Quem tem medo de fantasmas?
Como Harry e Rony não gostavam da Mansão Malfoy tanto Gina quanto Hermione evitavam ao máximo contar o que acontecia fora os resultados das aulas. Nem mesmo com a explicação de Hermione que Draco; por mais desagradável que fora no passado, não passava de um solitário; Harry e Rony se mostravam mais simpáticos a idéia das garotas passarem boa parte do tempo por lá.
Nem passava pela cabeça de Harry ou Patrick, que freqüentava a mansão com mais regularidade, que Draco deixou as garotas usarem o jardim para aulas ao ar livre e no final da tarde, após as aulas, todos se reuniam para o chá. Hermione notou que Draco não tomava nada feito por Rebecca; imaginou que temia ser usado para testar alguma poção. O que não era realmente impossível de acontecer.
Rebecca e Hermione haviam chegado a um acordo e dividiram as aulas teóricas e práticas. Hermione passou ajudar Rebecca com a poção regularmente.
Assim conforme os dias foram passando a Mansão Malfoy foi mudando de aspecto.
Draco quando não estava por perto das garotas passava um bom tempo numa sala cuja árvore genealógica dos Malfoy decorava as paredes. Nesse quarto Gina e Hermione reconheceram o fantasma da mulher que viam regularmente pela mansão: Nóxia Malfoy. A foto estava meio queimada, mesmo assim era possível reconhecê-la. Perguntaram a Draco sobre ela.
– Era tia avó de meu pai. A única Malfoy a fugir com um trouxa para se casar, depois voltou e ainda viveu aqui alguns anos.
– Aposto que era tia favorita de Lucio Malfoy. – disse Hermione rindo para Gina.
Não era o único fantasma que perambulava pela casa. Havia também um belo gato branco que ficava atrás dos livros e embaixo das mesas. Gina decidiu chamá-lo de Boo.
Hermione, Gina e Draco entraram na cozinha com Boo os seguindo. Rebecca segurava várias cartas.
– São todas para Elvira. – mostrou a todos.
– Aposto que ela acaba casando primeiro que uma de vocês –caçoou Draco.
– Onde ela está? – perguntou Hermione ignorando Draco rindo.
– Acabou o café e saiu para o jardim. – respondeu Rebecca. – Ela não parece estar de bom humor hoje. Parece que não dormiu bem à noite. Olá Boo!
Boo parou de lamber a pata; deu uma olhada em volta e se foi pela parede. Elvira surgiu na cozinha. Tinha realmente a expressão cansada de quem passou a noite toda em claro.
– O que planejou para hoje Hermione? – perguntou Gina.
– Quero saber mais sobre criaturas mágicas! – disse Elvira séria.
– Depois de treinar os feitiços para animar você poderá ler a respeito desse assunto. – disse Hermione entregando alguns livros para Elvira. – Vamos começar.
– Draco não vai sair? – Elvira perguntou ríspida.
Draco levantou da cadeira e depois se largou nela novamente.
– Acho que vou ficar.
– Se ficar vai ter que ajudar, entendeu? – disse Hermione.
– Eu ajudo!
Depois de algumas horas treinando feitiços para animar Hermione fez uma pausa para Elvira ler sobre criaturas mágicas que tanto queria.
O gato voltou e subiu na mesa. Gina estendeu a mão e conseguiu tocá-lo.
– É frio como os outros fantasmas, mas é quase sólido; parece areia molhada e arranha. Toque-o Hermione.
Draco se levantou e tocou Boo junto com Hermione. Quando Draco colocou a mão mais fundo. O gato abriu a boca para protestar, mas ao invés de um miado saiu um som agudo.
Hermione transformou um tinteiro em novelo de lã e o jogou no chão. Com a varinha Gina rolou o novelo até Draco que o mandou até Rebecca; que o transformou numa bola.
– Você é mais esperto que isso Boo, vamos pegue a bola! – disse Rebecca.
Até o final da tarde Boo correu atrás de bolas, passarinhos, vassouras de papel e por fim fugiu quando Draco transformou uma almofada numa minúscula coruja que passou a persegui-lo. Rebecca e Hermione foram até o laboratório. Draco e Gina olhavam para a parede esperando que, talvez, Boo voltasse.
– Ele era obediente assim quando estava vivo? – Draco perguntou a Gina.
– Não sei. – respondeu Gina.
– Ele não é aquele gato que você tinha em Hogwarts?
– Não era meu gato Draco! Era de Hermione e ele está vivo na casa dos pais dela. Esse gato não é da sua família? Da tia avó do seu pai, talvez?
– Não sei se ela tinha gatos.
– Nós vimos o fantasma dela hoje. Aliás, vemos todos os dias há muito tempo, mas ela não fala.
Draco se surpreendeu.
– Nunca tive fantasmas em casa.
Gina olhou para os livros empilhados na mesa. Não havia ninguém atrás deles. Não perceberam que Elvira havia saído.
No laboratório Rebecca e Hermione davam toques finais à poção que agora ocupava um caldeirão só; uma fumaça lilás subia até o teto.
– Como vamos testar? – perguntou Hermione.
– Foi testando que Ramona acabou em Azkaban. Ela deu a poção para os rapazes e os três morreram depois de algumas horas.
Hermione leu a lista de ingredientes.
– Rebecca, você não acha que essa poção pode ser uma fragrância igual a que usou para pegar Pansy?
– Pode ser, mas o cheiro é muito ruim, talvez com magia possa se tornar agradável.
– E se só homens possam sentir o cheiro e achá-lo irresistível? Quando foi julgada pelo Conselho; Ramona admitiu que tivesse feito a poção, os rapazes que a tomaram estavam mortos então ela foi condenada.
– Nunca mais ninguém tentou refazer a poção. Eu mesma levei anos para... conseguir a lista de ingredientes!
– Será que os rapazes tomaram a poção sem saber que não era feita para beber?
Rebecca sentou e ficou olhando para os frascos.
– Como Ramona não disse isso ao Conselho?
– Talvez, como você, ela tenha tentando só reproduzir a poção; ela não a criou...
– E faz sentido, mas sempre pensei que ela foi condenada por se assumidamente ligada as Artes das Trevas. E que o Conselho não precisou saber de muitos detalhes para condená-la... Ela morreu em Azkaban... sozinha...
– Talvez fosse inocente afinal. – disse Hermione.
Rebecca ficou quieta pensando. hermione achou que pela primeira vez ela demonstrava estar triste.
– Precisamos achar um jeito de testá-la! Saber o que realmente aconteceu. Precisamos de um homem.
– Draco?
– Ele está disponível e se morrer não se perde muita coisa. – disse Rebecca séria.
– Pior que ele morrer é se ele se apaixonar por uma de nós...
– Eu disse: você é engraçada Hermione.
Gina entrou no laboratório com Draco ansioso logo atrás.
– Elvira sumiu de novo. – disse Gina. – Não a vimos sair da sala; eu e Draco saímos para procurá-la, mas não encontramos.
Gina contou também sobre o gato e a tia avó Malfoy. Draco olhou preocupado para Rebecca.
Ouviram barulho.
– E aquele som estranho novamente só que mais alto. As masmorras... – disse Gina.
– Vamos dar uma olhada lá embaixo. – disse Hermione.
– Por que não me contaram sobre os fantasmas? – perguntou Rebecca descendo as escadas.
– Achamos que você tinha visto. – respondeu Hermione.
– Estranho eu nunca ter visto já que passo mais tempo aqui do que vocês duas.
– Nem eu tinha visto. – disse Draco.
Na masmorra além da tia de Draco havia mais cinco fantasmas.
– Você reconhece esses fantasmas Draco? São do seu cemitério? – perguntou Hermione.
– Dois deles estão na árvore da minha família. Os outros nunca vi antes.
– Fantasmas conversavam entre si e com as pessoas. – comentou Hermione. – Esses parecem não notar a nossa presença ou um aos outros.
– Se parecem com Boo. – observou Draco.
Um dos fantasmas usava um uniforme militar, outro terno e gravata; duas mulheres, além de Nóxia Malfoy, usavam vestidos de festa muito antigos. Geralmente fantasmas tinham sinais de suas respectivas mortes como Nick-Quase-Sem-Cabeça que foi decapitado parcialmente, mas todos os cinco que Hermione, Gina, Draco e Rebecca observavam eram apenas brancos ou acinzentados. De repente todos saíram pela parede.
– Vamos achar Elvira... tenho a sensação que não devemos ficar por aqui. – Hermione comentou.
Pela janela da sala de visita viram Elvira no jardim. Já era noite e começa ficar difícil enxergá-la, mas todos viram que o grupo de fantasmas estava ao redor dela.
– Ela sempre disse que não gostava de fantasmas, mas não parece assustada agora... – comentou Gina.
– Elvira está apontando para cá. – disse Hermione apertando os olhos para ter certeza que estava enxergando direito. – Ela está segurando um bastão igual... ao que Harry quebrou!
Rebecca pegou a varinha e se aproximou da janela.
Dois fantasmas vieram em direção à janela como raios. Foi o tempo de todos se jogarem no chão e os vidros explodiram. Os fantasmas os cercaram e todos abriram a boca num coro incrivelmente agudo e agourento de queimar os ouvidos.
Quando recobraram os sentidos estavam no jardim da mansão. Procuravam pelas varinhas, mas não as encontram.
– O que aconteceu? – Hermione tentou se levantar, mas sua cabeça ainda registrava o som agudo dos fantasmas; saia sangue de seus ouvidos. – Onde está Elvira? Precisamos encontrá-la! Rebecca?
Uma explosão veio da Mansão Malfoy e assustou a todos. Hermione se segurou em Gina; a amiga tinha uma expressão confusa. A explosão iniciou um incêndio.
– Onde estamos Draco? Em que parte do jardim? – Hermione perguntou.
– Perto do portão eu acho. – respondeu Draco olhando ao redor.
– Então vamos sair daqui antes que aquelas coisas apareceram de novo! – disse Gina.
Amparados uns nos outros começaram a andar em direção ao portão principal da mansão.
– O que eram aquelas coisas? – perguntou Hermione a Rebecca. – E o que Elvira fazia com aquele bastão? Harry o destruiu! Será que ele a dominou?
– Não sei Hermione, mas sem nossas varinhas é melhor sairmos daqui senão vamos descobrir tudo do pior jeito! Continuem andando.
Estavam quase chegando ao portão quando três fantasmas surgiram à frente.
– Acho melhor não se moverem ou os mando gritarem de novo.
Olharam para trás e viram Elvira sentada em um banco no jardim.
– Suas varinhas estão aqui comigo. Não vou devolvê-las, é claro.
– O que você fez? – Rebecca gritou para ela.
– O que são essas coisas Elvira? – perguntou Hermione.
– São fantasmas oras; vocês não reconhecem fantasmas? Tiveram até aulas com um! Patético... – Elvira respondeu com desdém.
– Vimos você com um bastão. – disse Hermione.
Elvira levantou o bastão como um troféu.
– É meu e graças a vocês, que me deram uma boa noção de magia, pude realizar o feitiço que tira essas pobres pessoas de suas covas. Howmalinoja ou “Faz o morto andar”
– Você não os tirou de suas covas! – disse Rebecca.
– Que seja. O importante é que eles me obedecerem! Esses gritos agourentos devem ser horríveis, não? Eu sou imune a eles com isso!
Elvira tornou a levantar o bastão.
– Não entendo o que está tentando fazer Elvira. – disse Gina. – Nós a ajudamos!
– Me ajudaram? Ah, por favor! Vocês se aproveitaram de mim! Todos! Só vou fazer com vocês o que iriam fazer comigo mais cedo ou mais tarde: descartá-los. Especialmente você Rebecca. Não gosto de quem julga as pessoas antes de conhecê-las.
– Com certeza eu me enganei. Achei que você era uma bruxa medíocre, mas não é.
Elvira cruzou os braços presunçosamente.
– Medíocre é muito pra você. Chega a ser um elogio. – concluiu Rebecca.
– Não banque a engraçadinha! Pode se arrepender mais cedo do que imagina. Não vou dizer mais nada...
Elvira manuseou o bastão com pouca habilidade.
– As explosões em Zebediza foram de propósito? Causadas por você para atrair o Ministério até lá? – perguntou Hermione.
– Algumas sim. – Elvira sorriu sarcasticamente. – Eu sabia que alguém viria. Um dia iam notar alguma coisa diferente. Quando vocês apareceram naquele fim de mundo eu soube que tinha conseguido. Sabem, era pra eu ter ido pra Hogwarts há muito tempo atrás! Vocês talvez nem fossem nascidos, mas meus pais não quiseram deixar... eu não era uma criança muito comportada digamos assim; eles julgaram que eu não ficaria melhor com uma varinha na mão. Então me isolaram naquela cidade. Aí vocês aparecerem; prepararam um sanduíche e me derem uma varinha!
– Não acredito! – disse Rebecca zangada.
– Sabe Hermione, concordo com você sobre os elfos domésticos. Não podemos esquecê-los num canto e deixá-los... sozinhos.
Draco colocou a mão no pescoço e engoliu em seco.
Elvira tocou o bastão com a varinha e o fez encolher até caber na palma da mão.
– Obrigada por me ensinarem. Algumas coisas eu já sabia. Cheguei a manter correspondência com meu primo quando criança; depois ele foi para África; achei que ele me tiraria daquela cidade medíocre. Senti falta das cartas dele.
– Roman Young era seu parente? – perguntou Hermione surpresa.
– Li sobre a morte dele num jornal velho largado na mansão. Ele era meu primo, sim... – respondeu Elvira e logo em seguida deu um sorriso largo e malicioso.
Os fantasmas reapareceram e os cercaram.
– Harry disse que eu poderia fazer o que quisesse e ele tem razão. Isso é só o começo. Não fique triste Hermione; você é realmente muito boa no que faz!
– Espere! – Rebecca disse de repente. – Tenho uma coisa para...
– Vai me pedir desculpas ou misericórdia? – perguntou Elvira.
– Só quero dizer uma coisa... – disse Rebecca. – Você está certa sobre os elfos. Tem gente que se esquece completamente deles. Juhno! Nossas varinhas! Agora! – gritou Rebecca.
Com um estalo Juhno apareceu na frente de Elvira e tomou as varinhas de todos. Num segundo depois as entregou para os verdadeiros donos.
O grupo de fantasmas recomeçou o grito agudo, agourento e assustador. Hermione cambaleou e fez força para manter os olhos abertos e a varinha segura na mão. Torcia para que alguém resistisse e os levassem embora dali.
Quando o fantasma de uniforme estava próximo de tocá-la colocaram um abafador em seus ouvidos. Era Rony que já usava um e a pegou no colo. Aparataram.
Aos poucos o rosto de Rony e Harry entraram em foco na frente de Hermione.
– Você está bem? – perguntaram juntos.
Hermione sorriu fraco.
– Agora vocês sabem como me sinto... – disse sorrindo.
– Juhno veio nos avisar. – disse Rony pálido.
– E Gina? Os outros?
– Já estão bem... – respondeu Harry – Hermione é verdade? Gina contou, mas não conseguimos acreditar.
Gina sentou do lado de Hermione. Patrick entrou na sala com Rebecca e Draco. Só então Hermione percebeu que estava no Ministério. Harry foi para cima de Draco.
– Como ela sabia do bastão? Como sabia usá-lo? Por a caso você não tem nada a ver com isso? Sua casa sempre foi uma biblioteca para quem queria pesquisar sobre as Artes das Trevas!
– Ela queimou minha casa Potter! – Draco empurrou Harry.
– Draco estava com a gente o todo tempo Harry. – disse Gina.
– Você o está defendendo? – perguntou Rony.
– Só estou dizendo que Elvira quase o matou também. Agora se acalmem!
– Eu acho que ela o trouxe com ela. – Rebecca se apressou a dizer sob o olhar de Patrick. – E sabia o que fazer com ele.
– É muita coincidência não acham? – disse Rony também encarando Draco.
– O fato é que ela nos enganou! – exclamou Rebecca. – Não percebemos nada! Nem quando ela arrumou aquela mudança em tão pouco tempo. Ela estava nos esperando!
– Nem olhamos a bagagem. Cada vez que ela falhava nos aproximávamos mais dela. – disse Gina desanimada.
– Ela acertou todos os feitiços; óbvio que era melhor em magia do que pensávamos... – disse Draco dando um leve toque nas costas de Hermione. O que levou Rony a partir para cima dele.
Quando os ânimos acalmaram Rony perguntou:
– Que feitiço exatamente esse bastão produziu?
– Ela mencionou qualquer coisa em fazer os mortos andarem. – disse Hermione
– Evoca fantasmas por quem ninguém nunca lamentou. Evocou fantasmas do cemitério particular de Draco. – disse Harry e todos olharam para ele.
– Não é meu cemitério! É da minha família.
– Você sabia? Como? – Patrick perguntou surpreso a Harry.
– O Guardião me disse...
Harry contou tudo e a cada palavra se sentia pior.
– Por que não nos contou antes Harry? – perguntou Rony tão aborrecido quanto Patrick.
– Roman Young não tinha sido encontrado ainda. Achei que se ele soubesse que o Guardião estava vivo ia querer matá-lo. Rick Nelson sabia e me ajudou a colocá-lo no St. Mungus; ele me contou tudo antes de morrer. Gina sabia que ele estava lá, mas não que tinha morrido.
Gina suspirou; parecia não estar zangada, mas também não estava feliz.
– Você podia ter nos contado! – Rony disse indignado.
– Foi minha decisão e está feito.
A Conselheira Hayes de roupão invadiu a sala de Patrick.
– Como isso pode acontecer? Onde vocês estavam quando essa mulher trazia esses fantasmas do túmulo?
Rebecca, Draco, Hermione e Gina não encontraram palavras para explicar. Passaram o dia ocupados sem dar a mínima atenção para o que Elvira estivesse fazendo.
– Ela não fez isso de um dia para o outro! – gritou a Conselheira. – Onde vocês estavam?
– Ela não era uma prisioneira! – reagiu Hermione. – Não precisava ser vigiada! Pelo menos nós achávamos que não. Nunca a deixamos sozinha. Sempre um de nós estava presente; nos revezávamos para tomar conta dela...
– Esse fim de semana fomos à Toca; vocês foram visitar seus pais... – disse Gina.
– Ela me disse que vocês ficariam! Draco foi visitar o pai em Azkaban! – disse Patrick.
– Nós ficamos em casa... – disse Rebecca.
– Ela fez a mesma coisa com todos nós. Manipulou a todos nós! Planejava ficar sozinha na mansão... Rebecca está certa! Ela enganou a todos nós. – disse Rony. – Provavelmente já sabia o feitiço e estava se aperfeiçoando e esperando o momento certo para como usá-lo.
– Elvira deve ter mandando Boo nos distrair. – disse Gina baixinho a Hermione e Rebecca. – E os sons que ouvíamos...
– Vocês dois estão suspensos. – esbravejou a Conselheira Hayes. – Os Revistadores cuidarão dessa ameaça. Me avisaram que ela foi para o Beco Diagonal e...
– Ela não está mais no Beco Diagonal. – foi a vez de Deanna Troy entrar na sala de repente. – Impossível usar algum feitiço contra fantasmas! Eles se dissolvem feito areia; podem tocar as pessoas, machucá-las. E os gritos...
– Daremos um jeito! – disse a Conselheira Hayes. – Ela será presa e irá passar um bom tempo em Azkaban por atacar essas pessoas. Agora vou dizer a Rick Nelson tomar as rédeas da situação.
– Ele não pode... ele está morto. Um fantasma o matou... e Greg está ferido! Ferido por um fantasma! – disse Deanna Troy caindo no choro.
Houve um silêncio pesado. Madeleine Hayes amparou a colega.
– Vocês dois acabam de voltar ao caso. Façam alguma coisa com essa mulher! – mandou a Conselheira.
– Vamos ver o Mapa da Magia. – Harry disse a Patrick.
Patrick puxou Rebecca pelo braço enquanto todos se solidarizavam com a Deanna Troy.
– Como você e Draco deixaram o bastão e o feitiço largados?! E o elfo que ninguém mais se lembrou de procurar?! Provavelmente contou a ela sobre nós. Ele é o elfo dela agora!
– Isso não foi nossa culpa! – disse Draco se juntando a eles. – Elvira já devia ter isso planejado faz séculos!
– Temos que dar cabo dela. – disse Patrick zangado e saiu para acompanhar Harry e os outros.
Na sala todos observavam o mapa em silêncio.
– Pena a poção... – Hermione consolou Rebecca.
– Tudo bem agora já sabemos o que fazer. Temos os ingredientes, talento e um elfo que corta raízes muito bem.
– Ele salvou nossas vidas. – disse Hermione.
– Não vou dar um aumento a ele Hermione. Talvez um bônus, mas é só.
– Greg é um cara legal. Eles acabaram indo à Toca afinal? – Rony perguntou a Harry.
– Foram. Rick Nelson salvou minha vida naquele galpão...
– Vamos pegá-la! – disse Rebecca entre os dois. – Elvira é só uma bruxa que sabe mudar a cor das meias!
– Temos que descobrir o que ela vai fazer, como vai fazer e com quem vai fazer. Ela vai ter que se locomover e não sabe aparatar ainda. Também sabe que de outra forma deixaria rastro. – disse Harry.
– Talvez transporte trouxa? – sugeriu Rony.
– Ela vai usar a Rede de Flu. – disse Emily atrás dele. – Elvira pegou uma grande quantidade da loja que acabou de explodir no Beco Diagonal.
– Quem deixou você entrar? – Madeleine Hayes perguntou.
Harry fez sinal para Emily continuar.
– Ela saqueou duas lojas: uma especializada em transporte mágico e outra de animais.
– Ela queria saber mais sobre criaturas mágicas hoje pela manha. Deus, isso faz algum sentido? – perguntou Hermione.
– Elvira é uma doente Hermione! As coisas só fazem sentido na cabeça dela! – Rebecca respondeu.
– Ela não usou a lareira de nenhuma das lojas. – disse Emily.
– Uma lareira fora da rede talvez... – disse Patrick. – Ela pode ter ido para qualquer lugar assim!
Harry começou a andar pela sala. Parecia que seu cérebro funcionaria mais rápido se estivesse em movimento; começou a formular uma idéia.
– Bom, de um dia pro outro ela deixou de ser...
– Uma ninguém. – disse Rebecca.
– E agora tem poder e cinco defuntos que fazem o que ela mandar. A primeira coisa que pensei em fazer quando voltei do meu primeiro ano em Hogwarts foi provocar meu primo trouxa.
– E? – perguntou Rony.
– Ela vai voltar pra Zebediza...
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