Hogwarts do passado... Loucura

Hogwarts do passado... Loucura



CAPITULO 3


 


AQUELE era Lucius loira furacão Malfoy?


 


- Uau Draco. – Sussurrei chamando atenção do loiro ao meu lado. – Você não me contou que seu pai era tão hot adolescente.


 


Draco me olhou confuso, mas logo seguiu meu olhar e viu seu “querido” papai mais novo e, diga-se de passagem, muito lindo. Draco ficou um pouco mais pálido, mas logo se recompôs.


 


Antes que Draco respondesse algo, Lucius provavelmente percebendo que estava sendo observado veio em nossa direção com um sorriso mais falso que o cabelo dele.


 


- Vocês sãos os estrangeiros não é? Prazer sou Lucius Malfoy!- Falou apertando a mão de Draco e depois beijando a minha.


 


 - Prazer Sr. Malfoy. – Falei formalmente, depois nos apresentei. – Sou Nycole Chapman e esse é Draco Stravinsky.


 


- Ora docinho pra que tanta formalidade? Vocês podem me chamar apenas de Lucius. – Falou, e depois de mais papo furado ele foi se sentar perto de outros Sonserinos me mandando uma piscadela.


 


- Ok... – Murmurei pro nada.


 


OMG! Lucius Malfoy acaba de flertar comigo? Eeeeeca!


 


Eu não acredito que meu pai acabou de dar em cima de você!- Draco murmurou com uma cara engraçada.


 


- Fazer o que né? Sou irresistível! – Falei pra descontrair.


 


Draco riu e logo voltei a saborear meu maravilhoso jantar.


 


 - Você é a estrangeira né?- Uma garota de feições delicadas, cabelos castanhos ondulados e olhos chocolates (N/A: Antes que perguntem não, não é a Bella de Crepusculo rs) perguntou sorrindo simpática pra mim.


 


Fiquei um pouco aborrecida por ela interromper meu jantar, mas sorri simpática e assenti.


 


- Sou Angelina Drummond, mas pode me chamar de Angel, ou Ang se quiser. – A garota disse sorrindo e depois completou apontando para uma ruiva muito bonita ao seu lado que também sorria. – E essa á Brigitte Lefrebvre, mas chame-a apenas de Brih ou Brigi.


 


Levei um pequeno susto ao ouvir o nome da ruiva... Aquela era minha mãe!


 


Sorri pra elas me recuperando do choque de ver minha mãe tão nova.


 


- Prazer garotas, sou Nycole, mas podem me chamar de Nycki se quiserem. – Falei.


 


Logo entramos numa conversa animada, Angelina era uma garota bem legal e apesar do nome e da carinha de santa gostava de aprontar tanto quanto eu, e minha mãe... Essa então nem se fala, bem que meu pai havia dito que eu tinha herdado meu lado “Capetinha” dela.


 


Ao término do jantar todos foram pra suas SC. Nós nos sentamos em um sofá e Draco foi se juntar a Lucius e seus amigos.


 


Estava tão distraída planejando com Ang e Brih algumas peças que poderíamos pregar nos grifinórios que acabei pulando da cadeira quando Draco gritou meu nome.


 


- Caramba Draco quer me matar de susto é? – Gritei vermelha de raiva.


 


Draco riu e se sentou do meu lado.


 


- Claro que não ruivinha, só vim te apresentar aos garotos. – Draco respondeu com aquele sorrisinho cínico característico dele no rosto.


 


Só aí me dei conta que seis garotos nos observavam.


 


- Esses são Avery, Mulciber, Evan, Wilkes, Regulo, Lucius, que você já conheceu, Joseph e Severo. – Draco falou apontando pra cada um.


 


Meus olhos se arregalaram quando Draco falou os dois últimos nomes, mas rapidamente disfarcei minha surpresa e cumprimentei a todos.


 


Não demorou muito e estávamos conversando todos juntos. Devo confessar que é muito estranho conversar com pessoas do passado, principalmente pessoas que iriam se tornar Comensais, ou alguém que iria se tornar seu pai, mas eles até que eram legais.


 


Só que o que realmente tinha me deixado meio lerda foi o fato de estar vendo Severo Snape mais novo sentado bem perto de mim. Ele estava diferente do “Eu” dele do futuro, diferente sem perder as características marcantes, claro.


 


Seu cabelo preto já era oleoso, seu nariz tinha a tão famosa forma de gancho e seus olhos eram negros e brilhantes, mas me espantou o fato de que isso o deixava charmoso. Não eu não andei misturando pó de Flu com suco de abobora, o jovem Snape podia não ser considerado um deus grego, mas era bastante pegável.


 


Balancei a cabeça pra tirar esses pensamentos da minha a cabeça e percebi uma leve troca de olhares entre Draco e Angelina.


                                             ...


 


 


- Bom dia alunos! – Professor Slughorn exclamou assim que entrou na sala de aula me fazendo acordar do meu cochilo.


 


Resmunguei um “Bom dia” enquanto me endireitava na cadeira. As duas loucas (Angelina e Brigitte) tinham me feito ficar acordada quase a noite inteira tagarelando sobre coisas aleatórias e sem serventia nenhuma, ou seja, fofocando.


 


- Como alguns de vocês não renderam nada ano passado escolhendo seus próprios parceiros, esse ano eu escolherei as duplas. – O professor continuou a falar e antes que alguém pudesse reclamar foi mudando os alunos de lugar.


 


Fiz uma careta e cruzei os dedos pra não ficar com nenhum grifo idiota, sim estávamos tendo aula junto com a grifinória.


 


- Senhorita Chapman a senhorita poderia se sentar com o... Senhor Snape? – Slughorn perguntou sorrindo.


 


Respirei aliviada por me sentar com um Sonserino, assenti para o professor e fui feliz da vida me sentar com o mau-humor em pessoa.


 


- Ótimo! Agora que todos estão em seus lugares podemos começar a aula. – O professor exclamou feliz.


 


Franzi o cenho olhando para as duplas. Slughorn tinha colocado Avery com um grifinório muito (e quando digo muito quero dizer a imagem cuspida) parecido com Harry Potter, Angel com uma grifa ruiva, Draco com um grifinório que tinha o mesmo jeito de lerdo de Neville Longbottom, Brigitte com um Grifinório com cara de nerd e Mulciber estava quase se atracando com outro grifo bonito de cabelos pretos e olhos cinza, que olhando melhor percebi ser muito parecido com Regulo.


 


- Eles vão se comer vivos até o final do ano. – Pensei alto.


 


- Eles sobrevivem... – Snape falou sério, mas com um brilho de diversão nos olhos.


 


Ri um pouco e me virei para prestar atenção na aula de Poções.


 


- Em cima dessa mesa estão quatro poções, alguém poderia identificá-las?- Slughorn perguntou apontando para quatro frascos em cima de sua mesa.


 


Rapidamente levantei a mão, e vi que Snape também tinha levantado a sua.


 


- Senhorita Chapman! Pode vir. – O professor falou sorrindo animado... Já perceberam que ele sorri muito?


 


Me levantei e fui andando até parar em frente a mesa dele. O primeiro frasco continha um liquido que soltava uma fumacinha prateada.


 


- Poção da Paz, Acalma a ansiedade e abranda a agitação. – Falei confiante apontando para o primeiro frasco. Slughorn assentiu, então passei para o segundo frasco, essa poção era roxa escura. - Poção Magicuilis, a pessoa que a beber fica zonzo, enjoado e acaba tendo alucinações.


 


O professor animadamente falou que estava correto e eu comecei a observar o próximo frasco, era uma poção de aspecto asqueroso e lamacento e eu logo reconheci.


 


- Poção Polissuco. Complicada, porém útil, ela torna a pessoa que toma-la em quem ela quiser, só é necessário um fio de cabelo da pessoa que quer se transformar na poção e... Voilà! – Respondi sorrindo. Ao acertar novamente olhei o quarto, e ultimo frasco, e me assustei com o conteúdo dele já que no meu tempo essa poção era estritamente proibida¹.


 


- Poção Veritaserum! – Respondi, depois de dar mais uma olhada no liquido insipido, incolor e inodoro que estava dentro do frasco continuei. - Quem a toma, entra em uma espécie de transe, e responde verdadeiramente a todas as perguntas que são feitas a ela.


 


- Oh! Muito bem Srta. Chapman, 40 pontos para a Sonserina! – Slughorn exclamou.


 


Fui me sentar sorrindo sendo aplaudida pelos Sonserinos da sala, eu podia não ser uma Hermione Granger da vida, mas quando se tratava de poções eu até poderia ser considerada uma Sabe-Tudo.


 


 - Agora, eu tenho um desafio para vocês!- Slug continuou a falar atraindo a atenção de todos novamente. – Quem conseguir preparar perfeitamente a Poção do Morto-Vivo irá ganhar aquele frasquinho de Veritaserum pra si. Na verdade não precisa ficar perfeita... Vou dar o prêmio para a poção mais bem feita.


 


Depois de o professor terminar de falar alguns olhos se arregalaram de espanto, inclusive o meu, e logo todos se levantaram para pegar os ingredientes escritos no livro.


 


Eu não fazia ideia de para quê, ou em quem, eu usaria a Poção Veritaserum, mas como eu adorava um desafio iria fazer o meu melhor.


 


Com os ingredientes, já pesados na balança, em cima da bancada comecei a preparar a poção. Cortei as raízes de valeriana e as joguei no caldeirão, vendo o liquido ficar da cor que o livro dizia como ideal dei um sorriso satisfeito. Estava com um pouco de dificuldade para cortar a vagem suporífera, quando a voz grave de Snape chegou aos meus ouvidos:


 


- Se você amassar com uma faca de prata sairá mais liquido.


 


Olhei desconfiada pra ele, mas ao olhar pra sua poção percebi que ela já estava quase pronta e perfeita. Dei de ombros e fiz como ele falou, sorri em agradecimento para ele quando minha poção atingiu o tom lilás claro, exatamente como o livro falava.


 


O jovem Snape simplesmente se virou pra sua poção que ficava cada vez mais clara.


 


Olhando o livro novamente, vi que agora eu deveria mexer no sentido anti-horário até a poção ficar clara como água. Comecei a mexer e franzi o cenho ao ver que a poção não estava ficando tão clara quanto o esperado.


 


Antes que eu pudesse dar mais uma olhada no livro, professor Slughorn exclamou que o tempo havia acabado e que todos deveriam parar de mexer nas suas poções. Dei um suspiro parando de mexer e me distrai olhando para as outras poções. A de Draco estava com uma cor roxa escura, a de Ang estava rosa, a poção da ruiva que fazia dupla com Angelina estava quase tão clara quanto a minha, a de Brih estava azul e a do Sonserino ao meu lado estava... Perfeita.


 


Olhei com olhos brilhantes para o liquido no caldeirão do Jovem Snape e não contive a curiosidade.


 


- Como consegui fazer uma poção tão perfeita?- Sussurrei admirada pra ele, mas logo me senti idiota, afinal, ele era “Severo Snape” e mesmo adolescente já podia se ver o porquê dele ser considerado um renomado Mestre de Poções.


 


Snape me deu um sorrisinho, mas antes dele abrir a boca, a voz alta e alegre de Slug chama a nossa atenção.


 


- Oh Srta. Evans! Sua poção esta muito boa como sempre. – Exclamou sorrindo afetado para a ruiva que em resposta lhe deu um sorriso orgulhoso.


 


Pela visão periférica percebi Snape sorrir discretamente. Slug veio para nossa mesa e deu aquele “sorriso-32-dentes” para a minha poção e se possível seu sorriso aumentou ainda mais ao ver a poção de Snape.


 


- Srta. Chapman! Não me disse que era tão boa em poções, sua poção esta praticamente perfeita. – Slug falou com aquele sorriso que já estava me irritando, se virou pra Snape e falou muito animado. – Ah Severo eu já devia imaginar! Essa é a poção mais perfeita que eu vi em anos.


 


Tanto Snape, como eu limitamo-nos a dar sorrisos forçados ao professor que aumentando a voz para toda classe ouvir falou:  


 


 - Parece que já tenho o vencedor! Aqui garoto, pegue seu prêmio. – E entregou o frasco com a Veritaserum para Snape, depois apontando para nós dois falou – 20 pontos para cada um pelas suas poções.


 


Fiz uma pequena careta por não ter ganhado. Mas dei de ombros e levei na esportiva.


 


          ...


 


- Nycole... Você acha que seria perigoso algum de nós dois sair com alguém do passado? – Draco perguntou.


 


Revirei os olhos e me segurei pra não rir.


 


- Drack, se você quer sair com a Angelina, simplesmente convide-a pra sair. Lidaremos com o futuro quando voltarmos pra ele. – Sussurrei pro meu amigo.


 


Draco ficou tão vermelho que foi impossível não rir dele. Hoje é sábado e como não tinha nada melhor pra fazer nós decidimos ficar curtindo o jardim.


 


- Porque você acha que é a Drummond? – Draco perguntou usando o sobrenome de Angelina para tentar, inutilmente, disfarçar a queda, ou melhor, o tombo que ele adquirido em tão pouco tempo por ela.


 


Bufei uma risada.


 


- Fala sério Draco! Te conheço desde os tempos que você era um molequinho que se escondia na barra da saia da mãe. Você pode até tentar disfarçar, mas eu sei o que se passa nessa cabecinha oxigenada. – Falei sorrindo


 


Draco riu.


 


- Ah Nycki... O que eu seria sem você? – Draco perguntou dramaticamente, me abraçando.


 


- Provavelmente só mais um loiro burro na multidão. – Respondi rindo.


 


Depois de brincarmos mais um pouco decidimos entrar para almoçar. Ao chegar na mesa da Sonserina me sentei do lado de Ang e Draco sentou do lado de Snape, que estava na minha frente, ficando assim de frente para Angelina. (N/A: Han?)


 


Cumprimentei Brih, Ang e o resto dos meninos. Ri baixinho ao ver Draco sorrir para Ang fazendo a mesma ficar vermelhinha e comecei a comer.


 


Eu estava lá feliz e alegre comendo uma deliciosa torta de frango quando uma voz me interrompe.


 


- Gostando de Hogwarts, Nycole?- Meu pai, quer dizer, Joseph perguntou sorrindo.


 


Franzi o cenho, não estava gostando nada do jeito galanteador que ele estava olhando pra mim. E mais... Porque em nome de Merlin as pessoas escolhem a hora que eu estou comendo para falar comigo? A hora da comida é sagrada, sabe?


 


- Estou adorando! Todos os elogios que eu ouvi dessa escola estou se provando verdadeiros. – Respondi depois de engolir a comida.


 


Já estava quase colocando mais uma garfada de comida na boca quando Joseph me interrompeu de novo.


 


- E de onde você veio? Draco eu sei que veio da Rússia e estudava em Durmstrang...


 


Suspirei largando o garfo.


 


- Vim da França e estudava em Beauxbatons. – Respondi sorrindo educada a história que tínhamos inventado.


 


- Mesmo? Porque você não tem sotaque?- Joseph perguntou genuinamente interessado.


 


- Por que eu só moro na França, não nasci e nem fui criada lá. – Respondi ainda educada, mas depois completei em um tom mordaz. – Dá pra me deixar comer em paz agora?


 


Joseph me olhou assustado e Snape, que estava nos observando, riu baixinho, dei um olhar mortífero pra ele e o mesmo logo ficou sério. Olhando de volta pra mesa percebi que minha comida já tinha sumido e agora a sobremesa aparecia no lugar, dando um olhar enfezado para Joseph comecei a comer um doce qualquer.


 


Assim que todos terminaram de comer fomos para os jardins de Hogwarts. Todos queriam jogar algo ao ar livre, mas tanto eu quanto Snape negamos veementemente, não que eu não gostasse de jogar só que depois de almoçar a única coisa que eu queria era ler um livro. Talvez Snape tivesse a mesma a opinião já que tirou de sei lá aonde um livro e foi se sentar embaixo de uma arvore.


 


Mesmo sem ser convidada me sentei ao seu lado tentando, inutilmente, ver a capa do livro.


 


- O que esta lendo? – Perguntei desistindo de tentar ver a capa.


 


Snape me olhou visivelmente incomodado com a interrupção, mas depois de um suspiro resolveu responder.


 


- ² “Voyage au Centre de la Terre”. – Sua voz era fria e a resposta foi curta e grossa, mas mesmo assim achei que ele ficou muito sexy falando em francês.


 


Assenti e vendo que ele não queria conversar, me deitei na grama fechando os olhos.


 


Eu estava lá curtindo a brisa e brisando, quando uma voz extremamente sarcástica se faz ouvir perto de nós.


 


- Olha quem esta por aqui! Como vai, Ranhoso?


 


Rapidamente abri os olhos e logo reconheci o dono da voz, era a cópia do Harry Potter e ao seu lado estava o grifo parecido com o Regulo. Ao ver Snape disfarçadamente pegar sua varinha enfiei a mão no bolso e segurei a minha... Só por precaução.


 


- Ah Potter, você não tem nada melhor pra fazer não? Tipo se jogar da Torre de Astronomia?- Snape respondeu se levantando.


 


Espera! Potter? Ele é Tiago Potter? Pai do idiota com a cicatriz na testa?


 


Claro! Como não reconheci antes? Esse era o pai do Potter e o outro era Sirius Black o amigo inseparável dele. Draco tinha me falado da rixa entre Snape e eles.


 


Ao ver Snape escapar de raspão de um feitiço lançado pelo Black rapidamente levantei empunhando a varinha.


 


- A namorada quer defender o namoradinho é? Olha Tiago Snivellus arranjou uma Snivellina. – Black falou e os dois riram.


 


Eles acabaram de cavar a própria cova!


 


Estreitei os olhos e antes que eles pudessem perceber algo estavam no chão por causa do meu feitiço não verbal.


 


- Vão ficar aí beijando a grama mesmo?- Perguntei sarcástica e depois completei mais sarcástica ainda. – Sabe seria menos humilhante a derrota de vocês se vocês ao menos estivessem em pé.


 


- Ora sua vad... – Potter começou a falar se levantando e apontando a varinha pra mim, mas antes dele sequer completar a frase foi parar no chão novamente por causa do feitiço que Snape lançou nele.


 


- Não ouse abrir sua boca imunda para insultar uma dama. – Snape falou furioso.


 


O olhei surpresa e o agradeci mentalmente por que se Potter tivesse terminado o que ele iria falar eu provavelmente teria o mandado pro St. Mungos.


Black se levantou e ajudou Potter e logo todos estavam com as varinhas em punho se encarando.


 


- O que esta acontecendo aqui? – Uma voz feminina irritada nos interrompeu.


 


Rapidamente abaixei minha varinha vendo que era a professora Mcgonagall.


 


- Nada professora! – Murmuramos em coro.


 


Professora Mcgonagall nos olhou desconfiada, mas logo saiu puxando os dois grifos com ela falando algo sobre Dumbledore estar procurando por eles.


 


- Obrigada por me defender. – Falei sorrindo para Snape.


 


Snape simplesmente me olhou indiferente.


 


- Eu só acho que a certas coisas que não deve se dizer a uma dama. – Ele falou frio, mas depois completou com um sorriso malicioso. – Além domais não acho que você precisa ser defendida.


 


Sorri pra mim mesma vendo Snape se afastar. Ainda bem que o resto do fim de semana foi normal...


 


           ...


 


Ang estava mais uma vez encarando Draco, ela ficava muito engraçada quando fazia isso, seus olhos brilhavam e um sorriso idiota teimava em crescer em seu rosto de boneca.


 


- Ang você esta quase babando em cima do seu trabalho. – Falei despertando-a do transe.


 


Angel ficou vermelhinha e passou a ponta dos dedos ao redor da boca pra ter certeza de que não estava mesmo babando. Suas bochechas atingiram a cor do meu cabelo ao ver que Brih e eu estávamos rindo dela.


 


- Ah! Não vejo nenhuma graça. – Ela disse fazendo bico e depois completou pateticamente. – E eu não estava babando.


 


- Não você não estava babando, mas em compensação estava com um sorriso de quem acabou de sair de um hospício. – Brigitte falou sorrindo marotamente e largando o trabalho que viemos fazer no SC da Sonserina.


 


- Agora falando sério Ang... O que você sente pelo meu primo? – Perguntei tentando fazer cara de séria, falhando miseravelmente.


 


Ang deu um suspiro.


 


- Pra falar a verdade eu não sei. Vocês estão faz muito pouco tempo em Hogwarts, mas desde que eu bati meus olhos em Draco senti coisas estranhas. – Ang respondeu.


 


- Que tipo de coisas estranhas? – Perguntei franzindo o cenho.


 


- Oh... Bem... Sinto calafrios sempre que ele olha pra mim, me dá uma imensa vontade de sorrir quando ele sorri, eu fico nervosa quando ele fala comigo e... – Ang falava apaixonadamente, mas foi interrompida por mim.


 


- Ok chega! Você já esta me assustando. – Falei rindo.


 


Logo nós três estávamos rindo.


 


- Ah! Falando em coisas estranhas... Joseph Blanc esta caidinho por você, você viu como ele ficou tentando puxar assunto o almoço inteiro? – Ang falou sapeca.


 


Foi minha vez de corar, não só por ele ser meu pai, mas também por eu não ser muito acostumada a lidar com garotos.


 


- Ah Ang você esta exagerando... E além domais não estou interessada nele. – Respondi rapidamente ao perceber minha mãe ficar tensa.


 


- Não esta interessada nele? Como? Ele é bonito, educado, artilheiro do time de quadribol e pode até não ser muito inteligente, mas é o namorado dos sonhos de 50% das garotas de Hogwarts. – Brigi falou me encarando incrédula.


 


- Nossa Brih desse jeito parece até que você faz parte desses 50%... – Ang falou e vendo Brigi corar gritou sorrindo. – Espera aí... VOCÊ GOSTA DELE!!!


 


O grito de Ang chamou a atenção de todos que estavam no SC, inclusive os garotos que agora nos encaravam curiosos. Brigi corou mais ainda e se levantou puxando Ang e eu até o dormitório.


 


- Ok desembucha! – Exclamei me jogando na cama de Brih.


 


A versão mais nova e mais louca da minha mãe deu um suspiro, mas depois admitiu que gostava do meu pai desde o terceiro ano.


 


- Ainda não acredito que você me escondeu isso por tanto tempo. – Ang falou se fazendo de magoada, mas logo virou seus curiosos olhos chocolates pra mim. – E você Nycki de quem gosta?


 


Olhei assustada pra Ang.


 


- Pra ninguém oras... Estou em Hogwarts faz nem três semanas direito, não dá pra gostar de alguém ainda. – Respondi corando.


 


As duas malucas me olharam desconfiadas, mas logo voltamos a conversar animadamente.


 


...


 


Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars… I could really use a wish right now, a wish right now, a wish right now. – Eu cantava baixinho pra tentar espantar o medo.


 


Medo de quê? De cometer um erro e mudar o futuro, medo de ficar presa em uma época que não me pertence, medo de tudo...


 


Sentada num galho de uma arvore qualquer do jardim, com o frio castigando minha pele coberta apenas por um pijama a ficha finalmente tinha caído... EU ESTAVA NO PASSADO! E mesmo tendo Draco e a Vovó Blanc eu estava com medo e me sentindo sozinha, muito sozinha.


 


Porque eu estava cantando? Meu avô paterno (Esposo da Vovó Blanc), quando vivo, sempre me dizia que a melhor coisa pra escapar dos sentimentos negativos era cantar, ou dançar, ou simplesmente ouvir uma musica. E era exatamente o que eu fazia... Cantava pra espairecer.


 


- Bela voz. – Uma voz aveludada e ao mesmo tempo grave se pronunciou no silêncio me fazendo levar um susto e escorregar do galho em que eu estava sentada.


Por sorte Snape foi rápido o suficiente e me pegou antes que eu desse com a cara no chão.


 


Snape estava me segurando ainda e a proximidade daqueles olhos negros estava me perturbando, mas não desviei os olhos. Ficamos assim por um tempo apenas se encarando até Snape quebrar o contato visual e em soltar.


 


- Não devia estar aqui há esta hora, Mademoiselle. – Snape falou frio e depois completou me olhando de cima a baixo. – Ainda mais tão mal agasalhada.   


 


Dei um sorrisinho amarelo e olhei pro meu pijama, ele não era indecente, mas como Snape disse não esquentava nada e eu já estava arrepiada de frio.


 


- Eu tive insônia... E você? O que faz há essa hora fora da cama?- Perguntei curiosa como sempre.


 


- Sou monitor... Estou fazendo ronda. – Snape falou frio, (N/A: Noooviiidaaadeee, Snape frio?) apontando para o distintivo verde e prata pregado em seu Suéter Sonserino.


 


- Ah é mesmo, tinha me esquecido... Bem, então é melhor eu ir pra cama né? Não vou fazer você tirar pontos da própria casa. – Falei e comecei a andar de volta para o castelo esfregando os braços pra tentar me esquentar... Porque eu não trouxe minha capa? Agora vou ficar com frio pra largar de ser besta!


 


- Espera! – Snape chamou. – Já terminei a ronda vou te acompanhar até o SC.


 


Sorri e começamos a andar pelos corredores. O castelo parecia ficar mais frio a cada segundo e eu já estava começando a tremer.


 


Sobressaltei de leve quando algo quente, macio e extremamente cheiroso foi colocado nos meus ombros... Era a capa de Snape.


 


- Obrigada. – Sussurrei.


 


Snape deu de ombros sorrindo torto.


 


- Você já estava ficando azul, não posso deixar uma dama tão bonita morrer de hipotermia.


 


Corei até o dedão do pé e Snape riu da minha cara.


 


- Pronto está entregue, Srta. Blanc. – Ele falou quebrando o silêncio assim que chegamos à escadaria do dormitório feminino da Sonserina.


 


- Me chame apenas de Nycole ou Nycki. – Falei sorrindo enquanto tirava a capa e entregava-a ao dono.


 


- Então me chame de Severo, boa noite. – Snape falou, sem sorrir é claro, antes de se virar e subir as escadas que o levariam até o seu dormitório.


 


Pijama da Nycole:


 





Pijama da NyckiTendências da Moda & Estilos - Polyvore




_______________________________________________________________________
 
 Posso dizer uma coisa? Não gostei desse capitulo, mas até que ele foi divertido de se escrever.

¹: Bem não achei a data certa de quando essa poção foi proibida, mas provavelmente já era proibida até na época de Tom Riddle. Só que como essa poção vai ser meio que importante pro desenrolar da fic ela ainda pode ser ensinada em hogwarts.

²: “Voyage au Centre de la Terre” acho que todo mundo ja percebeu que é o livro Viagem ao centro da Terra. Eu estava procurando um livro que não fosse romance, mas que também não fosse algo sobre bruxos... É um livro bom.

O word deu problema e eu tive que reescrever praticamente metade do capitulo por isso a demora.

Não tem nenhuma montagem, mas lá no final do capitulo esta o pijama da Nycki.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.