Poções e a voz.
- Bonnie, acorde! Por Mérlin, criatura, você quer que recebamos uma detenção logo na primeira aula de poções do ano? – Sophie gritava enquanto sacudia a amiga, a qual nem se mexia – Não me force a usar um feitiço que aprendi com papai, Bonnie... – a ruiva teve como resposta um ronco – Vou contar até três... – mais um ronco – Um... Dois... Três... Tem certeza que você quer acordar dessa maneira? – Sophie disse colérica, Bonnie roncou novamente – Você que pediu... – disse revirando os olhos – LEVICORPUS! – Donk sentiu um agarrão em sua perna, acordando de ponta cabeça no ar.
- Sophie, o que aconteceu? – Bonnie gritou desesperada.
- Estamos atrasadas. – A Potter disse envergonhada.
- Por Mérlin! Não sabia que as camas de Hogwarts azaravam os dorminhocos! Não acredito que toda manhã será assim! Sophie, eu durmo mais que qualquer coisa, estou perdida! – A morena choramingou.
- Donk, não seja estúpida! Não acredito que, com tantas sonserinas nesse castelo, fui ser amiga justamente da mais idiota! – supirou – Bonnie, preste atenção. Fui EU quem te azarou, estou tentando te acordar há séculos, o café já deve ter até sumido a uma hora dessas! Por SUA culpa, vamos ficar com fome. – Sophie disse se controlando para não gritar com Bonnie.
- AMIGAS! Você acabou de admitir que somos amigas! Você se importa mesmo comigo, mesmo dizendo que me odeia o dia todo, você se importa comigo, eu sabia! – Bonnie gritava de felicidade e batia palmas.
- Criatura – revirou os olhos – EU AZAREI VOCÊ! Pessoas quando se importam com outras não
ficam se azarando, é tão difícil entender isso? Por Mérlin, acho que não é. – suspirou.
- Você acabou de admitir, nada muda isso. – Bonnie respondeu vitoriosa.
- Você ainda está dependurada no ar! Isso prova que não me importo! – Sophie sorriu
triunfante.
- Isso só prova que você não sabe o contra-feitiço. – Bonnie disse para si mesma, fazendo Sophie corar.
- Você nem sabe o que é um contra-feitiço, Donk. – Desdenhou.
- Claro que sei! – Bonnie cruzou os braços e Sophie ergueu uma sobrancelha – É só balançar a varinha que a azaração é desfeita! Achei que você soubesse disso.
- Balançar a varinha de maneira aleatória? Bonnie, você é filha de trasgos? – Sophie disse incrédula.
- Passe a minha varinha para mim e te provo. Ela está no banheiro, sobre a pia. – A morena disse confiante.
Sophie revirou os olhos, como alguém deixa sua varinha em cima da pia? Qualquer garota tem acesso ao banheiro, e se uma resolvesse fazer alguma brincadeira de mau gosto com Bonnie, roubando-lhe a varinha? Com certeza, a Potter seria obrigada a entrar em cena e isso daria tanta dor de cabeça... Sophie nem quis pensar no assunto.
A ruiva correu logo para dentro do banheiro, encontrou a varinha em cima da pia, praticamente jogada lá. Estava com a ponta molhada, de que, ela não sabia. Fez uma careta de asco, pegou uma toalha e enxugou a ponta sem tocar na mesma. Depois levou a varinha para Bonnie que ainda continuava de cabeça para baixo, flutuando. Assim que a sonserina entregou o objeto para a amiga morena, esta disse:
– Olhe e aprenda, Sophie! – A morena fechou os olhos e começou a balançar a varinha freneticamente, de maneira totalmente aleatória. Sophie começou a rir. Instantes depois, Bonnie caiu, exclamando um urro de dor.
- Co... co... co... m... m... mmo você fez isso? – A Potter disse de boca aberta.
- Simples, como falei, é só balançar a varinha! – A menina respondeu sorrindo. – Eu, pela primeira vez, estava certa! – a morena começou a dançar de olhos fechados, erguendo os braços para o teto, um sinal claro de comemoração
- Bonnie, menos, BEM menos. Agora, vá se trocar. Temos que correr para as masmorras,
temos dez minutos para chegar no horário.
**
- Almofadinhas, como você pôde ter feito isso? Ela é MINHA afilhada! – Lupin disse exasperado. Ele, James, Sirius e Lily estavam na sala de estar da mansão dos Potter. – Um berrador é o cúm... – dizia seriamente, contudo, foi interrompido por Sirius.
- CHEGA! Já cansei desses seus sermões! Não agüento mais escutar a palavra “minha”! – gritou irritado – MINHA filha, – apontou para Lily – MINHA princesa, - apontou para James – MINHA afilhada, – encarou Remo – e EU? Eu sou o que? – suspirou frustrado.
- Excelente pergunta, Sirius. – Lily ironizou. James e Lupin a olharam apreensivos – Você não é NADA da Sophie, entendeu? N-A-D-A! – soletrou – Acho que, há poucos meses, ela o considerava um amigo, um tio, mas, depois das ceninhas que você fez, tenho certeza que você é um nada para a menina. – disse seca.
- Mas, eu me preocupo com ela! – disse desesperado.
- Não parece! – a ruiva levantou – Você pode ter deixado a MINHA filha em choque! A MINHA garotinha pode estar apavorada, envergonhada por ter sido selecionada para Sonserina, tudo devido à sua HIPOCRISIA! – Lily estava colérica, seu rosto ardia, estava vermelho. – E pode ir se conformando, eu uso a palavra “minha” quantas vezes eu quiser!
-Lily, acho que você exagerou. – James disse colocando a mão no ombro da mulher – Acalme-se um pouquinho. Nervosos desse jeito, você dois vão acabar brigando por besteiras.
- BESTEIRAS? BESTEIRAS? JAMES POTTER, ELE PODE TER TRAUMATIZADO NOSSA FILHA! ISSO É ALGUMA BESTEIRA? REMO, NEM TENTE DEFENDER SEUS AMIGOS! – a ruiva cortou uma possível intromissão de Lupin – E JÁ ADIANTO-LHE, JAMES POTTER, HOJE, VOCÊ DORME NO SOFÁ!
- Lily, por Mérlin, você está exageran... – o moreno calou-se ao ver o olhar da ruiva.
- Não precisa dizer mais nada, Pontas. Sério, eu já entendi muito bem o ocorrido. Não se preocupe, Senhora Potter – desdenhou – Obrigado por me situar. Falarei com vossa senhoria somente sobre MEU afilhado. Pontas, Aluado, depois converso com vocês – sorriu fracamente.
Almofadinhas saiu da propriedade dos Potter sem dizer uma única palavra à Lily e aparatou.
- Ruivinha, acho que dessa vez você exagerou mais que o normal. – James disse com carinho, abraçando a mulher. Lillian começou a chorar.
- Talvez eu tenha exagerado. Mas, Jay, ele mexeu com minha filha, com minha pequena e indefesa caçulinha! – sussurrou entre soluços. – Perdi o controle.
- Lily, nada que uma boa conversa não resolva. – Remo sorriu, colocando as mãos sobre os ombros da ruiva, obtendo como resposta um sorriso tímido da mulher.
**
- Você não vai entrar? – Bonnie perguntou surpresa ao ver Sophie hesitar em frente à porta
da sala de poções.
- Estamos atrasadas. – A ruiva suspirou.
- E dái? É só pedirmos desculpa! – A morena deu de ombros, indo de encontro à porta. - Bonnie, não! Você é maluca? – Sophie nem conseguiu impedir a morena. Bonnie já estava entrando na sala, puxando a Potter pelo braço. Todos na sala se calaram com a entrada das meninas. Sophie ergueu seu olhar, até então fixado no chão, para Bonnie, a qual sorria bobamente. “Ela não tem ideia de que estamos ferradas”, pensou.
- Logo na minha primeira aula já vou ter o desprazer de aplicar detenções. Vejo que seu sangue não nega, Senhorita Potter – Snape disse com desdém – Quanto à sua amiga, Senhorita... – o professor fitou Bonnie.
- Bonn...
- Donk. – Sophie cortou a amiga, responder “Bonnie” novamente iria complicar ainda mais a situação de ambas.
- Senhoritas Potter e Donk, essa semana e a próxima inteira, a partir das 20h, as duas estão em detenção. Cinco pontos serão descontados para cada uma de vocês. Me recuso a aceitar que tamanha vergonha faça parte de Sonserina. – o tom de Snape era frio – Posso saber qual o motivo pelo qual as duas ainda não se sentaram? – o professor ergueu as sobrancelhas, as meninas pareciam estar em transe, indo sentar somente após a insinuação de Snape. – Não lembro de ter permitido que vocês se sentassem juntas. As anotações e instruções iniciais já foram dadas, não pretendo correr o risco de ter minha sala em chamas. Potter, sente-se com a Weasley. Donk, sente-se com Creevey. – o homem acompanhou as garotas com o olhar. Ao ter certeza que ambas já estavam em seus lugares, continuou - Retomando os avisos, a dupla que melhor fizer uma poção do sono estará isenta de realizar o dever: oitocentos centímetros exatos de pergaminho acerca da tarefa de hoje. Podem começar.
- Por que se atrasou? – Ginny perguntou enquanto acendia o fogo do caldeirão.
- Bonnie. – revirou os olhos – Ginny, por Mérlin, apague esse fogo! – Sophie disse assustada.
- Mas as instruções dizem que a poção deve ser aquecida. – Weasley respondeu com um ar superior.
- Não me venha com esse seu sorrisinho de deboche, Ginevra. – brincou – Essa poção, caríssima grifana, deve, realmente, ser aquecida – Ginny riu vitoriosa – contudo, os ingredientes devem ser misturados a baixa temperatura. Glacius! – Sophie disse séria enquanto congelava o caldeirão e misturava os substratos. - Sophie, isso não está escrito em lugar nenhum. Não quero explodir nada. – Ginny disse apreensiva.
- Ruiva, relaxa. Isso está subentendido. – Ginny ergueu as sobrancelhas – Aquecemos a poção para que as substâncias dos ingredientes se misturem, logo, devemos extrair as propriedades de cada componente ao máximo. A certa temperatura, extraímos o que queremos, contudo, a quantidade depende de certos fatores, como a superfície de contato e o tempo de aquecimento. Congelando os ingredientes, maximizamos esses dois pontos. Não tem erro! – Sophie disse confiante.
- Certo, Potter. Mas, como você sabe disso? – disse com receio.
- Mamãe. – respondeu displicentemente.
- Certo, vamos arrasar então e ficar sem dever! – Ginny disse marota.
- Só espero que Bonnie não faça nenhuma idiotice... – Sophie suspirou.
Uma explosão ocorreu em uma bancada próxima à das ruivas. Uma dupla e Snape estavam totalmente cobertos com um líquido gosmento. Sophie não conseguiu distinguir quem era a dupla que estava encrencada, contudo, ouviu uma exclamação preocupada por parte da ruiva ao seu lado.
- SENHORITA DONK! – Snape fechou os olhos, tremia de ódio, aparentemente, buscava se acalmar para não azarar a aluna – Pare, imediatamente de balançar essa varinha de maneira desapropriada. Bruxos não realizam movimentos aleatórios, a não ser que a senhora se considere um trasgo. – desdenhou – Toda a turma será penalizada devido à sua incompetência gritante. Todos farão o dever que pedi. Exceto, é claro, a senhorita. – Bonnie olhou surpresa para o professor, o qual se permitiu rir com descaso – A senhorita fará dois metros sobre a poção do sono e sete metros sobre a importância de palavras mágicas e movimentos coerentes com a varinha, quem sabe assim, algum conhecimento entre nessa sua cabeça.
Estão dispensados. – fez um movimento com a varinha, limpando a si, Bonnie e Creevey.
**
- Odeio, definitivamente, herbologia!
- Certo, Ron. Já entendemos isso na primeira vez que você se manifestou. Agora, por favor, pare de desenterrar essa mandrágora! Você pretende deixar a todos inconscientes? – Hermione perguntou ríspida.
- Hermione... – Ron começou, estava prestes a retrucar a amiga de uma maneira um tanto quanto grosseira, quando Harry o interrompeu...
- Será que Sophie ainda está irritada comigo? – o menino Potter mudou de assunto, evitando uma briga entre seus amigos.
- Imagino que sim, ela vive nervosa. – respondeu Ron dando de ombros. Ainda sentia medo daquela pequenina ruiva que parecia tão inofensiva. Sempre que podia, evitava contato com a mesma, vai que ela acha que ele a está encarando e surta, desejando sua morte. - AI! Mione, pare de me beliscar! – reclamou o ruivo após receber um beliscão bem forte da Granger.
- Então pare de fazer besteiras. Está querendo nos deixar realmente inconscientes? Eu acho que não, portanto, deixe de ser cabeça dura e me escute uma vez na sua vida. – disse uma Hermione totalmente alterada.
- Já falei o quanto tenho medo das mulheres? Eu nunca as entendo. – falou Ron para Harry em um sussurro baixo para que a amiga não escutasse e não lhe aplicasse mais um beliscão.
- Nem eu. – concordou o moreno, enquanto prestava atenção no que fazia, ao contrário do Weasley.
- Ah, desculpe, mas se você continuar a fazer esse tipo de movimento, acabará acordando as mandrágoras. – falou um garoto de aparência tímida. Este fitava o chão, as bochechas com um tom rubro forte, bem semelhante a um tomate.
- Ah, nem tinha reparado. Obrigado Neville. – falou Ronald, procurando prestar mais atenção no que fazia.
- Mas... Mas... Mas... Como assim? Ronald Billius Weasley! – exclamou Hermione, as bochechas ficando extremamente vermelhas devido a raiva que explodia dentro dela – Eu já lhe falei isso, no mínimo, quatro vezes! E você, nem para me escutar! Qual é o seu problema? – ela perguntou, o tom de indignação transbordando em sua voz.
- Mione...
- Não... Me... Chame... de... MIONE. Granger para você Weasley. – falou Hermione fora de si. Harry então, vendo que a situação estava ficando tensa entre os amigos, decidiu intervir, como sempre fazia.
- Acho melhor você ir ver o que a professora Sprout quer contigo Ron. – disse o Potter, procurando livrar o amigo de mais um possível beliscão de Hermione, a qual possuía, nesse momento de cólera, uma aparência medonha.
- Mas, a professora Sprout nem está me chamando. – falou o Weasley dando de ombros. Harry deu-lhe um tapa na nuca – Ah, agora vi o aceno da professora. Estou indo! – disse Ron, saindo o mais rápido possível dali. Neville tentou abafar uma risada, mas em vão. Longbottom e Harry começaram a rir, Hermione os encarou mais enfurecida ainda, fazendo com que os meninos parassem na hora com os risos.
- Parem de rir da sangue-ruim, seus imprestáveis. Vocês não perceberam que ela só briga com o Weasley para chamar atenção daquele idiota? Ele seria o único sangue puro capaz de se relacionar com esse tipo de gente desprezível – Draco Malfoy fitou a garota enojado – Só assim para isso entrar parcialmente na sociedade bruxa, até porque socializar com os pobretões dos Weasleys é deplorável, traidores do sangue patéticos. – Malfoy sorriu desdenhoso.
- Cale a boca, Malfoy! Sonserinos não tem moral nenhuma para falar de ninguém. – disse Neville enraivecido. Harry e Hermione lhe lançaram um olhar de surpresa...
- Pelo menos, não sou eu quem está apaixonado por uma sonserinazinha. – falou Malfoy sarcástico, saindo de perto dos grifinórios, dando-lhes as costas.
**
Duas ruivas estavam deitadas sobre a sombra de uma árvore, nos jardins. Riam abertamente, simplesmente jogavam conversa fora, falavam sobre garotos, aulas, irmãos e afins, até que certa ruiva percebeu a ausência de certa morena.
- Sophie, onde está a Bonnie?
- Na biblioteca, ela tem quase dez metros de redação para escrever. – suspirou.
- Ruiva, vou te perguntar uma coisa e não aceito mentiras, entendido? – Ginny encarou a amiga, a qual apenas sussurrou um “entendido” um pouco contrariada. – A escola anda comentando a maneira como o apanhador de Grifinória fora pego pelo colarinho por uma certa ruiva sonserina. Estão dizendo também em ameaças, isso procede?
- Sim. – respondeu corando e encarando o chão.
- Potter! Você teria coragem de azarar o Harry? Ele não merece, definitivamente. – disse com um tom de falsa censura.
- Claro que não, Ginny. Mas ele, nem ninguém, precisa saber disso, não é mesmo? Enquanto eu impor certo respeito, aquele trasgo vai respeitar meu espaço. – Sophie disse seca, arrancando suspiros da Weasley.
- Segredo guardado! – Ginny disse rindo.
- Ginevrinha do meu coração...
- Lá vem, quando a senhorita vem com esse tom de coitadinha e essa cara de cachorra sem dono, só pode significar uma coisa! Desembucha logo, o que você quer, ruiva? – disse entre gargalhadas.
- Que imagem minha amiga tem de mim, estou indignada! – fingiu-se de ofendida enquanto passava as mãos pelos cabelos – Bem, Fred e George parecem aprontar o tempo todo e, não sei explicar o porquê, mas tenho a sensação que eles possuem algo que os comunique sobre a localização do Filch, afinal eles nunca são pegos. – disse séria.
- O que essa sua mente perversa está tramando? – Ginny disse marota.
- Nada demais. – riu – Mas, você sabe de alguma coisa?
- Bem, sei muito pouco. Eles deixaram escapar nessas férias, não tinham percebido que eu escutava a conversa que estavam tendo. Mas, pelo pouco que escutei, entendi algo relacionado a um mapa, quatro ídolos. Não fez muito sentido.
- Isso já ajuda. Depois vou ter uma conversa com aqueles dois. – disse em tom diabólico, arrancando gargalhadas nada discretas de Ginny.
**
- Sirius, precisamos conversar. – Lilly disse timidamente.
- Desculpe, Sra. Potter, mas estou em expediente no trabalho. Ser auror exige tempo, algo que não posso perder com uma discussão desnecessária. Já entendi seu posicionamento e concordo. – respondeu rispidamente.
- Sirius, por Mérlin! Aproveitei que o James está em horário de almoço para poder conversar em particular com você. Fui dura, eu sei, mas, perdi o controle. – pausou esperando uma resposta de Back, a qual não veio – Você sabe que fico meio descontrolada quando o assunto é meus filhos. Me perdoa, por favor. – a ruiva começou a chorar.
- Não. – disse seco, espantando a mulher.
- P-pp-pporr-ffa-vvor. – soluçava. O choro ficou mais intenso. Sirius começou a gargalhar, uma gargalhada exagerada. Lilly parou de chorar e encarou o maroto, o qual se debatia de tanto rir, a ruiva conhecia muito bem aquele comportamento. Buscou na memória quando Almofadinhas tinha tal atitude, até que, finalmente, recordou. Lillian começou a ficar vermelha, um vermelho de ódio. Aquele maldito só tinha tal reação quando conseguia pegar alguém em alguma marotice. Sim, era isso, ela caíra no velho truque do peso na consciência.
- SIRIUS BLACK, EU VOU TE MATAR!
**
- Bonnie, anda, temos detenção com o Snape. – Sophie arrastava a amiga pelo corredor.
- Sophie, eu ainda não terminei de jantar! – choramingou.
- Se não chegarmos no horário estaremos ferradas. – a garota soltou um muxoxo - Donk, você já mastigou tudo, bebeu suco de abóbora. Me diga, o que faltou para você terminar de jantar?
- Ué, pedir licença para as pessoas antes de sair da mesa. – sorriu.
- Não acredito que você me fez te carregar até aqui por causa dessa idiotice. Por Mérlin, Bonnie, raciocine uma vez na vida!
- Só prezo os bons modos, Sophie! Mas, cadê o professor? Ele já deveria estar aqui.
- Você duas que me ajudarão com meus autógrafos então. – uma voz egocêntrica foi ouvida, provocando desespero em Sophie e alegria em Bonnie – O professor Snape teve alguns assuntos pendentes para resolver e me pediu para aplicar a detenção em vocês. Tive até permissão de escolher qual seria o castigo, isso não é o máximo? – Gilderoy Lockhart disse entre sorrisos.
- Maravilhoso, professor! – Bonnie gritou animada, provocando um rolar de olhos por parte de Sophie.
**
- Alguém viu a Ginny? – Hermione perguntou para Harry e Ron, enquanto escrevia em seu pergaminho sobre a primeira revolução dos duendes.
Harry e Ron, que se encontravam jogados no sofá, não demonstrando preocupação para com as enormes pilhas de deveres que tinham, se entreolharam. Ron deu de ombros e Harry nada disse.
- Mione, eu sou o irmão dela e não estou preocupado. Estamos no salão comunal, daqui a pouco ela da às caras por aqui. – disse divertido, sem se importar realmente com a localização da ruiva caçula. Ginevra sabia se cuidar, era o que se passava na mente do Weasley.
- É por isso, Ronald, que não tento ter qualquer tipo de conversa civilizada com você. Onde já se viu! Você não se importa nenhum um pouco com sua irmã? – Hermione perguntou severa – Você deveria ser mais atencioso, igual ao Harry. – Depois de tal comentário, o moreno começou a tossir. Ronald caiu na gargalhada, recebendo um olhar de repreensão por parte da amiga, que logo em seguida voltou sua atenção para os livros a sua frente.
- Você quer dizer neurótico como o Harry? – Ron indagou entre gargalhadas, fazendo Hermione voltar a encará-lo novamente. Ela possuía um semblante assustador, que chegou a dar calafrios em Harry. Ele suspirou, sabendo que mais uma discussão viria. Onde estava Neville nessas horas para ajudá-lo a apartar a possível briga que estouraria?
- Você é, realmente, um legume insensível, Ronald! – Ao dizer isso, a menina recolheu seus livros, rumando ao dormitório feminino, pisando duro.
Harry trocou olhares com Ron. Os dois garotos não entenderam essa reação totalmente inesperada da Granger, afinal, pensaram que a jovem iria explodir com o Weasley, como sempre acontecia. Ron deu de ombros novamente.
- Juro que não entendo as mulheres, elas são... – disse Ron, porém foi logo interrompido por Harry, que completou sua frase.
- Estranhas, é eu sei. Também tenho medo. – confessou o garoto Potter, suspirando outra vez ao pensar em Sophie e no que estaria fazendo nesse momento...
**
- Não acredito que nossa detenção foi com aquele idiota! – Sophie disse irritada.
- Achei que iríamos para a floresta proibida, fiquei aliviada ao ver que só responderíamos cartas de alguns fãs! – Bonnie disse risonha.
- Bonnie, por favor, me diga que você não se divertiu! – A morena sorriu – Donk, por Mérlin! Aquele Lockhart é um imbecil! Dumbledore deve ter pirado de vez para contratar aquilo como professor, até Harry lecionaria melhor!
- Ah, Sophie, nem é para tanto! Até que gosto dele. – Bonnie disse dando de ombros.
- O QUE? – Sophie parara de andar, olhava para a amiga, incrédula.
- Ele tem cabeça! Fiquei feliz pela conquista. Conseguir uma cabeça, hoje em dia, é algo muito raro! Ele mereceu conseguir, sem falar nas fãs que devem ter ficado muito felizes! – Bonnie disse sonhadora.
- Por Mérlin, Bonnie! Quem te fala umas idiotices dessas?
- Depende, a falta de cabeça por parte do professor foi a Pansy. Sobre ele ter conseguido uma nova, bem, - a morena corou – fui eu mesma quem pensou nisso! Já sobre a dificuldade de se conseguir uma cabeça nova, fiz uma pesquisa! – disse orgulhosa.
- Pesquisou? Onde? – Sophie segurava-se para não rir da amiga.
- Com o Nick-Quase-Sem-Cabeça, fantasma da Grifinória! – Bonnie explicou pacientemente.
- Bonnie... – Sophie suspirou, iria esclarecer para a morena a confusão que a menina estava fazendo, contudo, Donk parara subitamente no corredor.
- Sophie, você está escutando isso? – Bonnie perguntou tremendo de medo – Parece que pede por sangue, vai matar alguém! – A morena disse, ficando estática. Olhou para todos os lados como se procurasse por algo ou alguém. Sentiu um calafrio percorrer seu corpo, fazendo-a arrepiar. Não pensou em outra coisa, se ficasse ali com certeza morreria e ela era muito nova para morrer. – Sophie, desculpe, mas ainda necessito viver para ver Lockhart todas as manhãs sorrindo para mim com a sua mais nova cabeça, então corra. – gritou a morena para a ruiva, começando a correr desesperadamente, deixando a Potter olhando-a surpresa. Ao perceber que Bonnie já estava virando o corredor, Sophie despertou de seus devaneios e sem entender ao certo o que se passava, correu também, seguindo a amiga sem saber para onde estavam indo.
- Bonnie, me espere! – Sophie gritou, ao ver que Bonnie se encontrava longe. “O que foi que deu nessa maluca agora? Só espero que ela não nos meta em mais confusões...”
**
N/A: Mais um capítulo! o///
Bem, queria agradecer o comentário de todos vocês, sério. Isso me motiva muito a continuar escrevendo, de verdade. Não vou fazer resposta individual porque sou péssimo nisso, além de ser meio atrapalhado, vai que eu esqueço de alguém?
Queria agradecer MESMO. Continuem comentando e acompanhando, agora a história começa pegar fogo! xDD
Comentários (7)
A Bonnie rouba a cena ..rsrsrsrsrs ...Qnto ao Sirius ...ele tá merecendo uma coleira, tá muito livre leve e solto pra aprontar ...ele merecia uma Lili na vida dele ,pra botar ele nos eixos ...rsrsrs Pelo jeito vem muita encrenca por aí ....anaconda mágica vai atacar ....Agora... a Bonnie entende a lingua das cobras???!!! Perfoooooo !!!! rsrsrsrsrs To adorando a fic ....continuando!XD
2011-06-09eii... obrigada pelo comentário lá em "Cuidado com o que se deseja" já mandei ela pra Rose, e coloco a resposta dela no próximo cap, mas cmo vc me elogiou tb, tive q vim aqui agradecer, né? xD Eu nunca parei pra reparar no tempo que ela demora, mas acho que ela deve te responder isso. Eu gostei muita da idéia dela, é original. pelo menos, nunca vi nenhuma fic assim por aqui... fico toda feliz da vida quando o nyah! manda email avisando que ela atualizou, deixoo tudo de lado para ir ler a fic *--* eu ri dmais qnd comecei a ler, por causa da mione fútil saashuahasuhsauh posta logo, sim, viu? sab q eu amo a sua fic... beijinhoz ;*
2011-05-16Bonnie toda misteriosa agora... HAHAHAHA Sophie vai aprontar muito ainda, sem falar no Six e cia. xD Fico feliz que esteja gostando, Hilary! Próx cap n deve demorar, espero. :***
2011-05-13Caracaaaa... adorei o cap!!! to amando a Sophie, ela é mt má1 suahasuhsau to até vendo ela conseguir pegar o mapa do maroto dos gêmeos. imagina como o pontas ficaria qnd soubesse q a filha dele "resgatou" o mapa? sauhsauhsauhsa adorei a lily gritando com o Six, deu vontade de ir lá cuidar dele (A) fiquei feliz da Sophie "admitir" que ela e a Bonnie são amigas, rimt! e como assim a Bonnie é ofidioglota??? morri de curiosidade... to esperando anciosa o prox cap, viu? bjz ;*
2011-05-13Vc n entendeu nada errado, Isa. Eu q sou lezado msm. DD: Fui inventar de atualizar a fic no meio da aula de inglês e fui colando os trem pra poder postar, acabou q o gênio aqui colou uma coisa no lugar errado. ¬¬" Agora q vi q o cap ta todo desconfigurado e to mexendo, mil perdões! Vc nem ama o Sr Black de paixão, né? tsc, tsc. Ele tinha q dar o troco na ruivinha, né? ehehehe Os momentos Ron/Mione foram ótimos mesmos, minha co-autora exigiu esses momentos e escreveu. Ri tanto qd ela me mostrou. Neville e Sophie vai ter muita coisa ainda. Qt a Bonnie, bem, a história dela só vai ser revelado mais pra frente, e não digo mais nada, curiosidade pra sempre. HAHAHAHA
2011-05-13Nossaaa! Adooorei os momentos Rony/Mione! ahsuhasuhaushuas Eles são mt pala! :D :D O Neville tá mesmo apaixonado pela Sophie? O_O No que isso vai dar, hein? Sirius enchendo a Lily foi tuudo! *---* (Eu nem AMO ele de paixão! Imagina! uahsuas) E a Bonnie? Ela é mt fofaaaaa! ^^ Morri de rir com a felicidade dela pela Sophie admitir que as duas são amigas... :) Ela é ofidioglota? Agora eu tô MESMO curiosa! :D Pleease, não demore mt a att, oksss? haha Beeijos! :**
2011-05-13Tive que dar uma paradinha no meio do capítulo só pra registrar minha raiva da senhora LILIAN EVANS POTTER! ahsuhasuha Como assim ela grita com o Six desse jeito? *momentoindignada* uahsuahsuahs E Felipe... sou eu que entendi errado, talvez... mas no inicinho, pq a Sophie pega a varinha da Bonnie 2 vezes no banheiro? o.O uhauah
2011-05-13