Parada macabra



No inicio da manha os sete bruxos chegaram a Zebediza. A cidade parecia tranqüila.


–        Os fantasmas protegem Elvira temos que pegá-la primeiro para nos livrarmos deles. – disse Harry.


–        Vão ver Gostamino. Ela não gosta dele; acho que ele corre mais riscos. – disse Hermione aos rapazes. – Nós daremos uma olhada na casa dela. Pode haver alguma pista, alguma coisa que deixamos passar. Usem os abafadores. Não funcionarão muito tempo por tanto não tentem enfrentar esses fantasmas!


As garotas foram na direção da casa de Elvira. Draco começou a andar atrás delas quando Rony o deteve. 


–        Chega de andar com garotas; é hora de trocar de clube. Você vai com Harry e Patrick; eu vou com elas.


–        Hermione andou falando de mim? – Draco disse em tom de provocação.


–        Ande! –  disse Rony.


A porta da casa de Elvira estava aberta. Rony e as garotas entraram e foram direto ao segundo andar, para o quarto de Elvira. No quarto ao lado só havia uma cama e um espelho.


–        Esse quarto parece menor que o outro, mas deveriam ter o mesmo tamanho. – observou Rony.


Empurraram o guarda roupa. Havia uma pequena lareira, cadernos e alguns livros espalhados. Hermione pegou alguns papéis; Gina se virou e se assustou ao dar de cara com corujas empalhadas presas a parede.


–        Não acredito na quantidade de erros que cometemos. Nem sequer olhamos as malas dela. Podíamos ter encontrado o bastão e evitar tudo isso. – disse Gina.


–       Elvira podia ter ficado mais tempo com vocês e aprendido mais. – disse Rony.


–        Ela fez o que planejava fazer.  – Rebecca respondeu. – Felizmente não aprendeu muito.


–        Podemos detê-la antes que machuque mais alguém ou a si mesma. – disse Hermione


Rebecca olhou Hermione chocada.


–        Não é possível que você ainda goste dela Hermione.


–        Claro que não, mas quero entender a razão de tudo isso.


–        Ela é uma doida Hermione! Estou dizendo! Ela não estava com raiva só de nós ou dessa cidade; ela odeia todo mundo.


–        Acho que Rebecca tem razão. – disse Gina.

Hermione viu pela janela os rapazes se aproximarem da casa


–        Não achamos ninguém. – disse Harry do jardin. – A cidade está vazia, mas toda enfeitada.


–       Aqui também não tem nada. – respondeu Hermione.


Os rapazes entraram na casa; Gina começou a descer as escadas, mas parou de repente.


–        Que cheiro é esse? – perguntou tapando o nariz.


Draco entrou por último.


–        Está escuro aqui – reclamou – esse botão faz a luz a acender de maneira trouxa?


Ele levou o dedo para acender a lâmpada da sala. Hermione logo atrás de Gina reconheceu o cheiro e gritou: 


–        É gás! Draco não!!


A parte de baixo da casa explodiu jogando Draco no meio no jardim. O segundo andar veio ao chão soterrando Harry e Patrick. Gina e Hermione caíram junto com a escada; Rebecca e Rony ficaram por cima dos escombros.


–        Hermione? Gina! Estão me ouvindo? – gritou Rony ferido na perna.


–        Accio varinhas! – um grito veio do lado de fora da casa.


Debaixo dos escombros as varinhas de Harry e Patrick foram parar nas mãos de Elvira; seguidas pelas varinhas de Hermione, Gina, Rebecca e Rony.


–        Vou segurá-las mais forte dessa vez! – Elvira disse lançando pontos de fogo da ponta de sua varinha  cercando a todos por todos os lados. – Tchazinho!


–        Harry estamos aqui!! – gritou Gina.


Patrick se levantou dos entulhos. Draco apareceu todo negro de fumaça e o ajudou a tirar os pedaços de madeira de cima de Harry.
Rebecca e Rony ajudaram Gina e Hermione a ficarem de pé; Rony tinha um profundo corte na perna.


O resto da casa veio abaixo quando chegaram ao jardim.


–        Ela realmente gosta de explodir coisas. – comentou Rony.


–        E está com nossas varinhas de novo. – Gina disse desanimada.


–        Não todas. A minha quebrou com a explosão não funciona direito.


Draco mostrou a todos a varinha partida.


–        Tentei lançar um jato de água no fogo, mas não funcionou.


–        Tentou? – perguntou Harry.

–        Uma é melhor que nada. – disse Hermione.


Hermione rasgou a calça de Rony e mirou o corte na coxa com a varinha de Draco; conseguiu limpar o sangue, mas o corte não fechou totalmente.


–        Ficou uma droga.


–        Não, ficou ótimo. – Rony a beijou.


–        Vocês dois escolhem horas bizarras para se beijarem. – comentou Harry. – Todo mundo bem?


–        Não estou bem! Quero minha varinha de volta! Ouviu? Sua bruxa de quinta categoria! – Rebecca gritou.


De repente o som da voz de Elvira veio do centro da cidade. Rebecca segurou o braço de Patrick.


–        Obrigada cidadãos de Zebediza é uma honra recebê-los aqui hoje.


–        Bom, você terá chance de pegá-la de volta. – disse Patrick para o grupo.

Foram em direção à rua principal a voz de Elvira ficava cada vez mais alta. 


–        Não pensei que a cidade me receberia com tanta pompa. A chave da cidade? Com certeza aceito.


Elvira estava num palanque cercada de algumas pessoas. Ninguém sorria. Todos tinham uma expressão de medo e tensão no rosto.


Segurando a chave da cidade; acenava para uma multidão inexistente. 


–        Vamos começar o desfile! Que entre o primeiro carro!


Um após outro os carros alegóricos passaram a frente do palanque. Pessoas presas a eles eram obrigadas a sorrir e a se curvar. Elvira agradecia e mandava beijos.


Empilhadas em cima de uma mesa estavam as seis varinhas. Gina e Hermione se esgueiraram até o mais perto possível do palanque Hermione fez sinal para Gostamino fazer silêncio e esperar. 


–        Accio varinhas!


Só uma varinha se mexeu após cinco tentativas. Gina mostrou a Hermione o gato fantasma deitado num canto do palanque. 


Hermione usou mais uma vez o feitiço convocatório e dessa vez conseguiu fazer a varinha sair da mesa. A varinha de Harry passava lentamente por várias pessoas de olhos arregalados e parou no ar a menos de um metro da onde estavam as garotas e não se mexeu mais.


Hermione tentou ao máximo manter a varinha de Harry no ar. Bem devagar, Gina se esgueirou para apanhá-la antes que caísse e chamasse a atenção de Elvira. Assim que a alcançou Gostamino gritou:


–        Conseguiu!!


Elvira se virou depressa, mas Gina já aparatara e reaparecera perto dos rapazes e Rebecca com suas varinhas.


Elvira ordenou que os fantasmas os pegassem. Voando e soltando os gritos agourentos eles foram à direção de Patrick e Harry, mas eles já estavam com os abafadores e atrás de escudos de proteção. Porém, os fantasmas atravessaram os escudos e os pegaram pelo pescoço.


–        Gostou da sensação Patrick? – Elvira gritou.


Harry também estava sendo estrangulado. Era a pior sensação do mundo ser seguro por uma coisa que não se pode tocar. O fantasma acabou jogando Harry para longe; Rebecca o puxou e recolocou seu abafador.


Elvira começou a disparar rajadas de fogo aleatórias. Gina tirou todos de cima do palanque e quase foi atingida por um feitiço. Hermione conjurou um escudo para proteger as pessoas.


Um caminhão enfeitiçado por Harry foi em direção ao palanque. Com a batida Elvira se desequilibrou, mas a cada movimento que Harry fazia para chegar perto o bastante ela criava um obstáculo envolvendo pessoas inocentes. Criou um vendaval no meio da rua e as pessoas eram arremessadas para todos os lados; Rony Hermione e Gina amorteciam suas quedas. Um ônibus foi de encontro a um grupo e Patrick conseguiu desviá-lo a tempo.


Harry e Patrick tentavam tirar o bastão das mãos de Elvira, mas provavelmente ele usara algum feitiço que o matinha ligado a ela resistindo aos feitiços convocatórios.


Rindo das tentativas de todos Elvira tirou da bolsa um pequeno aquário com um peixe verde escuro. 


–         Sabe uma coisa interessante. Esse peixinho é na verdade um monstro marinho que foi tirado do fundo do mar; sem pressão da água ele cresce. Ficando maior a cada dez segundos até atingir seu tamanho normal que até hoje ninguém sabe qual é.

Posicionou o pequeno aquário no centro da rua e o quebrou com um raio da varinha.


O pequeno peixe começou a crescer sem parar. Derrubou o que e restava do palanque. Se já havia pânico entre as pessoas; naquele momento todos perderam o controle totalmente. Harry não podia tentar acertar Elvira com tanta gente correndo na sua frente.


–        Não dá para ficarmos salvando os trouxas. Precisamos tirá-los daqui! – gritou para os outros.


–        Certo! – Hermione respondeu. – Primeiro vamos fazê-los parar de correr. Feitiço do corpo preso para todo mundo!


Todos lançaram o feitiço e deixaram os trouxas plantados no chão.


–        Agora precisamos de água muita água para esse monstro diminuir. – disse Harry.


Apontaram as varinhas para a pele do monstro marinho e lançaram jatos de água. Rony consertou o aquário e quando o mostro atingiu o tamanho de poder ser pego sem perigo o colocou de volta na forma de um inofensivo peixinho.


–        Cadê o Draco? – perguntou Rebecca em meio a confusão e gritaria.


–        Estou aqui! Estou preso! Granger não devolveu a minha varinha.


–        Deixe-o lá! – Patrick mandou. – Elvira recolheu os fantasmas?


–        Não tem mais nada pra ela fazer aqui. Só se ela destruísse a cidade inteira. – disse Rony.


Harry sentiu o chão começar a tremer.


–        Acho que você acertou Rony, ela vai destruir tudo de uma vez só. – disse Harry apontando para as montanhas.


 –      Ela está explodindo as montanhas em volta! – disse Rony. – Vai soterrar a todos.


Pedras começaram a rolar montanha abaixo e atingiram varias casas. Uma nuvem de poeira se levantou.


Harry foi até o grupo de trouxas paralisados e disse para ficarem calmos.


–        Vamos todos sair daqui. Cada um de nós pode aparatar com pelo menos cem pessoas. A cidade toda está aqui!


Gina e Hermione andavam entre as pessoas dizendo para se darem às mãos.


–        Rápido! Vem vindo uma montanha inteira em cima de nós. – alertou Rony.


Rebecca reuniu um grupo. Patrick ficou com o grupo que Draco estava. Hermione com Silvia Plovoskin, Gostamino e a mulher.


Uma senhora com um cachorro nos braços corria até eles. Harry soltou seu grupo e foi até ela a ajudando a correr mais rápido.


–        Harry! – gritou Gina.


A nuvem de poeira provocada pelas gigantescas pedras que chegavam a cidade os envolveu no instante que Harry tocou seu grupo fazendo com que todos aparatassem com ele.

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