Prisioneira



N/A:Olá gente.
Peço desculpas pela demora.
Aqui está parte do capitulo quatro. Como empolguei a escrever hj e não consegui terminar (o sono tah me matando xP), vou postar essa parte hj e dpois eu completo o resto ok?
Espero que gostem!
Aguardo coments
Beijokas

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4- Prisioneira.


 


Acordei no dia seguinte e vi Progs sentado na cadeira ao lado da cama. Ele me viu e eu imediatamente virei para a parede de modo a ignorá-lo.


_Bom dia pra você também, senhorita. – Ele cumprimentou-me em um tom de zombaria. Levantei-me de supetão e vi tudo girar, mas ignorei.


_Que lugar é esse? – Perguntei mal humorada, pondo-me em pé.


_Meu aposento.


_Ok, obrigada por me emprestar seu aposento. Vou me retirar. – E dirigi-me à porta.


_Você vai morrer se sair daqui.


Lembrei-me da minha mentira e parei, vir-me-ei novamente pra ele.


_Te odeio! – Voltei para cama, enfiei-me debaixo da coberta até a cabeça e fiquei ali para escutar sua gargalhada.


_Tire a coberta, deixe-me ver seu ferimento.


_Sai daqui, eu me viro sozinha.


_Anda logo, se não te roubo outro beijo.


Senti meu sangue subir de raiva. Não queria que isso acontecesse novamente com esse capitãozinho metido a besta e... Que salvara a minha vida... Que seja, não tinha outra escolha mesmo.


Retirei a coberta e fiquei encarando-o com a minha cara mais ameaçadora para que ele desistisse da idéia. Porém ele simplesmente se aproximou e começou novamente a cuidar dos meus ferimentos sem parecer sequer notar o meu esforço.


Terminado, ele guardou as coisas em baixo da cama e dirigiu-se novamente a mim.


_Desamarre o bico e vamos subir.


_Desistiu de me manter viva? – Eu perguntei de olhos arregalados.


Ele sorriu e fez sinal para eu me levantar.


Não importava mesmo, se iriam me matar ou não já não me importava mais. Levantei-me de cabeça erguida e, com passos firmes fui saindo pela porta. Escutei Progs suspirar atrás de mim e logo senti ele me puxar pela cintura, pondo-se ao meu lado e segurando-me para que andássemos lado a lado.


_Me solta, seu monstro em forma humana. Seu pirata. – Tentei, empurrando-o para que pudéssemos ficar a uma distancia mínima de 1 km, porém não consegui me afastar nem 1 cm. Pra piorar minha situação, minha visão turvou e só permaneci em pé por causa daquele ser inutilmente inútil.


_Ei ei, vai com calma. Você está sem comer há algum tempo. Fica quieta caso contrário te amarrarei. – Ameaçou ele, agora com o outro braço me sustentando também.


_Selvagem. – Murmurei.


_Não há de quê.


Progs guiou-me para fora e logo senti olhares me perfurarem. Só então percebi o motivo de ele ter me puxado para tão perto. Os marujos avançavam ao nosso redor, mas não se atreviam a chegar muito perto do capitão com as más intenções que tinham.


_Mentirosa. – Escutei alguém gritar de algum lugar do corredor que nos acompanhava.


Chegamos então a uma escada. A escada que eu sabia levar à parte principal do navio, mas que eu nunca estivera. Era o ponto mais alto dele e de onde os capitães costumavam gritar suas ordens. Subimos e logo estávamos perto do timão, com Padfoot me encarando enigmaticamente e Moony com seu leve sorriso.


Progs aproximou-nos da borda, onde podia-se ver toda a tripulação e ela a nós. Os outros dois capitães juntaram-se ao nosso lado.


_Bom dia, tripulação.


_Bom dia, capitão.


_Venho cedo aqui fazer um comunicado a vocês, marotos.


_Vamos jogar a traidora aos tubarões? – Gritou uma voz lá em baixo e eu senti meu estomago afundar.


_Ou deixá-la aqui para o entretenimento da tripulação. – Pronuciou-se outra voz, dessa vez seguida de um coro de aprovação.


_Calem-se. – Gritou Progs. A platéia cessou. – Sim, a manteremos no navio. MAS... – Fez-se ouvir assim que o uivo de comemoração se iniciou. – O maroto que encostar o dedo nela será morto por mim. – Uma gritaria de desaprovação iniciou-se, porém eu estava mais preocupara em examinar a feição dura de Progs, tentando entender o que ele pretendia fazer com alguém que o enganara. Algo pior do que ser judiada por um bando de piratas.


_SILENCIO. – Gritou Padfoot, o que me fez pular de susto.


_Essa garota está sobre proteção dos três capitães... – Progs continuou.


_Não diga por mim. – Resmungou Padfoot atrás de mim, com cara de poucos amigos.


_...Se é contra as regras desobedecer a ordem de um capitão, de três é imperdoável. Podem voltar aos seus afazeres, rapazes.


A tripulação dispersou-se imediatamente, mesmo que de má vontade. Eu não estava com um bom pressentimento quanto as ordens de Progs.


_Volte para meu aposento, Lucky.


_Não vou ficar lá.


_E vai ficar onde?


_Deixa ela comigo. – Pronunciou-se Padfoot com uma feição completamente sombria, que indicava dias infernais. – Estou precisando de uma faxineira particular.


_Também não quero. – Mostrei-lhe a língua e ele ficou não sei distinguir se incrédulo ou furioso. E daí? Já estava “na prancha” mesmo. Só faltava pular.


_E vai dormir onde, cabeça-de-vento? Com os outros marotos? Não vou culpá-los se eles te atacarem enquanto estiver dormindo. – Avisou-me Progs.


         _Não dormirei. – Ok, isso foi realmente idiota de minha parte. Ainda mais com os três capitães olhando para mim com a cara que estavam. Mas eu realmente não conseguia decidir o que era melhor. Ou o menos pior...


_Essa discussão é inútil. – Falou Progs. – Não te dei opções.


         Parei e respirei fundo. Pensa, Lily. Dormir com todos os marotos querendo matá-la não era a melhor opção. E pior ainda ficar em algum lugar sozinha com o monstrengo do capitão Padfoot, que parecia não ver a hora de me apunhalar. Havia o Moony, o mais gentil dos três capitães e que parecia ser a minha melhor e nem tão ruim escolha...


_Não olhe para mim. Fico lendo até tarde e não conseguirá dormir.


_Eu não ligo.


_Eu odeio que invadam a minha privacidade.


_Saio toda vez que você mandar.


_Lucky, não me faça carregá-la até meus aposentos. – Interveio Progs.


_Mas eu prefiro ficar com o Moony. – Falei, procurando o apoio do meu capitão preferido e já indo ao seu socorro.


Com um bufo, Progs me atirou nada gentilmente sobre o seu ombro e dirigiu-se às escadas.


_ME SOLTA!! SEU MONSTRO INDECENTE E SEM CORAÇÃO!


_Fica quieta, você é prisioneira aqui.


Vendo que os socos não surtiam efeito, enrosquei o máximo de fios da nuca dele em meus dedos e puxei. Depois tentei morder as suas costas.


_O que fará se eu resolver descontar sua afronta, ein, menina?


_Insolente... Cabeça-de-bagre.


Progs caiu na gargalhada. Odeio esse capitão!


Colocou-me no chão só quando já estávamos em seu quarto novamente.


 _Te trancarei aqui. Tanto para que não fuja, quanto para a sua segurança.


 _E pra onde eu vou fugir, oh sagacidade?! Estamos rodeados por mar.


Progs olhou-me por um instante e então dirigiu-me um meio sorriso maroto.


_Não me provoque, Lucky. Minha paciência tem limites. – Não tive coragem de retrucar, mas tampouco baixei o olhar. – Logo trarei algo para você comer. – E, dando uma olhada pelo aposento com um sorriso irônico, terminou antes de bater a porta. – Fique a vontade.

 


_Ei... – Escutei uma voz me chamar e alguém me cutucar. – Acorda, garota.


Focalizei o capitão Progs ajoelhado do meu lado.


_Vai me deixar sair agora?


_Você não tem jeito... Não entendeu que é para a sua própria segurança?


_Mas eles irão desobedecer aos capitães?


_Você quer correr o risco? – Ele perguntou, não esperando uma resposta.


_Quero. – O capitão colocou a mão no rosto e suspirou. – E posso ajudar a fazer as coisas perto de onde vocês estiverem. Não quero mais ficar parada.


_Ah, que seja. – Falou ele, levantando-se.


_Jura? – Levantei-me num pulo. – Posso começar agora?


_Já anoiteceu, garota. – Falou ele, virando com uma mão a cadeira que estava de frente para a escrivaninha em minha direção e sentando-se. Notei então que a vela sobre a mesa já estava acesa.


_E eu dormi tudo isso? – Perguntei, espantada.


_Eu é que te pergunto. Você dormiu quase uma semana e dormiu tudo isso hoje?


Olhei ameaçadoramente para ele, como se só então tivesse notado que eu o odiava. Ele começou a rir.


_Como foi o seu dia hoje?


_Vai pro inferno!


_Menina, você já parou para pensar que está falando com um dos capitães mais temidos desses sete mares?


 _Então mate-me logo! – Eu me atrevi a dizer, pondo-me de pé e encarando-o firmemente.


Progs se levantou e veio em minha direção lentamente, como se estivesse ponderando o que fazer. Com uma mão puxou-me pela cintura e com a outra, enroscada em meus cabelos, puxou minha cabeça para trás.


_Você sabia que há muitas maneiras de castigar uma pessoa muito piores que a morte? – Sussurrou ele ameaçadoramente.


Eu estava prestes a responder essa afronta quando senti o capitão encostar os lábios em meu pescoço e beijar o local enquanto sua mão pousada em minha cintura deslizava para dentro de minha camisa. O horror tomou conta de mim ao perceber suas intenções e tentei empurrá-lo.


Ele agarrou minhas mãos e levou-me até a cama, deitando-se em cima de mim.


 _Já se arrependeu do que disse? – Perguntou ele, sem esperar resposta e dirigindo-se à minha boca.


_James. – Foi o único nome que me veio à cabeça. Queria que ele estivesse aqui para tirar-me daqui.


Progs estagnou perto de minha bochecha, uma vez que eu havia desviado o rosto, congelado por um tempo. Então levantou-se e se  jogou no chão, deitando de costas para mim. Fiquei olhando-o assustada.


_Da próxima vez que me afrontar de tal maneira, não irei parar. Hoje foi só um aviso.


Encolhi-me na cama, virada para a parede, e senti as lágrimas virem. Não queria permanecer mais nem um minuto nesse navio.

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Comentários (1)

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