Ser bruxo é o máximo!
Harry e Patrick apresentaram a idéia de trazer Elvira à Londres para aprender magia ao Ministro Kingsley, a Conselheira Hayes e Deanna Troy.
– Vocês estão brincando não é? – se surpreendeu a Conselheira Hayes rindo na frente deles. – Uma bruxa de meia idade aprendendo magia?
– Ora, se o Ministério se preocupou com a origem da magia e agora sabe que vem de uma bruxa não pode simplesmente não pode virar-lhe às costas! – Harry retrucou a Conselheira com rispidez.
– Ninguém vai virar as costas a uma irmã bruxa Harry! –respondeu o Ministro. – No entanto há alguns detalhes a serem considerados. Quem vai ensiná-la? Ela não se adaptaria em Hogwarts com essa idade.
– A Srta. Magoo aprenderá com a Srta. Granger. Não há ninguém melhor! – disse Harry. – Hermione pensou em “módulos mágicos”. Uma espécie de divisão das matérias principais e conforme a Srta. Magoo for evoluindo...
– Ela tem que passar por uma avaliação profissional. – comentou a Srta. Troy.
– Enviarei uma carta explicando tudo à diretora McGonagall. – disse Kingsley. – Com certeza ela aceitará avaliar o progresso da Srta. Magoo. Vamos nos reunir e daremos uma resposta...
– Quando? – perguntou Harry.
– Você quer uma resposta hoje Sr. Potter? – Kingsley perguntou franzindo a testa.
– Seria bom! Ela está esperando!
– Vamos discutir o assunto Harry... – Kingsley olhou para a Conselheira que deu de ombros.
– Meia hora é um tempo aceitável Sr. Potter? – perguntou a Conselheira.
– Ótimo, meia hora.
Patrick olhou para Harry e depois para o Ministro.
– Aguardaremos lá fora senhor! – disse puxando Harry.
Rony os aguardava do lado de fora.
– Estão discutindo o assunto. – Patrick explicou a Rony enquanto observava Harry andando de um lado para o outro.
– Harry tem um problema com autoridades. – comentou Rony.
– É, eu já percebi.
Exatos trinta minutos depois. Harry e Patrick foram chamados para a decisão:
– Senhores. – iniciou a Srta. Troy. – Concordamos que a Srta. Magoo sim deve aprender magia.
Harry e Patrick, por motivos diferentes, deram largos sorrisos.
– Antes disso, porém ela deve passar por um teste avaliado pelo Ministério. Se no prazo de dois meses ela será avaliada e se tiver obtido um grau de conhecimento mágico notável... será declarada cidadã bruxa com todos os direitos e deveres que isso acarreta.
– Notável senhores, não passável. – frisou o Ministro. – Se nesse prazo não for comprovado por mim e pela Conselheira Hayes que a Srta. Magoo pode viver entre os bruxos... ela terá a memória alterada e continuará a viver em sua cidade como trouxa. Concederei também autorização para remoção da memória dos cidadãos da cidade se necessário.
– Dois meses? – perguntou Harry. – Não é necessário estipular um prazo. Ela é uma bruxa!
– Vocês estão tirando uma pessoa do ambiente que viveu por trinta e poucos anos e a lançando numa aventura de grandes proporções. Não há garantias que a Srta. Magoo se sai bem. – disse Kingsley. – A formação de um bruxo é muito importante para esse Ministério; assim como o meio que passará a ganhar a vida depois de concluir os estudos. Sua intenção é a melhor Harry; você está dando a essa mulher uma alternativa e nós também.
– O Ministério se preocupa... A Travessa do Tranco está cheia de bruxos formados trabalhando para Solomon Bluter! O Ministério se preocupa com eles também?
– Já chega Harry! – disse Patrick pela primeira num tom de voz mais duro.
– Certo vamos tratar de outros detalhes agora. – disse o Ministro Kingsley zangado. – A Srta. Magoo vai morar na Mansão Malfoy enquanto aprende magia.
– O que? – se surpreendeu Harry.
– As despesas básicas serão por conta do Ministério: livros, varinha, etc. Despesas extras seguirão por conta de vocês dois.
Patrick concordou, mas Harry não.
– Não acho que a Mansão Malfoy seja um bom lugar para Elvira praticar!
– O Sr. Malfoy há tempos vem oferecendo ajuda ao Ministério em troca de uma redução em suas dividas de impostos e diminuição da pena de sua mãe em Azkaban. Finalmente achamos alguma coisa que ajudara a nós e a ele.– disse Kingsley
– Draco não ajuda ninguém! E a família dele merece estar em Azkaban!
Patrick tornou a pedir que Harry ficasse quieto.
– Apenas escute Harry.
– A Srta. Elvira Magoo passa a ser responsabilidade de Harry Potter e Patrick Rent; e deverá passar por uma avaliação daqui a dois meses contando da data de sua primeira aula oficial. Essa é minha decisão senhores. Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia em exercício.
Do lado de fora da sala, depois de saber das condições do Ministério para Elvira aprender magia, Rony começou uma discussão com Harry.
– Hermione não pisará naquele lugar! Não ouse pedir isso a ela Harry! – disse Rony transtornado.
– Não tenho como reverter a decisão do Ministro Rony! Acredite! Eu tentei! Por que você não disse nada Patrick? E não venha com a besteira que eu me deixo levar pelas emoções!
– Não Harry você é cara mais racional que conheço... – Patrick respondeu parecendo achar graça. – Você conseguiu o que queria! Não nos seus termos, mas Elvira terá aulas de magia.
– A Mansão Malfoy está fora de cogitação! – disse Rony e Harry acabou concordando.
– Avisarei às garotas para aparatarem no Caldeirão Furado; Elvira se hospedará lá por minha conta.
– Nesse caso vou tratar de fazer a reserva então. – disse Patrick.
Quando Patrick se retirou Harry se virou furioso para Rony:
– Você acha que eu iria mandar Hermione de volta aquele lugar?!
– Não sei Harry! Não sei o que se passa na sua cabeça!
– Rony, sei que está chateado porque Hermione cancelou a viagem para promover o livro para me ajudar, mas são só dois meses!
– Dois meses exatos! – disse Rony com o dedo na cara de Harry.
Harry pensou em dizer que Rony poderia ir para onde quisesse a hora que quisesse. Ele não era importante para seus planos.
Na casa de Elvira as garotas aguardavam noticias de Harry. Quando um veado prateado apareceu na sala; a voz de Harry lhes deu o recado: aparatar com Elvira. Caldeirão Furado quarto trinta e cinco.
Depois que o patrono se dissipou as garotas comemoraram e Elvira começou a fazer as malas. Duas horas depois um malão já estava pronto.
– Ainda bem que podemos aparatar de volta. Levar tudo isso do jeito que viemos seria um trabalhão danado! – disse Gina.
– Nunca vi ninguém arrumar as malas tão depressa. – comentou Rebecca. – Pelo menos não tivemos que ajudar.
Enquanto Elvira separava objetos pessoais as garotas ficaram sozinhas em seu quarto; a porta do guarda roupa estava aberta e Rebecca começou a bisbilhotar seu conteúdo.
– Dêem uma olhada nessas peças.
Hermione olhou, mas Gina não quis.
– Invasão de privacidade! – disse censurando Rebecca e Hermione.
– Não é não! – se defendeu Rebecca. – A porta estava aberta.
– Se você dividisse a casa com seis irmãos saberia do que estou falando.
– Eu gostaria de dividir a casa com seus irmãos Gina. Com exceção de Rony, é claro! – disse Rebecca.
Gina fez uma careta, mas Hermione riu e deu uma boa olhada nos vestidos de Elvira.
– Parece que Elvira já foi mais gordinha. – comentou.
– Olhem essas estampas isso são... joaninhas? – perguntou Rebecca.
– Acho que não tem muitas opções de moda aqui. – respondeu Hermione. – É melhor descermos; não é legal ela nos pegar aqui.
Na sala de estar tinham uma bela visão do jardim bagunçado de Elvira. Hermione reparou em um grande tronco queimado.
Elvira apareceu na sala com um sorriso tão largo que contagiou as garotas.
– Tudo pronto! Onde eu vou ficar?
– Numa hospedaria, o Caldearão Furado. – respondeu Hermione.
– Vocês vão ficar comigo lá?
– Ainda não sabemos, mas com certeza a veremos todos os dias. – respondeu Hermione. – Elvira, é importante você saber que vai cruzar com pessoas muito diferentes, ou alguma criatura ou fantasmas...
– Fantasmas? – Elvira perguntou espantada.
– Tome cuidado com o que come. Não experimente coisas...
– Ela entendeu Hermione! – disse Rebecca agitada. – Vamos indo?
– Como vamos pra lá?
– Vamos aparatar! – Rebecca respondeu. – Enviarei sua bagagem. Tem certeza que não esqueceu nada? Talvez as paredes?
Rebecca fez a bagagem levitar. Elvira ficou muito impressionada.
– Vou poder fazer isso?
– Claro! Todo bruxo pode fazer coisas flutuarem. – disse Hermione.
– Não com tanto estilo, mas vai conseguir. – disse Rebecca confiante.
Gina deixou escapar uma risada.
– Caldeirão Furado quarto trinta e cinco. No nome de Elvira Magoo. Removerius!
A bagagem toda sumiu ao toque da varinha de Rebecca e a própria desapareceu em seguida.
– Não ligue, ela gosta de se exibir. – disse Hermione balançando a cabeça. – Segure meu braço e feche os olhos.
– Espere um momento! – disse Elvira de repente e correu até o meio da rua. Gritou para todos os cantos:
– Adeus Zebediza!!!
Como era de se esperar o início das aulas foram um fracasso. Harry e Rony tiveram que reconsiderar a idéia de usar a Mansão Malfoy tantos eram os prejuízos causados por Elvira.
Hermione aceitou ensiná-la na casa de Draco desde que ela pudesse aparatar direto na sala que utilizariam para as aulas.
Resolvidos os impasses na segunda semana de prazo dado pelo Ministro; Elvira se mudou com sua bagagem e uma varinha novinha, presente de Harry, para o quarto no segundo andar da Mansão Malfoy.
Draco não falava com Elvira e raramente trocava algumas palavras com Hermione ou Gina. Vez ou outra reclamava da bagunça, dos estragos causados por Elvira ou do elfo de Rebecca que não lhe fazia nada. Rebecca mandava que ficasse quieto e ele se retirava resmungando. Segundo Hermione Elvira sofria de uma terrível falta de concentração e ainda se assustava com qualquer coisa; fosse o elfo ou o próprio Draco que ela achava ser um fantasma. Gina achava que a presença de Rebecca também atrapalhava. A cada feitiço errado Rebecca a criticava e reclamava que achava o método de Hogwarts de ensino limitado.
Hermione pediu delicadamente que ela saísse da sala e disse que a chamaria se precisasse. Depois disso Rebecca se trancou em seu laboratório e não apareceu durante dois dias fazendo com que perdessem um tempo precioso tentando se livrar da inconveniente presença de Draco.
No final de semana Harry convidou Elvira para conhecer o Beco Diagonal. Conversaram bastante; Harry via em Elvira um pouco de si mesmo quando descobriu que era bruxo. Lembrou-se que a cada descoberta no mundo bruxo o deixava mais longe de sua vida infeliz com os Dursley. Com Elvira não era diferente; ela lhe contou os maus momentos que passara em Zebediza por ser diferente. Harry desejava muito que Elvira se adaptasse e fosse feliz. Sentia quase que uma obrigação de que tudo desse certo. Enquanto olhavam uma loja de animais mágicos Harry comentou:
– Quando você pegar o jeito vai controlar sua magia e se sair bem.
– Hermione tem sido incrível comigo. – respondeu Elvira enquanto olhava a vitrine.
– Ela é demais. Se existe uma pessoa que pode ajudar alguém em magia é ela. Acredite, eu sei o que está passando.
– Ela me contou muita coisa sobre você. Você é um herói.
– Acho que as pessoas pensam mais nisso do que eu.
Elvira bateu no vidro atraindo atenção de algumas corujas.
– Você não se parece com um herói. – comentou. – Como está Rony? Não o vi mais desde que cheguei.
– Ele anda meio ocupado ultimamente; coisas dele... – respondeu Harry.
– Ele manda bilhetes para Hermione durante o dia. Ela os lê com um olhar muito apaixonado. Acho que serão muito felizes quando se casarem.
– Eles não vão se casar. – Harry deixou escapar. – Não antes de mim e Gina quero dizer...
– Você acha isso mesmo ou é porque ficaria muito triste por vê-los partir?
Harry não respondeu. Era um ponto muito delicado. Dali algumas semanas Hermione estaria livre para viajar com Rony e eles poderiam simplesmente resolver morar em Florença. Se Rony realmente se importasse perceberia o quanto era importante para ele que ficassem.
Enquanto isso na Mansão Malfoy; Patrick estava furioso com Rebecca pela falta de progresso de Elvira:
– Não acredito que ela não aprendeu nada!
Rebecca tentava se defender.
– Ela aprendeu alguma coisa!
Draco estava sentado no sofá achando graça do fracasso de Elvira e esperançoso para Rebecca ser punida.
– Ela fica enfiada o dia todo no laboratório com elfo feliz dela. – entregou.
– Isso é verdade? – perguntou Patrick mal encarado cruzando os braços.
– Hermione me colocou para fora das aulas. A culpa é dela!
– Ela tem feito o máximo para aquela inútil aprender alguma coisa. – disse Draco.
– Você a está defendendo Draco? – Rebecca perguntou zangada.
– Eu tenho visto mais aulas que você Rebecca.
– Parem os dois. Você vai ajudar Hermione do jeito que ela quiser! Entendeu Rebecca? E você Draco... que barulho é esse?
– Deve ser aquele elfo asqueroso. – respondeu Draco – Ele fez um ninho num buraco da parede no andar de cima. E agora tem um bicho papão na cozinha.
– Um cemitério, uma masmorra só faltava mesmo um bicho papão! Combina com o clima desse lugar! – disse Rebecca rindo.
– Não fale mal da minha casa! – gritou Draco. – E se livre daquele bicho papão!
– O que foi Draco está com medo? – caçoou Rebecca.
– Calem a boca os dois! O prazo do Ministro está quase no fim. – Patrick tentava se controlar. – Ela tem que de aprender pelo menos se concentrar para realizar o feitiço que precisamos! Deu tudo certo para trazê-la para cá!
– Não vejo como nesse prazo, mas com certeza, Harry não vai permitir que o Ministro a mande de volta com a memória alterada. Ele realmente se importa com ela. – disse Rebecca.
– Não adianta para nós se ela ficar sob a custódia de Harry. Precisamos que ela faça o feitiço enquanto estiver aqui. Não saiam de perto dela! Vocês dois!
– Diga a Rebecca para se livrar do bicho papão!
– Não sou sua empregada Draco!
– Você está na minha casa.
Patrick os deixou aos berros na sala.
No dia seguinte Hermione deu a Elvira um livro com ilustrações de como melhor posicionar a varinha. Gina leu com ela feitiços simples de mudança de cor. Quando Rebecca viu o livro falou com Hermione como se Elvira não tivesse na sala.
– Esse livro é para crianças?
– É muito bom em teoria mágica e...
– Teoria mágica? É um livro de figuras!
Draco ia dizer alguma coisa, mas se calou imediatamente sob o olhar furioso de Rebecca.
– É assim que ensinam em Hogwarts?
– Hogwarts é uma renomada escola de magia! – respondeu Gina.
– Claro Gina; veja quem se formou lá. Draco!
– Hey! Eu sou um bom bruxo! Não sou estúpido como você e Patrick pensam!
Rebecca se virou para Elvira:
– Vamos Elvira faça um feitiço! Um simples feitiço de mudança de cor. Mude a cor da capa desse livro.
– Pra que cor?
– Qualquer uma! Vamos se concentre e faça.
Elvira franziu a testa e parecia fazer um esforço sobre humano. Prendeu a respiração apontou a varinha e nada aconteceu.
– Se concentre mulher! Uma criança é capaz de realizar esse feitiço! Só de olhar!
Hermione mandou que Rebecca parasse.
– Pare de pressioná-la Rebecca! Isso não ajuda em anda.
Elvira jogou a varinha no chão com os olhos cheio de lágrimas encarou Rebecca e começou a gritar.
– Faça você se e tão esperta!
– Não ouse me desafiar! – Rebecca disse com raiva. – Você quer saber como é ser uma bruxa? Garanto que não é carregar uma varinha e repetir palavras. Para ser uma bruxa, primeiro você tem que limpar sua mente de distrações e lembranças banais. Tem que pensar como uma bruxa! Tem que agir como uma bruxa!
Rebecca transformou a mesa em um leão; em seguida numa noz que apanhou do chão e esmagou. O pó que caia entre seus dedos voltou aos poucos a se transformar na mesa original com livros, penas e os pergaminhos de antes. Convencida, lançou um olhar tão superior a Elvira que a fez deixar a sala chorando.
– Isso foi muito bom... – Draco disse impressionado.
– Ela vai acabar se perdendo. Vou atrás dela. – disse Gina e saiu da sala.
– Draco ajude Gina a encontrar Elvira! – Rebecca mandou.
– Não.
– É sério Draco vá! Vá agora! – Rebecca gritou e Draco sumiu de vista.
Quando ficaram sozinhas Rebecca esperava que Hermione a censurasse como Gina, mas ela não disse nada. Observava Rebecca com uma mistura de inveja e curiosidade. Não eram amigas e nem chegavam a gostar uma da outra, mas Hermione não podia negar que Rebecca era uma bruxa talentosa.
– Onde aprendeu magia? Se nunca freqüentou uma escola regular? – Hermione perguntou finalmente.
– Aprendi com minha mãe. Olhe, desculpe falar mal da sua escola tenho certeza que era muito boa. Você é muito boa.
– Eu fiquei boa, mas você...
– Sou só mais alta, mas quem liga?
Hermione deu um meio sorriso.
– Elvira talvez se concentre mais agora. – disse Hermione pegando o livro de figuras do chão.
– Quem sabe ela me agradeça quando for ministra da magia.
– Ou te mande para Azkaban.
– Engraçado Hermione. Você é engraçada às vezes. Diga-me o que aprendeu em Hogwarts sobre raízes de ataranta?
– Evapora muito rápido. Menos de um minuto. Eu já cronometrei.
– Que outros ingredientes podem fazê-la demorar a evaporar?
– Uma combinação de ingredientes talvez...
– Que seriam?
Hermione não disse nada e Rebecca acabou dizendo que a seguisse pelos corredores da mansão até seu laboratório. Parecia uma das masmorras de Hogwarts com prateleira cheias de frascos e uma imensa pia. Havia cinco caldeirões no fogo cada um com o conteúdo de uma cor. O elfo cortava gengibre e ficou feliz em rever Hermione.
– Não convidei você e Gina para virem aqui porque estava zangada por ser expulsa das aulas. Isso nunca tinha me acontecido antes...
– Tudo bem. Confesso que estava curiosa para ver seu laboratório. Onde está a poção que você esta trabalhando?
– No fundo da pia. Vou ter que recomeçar.
– Ajudaria se você dissesse o que quer fazer. Qual efeito dessa poção?
– Você ouviu falar de Ramona de Luchero? Uma Curandeira que trabalhou no St. Mungus anos atrás?
– Sim. Foi para Azkaban por envenenar três rapazes com uma poção do amor chamada Siempre Viva. Ela mesma criou a poção.
– Certo. O homem que a tomar vai ver sua mulher linda como no dia que se apaixonaram. Eu tenho a lista de todos os ingredientes, mas não o modo de preparo. Trabalho nela há meses! Ainda não achei a ordem certa dos ingredientes só descobri que cada parte da poção tem que ser feita separadamente.
– Como chegou a essa conclusão?
– É o único meio que não explode. – respondeu Rebecca rindo. – Não que eu me importe de causar estragos na casa de Draco.
Hermione pediu ao elfo porções de losna.
– Acrescente losna e levará mais tempo para a raiz de ataranta evaporar. Dará tempo de você acrescentar pelo menos mais dois ingredientes.
Depois de vinte minutos Hermione e Rebecca estavam lado a lado observando conteúdo de o caldeirão virar um caldo inexpressivo.
Rebecca se virou para o elfo.
– Juhno...
– Outra porção de losna, teratina e raiz de ataranta. É pra já Srta. Slater!
– Ele é muito bom. – Rebecca comentou com Hermione. – Andei lhe ensinando alguns feitiços. Melhor que Elvira ele certamente é.
– Você podia se desculpar com ela. Apesar do feitiço ter sido muito bom.
– Vou pensar... – respondeu Rebecca.
Hermione levantou a cabeça.
– Está ouvindo esse barulho?
– Nessa casa nenhum som é de se estranhar. Tem um bicho papão na cozinha; Draco não para de reclamar dele.
– Tinha. Eu o prendi na minha bolsa.
– Legal. Mostre para Jorge ele vai adorar essa idéia para um logro.
– Ouviu? De novo.
Gina, Elvira e Draco entraram no laboratório.
– Diga a ela para não andar pela mansão. – disse Draco zangado.
– Diga você mesmo Draco; ela está do seu lado! – Rebecca comentou sem levantar a cabeça.
Hermione achou melhor encerrar o dia. Rebecca acabou servindo a todos, inclusive o elfo, uma garrafa de suco de abóbora. Foi uma espécie de pedido de desculpas pensou Hermione. De um jeito ou de outro estavam todos se esforçando para que tudo desse certo.
Nos dias que se seguiram o progresso de Elvira fora mínimo, mas ela conquistara pelo menos um pouco de consideração da parte de Rebecca. Draco não caçoava tanto dela quando cometia erros grotescos.
Para piorar Ministro avisou que visitaria Elvira antes do tempo previsto devido a uma importante viagem. O que iniciou uma corrida contra o relógio para as garotas e deixou Elvira a beira de um ataque de nervos. Ainda contava contra ela a aparência desleixada e a timidez. Na presença de estranhos ficava muda, de cabeça baixa evitando contato visual.
Hermione decidiu que ela apresentaria uma transfiguração, um feitiço convocatório e prepararia uma poção simples.
Gina em seu tempo livre passou a ensinar como Elvira deveria se comportar na presença do Ministro que, apesar de amigo da família, era cercado de formalidades em ocasiões oficiais.
Pior do que Elvira só Patrick e Harry. Os dois tiveram que pagar a Solomon Butler pelo ciclope deficiente e aturar a Conselheira Hayes e suas indiretas sobre o “projeto Elvira” ser total perda de tempo. Nos corredores do Ministério o caso virara uma grande piada mexendo com humor dos dois. O único que parecia não se envolver era Rony. Para Harry a única ajuda do amigo naquela situação era não ocupar Hermione.
Na noite da reunião Hermione viu o fantasma de uma mulher vestida de branco empurrando uma poltrona na sala que usavam. Foi até o quarto de Elvira procurando por Rebecca. Gina contou, enquanto maquiava Elvira, que Patrick esteve na mansão mais cedo.
– Patrick disse que o Ministro quer Draco na reunião. Rebecca está atrás dele para barbeá-lo e vesti-lo. Seria engraçado se não estivéssemos tão atrasadas.
– Acabei de ver um fantasma. Uma mulher empurrando uma poltrona.
– Fantasmas não conseguem fazer coisas pesadas se mexerem. – comentou Gina.
– Esse consegue... muito estranho.
– Mais estranho do que fantasma realmente existirem? – Elvira teve calafrio ao dizer isso.
– Em Hogwarts tivemos aulas de História da Magia com um professor fantasma Elvira. Somos acostumados a vê-los. – Gina explicou.
– Eu morro de medo deles.
Draco chegou seguro por Rebecca.
– Barbeado e cheirando muito melhor do que o normal.
Draco usava uma camisa branca e calças pretas. Não fosse pela expressão mal humorada e o fato de Draco ser... Draco; estava até bonitinho.
Depois de acabar de maquiar Elvira; Gina entregou a ela uma caixa azul com uma bela fita roxa.
– Compramos para você Elvira!
– Imaginamos que você não tinha nada que preste para vestir hoje à noite. – disse Rebecca como sempre sem rodeios.
Dentro da caixa um vestido verde esmeralda e um par de sapatos de salto alto.
– É lindo obrigada! E sapatos que combinam! Nunca tive um vestido que combinasse com qualquer outra coisa.
– E grande final. Draco! Sua vez como combinamos. – mandou Rebecca.
Draco entregou uma caixa com um par de brincos.
– É de Patrick e Potter. Elas só me deixaram entregar.
– Vocês são os melhores amigos que já tive!
Elvira abraçou um por um com os olhos cheio de lágrimas.
– Independente do que acontecer essa noite quero que saiba que gostamos muito de você. – disse Hermione emocionada.
Já no Largo Grimmauld Rony tomava um drinque servido pelos elfos olhando para a lareira. Patrick e Harry surgiram já vestidos formalmente.
– Onde está Draco? Eu o mandei vir. – disse Patrick.
– Lá em cima com as garotas. Ele segue Rebecca para todo canto e como não quero saber nada dele é bom que fique por lá. – respondeu Rony.
– Obrigado por se oferecer pra ajudar! – Harry disse sarcasticamente.
– As garotas estão com Elvira; pelo visto ela está muito nervosa.
No quarto de Hermione; Draco se olhava no espelho mudando a cor da gravata para uma mais clara. Virou-se para as garotas:
– Como estou?
– Temos coisas mais importantes no momento do que admirá-lo Draco! – respondeu Hermione.
– É só um segundo!
– Você está perturbador Draco. – disse Rebecca.
Draco sorriu satisfeito.
Harry entrou no quarto; encarou Draco e se virou para Hermione.
– Onde está Elvira?
– No banheiro vomitando. Ela se trancou lá! O Ministro e os convidados já estão para chegar. – respondeu Gina entrando logo atrás.
– Eu falo com ela. – disse Harry
Harry parou um momento e se virou para as garotas.
– Obrigado pelo o que fizeram. Com certeza significa muito para Elvira.
Draco deu um tapa no ombro de Harry.
– Tudo bem Potter foi um prazer.
– Você só está na minha casa porque...
– Harry! Essa não é a hora. Venha! – disse Hermione empurrando Harry para fora do quarto. – Fale com Elvira!
Harry foi até a porta do banheiro e bateu.
– Vá embora.
– Elvira, todos estão lhe esperando.
– Vou fracassar!
– Não, não vai. Você vai conseguir! Você pode mudar o rumo de sua vida Elvira. Você sabe que pode! Confiamos em você!
Houve uma longa pausa Harry grudou o ouvido na porta do banheiro.
– Vou descer. – disse Elvira com voz fraca.
– Eu confio em você! – disse Harry com firmeza.
Rony conversava com o Ministro quando Harry desceu as escadas e se juntou a Patrick.
– O que aconteceu? – Patrick perguntou preocupado.
– Ela entrou em pânico.
Na sala, além dos convidados, estava Emily com a pena repetição ativada e máquina fotográfica tirando fotos de todos.
– Madeleine a trouxe para documentar nosso fracasso. – Patrick disse a Harry. – Ela está apostando alto nisso. O que disse a Elvira?
– Que confiamos nela. Ela vai conseguir realizar os feitiço e preparar a poção...
– Você tem certeza? Não a vimos realizar nenhum feitiço perfeito até hoje. – perguntou Patrick.
– Se ela perceber que duvidamos dela aí sim vai tudo acabar mal. Ela não precisa de mais pressão.
Emily acenou para Rony e pediu que ele ficasse junto de Patrick, Draco e Harry.
– Um sorriso, por favor, senhores.
Só Rony e Draco a atenderam.
Entre os convidados estava a Srta. Troy e o noivo que Harry queria muito conhecer: Gregory Raiker.
– O desenhista do Mapa da Magia! Nós o usamos para detectar a Srta. Magoo. – disse Harry apertando-lhe a mão.
– Ainda está em fase experimental. Ainda temos problemas para detectar vassouras e algumas criaturas. Um dragão se parece muito com um morcego num mapa mágico, mas estamos trabalhando nisso.
– Vocês são amigos do meu irmão Gui. – disse Rony se aproximando.
– Estudamos na mesma época em Hogwarts, mas na Corvinal. Estivemos no casamento dele e Fleur. Passamos alguns verões muito bons na Toca. Você e sua irmã eram crianças.
– Me lembro de cada um deles. – a Srta. Troy disse a Rony – Nunca provei um sorvete de morango como o que sua mãe faz.
– Passem um fim de semana lá; meus pais vão gostar de revê-los. Fleur e Gui devem chegar da França em breve.
– Seria ótimo vê-los novamente! A última vez foi quando sua sobrinha nasceu. Precisamos entregar nosso convite de casamento.
– A nova geração Weasley começou com uma menina! – disse Rony orgulhoso.
Gina chamou por Harry e Patrick. Enquanto subiam Harry comentou:
– Gente boa não?
– É são... – Patrick respondeu friamente.
– Você não gosta deles?
– Bruxos têm direito de ir para onde quiserem quando quiserem. Todos os meios de transporte rastreados não me parece certo.
– Vigilância constante.
– O que?
– Era o que Moody dizia.
Quando desceu de braço dado com Harry e Patrick; Elvira parecia complemente diferente dos últimos dias. Parou sorridente e confiante para uma foto. Parecia até mais jovem. Foi educada com todos e respondeu as perguntas com clareza e senso de humor.
– Vocês fizeram um ótimo trabalho. – Rony comentou com Hermione.
Rebecca estava ao lado de Elvira e disse em seu ouvido:
– Lembre-se: pense como uma bruxa! Você é uma bruxa!
Elvira se posicionou no centro da sala.
– Peço atenção dos senhores para o feitiço convocatório que vou realizar. Vou trazer aquela colher de prata até minha mão.
Rebecca, que estava do lado de Draco, ficou de costas
– Me avise quando terminar! Não vou conseguir olhar.
Gina a tranqüilizou.
– As coisas estão preparadas na sala. As mesmas coisas que usamos para praticar. Vai dar tudo certo! São três coisas simples que treinamos a exaustão.
– Accio colher.
Houve um segundo de silêncio e Draco cutucou Rebecca:
– Ela conseguiu!
– O que? – Rebecca se virou depressa.
A colher estava na mão de Elvira.
– Sei que os senhores estão cansados de realizar ou ver crianças praticando esses feitiços, mas peço paciência a uma bruxa caloura de trinta e poucos anos.
– Está se saindo muito bem Srta. Magoo. Por favor, continue. – disse a Srta. Troy gentilmente.
– Uma Transfiguração agora.
Elvira transformou uma mala em uma luneta pequena; a passou para o Ministro e os convidados. O Ministro a devolveu as mãos de Elvira e a luneta voltou a forma original.
Todos bateram palmas.
– E agora vou fazer uma poção que me foi ensinada pela Srta. Slater para acabar com crises de tosse. Como ninguém aqui está com tosse o Sr. Malfoy lançará um feitiço em alguém presente. Pode escolher alguém na sala Sr. Malfoy?
Draco olhou para Rebecca. Não era o combinado. Elvira deveria pedir para Gina enfeitiçá-lo para que ele tivesse a crise de tosse. Rebecca fez sinal para que ele fizesse o que Elvira pediu.
– Escolha alguém para ter uma crise; por pouco tempo é claro. – pediu Elvira.
Draco olhou para todos ao redor; sacou a varinha e apontou para Patrick que começou a tossir.
Elvira parecia não ter pressa em curá-lo e o pegou pela mão até o centro da sala.
Patrick sorria, mas a tosse estava cada vez mais forte que o fez apertar o peito. Draco começou a rir apontando para Patrick numa espécie de vingança infantil.
Patrick começou ter dificuldades em respirar e a Srta. Troy pediu que Elvira se apressasse. Harry e Rony fizeram Patrick sentar no sofá e Hermione conferiu os ingredientes.
– Está faltando Tremule?
– Impossível eu mesma os separei hoje pela manha! – disse Gina.
Rebecca contava os frascos em cima da mesa.
– Os elfos podem ter se confundido? – perguntou.
Elvira acenou com a varinha:
– Accio Tremule
O ingrediente final veio parar em suas mãos e foi misturado com os que já estavam prontos. Patrick tomou um gole e aos poucos sua respiração foi voltando ao normal.
Draco engoliu em seco e massageou o próprio pescoço
– Tudo bem! Ele já está bem. – Harry anunciou aos convidados.
Enquanto todos acompanhavam a melhora de Patrick; Rony discretamente foi até o canto que Emily se posicionou para fotografar Elvira realizando os feitiços.
– Você tinha razão sobre Draco e Patrick.
– Eu disse que eles eram amigos.
– Eles não são amigos, mas se conhecem muito bem.
Patrick continuava sentado no sofá e Rebecca estava ao seu lado tentando fazê-lo beber mais água. Elvira sentou ao lado dele e perguntou se estava zangado com ela.
– Não, não estou – respondeu Patrick bebendo mais água.
– Ele é assim mesmo. Feliz ou preocupado tem a mesma expressão... – Rebecca comentou. – Por quê mudou o plano Elvira?
– Draco ser a vitima do feitiço me pareceu um pouco óbvio.
Patrick tomou um gole de água e devolveu o copo para Rebecca.
– Ela tem razão. – disse enxugando a testa.
– Quer comer alguma coisa? Pego pra você. – disse Rebecca.
– Sim, por favor.
– Tem certeza que não está bravo comigo? – insistiu Elvira.
– Deu tudo certo. Isso é mais importante. Você surpreendeu a todos nós de uma maneira boa.
– Fico feliz de tê-lo ajudado – disse Elvira colocando a mão na perna de Patrick. – Sei que é importante pra você. Você vai conseguir chegar onde quer...
O clima estava bem mais descontraído e todos se deixaram fotografar com largos sorrisos. Rebecca trouxe um prato de canapés. Elvira se levantou e foi conversar com Harry e o Ministro.
– Elvira conseguiu realizar feitiços sem nunca tê-los acertado antes. – disse Rebecca ainda surpresa.
– É... o plano está dando razoavelmente certo. Diga a Draco para não se preocupar não vou fazer nada com ele.
Patrick contou a Rebecca o que Elvira tinha feito; ela não levou sério.
– Ela acha você atraente. Não há muito caras naquela cidade estranha com esses lindos olhos e esse sotaque!
Rebecca beijou Patrick; ele não quis se aproximar de Elvira o resto da noite.
O Ministério liberou Emily para publicar a matéria e as fotos da reunião na casa de Harry. Durante semanas Elvira foi o principal assunto do Profeta Diário. Recebia cartas de bruxos com dificuldades em realizar certos feitiços lhe pedindo conselhos. Todos queriam saber de seu progresso nas aulas.
Alguns bruxos debatiam a banalização da magia em suas colunas no Profeta Diário “Ser bruxo afinal é tão fácil?” era titulo de algumas.
Elvira visitou o Ministério e conheceu os outros Conselheiros.
Continuava seguindo a risca o programa de aulas criado por Hermione na Mansão Malfoy. Estava se saindo muito bem em feitiços convocatórios e passava horas lendo sobre Historia da Magia.
Rony a convidou para passar uma tarde de sábado na Gemialidades Weasley e Jorge não perdeu tempo em transformar a visita num grande evento. A loja estava lotada. Jorge ajudava Rony a distribuir sapos de chocolate a um grupo de crianças.
– Você acredita que mamãe teve sete desses? – disse Rony quando um menino arrancou o restante dos sapos de chocolate de sua mão.
– Precisamos caprichar mais no presente dos dias mães então.
– Ah, veja a culpada de tudo isso.
Emily entrou na loja com dois meninos.
– Meninos estes são os senhores Weasley. Eles que fabricam seus presentes.
– Tomem peguem um sapo de chocolate! – disse Jorge. – Elvira está no fundo da loja.
Os garotos pegaram os sapos de chocolate e correram para vê-la. Jorge os seguiu.
– Você não quer um?
– Não obrigada. Estou tentando manter a forma. Elvira é um sucesso!
– Graças a sua matéria.
– Foi mérito dela; ela é uma pessoa muito interessante.
– Ela é uma figura você quer dizer. Está de folga hoje?
– Não. Vou começar a lhe fazer perguntas daqui a um minuto! Ou melhor, tenho coisas para contar.
– Manda.
– Você sabe que ex-funcionários do Ministério que se envolvem em crimes não recebem mais salário.
– Especialmente se envolverem em Artes das Trevas. – disse Rony.
– Você conhece alguém mais envolvido nisso do que Lúcio Malfoy? Pois ele ainda recebe o salário do Ministério.
– Como você sabe disso?
– Eu apenas sei.
– Harry me disse que Draco cedeu a casa para compensar problemas com o pagamento de impostos.
– Os Malfoy nunca pagaram um nuque de imposto. Levaria séculos para acertar essa conta, mas é verdade que Narcisa Malfoy teve a pena em Azkaban reduzida. Draco vai visitar os pais esse fim de semana.
– Visitas? Em Azkaban?
– Pra você ver; os tempos estão mudando. Hermione e Rebecca são amigas?
– Não chegaria a tanto; estão trabalhando juntas com Elvira.
– Sabia que a maioria dos ingredientes das poções Slater é sul-americana?
– Claro que sei! Você acha que eu venderia poções sem saber a procedência? Hermione quis testá-las.
– Devia ter imaginado que ela não deixaria isso passar. O livro dela está na lista dos mais vendidos do mês na Floreios & Borrões. Pela primeira vez um livro falado de Hogwarts tem tanta atenção!
– Ela está muito feliz. Trabalhou nesse livro por muito tempo.
– Soube que ela cancelou uma viagem para promovê-lo. Foi por causa de Elvira?
– Não. Cancelou por causa de Harry.
– Que pena, mas logo vocês irão.
– Guardei as passagens. Foi muito legal da sua parte se oferecer pra comprá-las.
– Minha família é na maioria trouxas...
Os sobrinhos de Emily correram para ela com autógrafos de Elvira e cheios de sacolas. Enquanto passava o dinheiro a Rony ela comentou sorrindo.
Patrick Rent entrou na loja e Emily conjurou sua máquina fotográfica tirando uma foto a poucos centímetros dele.
– Você vai acabar cegando alguém com isso. Se eu fosse um vampiro teria virado um monte de pó agora.
– Quer um sapo de chocolate? Cortesia da casa! – Rony jogou um para Patrick.
Patrick abriu e deu um sorriso.
– Ah, vejam tirei Hermione! Ela está muito bem nessa foto.
Elvira apareceu cercada de crianças.
– Você veio me buscar ou finalmente trouxe Rebecca para um passeio no Beco Diagonal? – perguntou a Patrick.
– Deixe Patrick, eu a levo de volta a mansão. – disse Rony.
– Sei que não gosta de lá Rony. – respondeu Patrick guardando a figurinha de Hermione no bolso da calça.
– Não gosto, mas todos merecem uma folga.
– Isso Patrick! Dê uma volta com Rebecca; a leve para jantar. Tenho certeza que ela adoraria! – Elvira gritou do meio das crianças.
– Bom, se você não se incomoda Rony acho que vou aceitar a oferta.
Patrick pegou mais três envelopes do monte de sapos de chocolate e saiu.
No fim da tarde Elvira esperava Rony fechar a loja para levá-la de volta a Mansão Malfoy.
– Emily é sua amiga? – Elvira perguntou.
– Só conversamos de vez enquando. Ela fez uma matéria muito boa sobre você.
– Ela acha que é sua amiga.
– Bom saber. Vocês conversaram além da entrevista?
– Ah, sim foi uma longa conversa. O que você e Hermione vão fazer no fim de semana?
– Não planejamos nada de especial.
– Faz tempo que ela não vê os pais. Sabia que eles nem tem a cópia do livro dela? Por que você não a leva? Ela iria gostar e você podia contar ao pai dela que comprou passagens para Florença.
– Provavelmente não iremos tão cedo.
– Então dê as passagens para os pais dela. Um presente caro para os pais da namorada sempre causa boa impressão.
Rony largou a pena.
– Não é má idéia. Acho que Hermione gostaria que eu agradasse o pai dela. Não somos muito chegados, sabe?
– Você é um cara legal Rony! Tenho certeza que ele só deve ter ciúmes da filha única.
– É você tem razão. As passagens são para trouxas e os pais de Hermione não trabalham mais.... Obrigado pela dica Elvira. Os pais de Hermione com certeza vão gostar.
– Não me agradeça! Se não fosse por mim vocês estariam em Florença agora.
– Não diga isso! Hermione gosta de ajudá-la e você está indo muito bem; fora que nos fez um favor vindo aqui hoje. Vou fechar o escritório e a levo para a Mansão Malfoy. Só mais um minuto.
Elvira mordeu um sapo de chocolate olhando pela vitrine o sol que começava a se por no último sábado do verão.
No sábado à noite Gina e Harry chegaram à Toca para passarem o fim de semana. Como haviam prometido Deanna Troy e Greg Raiker foram visitar Fleur e Gui e entregar-lhes o convite de casamento.
A Sra. Weasley fez o sorvete de morango e servia as visitas.
Harry contou a todos que Bunko voltou a criar problemas com dinheiro trouxa.
– Ele diz que são papéis pintados não tem valor em Gringotes e não quer trocá-los por ouro. – Harry contou aos amigos.
– Isso é vergonha para o Ministério! – comentou Greg. – Ficar a mercê da vontade de um duende assassino como Bunko. Já disse isso a Patrick.
– Ele acha que Bunko pode iniciar uma guerra se o Ministério interferir em seu direito como líder dos duendes. – respondeu Harry.
– Bunko respeitava os Aurores. Não entendo a resistência em termos novos Aurores. – disse Gui.
– Muita gente acha que nada pior do que Voldemort pode acontecer. – comentou o Sr. Weasley. – O que você acha Harry?
– Me preocupo mais com pessoas como Solomon Butler no momento. – respondeu Harry.
– Outra pedra no sapato do Ministério! – disse Gui enquanto passava Victorie para o colo de Fleur.
– Ele está sempre dois passos na nossa frente. – admitiu Deanna Troy.
– Os dias deles estão contados. – disse Harry. – Prometo isso a vocês...
Harry se preparava pra dormir no antigo quarto de Rony; o Sr. Weasley e Gina entraram para desejar boa noite.
– É muito bom ter vocês aqui. Rony e Hermione foram ver os Granger. Sentimos falta deles brigando e depois sendo pegos por Molly nos lugares mais estranhos. Noite!
– Eu não sabia que Rony e Hermione estavam com os Granger... – comentou Harry com Gina. – Rony não comentou nada...
– Provavelmente resolveram de última hora. O vejo pela manha então...
– Coloquei a Capa da Invisibilidade na sua mochila. – disse Harry abraçando-a.
– Ah, então o vejo daqui a pouco...
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