo as perguntas.


 


Vovó riu do meu afobamento e começou a explicar:


 


- Bem querida, esse Vira-Tempo é bem diferente dos outros Vira-Tempos comuns, não só na aparência como também na função.


Em vez de voltar horas como o esperado, ele foi fabricado e enfeitiçado para voltar 10 anos a cada girada da ampulheta.


 


Minha boca se abriu em um perfeito “O”, depois que ela terminou de falar. Vovó não deu tempo para nenhum de nós falarmos e começou a responder a outra pergunta.


 


- Vocês não vieram parar no futuro por acaso, eu devo ter dito pra você no futuro, que esse Vira-Tempo seria bastante importante não é mesmo?- Assenti fazendo com que ela continuasse a falar. – O Vira-Tempo trouxe vocês até aqui por conta própria e só irá devolver-lhes a época certa quando vocês fizerem o que o destino manda.


 


Credo agora ela falou igual uma daquelas ciganas trouxas.


 


- Certo não entendi nada do que a senhora falou, mas o que iremos fazer até o Vira-Tempo “decidir” nos mandar de volta?- Draco perguntou com a confusão estampada em seu rosto.


 


- Oh bem, até lá vocês irão pra Hogwarts continuar seus estudos. Eu até já inventei uma história para o Diretor Dumbledore. – Vovó respondeu.


 


Nossa ela é rápida, hein.


 


- Vamos, vamos. Temos que nos apressar antes que seu pai chegue do passeio que foi fazer. Ele só pode ver vocês dois na escola. – Vovó respondeu nos empurrando escada acima.


 


Ao chegar lá ela levou cada um a um quarto e nos deu roupas para vestir. Fizemos tudo muito rápido e logo Vovó nos entregou malas de roupas e materiais escolares, e nos mandou subir na carruagem que iria para Hogwarts.


 


Nós iriamos para a escola antes do restante dos alunos, ordens da Vovó.


 


- Chegamos Nycki. – Draco disse fazendo-me acordar de meus devaneios.


 


Olhando em volta percebi que já estávamos no portão principal de Hogwarts, e um Dumbledore mais novo nos esperava.


 


- Ah, então vocês são os jovens de quem Madame Blanc falou!- Dumbledore exclamou assim que chegamos perto dele.


 


- Sim senhor, eu sou Draco Stravinsky e essa é minha prima Nycole Chapman. – Draco nos apresentou.


 


Vovó tinha inventado uma boa história pra ninguém desconfiar de nós. Draco e eu éramos primos que queriam ir pra Hogwarts fazer uma espécie de intercâmbio. Então viemos morar em Londres com a ajuda de uma amiga da família (Vovó Blanc). Também mudamos nossos sobrenomes é claro, afinal seria meio estranho usar os nossos verdadeiros.


 


- Oh é um prazer conhece-los. – Dumbledore disse na sua maneira alegre de sempre. – Venham, venham!  Professora Mcgonagall vai mostrar a escola pra vocês, e dizer-lhes as regras básicas de Hogwarts.


 


         ...


- Cara... Isso é muito humilhante me sinto uma gigante no meio desses pirralhinhos. – Sussurrei pra Draco.


 


- Eu sei... Também me sinto assim. – Draco murmurou em um muxoxo.


 


Tinha que ser ideia de Dumbledore!”


 


Porque em nome de Merlin, Titio Dumbly tinha que nos colocar pra entrar com a turma do 1º ano? Não podíamos ter feito à seleção na porcaria daquele chapéu nojento antes dos alunos vierem pra Hogwarts? Mas, nããão nós temos que entrar com os pirralhinhos e chamar a atenção da escola toda pra gente.


 


- Muito bem crianças, vamos entrar agora. – Prof.ª Mcgonagall falou chamando a atenção de todos.


 


Tanto Draco como eu fizemos caretas, mas mesmo assim seguimos a professora.


 


- [...] E esses alunos estão fazendo intercambio aqui em hogwarts, e espero que vocês os tratem muito bem. – Ao chegarmos lá Dumbledore estava terminando de explicar aos outros alunos sobre Draco e eu.


 


Prof.ª Mcgonagall começou a chamar os nomes para a seleção. Estava quase dormindo em pé quando ela chamou meu nome, Draco já tinha sido chamado e adivinha onde foi parar? Sonserina óbvio, subi a escadinha, sentei na cadeira velha e pus o chapéu fuleiro na minha cabeça.


 


Hummm... Uma mente deveras interessante a sua. Você é bastante esperta, muito vingativa e um pouco manipuladora. Também é bastante alegre e gosta de ajudar seus amigos e ohhh... Uma garota do futuro? O que faz tão longe de seu tempo garota?- O chapéu murmurou pra mim.


 


“Oras, seu chapéu intrometido! Isso não é da sua conta, agora da pra me colocar na Sonserina logo?” pensei já impaciente.


 


Puxa, que menininha mal-humorada. – O chapéu resmungou e logo depois gritou para todos ouvirem. – SONSERINA!!


 


A mesa da Sonserina aplaudia com a mesma empolgação que se aplaude em um enterro, ou seja... Nenhuma.


 


Fui logo me sentar perto de Draco que já conversava com alguns garotos e não pude acreditar em quem meus olhos estavam vendo. 
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 ¹: Normalmente quando se usa um Vira-Tempo você vai para no mesmo lugar em que estava. Mas na minha fic vai ser diferente como vcs viram.

Ah, recomendo dar uma passadinha no "Conhecendo os personagens" pq atendendo ao pedido de uma leitora mudei o Jovem Snape. Se não gostarem do novo Snape é só usarem a imaginação e inventar seu proprio Snape.

Bem quero comentários hein? Afinal é meio chato escrever sem motivação.

Bjs pra vcs e logo, logo vem o prox. capitulo



 

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